sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A arte do debate




O QUE É UM BOM DEBATE?


As visões de como deve se seguir um debate de qualidade varia enormemente entre aqueles que analisam os debates.

A ideia central do grupo duelos retóricos consiste em um jogo de competição que tenta, da forma mais objetiva possível, apontar um vencedor, de acordo com votações intra-grupo.

Entretanto, percebemos desde o início, que os critérios individuais de cada votante foram sempre extremamente subjetivos e tudo o que fazíamos era colocar um termômetro em toda esta subjetividade que, de alguma forma, estimulasse a participação das pessoas.

Escrevo este texto para a compilação em e-book que o Alonso está fazendo sobre debates e também para uma conversa franca com todos os outros membros do grupo.

Para que possamos todos entender um pouco melhor nosso próprio sistema de análise, eu acho fundamental que sejam salientadas algumas diretrizes para o que é considerado um “discurso eficiente” por ambos os debatedores. Somente assim poderemos dissecar as características de cada um desses discursos.

No Orkut tentaram criar uma “comissão julgadora dos debates”, que tinha a missão de avaliar os debates segundo os seguintes critérios:

Para cada um dos debatedores, eram feitas as perguntas:

O debatedor foi:

1. Organizado?

2. Claro?

3. Respeitoso?

4. Objetivo?

5. Conclusivo?

6. Convincente?

7. Criativo?

8. Aprofundou-se no tema?

9. Rebateu as questões levantadas pelo adversário?

10. Citou bons argumentos?

Nota: 0-10,0, de acordo com o número de questões assinaladas “SIM”.

O método parecia eficiente e, em tese, selecionaria debatedores que mostrassem esses atributos, previamente propostos pela CJD.

Entretanto, os membros da CJD demoravam para votar e às vezes tínhamos apenas 1 ou 2 votos.

Quando reabrimos o grupo no facebook voltamos ao sistema de enquetes livres em, surpreendentemente, passamos a ter mais de 20 votações em alguns debates, mostrando que muita gente estava lendo e também dando a cara para bater nas votações.

Teve gente que reclamou de campanhas por voto, o que este tipo de sistema permite facilmente. Mas tudo estava indo bem, pois parecia que no facebook era mais difícil de se fazer perfis fakes.

Mas não demorou para aparecerem umas almas desconhecidas sem histórico algum no facebook, que pareciam estar ali apenas para ler e votar nos debates de determinados membros, o que pareceu muito estranho para todos nós.

Agora estão fazendo um método que privilegia o voto dos membros do ranking (ou seja, já participaram de pelo menos 1 debate), o que evita fraudes pela criação de perfis.

De um extremo ao outro, eu acho que todos deveriam enxergar as enquetes como meros termômetros da eficácia de seus argumentos e não como vitória ou derrota sobre o ego do outro.

Mas esta é uma discussão que vai longe...

A verdade é que quando analisamos o discurso de alguém, fazemos isso usando nosso próprio julgamento falho. Se você tende a valorizar discursos cheios de sentimento, que te estimulem a acreditar em algo, vai preferir o discurso de um Sacerdote. Se prefere um discurso empolgante e persuasivo, vai preferir do político, ou do publicitário. Agora, se quer concluir algo e entender como as coisas realmente são, o discurso do professor é o que chega mais perto disso.

Essas características estão em constante conflito e combinação quando o discurso é produzido e também quando é interpretado pelos leitores.

E é justamente por isso que eu acho que as enquetes nos dizem mais sobre as pessoas que estão votando do que sobre o texto da pessoa que está sendo analisada, em si.

Entretanto, o simples fato de existir um “termômetro” que pode ser motivo para novas “disputas retóricas” que podem levar a um aprofundamento muito maior no assunto, já é um estímulo sensacional para a criatividade dos participantes.

Prova disto é que duelos de qualidade não param de ser realizados pelo grupo, mesmo em meio ao eterno conflito de egos que sempre vai existir, principalmente entre os membros mais participativos.

Quem convive mais tem mais tempo para se desentender e é da natureza humana procurar conflitos que na maioria das vezes são totalmente desnecessários.

Mas este fator humano é justamente um fator fundamental para toda este jogo, pois vendo como as pessoas reagem com seus próprios “acertos” e “erros”, podemos aprender sempre um pouco mais sobre como reagimos às nossas próprias vitórias e tropeções.


CONVENCER/PERSUADIR/ACREDITAR

Como exemplo, eu citei três tipos distintos de discurso e tenho certeza que os membros mais antigos do grupo conseguiriam classificar uns aos outros facilmente nestas três classes: Sacerdote, Político ou Professor. Cada um destes discursos possui um tipo de aplicabilidade e de eficácia retórica. Quando discutimos isso, no fim das contas, estamos debatendo sobre análise do discurso e suas implicações práticas.


Um argumento PERSUASIVO faz com que você ACREDITE nele, enquanto que um argumento CONVINCENTE faz com que você CONCLUA, sozinho, que ele é VERDADEIRO. 

A arte de convencer persuadir é extensamente desenvolvida por políticos, cujo maior interesse é parecer certo perante a população. Entretanto, o ato de convencer faz parte do processo de ensino-aprendizagem e é muito importante para que um professor possua boas qualidades retóricas para defender seus argumentos quando for questionado.

Qualquer um pode dizer que qualquer coisa existe, mas só vai conseguir mostrar onde ela está se ela realmente existir. Grandes suposições requerem grandes demonstrações. Ou então são apenas isto: Suposições. Neste ponto, acredito que seja impossível de se convencer alguém com senso crítico apurado a respeito de qualquer coisa usando apenas suposições.

Em minha opinião, se o discurso almeja convencer uma ampla quantidade de pessoas, deve prever que pessoas com senso crítico farão parte do público. E esta é uma função do professor. A soberania não está na autoridade de suas palavras e sim na clareza e aplicação dos seus argumentos. Se não estiver convicto daquilo que vai ensinar, não adianta nem se dispor a tratar do assunto. E para estar convicto, é importante que saiba que não está errado e, principalmente, POR QUÊ.

Eu evito pisar em terreno algum que eu não compreenda e não tenha qualquer argumento objetivo para sustentar minha defesa. Mas isto faz parte da minha idéia de defender apenas aquilo que eu acredito corresponder a verdades universais e não algo que é experimentado individualmente e não pode ser comprovado pela experiência empírica.

AD HOMINEM

O ad hominem é corriqueiro em contendas banais, como comunidades de picuinhas que existem por aí. Pessoalmente, prefiro não participar deste tipo de trocas de desaforos para que não tenha que baixar a cabeça quando ouvir desaforos, o que teria uma resposta completamente diferente se houvesse ocorrido no mundo real, face a face, onde não dá pra se esconder atrás da tela do computador.

Mas como eu disse, cada um escolhe participar do tipo de debate que achar melhor. Acho também que isso diz muito a respeito da personalidade de cada um, principalmente com relação às corriqueiras atitudes humanas de mostrar-se subordinado à algo, mesmo que não acredite, apenas por que é a atitude mais “politicamente correta”.

Em minha opinião, um debate é bom quando ele propõe, para ambos os lados, reflexões. E é proporcionalmente mais rico quando ambos os lados tentam ao máximo, entender pontos de vista que sejam contrários aos seus. Quando estamos debatendo com alguém e esta pessoa continua insistindo em coisas que já foram muito bem esclarecidas, o debate fica chato, pois fica claro para quem lê que alguém só toma este tipo de atitude por incompetência ou desonestidade intelectual.

Quando você constrói um argumento baseado em uma idéia, leva todos à reflexões que podem ser construtivas em suas vidas. Agora, quando você escancara os defeitos, a única coisa que você faz é presumir que lhe serve a função de juiz. E para mim, este é um tipo de debate ruim, pois é muita presunção acreditar que figurinhas da internet são capazes de julgar umas às outras baseadas naquilo que elas lêem em curtos espaços como este.

Em minha opinião, não faz sentido acreditar que um debate em páginas como esta é uma "guerra" sobre quem está certo. A única coisa que faz sentido para mim, é encarar isso como uma troca de idéias honesta, quando todos respeitam pontos de vista que sejam diferentes dos próprios. E se todos discutissem idéias e não pessoas, muitas discussões maçantes seriam evitadas.

Hoje, os debates da Duelos Retóricos têm tentado tratar de temas profundos, levantando reflexões em todos os que lêem. Com isso, a ideia é que não sobre espaço para briguinhas de ego e discussões pessoais.

Eu participo desta comunidade por pura diversão. Por isso, prefiro não perder meu tempo com debates infantis cheios de alfinetadas implícitas no texto que estão ali com o único objetivo de irritar o oponente.

Em minha opinião, um dos piores defeitos que um debatedor pode ter é apontar contradições que não existem no discurso do adversário. Alguém deve estar muito ciente do que está dizendo, antes de criticar alguém, ou então está apenas se expondo ao ridículo. Isso fica muito claro a todos os que lêem e em minha opinião, alguém que quer ter um discurso CONVINCENTE, toma muito cuidado com este tipo de coisa.

Para mim, quando vejo que um debatedor, ao invés de rebater os argumentos do adversário, focar seu texto em críticas pessoais maldosas, eu sempre penso que só lhe restou este recurso, pelos seguintes motivos:

1-    Incapacidade de rebater o argumento da pessoa utilizando a lógica.
Neste caso o debatedor prefere atacar o dono da idéia, pois se vê sem saída e enxerga esta como a única possibilidade de tentar rebaixar a idéia, desmoralizando o adversário.

2-    Necessidade de auto-afirmação.
Por não conseguir contra-argumentar lógicamente, muita gente fica com o ego ferido. Quando isto acontece, muitas vezes a emoção toma conta do debate e o argumentador tenta se "vingar", focando sua argumentação na crítica ao adversário.

3-    Apego exagerado às próprias idéias.
Quando alguém não tem a capacidade de mudar de idéia e vê-se em um beco sem saída, tenta "vencer" o debate a todo o custo, nem que para isto tenha que apelar.

Alguém interessado em aprender e evoluir como debatedor antes de criticar outra pessoa, analisa a si mesmo. Atacar outra pessoa acusando-a de algo, poucas vezes surte algum efeito a não ser receber uma resposta na mesma medida. E esta medida é uma medida mesquinha e barata, pois pouco agrega às idéias do debate. E todo mundo perde, pois o que poderia ser uma troca de idéias sofisticadas acaba se tornando um festival de baixarias.

Muita gente parece concordar com isto, pois várias dessas comunidades que discutem este tipo de coisa, andam vazias hoje em dia.

Vendo como as coisas são hoje em dia parece utópico, mas seria sensacional se todos percebessem que os rótulos que alguém tenta atribuir para outra pessoa, são quase sempre projeções de si mesmo.

COMO IDENTIFICAR FALÁCIAS?

É quase uma moda pseudo-intelectual acusar o texto do outro de “falacioso”, ou mesmo tentar falar bonito com termos como “non sequitur” ou “reductium ad absurdum” sem saber exatamente o que estes termos significam e como eles podem ser aplicados.

Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega

Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

Além disso, reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica ou emotiva, mas não validade lógica. É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.

É mais importante ainda é observar que o simples fato de alguém cometer uma falácia não invalida sua argumentação. Ninguém pode dizer: "Li um livro de Rousseau, mas ele cometeu uma falácia, então todo o seu pensamento deve estar errado".

Além disso, e muito mais importante, ao dizer que a argumentação alheia possui falácias, alguém deve ser capaz de identificar estas falácias.

Ou então é melhor que se cale.

Muita gente pensa que falácia é um sinônimo para tudo aquilo que é diferente de sua opinião e isso é uma coisa que impede as pessoas de enxergarem os dois lados da moeda.

Além disso, após se identificar uma falácia, o debatedor deve saber dizer POR QUÊ este argumento não tem CONSISTÊNCIA LÓGICA. Pois, de absolutamente NADA serve chamar um adversário de FALACIOSO, se você não APONTAR onde é que está a INCONSISTÊNCIA LÓGICA. Para mim, isto não passa de uma outra falácia ad hominem que só serve para empobrecer o debate.

A falácia invalida imediatamente o argumento no qual ela ocorre, o que significa que só este argumento específico será descartado da argumentação, mas pode haver outros argumentos que tenham sucesso. Para mim, um bom debatedor RESSALTA os bons argumentos do adversário, uma vez que estes também serão julgados pelo público.

Qualquer um percebe que toda análise extremamente maniqueísta dos argumentos do adversário são sempre tendenciosas. Ninguém erra o tempo todo e mesmo quando isso acontece, é melhor mostrar onde eles aconteceram do que super valorizar o “erro” em si, como critério para diminuir o adversário.

Além disso, nem todo argumento com consistência lógica é necessariamente verdadeiro. Mas ao dizer que alguém cometeu uma falácia, o argumentador deve estar preparado para conhecer a lógica e mostrar claramente onde existe esta contradição. Este é um ponto fundamental de qualquer diálogo, pois apesar das opiniões serem diferentes, a lógica vale para todos.

Além disso, Falácia não é a mesma coisa que Sofisma. Sofisma (do grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentando-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica. É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo.

O grande problema está nas falsas falácias. Algum argumento que seja contrário ao seu não necessariamente é falacioso. Pode estar errado, pode ser um sofisma, mas para ser FALACIOSO, deve ter CONTRADIÇÃO LÓGICA. Se existe contradição lógica, fica fácil apontá-la. 

Em debates, eu acho que eles progridem muito quando você admite a lógica que existe (quando existe) nos argumentos do adversário e foca-se apenas nas possíveis falácias (se houverem). Existindo falácias ou sofismas, o ideal seria que o rebatedor conhecesse ao menos um pouco de lógica aristotélica, ligar 1+1 e se não for 2, todos percebem a contradição. O grande problema é que as pessoas estão preocupadas em se mostrarem certas. E isto é mais importante do que ESTAR REALMENTE certo. É necessário muita humildade para reconhecer seus próprios erros e aprender com o adversário. Quando um debate sai da briga infantil de egos e concentra-se na solidez lógica da argumentação, todo mundo sai ganhando.

PARA NÃO “FUGIR DO TEMA”

Esta é uma reclamação muito comum em debates.

Se seu medo é que seu oponente vá “fugir do tema”, é simples, faça a postagem inicial!

Quem define o TEMA e o que vai ser discutido, é o desafiante.

Portanto, APENAS O DESAFIADO pode fugir do tema, uma vez que quem o define é o DESAFIANTE.

É óbvio que o uso excesso de metáforas, termos abstratos que não tem correlação com o tema ou desvirtuação do discurso alheio indiscriminadamente são coisas que empobrecem enormemente um debate.

O QUE É UM TROLL?

Em minha opinião, em páginas da internet como estas, todos somos iguais. Não passamos de fotos que representam nossas idéias. Quando alguém passa a acreditar que "possui um histórico", ou que é digno de alguma "fama", vai sempre querer defender esta ilusão a qualquer custo. E quando tiver seu ego abalado, imediatamente atacará o adversário em represália. 

Para mim, não tem o menor fundamento alguém ter inveja um do outro em páginas como esta, mas isto ocorre quando o que está sendo avaliado são pessoas, e não as idéias que elas estão defendendo. E alguém só julga outra pessoa quando para ela, é importante aquilo que o outro representa. Para mim, a única coisa importante são as idéias que estão sendo defendidas e tanto faz qual é a fotinho que é dona da idéia.

Quando a coisa é diferente, o debate vira uma discussão infantil sobre quem é o melhor. E ninguém é melhor que o outro por que é mais conhecido na internet ou por qualquer outro motivo, a não ser por que sabe conviver com pessoas com idéias diferentes e consegue defender seu ponto de vista sem ter que apelar para ataques pessoais.

Mas tudo na vida é aprendizado. Sobre o que devemos e o que NÃO DEVEMOS fazer.

DUELOS RETÓRICOS

Para mim, a idéia central por trás de todos esses debates é que cada um se aprofunde o máximo possível no tema proposto e que os outros membros escolham qual foi o discurso com a melhor retórica.

Às vezes mais importante que o que a frase diz são as repercussões causadas na mente de quem lê. Em um debate, o fator humano pode ser tão importante quanto à solidez da argumentação, quando outros objetivos são tão ou mais importantes do que estar realmente certo.

É claro que, o que se passa exatamente na mente um do outro é, no fundo, um grande mistério. E qualquer tentativa de se “ler a intenção” de alguém não passa de mero exercício da imaginação. Mas é claro que eu faço o mesmo exercício. Só não saio por aí dividindo minhas especulações por que sei que não passam disto.

Entretanto, muitos debatedores armam-se justamente destas especulações para tentar parecer certos quando a lógica do debate está mostrando justamente o contrário. Outra alternativa que vejo com freqüência em debates na internet é a tentativa de desmoralizar o adversário em público para que este se irrite e abandone o debate. Tendo abandonado, o que fica comemora vitória, pois foi o único com os “nervos” para seguir na discussão, que já se tornou neste ponto uma briga pessoal.

Eu me pergunto se isto foi realmente uma “vitória”. Em minha opinião, provar para si mesmo que é uma pessoa difícil de se conviver nem sempre é uma vitória. O mesmo vale para quem abandona. Em minha opinião, o conceito de “vitória” deveria ir muito além para que todos pudessem, realmente, extrair o melhor que se pode extrair dos debates.

Para uns é importante defender aquilo que ele acredita (ser fiel com suas convicções) para outros, parece ser importante a arte do convencimento. Para outros ainda, o importante é ESTAR CERTO, independentemente das suas atuais convicções ou se vai conseguir convencer alguém ou não. Neste sentido, em minha opinião, saber identificar falácias pode ser útil para que possamos estar seguros de que aquilo que estamos defendendo é algo legítimo ou não.

Sem pessoas que pensam de forma diferente, grupos de duelos retóricos não tem necessidade de existir. E em lugares onde se agregam pessoas com idéias diferentes, é natural que, às vezes, o debate se torne mais passional do que racional.

Você pode defender ótimos argumentos de um assassino ou conseguir refutar pobres argumentos de um humanista. A única coisa que importa é defender o argumento. De forma limpa, sem as armas sujas da infâmia e da agressão.