segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Big John X Roberta Aires - O Futuro da África


  1. O futuro da África

    Quero agradecer a minha adversária, por auxiliar-me naquilo que considero como o romper de um véu, o do esquecimento que paira sobre um continente, o abandono a que estamos renegado indiscriminadamente, os povos Africanos.

    O que será da África do futuro? As grandes economias do mundo costumam a cada novo ano,se planejar naquilo chamado popularmente de "ten years plan" A África foi o continente que mais empobreceu nos últimos tempos.

    O pensamento administrativo com visão mínima de futuro, é trabalho sério que envolve as economias dominantes, havendo quem se ocupe com os 20, 50 e 100 anos adiantes de seu tempo.

    Entretanto, todas as notícias que nos chegam da África, (digo das coisas presentes e passadas), dão conta de desgraças, fome, miséria, como se jamais pudéssemos desatrelar uma de outra coisa.

    O presente da África é uma foto ou um vídeo de crianças moribundas, esqueléticas, arrastando-se entre abutres que aguardam sua refeição.

    Lideres, se bem que essa palavra remeta a alguém cujos exemplos sejam positivos, se levantam aqui e acolá, mas carecem de princípios éticos elementares, necessários para que a máxima "...quem é tirânico na oposição será violento no poder..." não se transforme em mais um fardo, para os ombros feridos por séculos de exploração.

    A África é notória por colecionar figuras que nos lembra Idi Amim, seja na arrogância, incompetência e maldade. As condições climáticas desfavoráveis, o uso indiscriminado dos recursos naturais, a total dependência estrangeira, colocam o continente africano de joelhos, a mercê da misericórdia alheia nesse mundo globalizado que, assistem passivos, os cerca de 300 milhões de Africanos se debatendo em lenta agonia.

    Cada um padece de seus próprios problemas, mas se esse é um retrato mau retocado do presente o que se reserva para o futuro?
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  2. Durante uma cúpula do G8 realizada na Escócia, foi prometido que se enviaria a África 21.5 Bilhões de Dólares até 2010, até essa data, apenas um terço desse valor havia chegado.

    A África se consome em pragas e doenças como a AIDS por exemplo, o atraso econômico e social simplesmente IMPEDE que a África se levante, e se não se levanta, como um grande e velho elefante, fará dos desertos que substitui o que restou das suas savanas e pastagens, o ser recanto final e jamais se levantará.

    Os "líderes" africanos são ávidos por taxar qualquer tipo de ajuda humanitária, são ferozes em se locupletar com a escassa ajuda que ainda chega, apesar da crescente onda de descrédito que as nações doadoras comprovam, tendo seus enviados tais como médicos, enfermeiros e operários qualificados, vigiados por soldados armados, pelo simples receio de que semeie alguma revolta.

    Como ajudar a África? Todos sofrem inclusive os animais, famintos, leões da Tanzânia mataram 149 pessoas para seu alimento num ano, há diversos registros de ataques em países vizinhos e outros sem estatísticas.

    A extensão territorial é imensa, 30 milhões de KM2 cobrindo 20% de nosso planeta a África Negra ou sub saariana, com suas 44 nações, clama por um gesto urgente que mostre e demonstre os valores igualitários, difundidos entre as mais variadas nações ocidentais.

    O analfabetismo, a seca e as doenças, implicam na menor expectativa de vida do planeta e não vejo expectativas de mudanças para esse quadro, mesmo com a descendência queniana do mais poderoso presidente em exercício, Barak Obama.

    Como vencer as limitações impostas por líderes corruptos, como suportar a distância que nos separa, daquele que agoniza a falta daquilo que destinamos as nossas lixeiras?

    Como sensibilizarmos governos, denunciando criminosos, como alguns que agem em nosso século promovendo carnificinas e as piores mazelas que se conceberia imaginar?
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  3. Como eu disse em outro debate, há mais pessoas falando nesse momento no Facebook que em toda a terra 20 anos passados. A ferramenta chamada Internet é poderosa e tem conseguido movimentar milhões de pessoas em todo mundo.

    De modo que é comodo saber que tudo isso acontece e depois sair do computador e sentar com o controle remoto da TV nas mãos, pouco ou nada fazendo para que o futuro de alguém que seja, pudesse vir a ser modificado.

    Quando lancei meu desafio, deixei um vídeo que conta o envolvimento de milhões de pessoas, contrariando autoridades e códigos, fazendo com que a vontade manifesta de uma maioria esmagadora, agisse, de modo a que se prendesse criminosos, libertando-se um exército de escravos.

    A única forma de salvar a África é uma conscientização mundial, e ela passa obrigatoriamente pela Internet e envolve todos os povos. Uma dona de casa não pode se eximir de que nada pode fazer se tem como acessar, cobrando providências e demonstrando fragilidades.

    Lendo a história de Stalin, deparei com o seguinte texto falando sobre o impacto da segunda mudança, onde comandou uma revolução na vida de milhões de Russos..." forçou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas e improdutivas propriedades, fundando fazendas coletivas, arrancou implacavelmente da mão do mujique, o velho e secular arado, obrigando-o a segurar a roda de um trator moderno
    levou dezenas de milhões à escola erradicando analfabetismo..."

    Há salvação para a África, e ela passa também por medidas de grande impacto, temos homens com capacidade para planejar o salvamento daquele continente, tornando produtiva aquelas terras, preservando o incalculável bem ambiental que representa, retirando o povo da miséria e da ignorância, provendo meios de subsistência e ascensão social digna.
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  4. África – um rico continente pobre: subsolo de riquezas e na superfície, toda sorte de desesperança.


    Muito boa a sua introdução, espero com minhas ponderações contribuir com o tema que tanto me (nos) interessa.

    A África não é um continente pobre. È um continente pouco desenvolvido por conta da exploração de muitas potências, além das guerras civis, que fazem parte de seu DNA. Afirma que somos todos responsáveis pela melhoria desse povo, e não vejo como discordar, mas acredito que há bem mais do que isso.

    Parece sem sentido preocupar-se com o futuro desse continente tendo ciência do passado e analisando seu presente. João Xavier tem razão quando afirma que o território africano foi o que mais empobreceu nas últimas décadas, mas o que muitos parecem não saber é o seu potencial hidrelétrico, que se bem utilizado, seria o maior do mundo, bem como a opulência de seus recursos minerais: fosfato, cobre, ouro, bauxita, urânio, cobre, prata, zinco, ferro, diamante, cobalto, além de abrigar quase 10% das reservas mundiais de petróleo e gás natural. Apesar dessa abundância de recursos, sua economia é muito pequena, trazendo como conseqüência triste, o contraste social, onde, grande parte da população sobrevive com menos de 2 dólares/dia. Portanto, mencionar pessoas esqueléticas e moribundas, fugindo de abutres é uma realidade bastante comum na maior parte desse continente.

    Mas há um engano usual de se imaginar que essa realidade é comum aos países que compõe o continente: num universo superior a 50 nações, há alguns (poucos) exemplos de um padrão de vida razoável: África do Sul, Argélia, Egito, Líbia e Nigéria. Levantar essa questão pode ajudar a propiciar a ruptura da concepção preconceituosa a respeito do continente, destacando também seus pontos positivos.

    A África é uma mina de ouro, há muito descoberta por seus colonizadores, tal qual aqui, na época do descobrimento. Seria essa a razão da tragédia humana daquela localidade? 
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  5. È certo que a distribuição de renda não é igualitária, mas corrupção, baixos níveis de educação, não parece justificativas plausíveis para tamanha desgraça. Há a desculpa das guerras civis, que sempre interpretei como uma espécie de cortina de fumaça, pois não os considero enquanto rebeldes - que defendem uma causa- e sim, como saqueadores ( os recursos naturais são alvos de disputas entre milícias que são colaboradas por governos corruptos) mas, ao menos em relação a isso, é ainda uma opinião pessoal com pouca fundamentação teórica.

    Há estudos bastante sérios que buscam entender a razão desse atraso no IDH, e para isso, usam como parâmetros, índices econômicos de países com a mesma característica de anos atrás. Como solução apresenta aquilo que foge ao óbvio: investir na agricultura. “Nada de teoria da dependência, nada de exploração dos países industrializados sobre os produtores de commodities. A dura realidade para quem defendeu uma vida inteira industrialização e substituição de importados como rota para o desenvolvimento é ter de admitir que as coisas são muito mais simples do que aparentam.”(Marcel van Hattem) – fiquei particularmente surpresa com essa fala.


    “Como vencer as limitações impostas por líderes corruptos, como suportar a distância que nos separa, daquele que agoniza a falta daquilo que destinamos as nossas lixeiras?”


    Dias atrás li dois indigestos artigos [http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/08/os-motivos-da-fome-na-africa-por-que.html] e [ http://www.brasildefato.com.br/node/10618] que demonstravam os motivos da fome. O problema é a logística perversa da economia. A imprensa tem a mania leviana de transferir a culpa para a população, desviando da cadeia produtiva e mercado. È simples atribuir a culpa a terceiros e também propor soluções de organizações civis para uma questão que se não for enfocada obedecendo o olhar imparcial , não terá solução. Lendo artigos como esse, percebe-se que o problema é menor do que se imagina (não há falta de alimentos) mas, parece bem pior de se resolver. Fiquei bastante desanimada...
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  6. As redes sociais podem fazer algum tipo de revolução?


    Não desgosto da tendência cada vez mais numerosa do ativismo, especialmente estes, via redes sociais, mas consigo entender apenas como uma primeira ação. È preciso ir além...

    Há alguns dias mencionei o interesse em discutir sobre a importância desse tipo de mobilização, e citei a Primavera Árabe. Levantei outros dados mais recentes, como por exemplo, o cancelamento das festas do ano novo na Índia, por conta de um estupro coletivo e também, o episódio "Kony", um documento-denúncia sobre um sanguinário criminoso africano. A ação popular tem força, porém, sem uma mudança na sociedade, essa força se torna ineficiente. Portanto, concordo quando diz que é uma escolha cômoda, que, de forma prática traz poucas mudanças, mas que, pessoalmente, faz um bem a sua consciência. Os ‘revolucionários do mouse’ ao menos começaram algo, fazem mais que a maioria, mas percebo que isso nem de perto é suficiente. A solução definitiva eu realmente não sei.



    Por essa razão não sei se a salvação da África passa necessariamente por essa mobilização mundial. Tenho convicção no poder transformador da Educação: ela vem antes do Progresso. E penso que até concorde com isso, por citar a história de Stalin: “...forçou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas e improdutivas propriedades, fundando fazendas coletivas...” – não me parece uma mudança global, evidentemente foi uma enorme transformação, porém, foi bem local. Não conheço esse personagem, mas, confiando no que afirmou em sua participação, acredito que a concordância popular se deu em contrapartida da oferta a Educação, s estiver errada nesse raciocínio, peço que me corrija, ok?


    Bom, por ora é só: mais uma vez peço desculpas por meu atraso e falta de cuidado em minha primeira participação, onde, reitero que não mais se repetirá.

    Finalizo minha primeira parte, agradecendo a escolha do tema que além de diferente dos que tenho discutido, trará um benefício pessoal ao elucidar alguns pontos.




    Att,


    R.
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  7. O fato do ineditismo desse tema, já o credencia como algo especial que foge dos temas corriqueiros, principalmente aqueles envolvendo sexo e religiosidade. Não errei em escolher a adversária que, em sendo educadora, já adiantou que a solução do caos presente passa, obrigatoriamente, pela educação.Antes, quero corrigir minhas informações, havia dito anteriormente serem os africanos mais de 300 milhões, e de fato o são.

    Somente na África "negra" algumas fontes sustentam que são mais de 750 milhões, considerando que todos os países subsaarianos, convivem com situações de máxima degradação humana, resta uma meia dúzia de nações, cujo número eleva o total de habitantes para algo próximo a 1 bilhão de habitantes.

    Essa meia dúzia de nações, cuja economia é passível de comparações com as demais nações do mundo, possuindo alguma solides monetária e planejamento social, não faz sombra à pobreza nem pode ser utilizada como exemplo a ser seguido pelos vizinhos pobres. Pelo contrário, mantém suas fronteiras fechadas e vigiadas, evitando visitantes de mala e cuia, floresta adentro.

    A África "não vende", quem se esqueceu do massacre de Ruanda em 1994? Recém liberta da colonização belga, tinha, majoritariamente, duas etnias predominantes, hutus e tutsis, sendo os tutsis minoritários mas, como herança da colonização, exercendo as melhores funções e ocupando os melhores postos que a Bélgica pudesse liberar para um colonizado.

    Para resumir, o ódio hutu cresceu a tão ponto que, após a liberdade, discutia-se abertamente que o crescimento de Ruanda, passava obrigatoriamente pela eliminação dos Tutsis ( eram mais parecidos com os europeus, inclusive tinham maior estatura, contrariando os hutus) Para levar adiante esse intento que foi planejado um massacre, com a participação política de vizinhos interessados, além do FMI e Banco Mundial, envolvendo financiamentos e compra de armas, passaram-se alguns meses e muitos fugiram de Ruanda.

    Mais de 500 mil tutsis foram mortos, principalmente a golpes do famoso "facão africano", milhares de mulheres foram estupradas, 5 mil crianças, frutos desses estupros, foram assassinados. O que foi feito?

    Alguém acredita nos julgamentos de crimes internacionais realizados na Europa? Salvo se for do seu interesse, tudo cai no esquecimento, indo dormir tranquilo na gaveta do eterno anonimato. Culpo a imprensa, que na mesma época disponibilizava trezentos profissionais para acompanhar o U2 numa apresentação, não fazendo o menor caso de um gato com tamanha magnitude.

    E os serviços secretos das nações modernas? Como não tinham ciência? E as garantias para financiamento através dessas instituições mundiais? Como os governos do mundo dito civilizado, a começar pela desenvolvidíssma Bélgica, permitiu que em 1994 ocorresse tamanha catástrofe?

    Somente há uma resposta e ela não é nada abonadora, a África não interessa, se os Estados Unidos destinassem 1/10 das preocupações que destina para Israel, esses crimes não teriam ocorrido.
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  8. Minha adversária falou da riqueza do solo africano, e não mentiu, são os maiores produtores por exemplo, de diamantes, mas e daí? Há naquele solo riquezas inexploradas que parecem não interessar ao mundo.

    A África só é lembrada em termos turísticos, isso é, se tiver potencial e planejamento adequado para isso, as nações do mundo fugiram da África e não se interessam pelos seus frutos.

    Falei de Israel, como conseguiram plantar melancias e morangos em pleno deserto? Como conseguiram vencer a adversidade de um solo improdutivo, como suportaram desenvolver-se rodeado de milhões de olhos árabes, cobiçosos e prontos para as mais diferentes ações?

    Talvez, falte para o homem africano alguma coisa desse orgulho, restando-lhe a atual posição de mendicância como uma prática cada vez mais costumeira.

    O futuro do continente africano, depende das ações presentes de um mundo globalizado interessado em retira-lo do fundo do poço. Mas, se essas nações estão também atoladas com seus próprios problemas, inclusive as maiores economias mundiais, seria nesse tempo presente que se ocupariam da ÁFRICA.

    Vejo com preocupação esse assunto, e não existe ações de caridade que me comovam mais que o abandono a que assisto.
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  9. A fome ceifará a vida de milhões de almas em 2013 na África, as doenças já erradicadas do ocidente, cuidarão de baixar a densidade demográfica significativamente, de um modo "natural".

    Talvez os líderes do mundo, a exemplo daquela autoridade japonesa, que criticou os esforços para manter a sobrevida dos idosos, como causa do dispêndio da previdência daquele pais, queiram reservar aquelas terras apenas aos seus habitantes originais.

    Sim, quem sabe dessa forma não teria tantos impedindo que milionários se divertissem livremente?

    Na minha tréplica darei algumas alternativas de salvação que, já adianto, são utópicas a considerar o panorama econômico mundial. Peço escusas eu pela pressa, mas prometo maior empenho e disponibilidade na continuidade.
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  10. Sim, é um continente é bastante populoso, que contava com o impressionante número de 1.032.532.974 habitantes, dados retirados do último censo, este, em 2011. Desde montante, mais de 190 milhões de pessoas passam fome. Há outras informações transformadas em números que dão a dimensão desse problema:

    - Em Botsuana , África , a expectativa de vida é de 37 anos , e a média do continente é de 49 anos;
    - O índice de analfabetismo é de 41% ,
    - Houve uma queda de 36% no índice de mortalidade infantil (menores de 5 anos), ao passar de 12 milhões de mortes em 1990 para 7,6 milhões em 2010, segundo relatório conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, na África Subsaariana, o índice é 17 vezes maior que a média apresentada pelos países desenvolvidos, morrendo 1/8 , que segue com a proporção mais alta de mortalidade infantil do mundo.
    - 33% da população da África subsaariana é subalimentada;
    - Aproximadamente 6,5 mil africanos morrem por dia por conta da AIDS;
    - È um continente de contrastes: enquanto uma grande parte da população passa fome, a África do Sul se tornou um dos países com maior índice de obesidade do mundo: 1/6 da população são considerados com sobrepeso ou obesos. A isso se deve a uma rápida urbanização, trabalhos menos exigentes fisicamente, a disseminação da televisão e uma mudança na alimentação de comida caseira para alimentos processados ricos em gordura e açúcar. ( Fonte: The Economist - Fat is bad but beautiful)

    Eis que apresento parte do problema: a miséria e a violência são endêmicas na região mas há também uma solução, que acredito estar na Educação. A redução da mortalidade infantil depende de múltiplos fatores, como a melhoria do acesso aos serviços sanitários, a prevenção de doenças infantis, a melhoria da cobertura de imunização e dos serviços de saneamento, e isso tudo está ligada na questão da saúde pública, porém, um povo educado e consciente de seus direitos saberá cobrar por uma assistência governamental de melhor qualidade. O alto índice de analfabetismo e a precária organização administrativa são alguns dos fatores que favorecem na perpetuação dos níveis de pobreza. Penso que a política exterior deveriam se envolver mais em programas educacionais , objetivando a total erradicação do analfabetismo, e isso, a médio prazo, diminuiria a fome e também, a pobreza. Tenho firme convicção que a solução dos problemas africanos depende muito mais deles do que do resto do mundo. Não nego que todos somos afetados com essa tragédia, mas é importante lembrar que famintos e refugiados de guerras há em toda parte, e ao concentrar esforços de alcance imediato apenas no continente africano é estar fugindo de uma solução. O mundo já não suporta paliativo, e a vida humana não merece esse pouco caso.
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  11. Quando se fala de condições extremas, cito países como Emirados Árabes e Arábia Saudita (e também, como bem lembrou meu adversário, Israel) que não contam com solo fértil e nem não tem rios ou lagos permanentes. As chuvas são escassas e pouco confiáveis, mas apesar disso, sabem administrar seus recursos, onde são capazes de produzir ilhas e oásis, e isso só foi possível por conta da Educação: um povo educado é também livre.

    È sabido que muitos países africanos têm o solo fértil para a produção de alimentos, tanto que isso virou tema de um relatório da ONU lançado no último dia 23 ("Conquista de terra ou oportunidade de desenvolvimento?"), que alarmava para o seguinte: "É investidor e quer arrendar terras para exploração agrícola a um preço muito, muito baixo? África é o caminho." Anúncios como esse foram encontrados na Etiópia, Gana, Sudão e Madagascar.

    O documento alertava sobre o perigo de "um novo neo-colonialismo”, tornando o continente uma espécie de “Nova Terra Prometida”, ou seja, é um ciclo vicioso...

    Algo que todo país pode fazer em favor do continente é perpetuar com a quebra de patentes nas medicações de combate a ação do vírus HIV, além do perdão da dívida externa. São ações práticas que trarão benefícios imediatos, mas, por ser algo que não dependa apenas da política externa ( e sim de conglomerados) a solução apresentada é dividir responsabilidades com a sociedade civil, fazendo campanhas como “SOS Africa”, ou, “USA for Africa - We are the world “. A consciência individual fica mais leve, mas o problema continuaria a existir. E é essa a minha opinião sobre o militância da internet.

    Em sua última participação, listou massacres que aparentemente foram motivados por ódio étnico, e isso pode sim ser uma das explicações para a desgraça, que tem nome e cor. A Àfrica tem fome, em especial, de esperança, e seu histórico é constrangedor: a nação africana sempre contou com uma quantidade enorme de etnias, e quando em guerra, escravizavam e vendiam os perdedores, pura e simplesmente é essa a origem da escravidão. Há também o triste episódio da Conferência de Berlim, que entre os anos de 1884 e 1885 ‘fatiaram’ o continente, não privilegiando a população local, objetivando seus próprios interesses. È certo que os europeus já estivessem presentes no continente anterior ao século XV, mas essa foi a primeira vez que a dominação foi efetiva, com ocupação dos territórios do interior. Porém, como disse anteriormente, não sei se isso é fator determinante hoje em dia, talvez seja ignorância de minha parte considerar tais episódios como cortinas de fumaça...
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  12. Meu oponente levantou importantes questões sobre o assunto e concordo com ele em grande parte: não parece razoável acreditar que a ONU não tome providências para tais fatos, em especial quando se conhece seus principais objetivos:

    • Manter a paz internacional;
    • Garantir os Direitos Humanos;
    • Promover o desenvolvimento socioeconômico das nações;
    • Incentivar a autonomia das etnias dependentes;
    • Tornar mais fortes os laços entre os países soberanos.

    Porém, acredito que o entrave internacional se dê por conta da economia, e não na política, portanto, não parece fácil atender os interesses de empresas que pensam em cifrões. Por isso penso que João se equivoca quando afirma que a África não levanta interesse ao mundo. Levanta, e levanta muito, e esse aparente silêncio, é sim, uma tomada de decisão, tal qual foi em relação à Palestina.

    Por enquanto são essas as minhas considerações, onde espero ansiosa pelas utópicas alternativas que me apresentará, bem como sabe, elas me fascinam, por ser a utopia meu material de trabalho.

    Grata pela paciência e agradável conversa.


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  13. Recentemente, vi uma notícia no mínimo inesperada, a primeira mulher bilionária da África é, exatamente, a filha mais velha do Presidente de Angola. Infiltrando-se especialmente na compra de cotas de empresas da área de telecomunicações e mídias diversas, em especial as portuguesas, transformou-se nesse contraste, a considerar sua origem num bolsão de pobreza subsaariano. Então, foi lembrada pela revista Forbes.

    Perdemos um tempo enorme aqui, eu e minha adversária, falando das mazelas que assolam todo continente africano, e isso não muda, atravessando a fronteira tudo se repete, irmãos sob reinados antigos tornam-se inimigos detestáveis o que justifica, segundo a ótica local, razão para os mais obscenos atos de barbarismo. Será, como disse refutando-me, Roberta teria razão em dizer que o continente "...é muito lembrado...?"

    Se é lembrado gostaria de questionar por quem é lembrado e por qual razão? Eu me lembro do continente africano, sua paisagem e sua vida selvagem além da diversidade dos povos. Assisti, com vivo interesse, um intercambio entre uma família paulistana e uma família nigeriana ( tribos) Vi, em determinado episódio, perfurarem em ponto não vital a uma cabra, e, com grande frenesi alternando-se, beberem o sangue que jorrava diante do espanto dos paulistanos, depois, receberam uma embalagem de farofa industrializada em São Paulo, um refinamento da mesa Brasileira, não imaginam na careta de nojo que fizeram para comer uma mínima porção.

    Bancos e Instituições gerenciadas por parcerias ocidentais não se interessam pela África, cujo produto maior é a questão humanitária, sobre a qual exclusivamente, até aqui falamos, não é diferente o meu diálogo com a Roberta das considerações desses administradores. A diferença é que eles, se efetivamente optarem por alguma ação, ela passará necessariamente pelo gesto contido de "enfiar" a mão no bolso, coisa que, por determinação de uma gerência germânica "de ferro", a UE está se recusando mesmo aos mais tradicionais e históricos aliados.

    Quem lembra da África Roberta? Se é um caçador e gosta de atirar em animais livremente, não o faça contra os ursos americanos, nem os macacos da Índia, as chances de se divertir estão na África, com possibilidade de levar seu troféu, expondo-o para cobiça e sugestão de seus ricos amigos. Quem sabe seu interesse seja o órgão humano essencial para um transplante? Ou talvez a virgindade de uma garota ou, simplesmente, divertir-se entre crianças? Não faça isso na Inglaterra, vá para a África, lá, seus recursos convencerão as autoridades, que sua presença trouxe (para eles) mais benefícios que prejuízos.

    Nada disso resolve o problema africano que envolve a tantas nações, cuja tirania e maldade transcende à compreensão ocidental. Parodiando minha colocação a Roberta citou utopia, o ideal irrealizável, mas, admitiu meu exemplo nos "kibutz", na colheita de morangos e melancias em solo pedregulhoso. Ora, a utopia é a vontade e determinação em alcançar um alvo, a persistência e acima de tudo a fé de visualizar aquilo que nosso pensamento rejeita.

    Porque não uma África próspera e um povo com um grau de desenvolvimento equitativo, um mercado se inserindo com poder de compra e oferta de produtos segundo o potencial daquilo que lhes é inerente?
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  14. Pessoalmente, acho a ONU um organismo ultrapassado, desrespeitado, inútil. Se funcionasse de fato, se fosse independente, seria de uma utilidade enorme para o mundo, eliminando organismos paralelos que se formam a sua revelia, OEA por exemplo. A ONU deveria ser única e suprema e independente.

    Constatado o fato sobre o qual todos conhecem sobejamente, faltam apenas medidas para se implantar a médio prazo, um plano para erradicação da pobreza, analfabetismo e miséria de todo o continente, dele, não se admitiria a nenhuma nação transigir, muito menos cobrar taxas para receber ajuda.

    As medidas não seriam adocicadas, exigiriam que nenhum africano deixasse de produzir, estando em idade de trabalho, campos agrícolas de extensões inacreditáveis, maquinaria de primeiro mundo, tratores e colheitadeiras,profissionais em todas as áreas agrícolas, a principio importados dos países europeus, cujo desemprego atinge níveis inimagináveis.

    Comento com meus filhos que nos dias atuais, nascer, viver e morrer numa mesma nação é um desperdício, considerando tantas possibilidades que o mundo oferece.

    Se você for caixa de um banco de Londres, morrerá como caixa, mas se aventurar pelos mares e pelos continentes, haverá uma possibilidade lógica e bastante palpável de fazer uma fortuna, que jamais conseguiria em sua terra natal.

    Vale a pena lutar por ela enquanto luz houver em seus olhos.
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  15. A educação, começando no maternal ao ensino superior seria um direito assegurado constitucionalmente a cada africano, a distribuição das riquezas seriam taxadas com rigor pelos impostos, de modo que fossem equitativas.

    Os investimentos em armas, hoje prioritários, seriam dedicados a saúde, livrando, principalmente as crianças, das incontáveis doenças a que ainda continuam expostos, por exclusiva incompetência de seus lideres tribais.

    Como impor medidas tão duras? Quais os prazos e quem os fiscalizaria? Asseguro que o processo de criação da zona do Euro não foi mais simples.

    Tudo torna-se menos opaco se há o interesse de fugir do estado de calamidade, seja aquele que caminha ao nosso encontro, seja aquele em que nossos pés já estejam mergulhados.

    Uma junta multiétnica e internacional, revezando-se a cada ano, gerenciaria todos os esforços, direcionando toda a engenharia de acordo com organograma previamente aprovado.

    A África teria valor porque estaria se dispondo a SE ajudar. São idéias genéricas que passam ao largo de dificuldades localizadas, bem sei. Falamos de nações independentes, mas falamos também de um continente moribundo.

    Diante de iminente catástrofe, haveria de se empregar força se preciso fosse, para que os direitos de uma maioria fosse preservado. Acredito que negociações agenciadas pela ONU junto a Organização dos Países Africanos, não com objetivo de apadrinhamento mas a confecção de um Plano Geral de contingência, resultaria sim, em algo positivo.

    Só não se acaba o que nunca se começa, e nada fazendo, ou considerando utópico todas as vias e possibilidades, daqui a 20 anos, outros debatedores estarão aqui falando a mesma coisa, como salvar do caos a África.

    Educação, Saúde, Agricultura como alternativa principal de trabalho, extrativismo consciente, polo de preservação e turismo em parques isolados, industrialização não poluidora, exploração de recursos hídricos e geração de energia, entre outros caminhos, para colocar a África de pé e os africanos se orgulharem por uma questão de igualdade, que chegaria em 20 anos, junto com o respeito e o reconhecimento do mundo que hoje os despreza.

    Big John
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  16. Não acho que houve perda de tempo em elucidar alguns equívocos sobre a África, é sem dúvidas um país de contrastes: de um lado, a miséria em todas as suas nuances. Do outro lado, a opulência. O tema de nosso debate é bastante amplo, mas gostaria, numa outra oportunidade, a abordagem de aspectos religiosos e /ou culturais desse continente, por essa razão não me aterei em rituais que fogem de nossa compreensão. È necessário mais que um olhar imparcial, é preciso uma fundamentação teórica dos fatos, coisa que nesse momento não me parece possível. Mas, voltando ao nosso tema, sei que não é fácil ou confortável confrontar dados, mas acredito que não devemos perder a chance de elencar as potencialidades daquela localidade. Só assim perderemos o discurso pronto que a África é um continente miserável, que merece um olhar mais humano dos países desenvolvidos.

    Considero uma oportunidade rara abordarmos certos aspectos para relembrarmos que não é com assistência mundial que resolveremos uma questão tão específica. Os números alarmantes são conseqüências de uma política exploradora que muitas nações foram vítimas, inclusive o Brasil. O que agrava a situação africana foi por conta do período dessa exploração: até o final da década de 60 muitas nações ainda eram colônias e tinham uma economia baseada em transações comerciais, pouco favoráveis. Com os movimentos de independência, elas se tornaram protagonistas de seus próprios processos econômicos e políticos e passaram a negociar suas riquezas em condições mais vantajosas. Mas, muitos mercenários estão disfarçados de revolucionários, e é a cobiça, a motivação dos infindáveis conflitos civis.

    Há sim falta de água - 40% do território africano não possue rios e lagos, já que um terço de sua área é desértica, porém, a África possui rios muito extensos e volumosos, tornando a vida possível ao longo de suas margens. Os exemplos são Nilo, Vitória, Congo, Niger, Niassa, Tangânica, Rodolfo e Zambeze. Por conta disso, o continente construirá o maior programa hidrelétrico do mundo. Pelo projeto, A África do Sul e a República Democrática do Congo serão responsáveis pela construção de uma represa que poderá fornecer eletricidade a quase 500 milhões de pessoas. Será construída nas Cataratas Inga, e calcula-se que o complexo vá gerar cerca de 40 mil megawatts (MW), mais que o dobro da maior represa existente, a de Três Gargantas, China, e mais de um terço do total da eletricidade produzida atualmente na África.
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  17. O continente tem ainda enormes reservas subterrâneas, apesar de estudos considerarem o processo de captação complexo, é possível afirmar que a produtividade dos aqüíferos seria suficiente para consumo e irrigação em todo o território.

    "As maiores reservas de águas subterrâneas ficam no norte da África, em grandes bacias sedimentares, na Líbia, Argélia e Chade", diz Helen Bonsor, da BGS. "A quantidade armazenada nessas bacias é equivalente a 75 metros de água sobre aquela área. É uma quantidade enorme." (Environmental Research Letters, reproduzido pela BBC em abril de 2012).


    Ou seja, já existe a solução para ao menos, esse problema.

    Eu realmente disse que a África é muito lembrada e não só enquanto continente, que fique claro. Porém, cometi um equívoco ao comparar a situação da África com a Palestina: desde que ela foi criada ( 1945), a ONU demonstrou interesse em anexar os países africanos enquanto membros. Só que essa inclusão só se dá após sua independência, hoje a União Africana possui 54 países-membros independentes.

    A ONU faz sua parte, que é ínfima perto do deveria (que é diferente do que poderia) ser feito, mas, se considerarmos que a maioria dos problemas estão no âmbito econômico, e não político (como se suponha) é compreensível tais resultados. Mas, apesar disso, a ONU trabalha em estreita colaboração com os mecanismos regionais de cooperação da África, além de trabalhar conjuntamente com outras ONG’s e projetos internacionais, como por exemplo, as missões de paz, que atuam no Sudão (especificamente em Darfur), na Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Libéria e em todo Saara Ocidental. Há ainda os programas “Médicos sem fronteiras”, “Pastoral da Criança”, “Mirim-Brasil”, entre outros. A entidade também aprovou a 1ª resolução contra mutilação genital feminina, documento este que pede aos países– membros que tomem medidas educativas e punitivas.
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  18. Apesar da atuação desses grupos humanitários, a atenção dada ao continente africano sempre será insuficiente. Conforme relatório publicado de 2009 pela Cruz Vermelha Internacional e pelo Crescente Vermelho, a assistência humanitária na África não satisfaz às necessidades dos habitantes: é preciso entender que, mesmo sendo de grande importância para auxílio imediato a população africana, ações assistencialistas não são capazes de solucionar os problemas do continente. È quase que dar murro em ponta de faca.

    Por essa razão, elejo a Educação como a solução dessa tragédia: mas não apenas enquanto formativa, e sim, aquela capaz de humanizar uma realidade. Para tanto, é importante a aplicação de ações conjuntas com toda a sociedade civil, o que é bem diferente da ajuda externa, obtida através do assistencialismo. E aqui entra aquilo que meu ofício defende que, pensando friamente, nem considero tão utópico assim: a Educação muda o mundo, mudando as pessoas. Alguém educado socialmente será de fato, cidadão, que cumprirá com seus deveres e exigirá seus direitos. E é nisso que acredito. Sei que não é algo fácil, mas, por outro lado, é absurdamente simples.

    E com a emblemática frase de Nelson Mandela, encerro por enquanto, minha participação:


    “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” 
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  19. Parabéns pela presteza que me surpreendeu, concordo com a importância da educação, mas para educar um povo ele precisa estar alimentado, ele precisa ter acomodações que os abrigue das intempéries, eles precisam de segurança para não ser atingidos enquanto estiverem olhando para um quadro negro. Logo, todas as medidas são importantes e cruciais, e já deveriam estar em uso se é que quiséssemos recuperar o tempo perdido para as próximas duas décadas, o que não está acontecendo.

    A África foi leiloada pelas nações de todo mundo, sim, inclusive o Brasil, sim, embora que o governo Lula andasse perdoando dívidas com alguns povos, o crime da escravidão e do servilismo que ainda afeta os negros é patente aos olhos de quem observa, mas a seu tempo, foram relações comerciais aceitas pelos líderes de ambos os lados, e digo mais, caso medidas severas não sejam adotadas, as necessidades de nações superpovoadas que precisam de matéria prima de várias ordens, falará mais alto e a África sera dilapidada sem nenhuma dó.

    Recentemente, os japoneses por exemplo, compraram e devastaram uma ilha do caribe, retirando toda madeira existente, deixando um rastro de deserto atrás de si. Quando um repórter olhando aquela destruição que ficava cada vez mais visível enquanto o navio se afastava, perguntou ao Capitão japonês " e agora? Sua resposta foi expressiva, " ...agora vamos procurar e comprar madeira de uma outra ilha" Japoneses e Russos são encontrados regularmente dentro dos limites das águas nacionais, e não respeitam nenhuma regra de preservação, nem se emocionam com nenhuma tragédia deixada após suas ações.

    Porque seria diferente na África?

    Estamos nas considerações finais Roberta, e deveremos deixar claro aqui, aquilo que de fato acreditamos como alternativas para salvar um continente, cujo povo é tão vulnerável como um golfinho e seu filhote, nadando defronte a uma fragata russa na imensidão do Atlântico.

    Quando falamos em medidas sócio-educativas, estamos pressupondo não haver ganância muito menos necessidades mundo afora, pensamos que os homens por trás desses governos sejam todos altruístas, humanos, mas na verdade eu lhe digo, essa falsa concepção é a causa de nosso eterno subdesenvolvimento, e será a causa da manutenção africana dentro de padrões da idade da pedra, por interesse de seus exploradores. Da mesma forma que a educação liberta o homem da escravidão moral, mostrando um mundo do qual ele sempre esteve alijado, o desenvolvimento de um novo continente, poderá significar um novo bolsão de concorrentes e adversários.

    E então?
    Como retirar a África do abismo em que mergulha, empurrada pelo bico da bota de nossas ações e omissões?
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  20. Todas as ações isoladas que você mencionou em sua fala, são importantes, eu diria, são melhores que nada, porque são todas ações pontuais e atendem sempre e apenas, objetivos que não se ocupam de camuflar, os verdadeiros interesses de quem aplicará recursos em tais empreitas. Eles sim, são de fato o alvo de todos os cuidados e esperanças de sucesso da empreita.

    Há (sempre) uma contrapartida que anela o tornozelo africano, tal qual um elefante acorrentado num espaço pequeno de um circo, não visa retirar um povo do poço da miséria absoluta, dotando-os de condições (todas) necessárias para que sejam transformados em cidadãos.

    Somente os organismos representativos como a Organização dos Países Africanos e a ONU, com ações conjuntas, imediatas, fazendo da ressurreição africana um objetivo a alcançar, não um sonho para enganar uma tribo.

    Um grande fórum para erradicação da pobreza, para a recuperação da saúde pública, para a geração de renda, para a educação e o bem estar social, como sendo alvos de planejamento pragmático, com recursos internacionais sendo empregados com severa prestação de contas, para evitar que uma mulher, filha de um presidente de um pais miserável economicamente, seja divulgada pela Forbes como a primeira dama bilionária da África.

    O que ela teria vendido para conseguir mais de 1 bilhão de dólares? Como explicaria para o povo de seu pais, cujas moscas infectam os olhos e bocas abertas pelo suplício da fome e da sede?

    Considero como criminosos todos aqueles que se locupletam dos recursos que deveriam destinar a erradicação da miséria, e a pena para esses não poderia ser outra senão a forca.
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  21. Chego afinal no epílogo de minhas considerações, chego satisfeito, posto que tive minhas palavras complementadas pela minha adversária.

    Concordamos que o estado da África necessita de nossa atenção, e, longe de assistencialismo, necessitam dos organismos internacionais que existem exclusivamente para esse fim, atuarem nas nações associadas, livrando-as e a seus povos, de um situação de penúria degradante.

    Não podemos nos orgulhar da opulência de uma nação ou de um continente, enquanto nossos olhos estiverem evitando o constrangimento da falta de atitude.

    O que adianta o esplendor americano, as luzes de Paris, a evolução tecnológica japonesa , a beleza do Cristo Redentor, se uma criança chora de fome ao lado do cadáver da mãe do outro lado do oceano?

    Como comemorar o crescimento e a riqueza de uma nação e povo, se pouco ou nada fazemos para o lenitivo daqueles que sofrem na esperança silenciosa de nosso gesto?

    Quando a ONU foi confrontada pela sua incompetência na causa africana pelos nossos líderes?

    Se cada internauta que passa horas online, enviasse uma cobrança diária por medidas saneadoras talvez o quadro fosse diferente, talvez então eu mesmo pudesse dizer que, na minha pequena força, havia também feito algo.

    Se esse trabalho em conjunto com a Roberta, causar uma mínima revolução, que ela venha com uma atitude de sua parte, e me darei plenamente por satisfeito, pois minha causa aqui não é vencer um debate mas levar uma mensagem, que eu espero, faça morada no seu coração.

    Obrigado
    Big John
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  22. Então chegamos ao fim nessa agradável conversa. Creio que nossas falas foram de fato, complementares: enquanto focou-se nas conseqüências, limitei na causa, e seguindo aquilo que acredito, apresentei como primeira solução, a Educação. Minha única discordância em relação a sua última participação se deu por conta dessa sentença: “Todas as ações isoladas que você mencionou em sua fala, são importantes, eu diria, são melhores que nada, porque são todas ações pontuais e atendem sempre e apenas, objetivos que não se ocupam de camuflar, os verdadeiros interesses de quem aplicará recursos em tais empreitas”. Não elenquei nenhuma ação isolada, são todas conseqüências de um estudo de campo, de planejamento, de investimento na educação de um povo. Mas eu concordo que há, em urgência, a necessidade de manter vivas essas pessoas, é imperativo fornecer instrumentos que possibilitam sua sobrevivência. O único senão é que, em muitos casos, essa ajuda emergencial para por aí: dão o alimento hoje, mas, e (o) amanhã? È preciso sim, dar o peixe, mas é fundamental ensiná-los a pescar, especialmente por saber que a aquisição de recursos – doações - não tem valor fixo.

    A revolução das mídias é um tema sempre em voga. Foi por isso inclusive que quis, certa vez abordar o assunto, como anteriormente nesse debate, citei. È mais que compreensível que em episódios de enorme comoção tragam algumas resoluções, mas por não obedecer um principio básico que é a racionalidade, são atitudes menores, ainda que importantes: servem para a validar crenças pré-existentes, para a um up grade na própria vontade de viver, uma reafirmação de fé na humanidade... Pode parecer cinismo, mas acredito que o ato da caridade é em princípio, um bem que se faz pra si mesmo, o outro, é secundário. Contudo, apesar disso, é uma atitude que merece nosso respeito, e por isso, compartilho nesse espaço algumas informações que podem ser úteis para quem quer fazer algo, e não sabe por onde começar:

    Agência de Refugiados das Nações Unidas (UNHCR)

    [http://donate.unhcr.org/somalia]

    Doações únicas ou mensais, em dólares e via cartão de crédito. Com apenas US$ 7 (cerca de R$ 11), já é possível comprar um kit de alimentação para uma criança desnutrida.

    Programa Mundial de Alimentos (WFP)
    [https://www.wfp.org/donate/fillthecup]

    A agência filiada à ONU permite doações em seis moedas diferentes (R$ não incluso) e o direcionamento da ajuda – para a África ou o local “onde a necessidade for maior”.

    Médicos Sem Fronteiras (MSF)

    [https://www.msf.org.br/doador-sem-fronteiras]

    Opção de pagamento via boleto bancário ou débito automático, em reais. A ONG também informa o que pode ser adquirido com a quantia. Com R$ 30, por exemplo, é possível ajudar uma criança desnutrida por um mês.

    Unicef

    [http://www.supportunicef.org/site/c.dvKUI9OWInJ6H/b.7659299/k.E35/Donate_now_to_the_Horn_of_Africa_crisis.htm]

    O órgão do ONU aceita doações em dólares. O valor é automaticamente direcionada para ações nos países do Chifre da África.
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  23. Save the Children

    [ https://secure.savethechildren.org/site/c.8rKLIXMGIpI4E/b.6239017/k.569B/Child_Hunger_Crisis_Fund/apps/ka/sd/donor.ASP ]


    Doações feitas em dólares e somente via cartão de crédito. O valor é livre, mas a ONG indica que basta doar US$ 1 (pouco mais de R$ 1,50) por dia durante 100 dias para salvar uma criança da fome.

    Care

    [https://my.care.org/site/Donation2?df_id=9620&9620.donation=form1]

    O doador pode optar entre as sugestões ou doar um valor desejado. A doação é feita em dólares. A entidade informa o que pode ser feito com o valor doado.

    Action Aid

    [http://www.actionaid.org.br]

    Agência tem página simples para as doações. Basta preencher os dados, estipular o valor e contribuir.

    Há também a opção do voluntariado, onde algumas agências, como as Nações Unidas [http://www.onu.org.br/] e o Voluntariado Mundial,[ http://www.worldvolunteerweb.org] oferecem programas de voluntariado, local ou à distância.

    Entendo que quando a sociedade civil é acionada, há um retorno. Mas esse tipo de mobilização é aquilo que defendo “ser melhor do que nada”, e vou explicar a razão: África é um continente que clama por auxílio, e ele chega, porém, a conta-gotas. Não porque é ofertado um número pequeno de auxílio, mas em razão de, dia após dia, aumentar o número de necessitados. São milhões que precisam de ajuda imediata para viver, portanto, essa ajuda, é muito bem vinda, afinal de contas, o que pode ser pior do que presenciar outro ser humano morrer a míngua?

    Ocorre que essa ajuda gera um custo operacional enorme, faltando, evidentemente recursos humanos e financeiros para algo terminante. Portanto é uma mobilização que não tem fôlego para alcançar objetivos maiores. Isso sem mencionar um artigo que li, certa vez que me deixou pasma: “Pelo amor de Deus, parem de ajudar África”, de James Shikwati, um economista queniano. Fiquei estupefata com essa espécie de ‘revelação’.

    Por essa razão, é tão importante ter ao menos, dois pontos de vista de uma mesma questão, e também por isso bato na tecla do poder transformador da Educação: com ela, será possível, um dia, que esse continente seja cada dia mais independente. È importante lembrar que uma mudança social não se faz de uma noite para o dia – é algo a ser plantado hoje, e só ser colhido daqui umas duas décadas. È essa a solução que apresento, entendo que não é algo que ocorrerá imediatamente, o que lamento profundamente, mas sei também que, será algo definitivo.
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  24. Realmente não sei o que poderia ser feito HOJE para esses milhões de feridos em sua dignidade humana, mas em médio prazo, vejo nas soluções internas a resposta para que catástrofes como essa não sejam mais toleradas e muito menos, repetidas. Numa analogia diria que eles têm os ingredientes, falta apenas o modo de fazer a receita.

    E eis que termino minha participação, agradecendo meu oponente que se mostrou desde o início comprometido com o tema, e com isso fez deste duelo tão interessante. Aprendi muito com as reflexões que me proporcionou, e por isso, agradeço.


    Até uma próxima oportunidade :)

25 comentários:

  1. O futuro da África

    Quero agradecer a minha adversária, por auxiliar-me naquilo que considero como o romper de um véu, o do esquecimento que paira sobre um continente, o abandono a que estamos renegado indiscriminadamente, os povos Africanos.

    O que será da África do futuro? As grandes economias do mundo costumam a cada novo ano,se planejar naquilo chamado popularmente de "ten years plan" A África foi o continente que mais empobreceu nos últimos tempos.

    O pensamento administrativo com visão mínima de futuro, é trabalho sério que envolve as economias dominantes, havendo quem se ocupe com os 20, 50 e 100 anos adiantes de seu tempo.

    Entretanto, todas as notícias que nos chegam da África, (digo das coisas presentes e passadas), dão conta de desgraças, fome, miséria, como se jamais pudéssemos desatrelar uma de outra coisa.

    O presente da África é uma foto ou um vídeo de crianças moribundas, esqueléticas, arrastando-se entre abutres que aguardam sua refeição.

    Lideres, se bem que essa palavra remeta a alguém cujos exemplos sejam positivos, se levantam aqui e acolá, mas carecem de princípios éticos elementares, necessários para que a máxima "...quem é tirânico na oposição será violento no poder..." não se transforme em mais um fardo, para os ombros feridos por séculos de exploração.

    A África é notória por colecionar figuras que nos lembra Idi Amim, seja na arrogância, incompetência e maldade. As condições climáticas desfavoráveis, o uso indiscriminado dos recursos naturais, a total dependência estrangeira, colocam o continente africano de joelhos, a mercê da misericórdia alheia nesse mundo globalizado que, assistem passivos, os cerca de 300 milhões de Africanos se debatendo em lenta agonia.

    Cada um padece de seus próprios problemas, mas se esse é um retrato mau retocado do presente o que se reserva para o futuro?

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  2. Durante uma cúpula do G8 realizada na Escócia, foi prometido que se enviaria a África 21.5 Bilhões de Dólares até 2010, até essa data, apenas um terço desse valor havia chegado.

    A África se consome em pragas e doenças como a AIDS por exemplo, o atraso econômico e social simplesmente IMPEDE que a África se levante, e se não se levanta, como um grande e velho elefante, fará dos desertos que substitui o que restou das suas savanas e pastagens, o ser recanto final e jamais se levantará.

    Os "líderes" africanos são ávidos por taxar qualquer tipo de ajuda humanitária, são ferozes em se locupletar com a escassa ajuda que ainda chega, apesar da crescente onda de descrédito que as nações doadoras comprovam, tendo seus enviados tais como médicos, enfermeiros e operários qualificados, vigiados por soldados armados, pelo simples receio de que semeie alguma revolta.

    Como ajudar a África? Todos sofrem inclusive os animais, famintos, leões da Tanzânia mataram 149 pessoas para seu alimento num ano, há diversos registros de ataques em países vizinhos e outros sem estatísticas.

    A extensão territorial é imensa, 30 milhões de KM2 cobrindo 20% de nosso planeta a África Negra ou sub saariana, com suas 44 nações, clama por um gesto urgente que mostre e demonstre os valores igualitários, difundidos entre as mais variadas nações ocidentais.

    O analfabetismo, a seca e as doenças, implicam na menor expectativa de vida do planeta e não vejo expectativas de mudanças para esse quadro, mesmo com a descendência queniana do mais poderoso presidente em exercício, Barak Obama.

    Como vencer as limitações impostas por líderes corruptos, como suportar a distância que nos separa, daquele que agoniza a falta daquilo que destinamos as nossas lixeiras?

    Como sensibilizarmos governos, denunciando criminosos, como alguns que agem em nosso século promovendo carnificinas e as piores mazelas que se conceberia imaginar?

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  3. Como eu disse em outro debate, há mais pessoas falando nesse momento no Facebook que em toda a terra 20 anos passados. A ferramenta chamada Internet é poderosa e tem conseguido movimentar milhões de pessoas em todo mundo.

    De modo que é comodo saber que tudo isso acontece e depois sair do computador e sentar com o controle remoto da TV nas mãos, pouco ou nada fazendo para que o futuro de alguém que seja, pudesse vir a ser modificado.

    Quando lancei meu desafio, deixei um vídeo que conta o envolvimento de milhões de pessoas, contrariando autoridades e códigos, fazendo com que a vontade manifesta de uma maioria esmagadora, agisse, de modo a que se prendesse criminosos, libertando-se um exército de escravos.

    A única forma de salvar a África é uma conscientização mundial, e ela passa obrigatoriamente pela Internet e envolve todos os povos. Uma dona de casa não pode se eximir de que nada pode fazer se tem como acessar, cobrando providências e demonstrando fragilidades.

    Lendo a história de Stalin, deparei com o seguinte texto falando sobre o impacto da segunda mudança, onde comandou uma revolução na vida de milhões de Russos..." forçou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas e improdutivas propriedades, fundando fazendas coletivas, arrancou implacavelmente da mão do mujique, o velho e secular arado, obrigando-o a segurar a roda de um trator moderno
    levou dezenas de milhões à escola erradicando analfabetismo..."

    Há salvação para a África, e ela passa também por medidas de grande impacto, temos homens com capacidade para planejar o salvamento daquele continente, tornando produtiva aquelas terras, preservando o incalculável bem ambiental que representa, retirando o povo da miséria e da ignorância, provendo meios de subsistência e ascensão social digna.

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  4. África – um rico continente pobre: subsolo de riquezas e na superfície, toda sorte de desesperança.


    Muito boa a sua introdução, espero com minhas ponderações contribuir com o tema que tanto me (nos) interessa.

    A África não é um continente pobre. È um continente pouco desenvolvido por conta da exploração de muitas potências, além das guerras civis, que fazem parte de seu DNA. Afirma que somos todos responsáveis pela melhoria desse povo, e não vejo como discordar, mas acredito que há bem mais do que isso.

    Parece sem sentido preocupar-se com o futuro desse continente tendo ciência do passado e analisando seu presente. João Xavier tem razão quando afirma que o território africano foi o que mais empobreceu nas últimas décadas, mas o que muitos parecem não saber é o seu potencial hidrelétrico, que se bem utilizado, seria o maior do mundo, bem como a opulência de seus recursos minerais: fosfato, cobre, ouro, bauxita, urânio, cobre, prata, zinco, ferro, diamante, cobalto, além de abrigar quase 10% das reservas mundiais de petróleo e gás natural. Apesar dessa abundância de recursos, sua economia é muito pequena, trazendo como conseqüência triste, o contraste social, onde, grande parte da população sobrevive com menos de 2 dólares/dia. Portanto, mencionar pessoas esqueléticas e moribundas, fugindo de abutres é uma realidade bastante comum na maior parte desse continente.

    Mas há um engano usual de se imaginar que essa realidade é comum aos países que compõe o continente: num universo superior a 50 nações, há alguns (poucos) exemplos de um padrão de vida razoável: África do Sul, Argélia, Egito, Líbia e Nigéria. Levantar essa questão pode ajudar a propiciar a ruptura da concepção preconceituosa a respeito do continente, destacando também seus pontos positivos.

    A África é uma mina de ouro, há muito descoberta por seus colonizadores, tal qual aqui, na época do descobrimento. Seria essa a razão da tragédia humana daquela localidade?

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  5. È certo que a distribuição de renda não é igualitária, mas corrupção, baixos níveis de educação, não parece justificativas plausíveis para tamanha desgraça. Há a desculpa das guerras civis, que sempre interpretei como uma espécie de cortina de fumaça, pois não os considero enquanto rebeldes - que defendem uma causa- e sim, como saqueadores ( os recursos naturais são alvos de disputas entre milícias que são colaboradas por governos corruptos) mas, ao menos em relação a isso, é ainda uma opinião pessoal com pouca fundamentação teórica.

    Há estudos bastante sérios que buscam entender a razão desse atraso no IDH, e para isso, usam como parâmetros, índices econômicos de países com a mesma característica de anos atrás. Como solução apresenta aquilo que foge ao óbvio: investir na agricultura. “Nada de teoria da dependência, nada de exploração dos países industrializados sobre os produtores de commodities. A dura realidade para quem defendeu uma vida inteira industrialização e substituição de importados como rota para o desenvolvimento é ter de admitir que as coisas são muito mais simples do que aparentam.”(Marcel van Hattem) – fiquei particularmente surpresa com essa fala.


    “Como vencer as limitações impostas por líderes corruptos, como suportar a distância que nos separa, daquele que agoniza a falta daquilo que destinamos as nossas lixeiras?”


    Dias atrás li dois indigestos artigos [http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/08/os-motivos-da-fome-na-africa-por-que.html] e [ http://www.brasildefato.com.br/node/10618] que demonstravam os motivos da fome. O problema é a logística perversa da economia. A imprensa tem a mania leviana de transferir a culpa para a população, desviando da cadeia produtiva e mercado. È simples atribuir a culpa a terceiros e também propor soluções de organizações civis para uma questão que se não for enfocada obedecendo o olhar imparcial , não terá solução. Lendo artigos como esse, percebe-se que o problema é menor do que se imagina (não há falta de alimentos) mas, parece bem pior de se resolver. Fiquei bastante desanimada...

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  6. As redes sociais podem fazer algum tipo de revolução?


    Não desgosto da tendência cada vez mais numerosa do ativismo, especialmente estes, via redes sociais, mas consigo entender apenas como uma primeira ação. È preciso ir além...

    Há alguns dias mencionei o interesse em discutir sobre a importância desse tipo de mobilização, e citei a Primavera Árabe. Levantei outros dados mais recentes, como por exemplo, o cancelamento das festas do ano novo na Índia, por conta de um estupro coletivo e também, o episódio "Kony", um documento-denúncia sobre um sanguinário criminoso africano. A ação popular tem força, porém, sem uma mudança na sociedade, essa força se torna ineficiente. Portanto, concordo quando diz que é uma escolha cômoda, que, de forma prática traz poucas mudanças, mas que, pessoalmente, faz um bem a sua consciência. Os ‘revolucionários do mouse’ ao menos começaram algo, fazem mais que a maioria, mas percebo que isso nem de perto é suficiente. A solução definitiva eu realmente não sei.



    Por essa razão não sei se a salvação da África passa necessariamente por essa mobilização mundial. Tenho convicção no poder transformador da Educação: ela vem antes do Progresso. E penso que até concorde com isso, por citar a história de Stalin: “...forçou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas e improdutivas propriedades, fundando fazendas coletivas...” – não me parece uma mudança global, evidentemente foi uma enorme transformação, porém, foi bem local. Não conheço esse personagem, mas, confiando no que afirmou em sua participação, acredito que a concordância popular se deu em contrapartida da oferta a Educação, s estiver errada nesse raciocínio, peço que me corrija, ok?


    Bom, por ora é só: mais uma vez peço desculpas por meu atraso e falta de cuidado em minha primeira participação, onde, reitero que não mais se repetirá.

    Finalizo minha primeira parte, agradecendo a escolha do tema que além de diferente dos que tenho discutido, trará um benefício pessoal ao elucidar alguns pontos.




    Att,


    R.

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  7. O fato do ineditismo desse tema, já o credencia como algo especial que foge dos temas corriqueiros, principalmente aqueles envolvendo sexo e religiosidade. Não errei em escolher a adversária que, em sendo educadora, já adiantou que a solução do caos presente passa, obrigatoriamente, pela educação.Antes, quero corrigir minhas informações, havia dito anteriormente serem os africanos mais de 300 milhões, e de fato o são.

    Somente na África "negra" algumas fontes sustentam que são mais de 750 milhões, considerando que todos os países subsaarianos, convivem com situações de máxima degradação humana, resta uma meia dúzia de nações, cujo número eleva o total de habitantes para algo próximo a 1 bilhão de habitantes.

    Essa meia dúzia de nações, cuja economia é passível de comparações com as demais nações do mundo, possuindo alguma solides monetária e planejamento social, não faz sombra à pobreza nem pode ser utilizada como exemplo a ser seguido pelos vizinhos pobres. Pelo contrário, mantém suas fronteiras fechadas e vigiadas, evitando visitantes de mala e cuia, floresta adentro.

    A África "não vende", quem se esqueceu do massacre de Ruanda em 1994? Recém liberta da colonização belga, tinha, majoritariamente, duas etnias predominantes, hutus e tutsis, sendo os tutsis minoritários mas, como herança da colonização, exercendo as melhores funções e ocupando os melhores postos que a Bélgica pudesse liberar para um colonizado.

    Para resumir, o ódio hutu cresceu a tão ponto que, após a liberdade, discutia-se abertamente que o crescimento de Ruanda, passava obrigatoriamente pela eliminação dos Tutsis ( eram mais parecidos com os europeus, inclusive tinham maior estatura, contrariando os hutus) Para levar adiante esse intento que foi planejado um massacre, com a participação política de vizinhos interessados, além do FMI e Banco Mundial, envolvendo financiamentos e compra de armas, passaram-se alguns meses e muitos fugiram de Ruanda.

    Mais de 500 mil tutsis foram mortos, principalmente a golpes do famoso "facão africano", milhares de mulheres foram estupradas, 5 mil crianças, frutos desses estupros, foram assassinados. O que foi feito?

    Alguém acredita nos julgamentos de crimes internacionais realizados na Europa? Salvo se for do seu interesse, tudo cai no esquecimento, indo dormir tranquilo na gaveta do eterno anonimato. Culpo a imprensa, que na mesma época disponibilizava trezentos profissionais para acompanhar o U2 numa apresentação, não fazendo o menor caso de um gato com tamanha magnitude.

    E os serviços secretos das nações modernas? Como não tinham ciência? E as garantias para financiamento através dessas instituições mundiais? Como os governos do mundo dito civilizado, a começar pela desenvolvidíssma Bélgica, permitiu que em 1994 ocorresse tamanha catástrofe?

    Somente há uma resposta e ela não é nada abonadora, a África não interessa, se os Estados Unidos destinassem 1/10 das preocupações que destina para Israel, esses crimes não teriam ocorrido.

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  8. Minha adversária falou da riqueza do solo africano, e não mentiu, são os maiores produtores por exemplo, de diamantes, mas e daí? Há naquele solo riquezas inexploradas que parecem não interessar ao mundo.

    A África só é lembrada em termos turísticos, isso é, se tiver potencial e planejamento adequado para isso, as nações do mundo fugiram da África e não se interessam pelos seus frutos.

    Falei de Israel, como conseguiram plantar melancias e morangos em pleno deserto? Como conseguiram vencer a adversidade de um solo improdutivo, como suportaram desenvolver-se rodeado de milhões de olhos árabes, cobiçosos e prontos para as mais diferentes ações?

    Talvez, falte para o homem africano alguma coisa desse orgulho, restando-lhe a atual posição de mendicância como uma prática cada vez mais costumeira.

    O futuro do continente africano, depende das ações presentes de um mundo globalizado interessado em retira-lo do fundo do poço. Mas, se essas nações estão também atoladas com seus próprios problemas, inclusive as maiores economias mundiais, seria nesse tempo presente que se ocupariam da ÁFRICA.

    Vejo com preocupação esse assunto, e não existe ações de caridade que me comovam mais que o abandono a que assisto.

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  9. A fome ceifará a vida de milhões de almas em 2013 na África, as doenças já erradicadas do ocidente, cuidarão de baixar a densidade demográfica significativamente, de um modo "natural".

    Talvez os líderes do mundo, a exemplo daquela autoridade japonesa, que criticou os esforços para manter a sobrevida dos idosos, como causa do dispêndio da previdência daquele pais, queiram reservar aquelas terras apenas aos seus habitantes originais.

    Sim, quem sabe dessa forma não teria tantos impedindo que milionários se divertissem livremente?

    Na minha tréplica darei algumas alternativas de salvação que, já adianto, são utópicas a considerar o panorama econômico mundial. Peço escusas eu pela pressa, mas prometo maior empenho e disponibilidade na continuidade.

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  10. Sim, é um continente é bastante populoso, que contava com o impressionante número de 1.032.532.974 habitantes, dados retirados do último censo, este, em 2011. Desde montante, mais de 190 milhões de pessoas passam fome. Há outras informações transformadas em números que dão a dimensão desse problema:

    - Em Botsuana , África , a expectativa de vida é de 37 anos , e a média do continente é de 49 anos;
    - O índice de analfabetismo é de 41% ,
    - Houve uma queda de 36% no índice de mortalidade infantil (menores de 5 anos), ao passar de 12 milhões de mortes em 1990 para 7,6 milhões em 2010, segundo relatório conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, na África Subsaariana, o índice é 17 vezes maior que a média apresentada pelos países desenvolvidos, morrendo 1/8 , que segue com a proporção mais alta de mortalidade infantil do mundo.
    - 33% da população da África subsaariana é subalimentada;
    - Aproximadamente 6,5 mil africanos morrem por dia por conta da AIDS;
    - È um continente de contrastes: enquanto uma grande parte da população passa fome, a África do Sul se tornou um dos países com maior índice de obesidade do mundo: 1/6 da população são considerados com sobrepeso ou obesos. A isso se deve a uma rápida urbanização, trabalhos menos exigentes fisicamente, a disseminação da televisão e uma mudança na alimentação de comida caseira para alimentos processados ricos em gordura e açúcar. ( Fonte: The Economist - Fat is bad but beautiful)

    Eis que apresento parte do problema: a miséria e a violência são endêmicas na região mas há também uma solução, que acredito estar na Educação. A redução da mortalidade infantil depende de múltiplos fatores, como a melhoria do acesso aos serviços sanitários, a prevenção de doenças infantis, a melhoria da cobertura de imunização e dos serviços de saneamento, e isso tudo está ligada na questão da saúde pública, porém, um povo educado e consciente de seus direitos saberá cobrar por uma assistência governamental de melhor qualidade. O alto índice de analfabetismo e a precária organização administrativa são alguns dos fatores que favorecem na perpetuação dos níveis de pobreza. Penso que a política exterior deveriam se envolver mais em programas educacionais , objetivando a total erradicação do analfabetismo, e isso, a médio prazo, diminuiria a fome e também, a pobreza. Tenho firme convicção que a solução dos problemas africanos depende muito mais deles do que do resto do mundo. Não nego que todos somos afetados com essa tragédia, mas é importante lembrar que famintos e refugiados de guerras há em toda parte, e ao concentrar esforços de alcance imediato apenas no continente africano é estar fugindo de uma solução. O mundo já não suporta paliativo, e a vida humana não merece esse pouco caso.

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  11. Quando se fala de condições extremas, cito países como Emirados Árabes e Arábia Saudita (e também, como bem lembrou meu adversário, Israel) que não contam com solo fértil e nem não tem rios ou lagos permanentes. As chuvas são escassas e pouco confiáveis, mas apesar disso, sabem administrar seus recursos, onde são capazes de produzir ilhas e oásis, e isso só foi possível por conta da Educação: um povo educado é também livre.

    È sabido que muitos países africanos têm o solo fértil para a produção de alimentos, tanto que isso virou tema de um relatório da ONU lançado no último dia 23 ("Conquista de terra ou oportunidade de desenvolvimento?"), que alarmava para o seguinte: "É investidor e quer arrendar terras para exploração agrícola a um preço muito, muito baixo? África é o caminho." Anúncios como esse foram encontrados na Etiópia, Gana, Sudão e Madagascar.

    O documento alertava sobre o perigo de "um novo neo-colonialismo”, tornando o continente uma espécie de “Nova Terra Prometida”, ou seja, é um ciclo vicioso...

    Algo que todo país pode fazer em favor do continente é perpetuar com a quebra de patentes nas medicações de combate a ação do vírus HIV, além do perdão da dívida externa. São ações práticas que trarão benefícios imediatos, mas, por ser algo que não dependa apenas da política externa ( e sim de conglomerados) a solução apresentada é dividir responsabilidades com a sociedade civil, fazendo campanhas como “SOS Africa”, ou, “USA for Africa - We are the world “. A consciência individual fica mais leve, mas o problema continuaria a existir. E é essa a minha opinião sobre o militância da internet.

    Em sua última participação, listou massacres que aparentemente foram motivados por ódio étnico, e isso pode sim ser uma das explicações para a desgraça, que tem nome e cor. A Àfrica tem fome, em especial, de esperança, e seu histórico é constrangedor: a nação africana sempre contou com uma quantidade enorme de etnias, e quando em guerra, escravizavam e vendiam os perdedores, pura e simplesmente é essa a origem da escravidão. Há também o triste episódio da Conferência de Berlim, que entre os anos de 1884 e 1885 ‘fatiaram’ o continente, não privilegiando a população local, objetivando seus próprios interesses. È certo que os europeus já estivessem presentes no continente anterior ao século XV, mas essa foi a primeira vez que a dominação foi efetiva, com ocupação dos territórios do interior. Porém, como disse anteriormente, não sei se isso é fator determinante hoje em dia, talvez seja ignorância de minha parte considerar tais episódios como cortinas de fumaça...

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  12. Meu oponente levantou importantes questões sobre o assunto e concordo com ele em grande parte: não parece razoável acreditar que a ONU não tome providências para tais fatos, em especial quando se conhece seus principais objetivos:

    • Manter a paz internacional;
    • Garantir os Direitos Humanos;
    • Promover o desenvolvimento socioeconômico das nações;
    • Incentivar a autonomia das etnias dependentes;
    • Tornar mais fortes os laços entre os países soberanos.

    Porém, acredito que o entrave internacional se dê por conta da economia, e não na política, portanto, não parece fácil atender os interesses de empresas que pensam em cifrões. Por isso penso que João se equivoca quando afirma que a África não levanta interesse ao mundo. Levanta, e levanta muito, e esse aparente silêncio, é sim, uma tomada de decisão, tal qual foi em relação à Palestina.

    Por enquanto são essas as minhas considerações, onde espero ansiosa pelas utópicas alternativas que me apresentará, bem como sabe, elas me fascinam, por ser a utopia meu material de trabalho.

    Grata pela paciência e agradável conversa.



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  13. Recentemente, vi uma notícia no mínimo inesperada, a primeira mulher bilionária da África é, exatamente, a filha mais velha do Presidente de Angola. Infiltrando-se especialmente na compra de cotas de empresas da área de telecomunicações e mídias diversas, em especial as portuguesas, transformou-se nesse contraste, a considerar sua origem num bolsão de pobreza subsaariano. Então, foi lembrada pela revista Forbes.

    Perdemos um tempo enorme aqui, eu e minha adversária, falando das mazelas que assolam todo continente africano, e isso não muda, atravessando a fronteira tudo se repete, irmãos sob reinados antigos tornam-se inimigos detestáveis o que justifica, segundo a ótica local, razão para os mais obscenos atos de barbarismo. Será, como disse refutando-me, Roberta teria razão em dizer que o continente "...é muito lembrado...?"

    Se é lembrado gostaria de questionar por quem é lembrado e por qual razão? Eu me lembro do continente africano, sua paisagem e sua vida selvagem além da diversidade dos povos. Assisti, com vivo interesse, um intercambio entre uma família paulistana e uma família nigeriana ( tribos) Vi, em determinado episódio, perfurarem em ponto não vital a uma cabra, e, com grande frenesi alternando-se, beberem o sangue que jorrava diante do espanto dos paulistanos, depois, receberam uma embalagem de farofa industrializada em São Paulo, um refinamento da mesa Brasileira, não imaginam na careta de nojo que fizeram para comer uma mínima porção.

    Bancos e Instituições gerenciadas por parcerias ocidentais não se interessam pela África, cujo produto maior é a questão humanitária, sobre a qual exclusivamente, até aqui falamos, não é diferente o meu diálogo com a Roberta das considerações desses administradores. A diferença é que eles, se efetivamente optarem por alguma ação, ela passará necessariamente pelo gesto contido de "enfiar" a mão no bolso, coisa que, por determinação de uma gerência germânica "de ferro", a UE está se recusando mesmo aos mais tradicionais e históricos aliados.

    Quem lembra da África Roberta? Se é um caçador e gosta de atirar em animais livremente, não o faça contra os ursos americanos, nem os macacos da Índia, as chances de se divertir estão na África, com possibilidade de levar seu troféu, expondo-o para cobiça e sugestão de seus ricos amigos. Quem sabe seu interesse seja o órgão humano essencial para um transplante? Ou talvez a virgindade de uma garota ou, simplesmente, divertir-se entre crianças? Não faça isso na Inglaterra, vá para a África, lá, seus recursos convencerão as autoridades, que sua presença trouxe (para eles) mais benefícios que prejuízos.

    Nada disso resolve o problema africano que envolve a tantas nações, cuja tirania e maldade transcende à compreensão ocidental. Parodiando minha colocação a Roberta citou utopia, o ideal irrealizável, mas, admitiu meu exemplo nos "kibutz", na colheita de morangos e melancias em solo pedregulhoso. Ora, a utopia é a vontade e determinação em alcançar um alvo, a persistência e acima de tudo a fé de visualizar aquilo que nosso pensamento rejeita.

    Porque não uma África próspera e um povo com um grau de desenvolvimento equitativo, um mercado se inserindo com poder de compra e oferta de produtos segundo o potencial daquilo que lhes é inerente?

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  14. Pessoalmente, acho a ONU um organismo ultrapassado, desrespeitado, inútil. Se funcionasse de fato, se fosse independente, seria de uma utilidade enorme para o mundo, eliminando organismos paralelos que se formam a sua revelia, OEA por exemplo. A ONU deveria ser única e suprema e independente.

    Constatado o fato sobre o qual todos conhecem sobejamente, faltam apenas medidas para se implantar a médio prazo, um plano para erradicação da pobreza, analfabetismo e miséria de todo o continente, dele, não se admitiria a nenhuma nação transigir, muito menos cobrar taxas para receber ajuda.

    As medidas não seriam adocicadas, exigiriam que nenhum africano deixasse de produzir, estando em idade de trabalho, campos agrícolas de extensões inacreditáveis, maquinaria de primeiro mundo, tratores e colheitadeiras,profissionais em todas as áreas agrícolas, a principio importados dos países europeus, cujo desemprego atinge níveis inimagináveis.

    Comento com meus filhos que nos dias atuais, nascer, viver e morrer numa mesma nação é um desperdício, considerando tantas possibilidades que o mundo oferece.

    Se você for caixa de um banco de Londres, morrerá como caixa, mas se aventurar pelos mares e pelos continentes, haverá uma possibilidade lógica e bastante palpável de fazer uma fortuna, que jamais conseguiria em sua terra natal.

    Vale a pena lutar por ela enquanto luz houver em seus olhos.

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  15. A educação, começando no maternal ao ensino superior seria um direito assegurado constitucionalmente a cada africano, a distribuição das riquezas seriam taxadas com rigor pelos impostos, de modo que fossem equitativas.

    Os investimentos em armas, hoje prioritários, seriam dedicados a saúde, livrando, principalmente as crianças, das incontáveis doenças a que ainda continuam expostos, por exclusiva incompetência de seus lideres tribais.

    Como impor medidas tão duras? Quais os prazos e quem os fiscalizaria? Asseguro que o processo de criação da zona do Euro não foi mais simples.

    Tudo torna-se menos opaco se há o interesse de fugir do estado de calamidade, seja aquele que caminha ao nosso encontro, seja aquele em que nossos pés já estejam mergulhados.

    Uma junta multiétnica e internacional, revezando-se a cada ano, gerenciaria todos os esforços, direcionando toda a engenharia de acordo com organograma previamente aprovado.

    A África teria valor porque estaria se dispondo a SE ajudar. São idéias genéricas que passam ao largo de dificuldades localizadas, bem sei. Falamos de nações independentes, mas falamos também de um continente moribundo.

    Diante de iminente catástrofe, haveria de se empregar força se preciso fosse, para que os direitos de uma maioria fosse preservado. Acredito que negociações agenciadas pela ONU junto a Organização dos Países Africanos, não com objetivo de apadrinhamento mas a confecção de um Plano Geral de contingência, resultaria sim, em algo positivo.

    Só não se acaba o que nunca se começa, e nada fazendo, ou considerando utópico todas as vias e possibilidades, daqui a 20 anos, outros debatedores estarão aqui falando a mesma coisa, como salvar do caos a África.

    Educação, Saúde, Agricultura como alternativa principal de trabalho, extrativismo consciente, polo de preservação e turismo em parques isolados, industrialização não poluidora, exploração de recursos hídricos e geração de energia, entre outros caminhos, para colocar a África de pé e os africanos se orgulharem por uma questão de igualdade, que chegaria em 20 anos, junto com o respeito e o reconhecimento do mundo que hoje os despreza.

    Big John

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  16. Não acho que houve perda de tempo em elucidar alguns equívocos sobre a África, é sem dúvidas um país de contrastes: de um lado, a miséria em todas as suas nuances. Do outro lado, a opulência. O tema de nosso debate é bastante amplo, mas gostaria, numa outra oportunidade, a abordagem de aspectos religiosos e /ou culturais desse continente, por essa razão não me aterei em rituais que fogem de nossa compreensão. È necessário mais que um olhar imparcial, é preciso uma fundamentação teórica dos fatos, coisa que nesse momento não me parece possível. Mas, voltando ao nosso tema, sei que não é fácil ou confortável confrontar dados, mas acredito que não devemos perder a chance de elencar as potencialidades daquela localidade. Só assim perderemos o discurso pronto que a África é um continente miserável, que merece um olhar mais humano dos países desenvolvidos.

    Considero uma oportunidade rara abordarmos certos aspectos para relembrarmos que não é com assistência mundial que resolveremos uma questão tão específica. Os números alarmantes são conseqüências de uma política exploradora que muitas nações foram vítimas, inclusive o Brasil. O que agrava a situação africana foi por conta do período dessa exploração: até o final da década de 60 muitas nações ainda eram colônias e tinham uma economia baseada em transações comerciais, pouco favoráveis. Com os movimentos de independência, elas se tornaram protagonistas de seus próprios processos econômicos e políticos e passaram a negociar suas riquezas em condições mais vantajosas. Mas, muitos mercenários estão disfarçados de revolucionários, e é a cobiça, a motivação dos infindáveis conflitos civis.

    Há sim falta de água - 40% do território africano não possue rios e lagos, já que um terço de sua área é desértica, porém, a África possui rios muito extensos e volumosos, tornando a vida possível ao longo de suas margens. Os exemplos são Nilo, Vitória, Congo, Niger, Niassa, Tangânica, Rodolfo e Zambeze. Por conta disso, o continente construirá o maior programa hidrelétrico do mundo. Pelo projeto, A África do Sul e a República Democrática do Congo serão responsáveis pela construção de uma represa que poderá fornecer eletricidade a quase 500 milhões de pessoas. Será construída nas Cataratas Inga, e calcula-se que o complexo vá gerar cerca de 40 mil megawatts (MW), mais que o dobro da maior represa existente, a de Três Gargantas, China, e mais de um terço do total da eletricidade produzida atualmente na África.

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  17. O continente tem ainda enormes reservas subterrâneas, apesar de estudos considerarem o processo de captação complexo, é possível afirmar que a produtividade dos aqüíferos seria suficiente para consumo e irrigação em todo o território.

    "As maiores reservas de águas subterrâneas ficam no norte da África, em grandes bacias sedimentares, na Líbia, Argélia e Chade", diz Helen Bonsor, da BGS. "A quantidade armazenada nessas bacias é equivalente a 75 metros de água sobre aquela área. É uma quantidade enorme." (Environmental Research Letters, reproduzido pela BBC em abril de 2012).


    Ou seja, já existe a solução para ao menos, esse problema.

    Eu realmente disse que a África é muito lembrada e não só enquanto continente, que fique claro. Porém, cometi um equívoco ao comparar a situação da África com a Palestina: desde que ela foi criada ( 1945), a ONU demonstrou interesse em anexar os países africanos enquanto membros. Só que essa inclusão só se dá após sua independência, hoje a União Africana possui 54 países-membros independentes.

    A ONU faz sua parte, que é ínfima perto do deveria (que é diferente do que poderia) ser feito, mas, se considerarmos que a maioria dos problemas estão no âmbito econômico, e não político (como se suponha) é compreensível tais resultados. Mas, apesar disso, a ONU trabalha em estreita colaboração com os mecanismos regionais de cooperação da África, além de trabalhar conjuntamente com outras ONG’s e projetos internacionais, como por exemplo, as missões de paz, que atuam no Sudão (especificamente em Darfur), na Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Libéria e em todo Saara Ocidental. Há ainda os programas “Médicos sem fronteiras”, “Pastoral da Criança”, “Mirim-Brasil”, entre outros. A entidade também aprovou a 1ª resolução contra mutilação genital feminina, documento este que pede aos países– membros que tomem medidas educativas e punitivas.

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  18. Apesar da atuação desses grupos humanitários, a atenção dada ao continente africano sempre será insuficiente. Conforme relatório publicado de 2009 pela Cruz Vermelha Internacional e pelo Crescente Vermelho, a assistência humanitária na África não satisfaz às necessidades dos habitantes: é preciso entender que, mesmo sendo de grande importância para auxílio imediato a população africana, ações assistencialistas não são capazes de solucionar os problemas do continente. È quase que dar murro em ponta de faca.

    Por essa razão, elejo a Educação como a solução dessa tragédia: mas não apenas enquanto formativa, e sim, aquela capaz de humanizar uma realidade. Para tanto, é importante a aplicação de ações conjuntas com toda a sociedade civil, o que é bem diferente da ajuda externa, obtida através do assistencialismo. E aqui entra aquilo que meu ofício defende que, pensando friamente, nem considero tão utópico assim: a Educação muda o mundo, mudando as pessoas. Alguém educado socialmente será de fato, cidadão, que cumprirá com seus deveres e exigirá seus direitos. E é nisso que acredito. Sei que não é algo fácil, mas, por outro lado, é absurdamente simples.

    E com a emblemática frase de Nelson Mandela, encerro por enquanto, minha participação:


    “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”

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  19. Parabéns pela presteza que me surpreendeu, concordo com a importância da educação, mas para educar um povo ele precisa estar alimentado, ele precisa ter acomodações que os abrigue das intempéries, eles precisam de segurança para não ser atingidos enquanto estiverem olhando para um quadro negro. Logo, todas as medidas são importantes e cruciais, e já deveriam estar em uso se é que quiséssemos recuperar o tempo perdido para as próximas duas décadas, o que não está acontecendo.

    A África foi leiloada pelas nações de todo mundo, sim, inclusive o Brasil, sim, embora que o governo Lula andasse perdoando dívidas com alguns povos, o crime da escravidão e do servilismo que ainda afeta os negros é patente aos olhos de quem observa, mas a seu tempo, foram relações comerciais aceitas pelos líderes de ambos os lados, e digo mais, caso medidas severas não sejam adotadas, as necessidades de nações superpovoadas que precisam de matéria prima de várias ordens, falará mais alto e a África sera dilapidada sem nenhuma dó.

    Recentemente, os japoneses por exemplo, compraram e devastaram uma ilha do caribe, retirando toda madeira existente, deixando um rastro de deserto atrás de si. Quando um repórter olhando aquela destruição que ficava cada vez mais visível enquanto o navio se afastava, perguntou ao Capitão japonês " e agora? Sua resposta foi expressiva, " ...agora vamos procurar e comprar madeira de uma outra ilha" Japoneses e Russos são encontrados regularmente dentro dos limites das águas nacionais, e não respeitam nenhuma regra de preservação, nem se emocionam com nenhuma tragédia deixada após suas ações.

    Porque seria diferente na África?

    Estamos nas considerações finais Roberta, e deveremos deixar claro aqui, aquilo que de fato acreditamos como alternativas para salvar um continente, cujo povo é tão vulnerável como um golfinho e seu filhote, nadando defronte a uma fragata russa na imensidão do Atlântico.

    Quando falamos em medidas sócio-educativas, estamos pressupondo não haver ganância muito menos necessidades mundo afora, pensamos que os homens por trás desses governos sejam todos altruístas, humanos, mas na verdade eu lhe digo, essa falsa concepção é a causa de nosso eterno subdesenvolvimento, e será a causa da manutenção africana dentro de padrões da idade da pedra, por interesse de seus exploradores. Da mesma forma que a educação liberta o homem da escravidão moral, mostrando um mundo do qual ele sempre esteve alijado, o desenvolvimento de um novo continente, poderá significar um novo bolsão de concorrentes e adversários.

    E então?
    Como retirar a África do abismo em que mergulha, empurrada pelo bico da bota de nossas ações e omissões?

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  20. Todas as ações isoladas que você mencionou em sua fala, são importantes, eu diria, são melhores que nada, porque são todas ações pontuais e atendem sempre e apenas, objetivos que não se ocupam de camuflar, os verdadeiros interesses de quem aplicará recursos em tais empreitas. Eles sim, são de fato o alvo de todos os cuidados e esperanças de sucesso da empreita.

    Há (sempre) uma contrapartida que anela o tornozelo africano, tal qual um elefante acorrentado num espaço pequeno de um circo, não visa retirar um povo do poço da miséria absoluta, dotando-os de condições (todas) necessárias para que sejam transformados em cidadãos.

    Somente os organismos representativos como a Organização dos Países Africanos e a ONU, com ações conjuntas, imediatas, fazendo da ressurreição africana um objetivo a alcançar, não um sonho para enganar uma tribo.

    Um grande fórum para erradicação da pobreza, para a recuperação da saúde pública, para a geração de renda, para a educação e o bem estar social, como sendo alvos de planejamento pragmático, com recursos internacionais sendo empregados com severa prestação de contas, para evitar que uma mulher, filha de um presidente de um pais miserável economicamente, seja divulgada pela Forbes como a primeira dama bilionária da África.

    O que ela teria vendido para conseguir mais de 1 bilhão de dólares? Como explicaria para o povo de seu pais, cujas moscas infectam os olhos e bocas abertas pelo suplício da fome e da sede?

    Considero como criminosos todos aqueles que se locupletam dos recursos que deveriam destinar a erradicação da miséria, e a pena para esses não poderia ser outra senão a forca.

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  21. Chego afinal no epílogo de minhas considerações, chego satisfeito, posto que tive minhas palavras complementadas pela minha adversária.

    Concordamos que o estado da África necessita de nossa atenção, e, longe de assistencialismo, necessitam dos organismos internacionais que existem exclusivamente para esse fim, atuarem nas nações associadas, livrando-as e a seus povos, de um situação de penúria degradante.

    Não podemos nos orgulhar da opulência de uma nação ou de um continente, enquanto nossos olhos estiverem evitando o constrangimento da falta de atitude.

    O que adianta o esplendor americano, as luzes de Paris, a evolução tecnológica japonesa , a beleza do Cristo Redentor, se uma criança chora de fome ao lado do cadáver da mãe do outro lado do oceano?

    Como comemorar o crescimento e a riqueza de uma nação e povo, se pouco ou nada fazemos para o lenitivo daqueles que sofrem na esperança silenciosa de nosso gesto?

    Quando a ONU foi confrontada pela sua incompetência na causa africana pelos nossos líderes?

    Se cada internauta que passa horas online, enviasse uma cobrança diária por medidas saneadoras talvez o quadro fosse diferente, talvez então eu mesmo pudesse dizer que, na minha pequena força, havia também feito algo.

    Se esse trabalho em conjunto com a Roberta, causar uma mínima revolução, que ela venha com uma atitude de sua parte, e me darei plenamente por satisfeito, pois minha causa aqui não é vencer um debate mas levar uma mensagem, que eu espero, faça morada no seu coração.

    Obrigado
    Big John

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  22. Então chegamos ao fim nessa agradável conversa. Creio que nossas falas foram de fato, complementares: enquanto focou-se nas conseqüências, limitei na causa, e seguindo aquilo que acredito, apresentei como primeira solução, a Educação. Minha única discordância em relação a sua última participação se deu por conta dessa sentença: “Todas as ações isoladas que você mencionou em sua fala, são importantes, eu diria, são melhores que nada, porque são todas ações pontuais e atendem sempre e apenas, objetivos que não se ocupam de camuflar, os verdadeiros interesses de quem aplicará recursos em tais empreitas”. Não elenquei nenhuma ação isolada, são todas conseqüências de um estudo de campo, de planejamento, de investimento na educação de um povo. Mas eu concordo que há, em urgência, a necessidade de manter vivas essas pessoas, é imperativo fornecer instrumentos que possibilitam sua sobrevivência. O único senão é que, em muitos casos, essa ajuda emergencial para por aí: dão o alimento hoje, mas, e (o) amanhã? È preciso sim, dar o peixe, mas é fundamental ensiná-los a pescar, especialmente por saber que a aquisição de recursos – doações - não tem valor fixo.

    A revolução das mídias é um tema sempre em voga. Foi por isso inclusive que quis, certa vez abordar o assunto, como anteriormente nesse debate, citei. È mais que compreensível que em episódios de enorme comoção tragam algumas resoluções, mas por não obedecer um principio básico que é a racionalidade, são atitudes menores, ainda que importantes: servem para a validar crenças pré-existentes, para a um up grade na própria vontade de viver, uma reafirmação de fé na humanidade... Pode parecer cinismo, mas acredito que o ato da caridade é em princípio, um bem que se faz pra si mesmo, o outro, é secundário. Contudo, apesar disso, é uma atitude que merece nosso respeito, e por isso, compartilho nesse espaço algumas informações que podem ser úteis para quem quer fazer algo, e não sabe por onde começar:

    Agência de Refugiados das Nações Unidas (UNHCR)

    [http://donate.unhcr.org/somalia]

    Doações únicas ou mensais, em dólares e via cartão de crédito. Com apenas US$ 7 (cerca de R$ 11), já é possível comprar um kit de alimentação para uma criança desnutrida.

    Programa Mundial de Alimentos (WFP)
    [https://www.wfp.org/donate/fillthecup]

    A agência filiada à ONU permite doações em seis moedas diferentes (R$ não incluso) e o direcionamento da ajuda – para a África ou o local “onde a necessidade for maior”.

    Médicos Sem Fronteiras (MSF)

    [https://www.msf.org.br/doador-sem-fronteiras]

    Opção de pagamento via boleto bancário ou débito automático, em reais. A ONG também informa o que pode ser adquirido com a quantia. Com R$ 30, por exemplo, é possível ajudar uma criança desnutrida por um mês.

    Unicef

    [http://www.supportunicef.org/site/c.dvKUI9OWInJ6H/b.7659299/k.E35/Donate_now_to_the_Horn_of_Africa_crisis.htm]

    O órgão do ONU aceita doações em dólares. O valor é automaticamente direcionada para ações nos países do Chifre da África.

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  23. Save the Children

    [ https://secure.savethechildren.org/site/c.8rKLIXMGIpI4E/b.6239017/k.569B/Child_Hunger_Crisis_Fund/apps/ka/sd/donor.ASP ]


    Doações feitas em dólares e somente via cartão de crédito. O valor é livre, mas a ONG indica que basta doar US$ 1 (pouco mais de R$ 1,50) por dia durante 100 dias para salvar uma criança da fome.

    Care

    [https://my.care.org/site/Donation2?df_id=9620&9620.donation=form1]

    O doador pode optar entre as sugestões ou doar um valor desejado. A doação é feita em dólares. A entidade informa o que pode ser feito com o valor doado.

    Action Aid

    [http://www.actionaid.org.br]

    Agência tem página simples para as doações. Basta preencher os dados, estipular o valor e contribuir.

    Há também a opção do voluntariado, onde algumas agências, como as Nações Unidas [http://www.onu.org.br/] e o Voluntariado Mundial,[ http://www.worldvolunteerweb.org] oferecem programas de voluntariado, local ou à distância.

    Entendo que quando a sociedade civil é acionada, há um retorno. Mas esse tipo de mobilização é aquilo que defendo “ser melhor do que nada”, e vou explicar a razão: África é um continente que clama por auxílio, e ele chega, porém, a conta-gotas. Não porque é ofertado um número pequeno de auxílio, mas em razão de, dia após dia, aumentar o número de necessitados. São milhões que precisam de ajuda imediata para viver, portanto, essa ajuda, é muito bem vinda, afinal de contas, o que pode ser pior do que presenciar outro ser humano morrer a míngua?

    Ocorre que essa ajuda gera um custo operacional enorme, faltando, evidentemente recursos humanos e financeiros para algo terminante. Portanto é uma mobilização que não tem fôlego para alcançar objetivos maiores. Isso sem mencionar um artigo que li, certa vez que me deixou pasma: “Pelo amor de Deus, parem de ajudar África”, de James Shikwati, um economista queniano. Fiquei estupefata com essa espécie de ‘revelação’.

    Por essa razão, é tão importante ter ao menos, dois pontos de vista de uma mesma questão, e também por isso bato na tecla do poder transformador da Educação: com ela, será possível, um dia, que esse continente seja cada dia mais independente. È importante lembrar que uma mudança social não se faz de uma noite para o dia – é algo a ser plantado hoje, e só ser colhido daqui umas duas décadas. È essa a solução que apresento, entendo que não é algo que ocorrerá imediatamente, o que lamento profundamente, mas sei também que, será algo definitivo.

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  24. Realmente não sei o que poderia ser feito HOJE para esses milhões de feridos em sua dignidade humana, mas em médio prazo, vejo nas soluções internas a resposta para que catástrofes como essa não sejam mais toleradas e muito menos, repetidas. Numa analogia diria que eles têm os ingredientes, falta apenas o modo de fazer a receita.

    E eis que termino minha participação, agradecendo meu oponente que se mostrou desde o início comprometido com o tema, e com isso fez deste duelo tão interessante. Aprendi muito com as reflexões que me proporcionou, e por isso, agradeço.


    Até uma próxima oportunidade :)

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  25. Este debate foi interessantíssimo. Houve muitos pontos de convergência, alguns de divergência, mas no geral, ambos mostraram duas possíveis facetas de uma questão que, de fato, é de interesse mundial e imediato. Pensar que isso acontece todos os dias e que não fazemos nada a respeito deveria dar uma sensação de desconforto em qualquer ser humano minimamente decente. Gostei muito de ver a evolução do Big John nos últimos debates e neste, em especial, aproveitou para falar de várias possíveis soluções problema, mesmo admitindo que a maioria delas é utópica.

    A Roberta focou na questão da educação, que também acho fundamental, mas assim como no Brasil, é muito difícil de ser aplicada, principalmente por que não serve aos interesses daqueles que estão sempre lucrando mais e mais com a situação. Por fim, este debate me fez pensar muito e escolher um vencedor não foi nada fácil. Deixo aqui minha manifestação, ainda que difícil, principalmente para incentivar o pessoal a votar e debater as enquetes que estão sendo apuradas. São nessas horas que a gente mais aprende, pois todos tem a oportunidade de trazer alguma coisa nova para enriquecer a discussão! Valeu!

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