terça-feira, 14 de agosto de 2012

Joe Capeta X Octávio Henrique - Ronaldo não foi um fenômeno.


  1. Era um estádio na cidade Sevilha, o lugar mais inapropriado para um satanista frequentar na semana santa. Mas ele não se importava. Circulou aquele estádio sete vezes, cumprindo seu ritual, e andou em direção ao palanque que haviam deixado ali para que ele pudesse palestrar.

    O adversário que teria que enfrentar havia chegado há duas horas e estava ansioso, dentro de seu fusca 1968 verde claro metálico. Os pneus estavam meio carecas, mas ainda era um bom carro, bem mais resistente do que as modernidades infames a que estamos habituados.

    Joe Capeta, cujo nome verdadeiro é Johnnatan Sebastian Karkavianus Maximus, caminhava sem pressa para o palanque, rememorizando seu discurso. Ele usava um sobretudo preto, aparentemente de couro legítimo, com costuras em cor-de-vinho. Seus cabelos, na altura dos ombros, estavam molhados devido à chuva de algumas horas atrás. Lá, do lado de fora do estádio, estava estacionado seu Rolls-Royce Phantom, de 1927, fabricado na Inglaterra. As cores também eram o preto e o vinho.

    Agora, finalmente em pé diante daquela multidão, Joe começa seu discurso. O silêncio no estádio estava perturbador.

    - Hoje, vamos falar sobre um dos jogadores mais superestimados dos últimos tempos. Um jogador que recebeu títulos e é aclamado por muitas pessoas como o maior artilheiro de copas do mundo. Um jogador que atuou em vários times, mas se sobressaiu em poucas ocasiões. Hoje, vamos falar sobre Ronaldo, aquele erroneamente chamado de "Fenômeno", mas que no fundo nunca passou de um grande oportunista.

    Ele foi considerado o maior artilheiro de copas do mundo jogando pela Seleção Brasileira, por ter feito 15 gols. Ora, mas ele jogou quatro copas. Se dividirmos, para fazer uma média, ele teria feito menos de quatro gols por copa! Isto é pouco para um atacante considerado um fenômeno, não é mesmo? Afinal, fazer gols é a única coisa para a qual um atacante serve, é para isso que ele treina.

    Não podemos negar que ele teve uma boa fase quando jogou em 1994, na copa, e também pelo tempo que jogou bem no futebol europeu, onde conseguiu a alcunha de fenômeno. Não podemos negar que ele foi um goleador. Mas, será que ele merece ser chamado de fenômeno por este motivo?

    Acredito que pessoas de senso comum valorizem demais o atacante de um time, atribuindo a ele toda a responsabilidade pela vitória do time. Um bando de ignorantes! Mais importante do que fazer gols é não levar gol nenhum. De nada adianta fazer quatro gols e levar cinco! Então, um bom jogador é aquele que evita que a bola passe dele para trás de sua posição, é aquele que joga em equipe, que faz falta quando não está jogando.
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  2. E se, no Brasil, tivemos algum jogador que possa ser considerado um fenômeno, este homem foi Pelé. Este sim, jogou por um bom tempo, e jogou muito. Fez diferença em todo jogo que jogou, fez falta em todos os jogos que não jogou. Praticamente, pegando o total de jogos que atuou e a quantidade de gols feitos, foram poucos ele teria feito praticamente um gol por jogo. Ele, quando jogava com Garrincha, nunca perdia nenhuma partida pela seleção brasileira.

    Mas, não estamos aqui para falar de Pelé, esta foi apenas uma breve comparação um tanto esdrúxula. Ronaldo nem merece ser comparado ao Pelé, e talvez a nenhum dos grandes jogadores da história.

    Agora, vamos aos fatos:

    Ronaldo jogou em sete clubes de futebol desde o início de sua carreira. De fato, jogou muito bem até 1997 pelo Barcelona e fez muito por merecer. Destes sete clubes, cinco eram europeus.

    Somando tudo, jogou 518 partidas, tendo feito apenas 352 gols ao todo.

    Pela seleção brasileira, jogou 98 jogos, mas fez somente 62 gols. Isso incluindo jogos fora da copa do mundo.

    Assim, olhando, parece muito, mas, na verdade é muito pouco para um artilheiro que é considerado um goleador. Afinal, a função dele é apenas fazer gol. E qualquer pessoa que entenda minimamente de futebol, sabe que o gol em si é a parte menos difícil. Difícil mesmo é armar a jogada, é driblar a defesa, é, inclusive, defender o time e evitar o gol. O brasileiro não possui essa mentalidade, e é justamente por isso que hoje em dia o futebol europeu se tornou muito superior ao nosso.

    - Neste momento, o público estava mais empolgado com o discurso. O silêncio dava espaço aos murmurinhos e às risadas. Então, Joe prossegue.
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  3. - Agora, vamos falar em copas do mundo.

    Nosso artilheiro jogou quatro copas com a camisa brasileira. Destas quatro, "venceu" duas delas. Ainda que fôssemos erroneamente atribuir a ele a responsabilidade pelas duas vitórias, seria pouco, pois seria um aproveitamento de 50%. Entretanto, nem isso podemos dizer.

    Na copa de 1994, de fato, Ronaldo fez diferença. Ele estava em boa fase e jogou muito pela seleção. Agora, o que aconteceu em 1998? Zagalo, que era o técnico da seleção, o colocou machucado para jogar no lugar do Edmundo, que estava em ótima fase. Entrando no jogo, na grande final entre Itália e Brasil, Ronaldo acabou atrapalhando muito mais do que ajudando, fazendo com que a seleção perdesse. E, naturalmente, eu não atribuiria a responsabilidade a ele, e sim ao técnico. Só que isso seria injusto, visto que quando venceram a copa de 2002 atribuíram a responsabilidade a ele e não ao Felipão, não é mesmo? Então, seriam dois pesos e duas medidas.

    Se Ronaldo pode ser considerado o responsável pelas vitórias de 94 e 2002, então podemos responsabilizá-lo pelas derrotas de 98 e de 2006?

    Na copa de 2002 o Brasil teve um pouco de sorte, para não dizer que foi empurrado pra lá quase à força. Venceu meio timidamente, esta é a verdade. Mas atribuíram este sucesso ao pseudo-craque, Ronaldo.

    Agora, na copa de 2006, ocorreu algo fenomenal. O Brasil fez uma de suas piores campanhas. Talvez a pior. Entrou em um grupo fraco, onde disputou a primeira fase contra o Japão, a Croácia (de quem quase perdeu) e a Austrália.

    A seleção japonesa possuia uma defesa tão ruim que teria perdido até para o time do Palmeiras. Os australianos, convenhamos, nunca foram lá grandes jogadores. E a seleção croata, que era a melhor, quase venceu o Brasil, que por sorte estava com uma boa defesa, o que salvou a seleção de levar um belo baile.

    Mas, para não me alongar muito, quero deixar para que o público assista um vídeo muito interessante, onde vemos de um lado um craque de verdade, o ex-jogador francês Zidane, e do outro lado vemos o pseudo-craque, senhor Ronaldo, o fenômeno dos fracassos.

    Na réplica, continuo este discurso.

    http://www.youtube.com/watch?v=XupKPQlOHqA&feature=related

    Quero que o público atente para os 4:40, onde Zidane dá um lindo chapéu no "craque" Ronaldo e ainda conclui o passe em uma cabeçada.

    Dou a palavra ao meu oponente.

    - A multidão aplaude eufórica. Assovios, gritos, aclamação. Joe Capeta, o satanista, agradou os católicos de Sevilha...
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  4. caro Lucas Pierre, peço encarecidamente que desconsidere minha gafe, quando digo que a final de 1998 foi entre Itália e Brasil. Eu quis dizer "França", mas acabei me confundindo com a final de 2006 entre Itália e França. Pardon!
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  5. Bom, para iniciar minhas CIs nesse debate que “herdei” do Lucas Domingos, devo dizer que, após essas minhas postagens, meu oponente necessitará mudar seu nome para Johnnatan Sebastian Karkavianus Minimus, pois é assim, mínimo, fraco, impotente, que se sentirá perante meus argumentos, e também é assim o seu discurso, que se resume a uma argumentação que não está em Avenida Brasil, mas é um verdadeiro lixão de argumentos fracos e podres.

    Primeiro, o meu oponente já escolhe uma posição que eu julgo muito difícil de defender: a de que Ronaldo não é um fenômeno. Não bastasse essa besteira, ele ainda usa os argumentos mais indecentes que eu já vi para defender sua precaríssima posição. Vamos listar as “genialidades” ditas por esse “grande crítico” do futebol.

    ” Um jogador que atuou em vários times, mas se sobressaiu em poucas ocasiões.”

    Já aqui, o famigerado Joe demonstra sua falta de conhecimento sobre a figura de Ronaldo. Ora essa, será mesmo que alguém que chegou a fama aos 16 anos e que aos 17 já tinha disputado uma Copa do Mundo não se sobressaiu tanto? Será que o garoto foi do pequeno São Cristóvão-RJ ao poderoso Cruzeiro-MG e depois ao Barcelona por indicação alheia?

    Para o meu oponente falar isso, ele com certeza não deve se lembrar que Ronaldo foi o único a meter 5 gols no célebre goleiro uruguaio Rodolfo Rodríguez, que finalizou sua passagem no Cruzeiro com 44 gols em 46 jogos (média expressiva dentro do futebol mundial) e que fez pelo Barcelona – ESP na temporada 1996/97 34 gols em 37 jogos, outra marca expressiva.

    Se fosse “só isso” (que é mais do que muitos jogadores atuais fazem em uma carreira, quem dirá em quatro anos), meu oponente ainda estaria certo. Afinal, jogadores como Zico, Chulapa e tantos outros fizeram parecido.

    O problema são os títulos que ganhou: Copa do Brasil (1993) e Campeonato Mineiro (1994) pelo Cruzeiro; Copa dos Países Baixos (1996) pelo PSV-HOL; Supercopa da Espanha (1996), Copa da Espanha (1997) e Recopa Europeia (1997) pelo Barcelona-ESP; Copa da UEFA (1998) pela Inter de Milão; Copa Intercontinental (2002), Campeonato Espanhol (2003,2007) e Supercopa da Espanha (2003) pelo Real Madrid; Trofeo Luigi Berlusconi (2007 e 2008) pelo Milan-ITA; Campeonato Paulista e Copa do Brasil (2009) pelo Corinthians (vai Curintia!!), e, finalmente, todos os títulos pela seleção: Duas Copas do Mundo FIFA (1994 e 2002), Duas Copas América (1997 e 1999) e uma Copa das Confederações (1997), tendo um grande destaque em TODAS essas competições (foi artilheiro da maioria delas). Ganhou também o prêmio de Melhor Jogador do Mundo pela FIFA por três vezes (1996,1997 e 2002).

    Em face dessas evidências, meu oponente ainda tem coragem de discursar contra Ronaldo Fenômeno usando o argumento do pouco destaque? Rs

    ” Ele foi considerado o maior artilheiro de copas do mundo jogando pela Seleção Brasileira, por ter feito 15 gols. Ora, mas ele jogou quatro copas. Se dividirmos, para fazer uma média, ele teria feito menos de quatro gols por copa! Isto é pouco para um atacante considerado um fenômeno, não é mesmo? Afinal, fazer gols é a única coisa para a qual um atacante serve, é para isso que ele treina.”

    Concordo. O problema com essa lógica é que, dessas 4 Copas, Ronaldo só jogou 3 (1998,2002,2006). Por que não jogou a de 1994? Porque já tínhamos um ataque formado com Romário e Bebeto, que eram mais experientes, enquanto Ronaldo era um jovem. Fora isso, como a pouca idade de Ronaldo não lhe permitiu participar das Eliminatórias, Romário e Bebeto aproveitaram para se consolidar e ter créditos com Parreira.
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  6. Enfim, por que citei a não-participação em uma Copa? Simples. Se considerarmos que ele só teve chance em três Copas, e que fez 8 gols em uma só (2002), o que é uma proeza difícil de ser batida, sua média sobe para 5 gols. E daí? Mais simples ainda. O dito “maior jogador de todos os tempos”, Pelé, participou de 4 Copas do Mundo e fez 12 gols, o que lhe dá uma média de 3 gols por Copa. Pior ainda: só foi protagonista em 1958, quando o futebol era bem diferente do da época do Fenômeno. Em 1962, machucou-se e deixou toda a responsabilidade para Garrincha. Em 1966, fez uma ou duas partidas horríveis e se machucou. Em 1970, já velho, aproveitou-se da boa forma de Jairzinho, Gérson e outros e levou a fama. Seria Pelé, então, um mero oportunista? Teria meu oponente a coragem de dizer isso sobre o maior craque de todos os tempos? Curiosamente, teve coragem para afirmar sobre Ronaldo, que, em questão de Copas, fez bem mais, pois jogou praticamente as três copas no sacrifício, já que se recuperava de lesões. E agora, José, digo, Joe?

    ”Ronaldo jogou em sete clubes de futebol desde o início de sua carreira. De fato, jogou muito bem até 1997 pelo Barcelona e fez muito por merecer. Destes sete clubes, cinco eram europeus.”

    Nova prova de parcialidade e ignorância, pois Ronaldo também aprontava das suas dentro de campo pela Internazionale até se lesionar em 2000, aprontou em muitas partidas por Real Madrid e PSV Eindhoven, sendo ídolo das duas torcidas, fez das suas no Cruzeiro, em 1993-1994, quando era apenas um jovem de 16 anos, e no Corinthians, de 2009 e 2011, mesmo com todas as lesões que havia tido, e só não fez no Milan, em 2007-2008, porque sofreu com lesões. Mais uma vez, creio ter deixado evidente a falta de conhecimento do meu oponente sobre o futebol de Ronaldo.

    ” Somando tudo, jogou 518 partidas, tendo feito apenas 352 gols ao todo.Pela seleção brasileira, jogou 98 jogos, mas fez somente 62 gols. Isso incluindo jogos fora da copa do mundo.Assim, olhando, parece muito, mas, na verdade é muito pouco para um artilheiro que é considerado um goleador.”

    Sendo franco, eu não esperava um argumento tão ridículo do meu oponente. Aqui, ele só provou que não sabe que, em futebol, há algo chamado parâmetro. Seria ridículo comparar Ronaldo com Pelé, por exemplo, não porque Pelé é incomparável, mas porque as épocas são diferentes. Há uma enorme diferença entre jogar futebol em 1960 e em 2010. Hoje, nosso futebol tem maior marcação e é bem mais compacto do que antes. As quatro linhas de Pelé eram diferentes das de Ronaldo. Poderia se dizer que eram até mais fáceis, pois, como eu disse, marcação era algo raro. Havia espaço para se jogar. Ronaldo já não o teve. Se não o tendo já fez mais de 350 gols, imagine se tivesse então.

    “E qualquer pessoa que entenda minimamente de futebol, sabe que o gol em si é a parte menos difícil. Difícil mesmo é armar a jogada, é driblar a defesa, é, inclusive, defender o time e evitar o gol.”

    Gostaria de ver também meu oponente criticando Serginho Chulapa, de Santos e São Paulo, que fez bem menos gols do que Ronaldo. Quero vê-lo criticar outros tantos que fizeram bem menos gols e ainda são considerados grandes artilheiros do nosso futebol. Esses sim dependiam totalmente de armadores de jogadas. Ronaldo tinha algo diferente: era criativo, ágil, objetivo, driblador. Para não falar que estou de conversa mole, deixo este vídeo falar por mim. Será mesmo que esse cara do vídeo não sabia armar uma jogada e driblar a defesa?

    http://www.youtube.com/watch?v=sBe2lZ3Y2u4
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  7. ” Na copa de 1994, de fato, Ronaldo fez diferença. Ele estava em boa fase e jogou muito pela seleção.”

    Não sei que “Copa de 1994” é essa que ele inventou, meus amigos, pois Ronaldo nem sequer jogou.

    ” Agora, o que aconteceu em 1998? Zagalo, que era o técnico da seleção, o colocou machucado para jogar no lugar do Edmundo, que estava em ótima fase.”

    Isso não se deu de graça. Edmundo havia infringido regras de convívio da seleção. Além disso, Ronaldo sofreu uma convulsão na véspera da final, o que dificultou sua jogabilidade.

    ” Só que isso seria injusto, visto que quando venceram a copa de 2002 atribuíram a responsabilidade a ele e não ao Felipão, não é mesmo? Então, seriam dois pesos e duas medidas.”

    Essa é uma questão de comportamento tolo do jornalismo esportivo, não demerita Ronaldo e nem devia ser colocada na mesa do debate.

    ” Se Ronaldo pode ser considerado o responsável pelas vitórias de 94 e 2002, então podemos responsabilizá-lo pelas derrotas de 98 e de 2006?”

    1- Ele não foi responsável pela vitória de 1994, pois nem jogou
    2- Não foi considerado responsável pelo vitória de 2002. O mérito foi para o conjunto. Ronaldo ganhou fama pela final, mas a vitória não foi só na final.
    3- Não podemos, assim como não podíamos ter feito de Roberto Carlos um bode expiatório em 2006

    ” Na copa de 2002 o Brasil teve um pouco de sorte, para não dizer que foi empurrado pra lá quase à força. Venceu meio timidamente, esta é a verdade. Mas atribuíram este sucesso ao pseudo-craque, Ronaldo.”

    1- Não, não atribuíram.
    2- Timidamente? Aham, vencer a Inglaterra de virada nas quartas por 3 a 1 e derrotar a ALEMANHA na final é uma vitória tímida. Imagino então se fosse uma vitória ostensiva.

    ” Agora, na copa de 2006, ocorreu algo fenomenal. O Brasil fez uma de suas piores campanhas. Talvez a pior. Entrou em um grupo fraco, onde disputou a primeira fase contra o Japão, a Croácia (de quem quase perdeu) e a Austrália.”

    Ronaldo já não era mais nenhum garoto e não tinha um time motivado a seu dispor. Além disso, ele se recuperava de mais uma lesão grave, o que foi diminuindo sua capacidade de arrancar, driblar e armar.

    Antes de dar a palavra ao Joe, vou colocar dois vídeos do Campeonato Paulista de 2009 aqui: Um deles é do golaço do fenômeno na final contra o Santos em 2009, gol esse que sacramentou a vitória do Corinthians. Outro é um gol feito após uma arrancada contra o São Paulo, na semifinal do mesmo campeonato. Apreciem sem moderação e respondam: Será mesmo que Ronaldo se sobressaiu pouco?

    Links: http://www.youtube.com/watch?v=vSrAX3jKNBY
    http://www.youtube.com/watch?v=N_jlLHMC948

    Enfim, passo a palavra a Joe. Lamento, porém, por ele estar discursando em Sevilha e não em Barcelona ou em Madri, pois, se fosse em uma dessas duas o discurso, diria que os aplausos seriam com as tomatadas que o satanista estaria tomando por causa dessa pseudo-argumentação contra Ronaldo, o fenômeno.

    Saudações fenomenais,
    Octavius.
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  8. Octávio sai do palanque e deixa os católicos de Sevilha sem entender nada. Falou, falou, falou um monte, e no fim das contas choveu no molhado. Ninguém reagiu ao discurso que ele fez. Então, volta Joe Capeta, e de forma leve começa seu discurso de réplica.

    - Acho que este meu oponente, o substituto, veio com tanta sede ao pote que esqueceu de contextualizar algumas coisas. Além disso, cometeu algumas falhas bem infantis de interpretação. Ou talvez ele simplesmente tenha distorcido o que eu disse para tirar vantagem. Enfim... O que importa mesmo é que não irá sobrar muito ao final.

    Primeiro, a maior ignorância mesmo que alguém pode ter sobre futebol é fazer comparações com o estilo de jogo de Ronaldo e Pelé, e a segunda maior ignorância é relacionar quantidade de gols com qualidade de jogo.

    Nem vou falar sobre Pelé aqui, tampouco sobre qualquer outro jogador realmente fenomenal que tenha passado pelo Brasil, pois penso que isso é um escárnio ao Ronaldo e não acho que ele mereça ser assim tão destratado. Afinal, não acho que o Ronaldo tenha sido um mau jogador, apenas penso que ele foi realmente muito superestimado.

    De fato, Ronaldo não jogou a Copa de 94. Mas, caso o pobre Octávio não saiba, a imprensa brasileira afirma constantemente que ele teria jogado quatro copas e vencido duas. Considerando que ele não jogou a copa de 2010, e considerando que nossas duas últimas vitórias em copas tenham sido a de 94 e 2002, acho que só podem estar se referindo a estas duas, não é mesmo. A questão é que é até aceitável falar de Ronaldo na década de 90, como eu bem expliquei em minha introdução. Nessa fase Ronaldo estava muito bem e fazia realmente a diferença nos jogos. Agora, quanto a copa de 98, o argumento mais tolo é dizer que Ronaldo não jogou bem por estar se sentindo mal, afinal de contas, ele aceitou jogar em uma final, e acredito que a responsabilidade fosse dele. Se estou me sentindo mal não aceitaria jogar uma final de copa do mundo contra uma seleção forte como a da França. Se aceitou, a irresponsabilidade foi dele, já que o técnico não tinha como saber como ele estava se sentindo.

    De resto, são argumentos bobos. Ronaldo é um artilheiro, sua função é fazer gols. Então, fazer gols não o torna nada especial. Não o torna um fenômeno. Messi também faz gols, tem uma média semelhante a de Ronaldo, joga profissionalmente há menos de dez anos e teve muito destaque nos últimos três ou quatro anos. Ainda assim, há uma enorme diferença entre ambos, que faz com que um seja apenas um bom jogador e o outro seja realmente um fenômeno: Messi é praticamente indispensável. Jogando pelo Barcelona e pela seleção Argentina, é alguém que faz toda a diferença. O time com ele é outro, tem mais brilho. Embora, é claro, não possamos atribuir somente a ele a responsabilidade pela qualidade dos clubes em que joga, afinal o Barcelona sempre foi um clube muito bom, e continuará sendo se um dia o Messi sair de lá. Entretanto, ele faz grande diferença ali.
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  9. Se formos contar apenas os últimos três anos, quando Messi entrou em maior destaque, e se fizermos uma média, ele teria feito mais gols em menos tempo do que o Ronaldo. E mesmo que não tivesse, é um jogador chave para um clube de futebol, não é apenas um artilheiro, é um armador, é ala, é centro avante, é driblador, cobra faltas e escanteio, e, principalmente, joga em equipe. Só que, assim como Pelé, não vou comparar Messi a Ronaldo, acho até um absurdo comparar um fenômeno de verdade com um pseudo fenômeno.

    E, aliás, fenômeno é até um termo dispensável se formos buscar seu significado na língua portuguesa. Afinal, qualquer coisa é um fenômeno. A chuva, o vento, quando vemos uma caneta cair no chão, quando acendemos um fósforo, etc. São fenômenos básicos, comuns, e o significado da palavra fenômeno, tanto pelo dicionário quanto pela filosofia é "aquilo que é observável". Ou seja, pode ser qualquer coisa. Então, dentro desta significação, posso até concordar que Ronaldo tenha sido um fenômeno, como qualquer jogador de futebol ou mesmo como o time do Ibis em uma partida.

    - Neste momento, o povo no estádio cai em gargalhadas e começa a aplaudir nosso famigerado satanista. E ele continua o discurso.

    - Mas, sabem o que é mais interessante? A tentativa ridícula de justificar os dois pesos e duas medidas que a imprensa brasileira e o povo tem ao lidar com Ronaldo. Meu oponente tenta explicar para nós que seria justo atribuir a vitória de 2002 a Ronaldo, mas que é injusto atribuir as derrotas de 98 e 2006 a ele também. Estranho, não é?
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  10. "Ronaldo já não era mais nenhum garoto e não tinha um time motivado a seu dispor." (Octávio, sobre a copa de 2006)

    Ronaldo tinha 30 anos na copa de 2006, caros espectadores. O craque, o fenomenal Zinédine Zidane, no mesmo ano, tinha 34 anos de idade e deu chapéu em Ronaldo, deu dribles absurdos em Kaká (outro pseudo-craque), furou a marcação brasileira, deixou o futebol de Adriano e Ronaldinho Gaúcho no chinelo. Ou seja, a idade não justifica a incompetência. Zidane também não era mais um garoto. Muito pelo contrário, talvez seja até um fator favorável, como podemos ver no caso de Zidane, o craque de quem mostrei o vídeo na introdução. E, ironicamente, aquela era a mesma copa de 2006, a qual "Ronaldo estaria muito velho para jogar"... Acho que este argumento foi para a cova, meu caro Octávio.

    Agora, engraçado mesmo é culpar o time supostamente desmotivado pelo fracasso do "fenômeno". Ora essa! Não eram todos craques? Kaká, Ronaldinho, Cafú, Adriano "Imperador", etc.? Não eram todos os melhores jogadores do mundo? E Parreira, não era o melhor técnico? Afinal, o que havia de errado com o time? Simples. Havia de errado com a seleção brasileira o mesmo que havia de errado com Ronaldo: Foram superestimados, entraram na copa de salto alto, com um time supostamente imbatível que iria desbancar os europeus. Se ferraram. Assim como Ronaldo, a seleção não estava lá grandes coisas. Agora, tirar a responsabilidade de cima de Ronaldo por ele ter jogado mal e jogá-la sobre os colegas de equipe é um pouco forçado, não é? Quer dizer que seus companheiros tiravam a bola de seus pés e não o deixavam driblar? Não. Muito pelo contrário. A instrução que o time recebeu era a de passar a bola para Ronaldo. Há uma imagem, se não me engano é do jogo contra a Austrália, na qual Cafu vai para o ataque e está marcado, Ronaldinho Gaucho, do outro lado da área, livre de marcação e pronto para colocar a bola para dentro do gol. Cafu prefere chutar a bola em cima da marcação em vez de passá-la para o colega. O mesmo não se via acontecer com Ronaldo. Este recebia passes na cara do gol, era colocado com bola no pé diante da trave, por vezes até mesmo dentro da pequena área. Então, se não jogou, não jogou e pronto, e não adianta querer culpar os outros por isso.

    - Neste momento, Joe olhou de relance para seu adversário substituto, Octávio, que estava sentado em uma cadeirinha ao lado do palanque. Ele tinha uma expressão preocupada no rosto, e Joe quase teve pena. Mas, na realidade estava mesmo sorrindo por dentro.

    - Então, meu povo, acredito que tenha ficado mais do que claro o que apresentei desde a introdução. Ronaldo não foi tudo aquilo que dizem. Pelo contrário, foi um jogador superestimado ao extremo, puro marketing, o mesmo que vemos acontecer agora com Neymar, o mesmo que aconteceu com Robinho. Publicidade demais e futebol de menos. É assim que defino o "craque" Ronaldo.

    E espero muito que na réplica meu pobre adversário não ouse fazer comparações fajutas de sua mente limitada, senso comum, que insiste na ideia de que fazer gols é suficiente para definir um craque no futebol. Isso é ignorância, isso é não entender absolutamente nada sobre um esquema tático, sobre a importância que a equipe inteira tem em uma partida de futebol.

    Encerro minha réplica satisfeito com o resultado.

    - O público aplaude ainda mais empolgado do que antes. Gritos, assovios, etc. Uma garota de uns 19 anos até jogou uma calcinha em cima do palanque...
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  11. Meus amigos de DR, eu tenho que admitir: o Joe Capeta me surpreendeu com sua réplica. Realmente, nunca imaginei que alguém fosse capaz de dizer tantas sandices com tão pouco espaço escrito. Mas, enfim, vamos listar novamente as sandices ditas por esse pseudo-satanista de Facebook.

    Primeiro, o aprendiz de fake me acusa de distorcer o que ele disse só para tirar vantagem. Ora, só alguém muito amador e que não conheça a fórmula da DR para dizer isso. Somos uma comunidade de retórica, meu amigo, não da verdade irrefutável. Se quiser algo do tipo, curta a Agnus Dei ou outra dessas. Mas, sinceramente achei que o Joe nem sequer ia mencionar isso. Enfim, mais uma decepção.

    Depois, ele demonstra NOVAMENTE o desconhecimento dos parâmetros do futebol ao dizer que eu não devia ter comparado a qualidade do futebol na época de Pelé e na de Ronaldo. Ledo engano, meus amigos, pois as épocas foram sim muito diferentes. Com o passar dos anos, a marcação se tornou mais intensa. Pelé driblou muito e foi sensacional, mas tinha muito espaço disponível e mais tempo para pensar as jogadas. Já outros que ele chama de “pseudo-craques”, como Ronaldo, Kaká e Neymar, tinham e tem que driblar e já pensar no próximo movimento, pois quando passa(va)m por um marcador, já vem outros pela frente. Ou seja, fica clara a diferença das épocas e a comparação faz sim justiça a Ronaldo.

    ” De fato, Ronaldo não jogou a Copa de 94. Mas, caso o pobre Octávio não saiba, a imprensa brasileira afirma constantemente que ele teria jogado quatro copas e vencido duas.”

    Errado. A imprensa afirma que ele ESTEVE EM quatro copas, mas que não jogou em 1994. Aliás, não é errado ceder a ele o título de campeão mundial de 1994, porque ele estava no elenco. Ronaldo é tão campeão da Copa de 1994 quanto Danilo Fernandes, goleiro reserva do Corinthians, é campeão da Libertadores 2012, sendo que nenhum dos dois jogou uma partida sequer nos respectivos campeonatos. Ainda assim, não o vi reclamar do título atribuído a Fernandes, Joe. Não o vi também comentar sobre o título da Copa de 1962, na qual Pelé só jogou UMA PARTIDA, e cujo título não ganharia não fosse pela habilidade do anjo de pernas tortas, mais conhecido como Garrincha. Então, não, meu amigo, não se diz que Ronaldo JOGOU quatro copas. Citando o comentarista Téo José: “Não, Joe Capeta, não é assim!!”

    ” A questão é que é até aceitável falar de Ronaldo na década de 90, como eu bem expliquei em minha introdução.”

    Não, não explicou. Você falou até 1997, e isso não é toda a década de 1990.

    ” Agora, quanto a copa de 98, o argumento mais tolo é dizer que Ronaldo não jogou bem por estar se sentindo mal, afinal de contas, ele aceitou jogar em uma final, e acredito que a responsabilidade fosse dele. Se estou me sentindo mal não aceitaria jogar uma final de copa do mundo contra uma seleção forte como a da França. Se aceitou, a irresponsabilidade foi dele, já que o técnico não tinha como saber como ele estava se sentindo.”

    Novamente, o desconhecimento do meu oponente é notório e notável, pois Zagallo tinha sim plena consciência disso, pois já sabia da convulsão de Ronaldo. Nesse caso, seria papel dele, e não do Fenômeno, vetar o jogador. Ele tinha essa autonomia, mas não o fez. Argumento, portanto, jogado no lixo.
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  12. ” . Ronaldo é um artilheiro, sua função é fazer gols. Então, fazer gols não o torna nada especial. Não o torna um fenômeno. Messi também faz gols, tem uma média semelhante a de Ronaldo, joga profissionalmente há menos de dez anos e teve muito destaque nos últimos três ou quatro anos. Ainda assim, há uma enorme diferença entre ambos, que faz com que um seja apenas um bom jogador e o outro seja realmente um fenômeno: Messi é praticamente indispensável. Jogando pelo Barcelona e pela seleção Argentina, é alguém que faz toda a diferença.”

    Nisso concordamos. Porém, o que fez de Ronaldo o Fenômeno não foram seus gols. Se fosse assim, pernas de pau como Tuta, Reinaldo e tantos outros também seriam chamados assim. O que o fez diferenciar-se foram seus dribles. Ele não ganhou o apelido a toa. Ronaldo, ao contrário do que meu oponente diz, driblava e muito. E era decisivo, pois dos 7 times em que jogou, 2 eram nada sem ele na época em que jogou (Cruzeiro e Barcelona) e outro, o meu grande Coringão, ficou Ronaldo-dependente em 2009 e 2010. Não fossem os gols do craque, nunca teríamos ganhado (invictos ou não) o Paulista de 2009, nem a Copa do Brasil de 2009. Mais uma vez, meu oponente só fez mostrar seu flagrante parcialismo errôneo contra o Fenômeno.

    “E, aliás, fenômeno é até um termo dispensável se formos buscar seu significado na língua portuguesa. Afinal, qualquer coisa é um fenômeno. A chuva, o vento, quando vemos uma caneta cair no chão, quando acendemos um fósforo, etc. São fenômenos básicos, comuns, e o significado da palavra fenômeno, tanto pelo dicionário quanto pela filosofia é "aquilo que é observável". Ou seja, pode ser qualquer coisa. Então, dentro desta significação, posso até concordar que Ronaldo tenha sido um fenômeno, como qualquer jogador de futebol ou mesmo como o time do Ibis em uma partida.”

    Neste momento, eu que caio na gargalhada. Para refutá-lo, mostro “apenas” o significado da palavra.
    http://www.dicio.com.br/fenomeno/

    Atente para o segundo significado: Fil. Tudo o que está sujeito à ação dos nossos sentidos, ou que nos impressiona de um modo qualquer, física ou moralmente.

    Neste argumento, sem mais. Continuemos com o termo fenômeno, apesar do chilique do meu oponente, rsrsrs.

    ” - Mas, sabem o que é mais interessante? A tentativa ridícula de justificar os dois pesos e duas medidas que a imprensa brasileira e o povo tem ao lidar com Ronaldo. Meu oponente tenta explicar para nós que seria justo atribuir a vitória de 2002 a Ronaldo, mas que é injusto atribuir as derrotas de 98 e 2006 a ele também. Estranho, não é?”

    Só uma pergunta: em que momento atribui a vitória de 2002 a ele? Além disso, isso não demerita Ronaldo. Aliás, isso é até um mérito, pois, se não fossem os OITO gols dele, algo que, repito, é uma marca impressionante para uma Copa só, talvez o Brasil nem tivesse passado pela Bélgica.

    Em seguida, ele compara a idade de Ronaldo (30 anos) com a de Zidane (34 anos) em 2006. Ok, seria justo, não fosse por um detalhe: eu não disse, em momento algum, que Ronaldo não jogou tudo que tinha SÓ por não ter mais a juventude. Citei também as lesões, que o acompanhavam desde a juventude e já tinham lhe tirado boa parte do bom futebol.

    “Então, se não jogou, não jogou e pronto, e não adianta querer culpar os outros por isso.”

    Adianta, especialmente porque Ronaldo precisava deles, como você mesmo disse. Assim como precisou do conjunto do Corinthians em 2009. Só que, em 2009, ele teve o conjunto, e o recompensou com dois títulos, que, novamente admito, não teriam sido ganhos sem sua superpotência na hora do gol. 
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  13. ” E espero muito que na réplica meu pobre adversário não ouse fazer comparações fajutas de sua mente limitada, senso comum, que insiste na ideia de que fazer gols é suficiente para definir um craque no futebol. Isso é ignorância, isso é não entender absolutamente nada sobre um esquema tático, sobre a importância que a equipe inteira tem em uma partida de futebol.”

    Só faltou uma coisa para isso ser verdade: eu ter feito isso. Qualquer um dos nossos leitores que tenha lido, mesmo com pouca atenção, as minhas CIs, foi capaz de perceber que nunca fiz o que meu oponente me acusa de ter feito. Ou seja, argumento desbancado.

    Para finalizar, devo parabenizar mais uma vez o Joe pela escolha de público. Afinal, escolheu um público que foi vítima dos gols do Fenômeno, tanto por Barcelona quanto por Real Madrid, e, por isso, mais suscetível a crer em suas besteiras. Porém, não é a multidão tendenciosa de Sevilha que definirá o vencedor, mas sim a multidão consciente e de opiniões divergentes sobre o tema da Duelos Retóricos. Ainda assim, repito: se fosse em Barcelona ou em Madri, o pessoal já estaria tacando jaca na cabeça desse pseudo-comentarista do nosso futebol.

    Enfim, passo a palavra a ele, e espero SINCERAMENTE que pare de dizer tanta besteira. Deixo aqui mais alguns vídeos sobre o Fenômeno:

    http://www.youtube.com/watch?v=J1uaGA02xHs
    http://www.youtube.com/watch?v=v2N-PyVbijc
    http://www.youtube.com/watch?v=yhnh3_NvTR4 (mostra a veneração que Ronaldo alcançou com seus dribles)

    Saudações futebolísticas e mais fenomenais ainda,
    Octavius.
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  14. Os católicos de Sevilha novamente não reagem ao discurso do Octávio. Ora ficam estáticos. Ora dão bocejos. A verdade mesmo é que sua introdução foi um grande lixo e esta réplica passou longe de ser algo inteligente. Ao que parece, nosso satanista debate contra um amador de verdade. Mas, prossegue com o discurso.

    - Para aqueles que não sabem, e principalmente para aqueles que tenham a intenção de mentir sobre isso para os outros, deixo os vários significados da palavra "fenômeno" aqui. Quem quiser saber de verdade o que o termo significa, sem que ele tenha sofrido a opinião tendenciosa de nenhum imbecil do ensino médio, eis:

    "Literalmente "algo que pode ser visto", derivado da palavra grega phainomenon = "observável""

    "fenómeno
    s. m.
    Facto; manifestação; sinal, sintoma."

    "fenómeno
    subst m fenómeno [fə'nɔmənu]
    1 tudo o que se observa na natureza
    A chuva é um fenómeno natural."

    "fenômeno
    fe-nô-me-no
    s. m.
    Manifestação, sinal, sintoma."

    Bem, acho que é suficiente. Essas quatro definições da palavra foram localizadas em quatro dicionários diferentes. A pesquisa é livre para todos nos dias de hoje, portanto, a burrice é imperdoável.

    Mas, eu havia mencionado en passant esta questão na minha réplica pois na verdade se tratava mais de uma brincadeira. Meu oponente, amador como é, resolveu gastar um bom espaço de sua réplica, onde poderia ter dito algo realmente importante, para explicar erroneamente esta questão. Se deu mal e passou vergonha à toa, mas está em seu direito. Afinal, compreendo que o significado popular para esta palavra seja um pouco diferente daquilo que a filosofia ou mesmo a ciência observa. De fato, as pessoas tomam por fenômeno aquilo que é exceção, acontecimentos que saem do comum, etc. Nada demais.
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  15. Meu adversário também fala besteira a beça quando, novamente, tenta justificar a má atuação de Ronaldo em duas copas do mundo. Francamente, acho que Ronaldo foi apenas um ser humano e que ele certamente tenha defeitos como todos nós. E não é ELE quem eu critico neste debate. Apenas, e nada mais do que isso, julgo ridícula a alcunha que DERAM a ele. Chamá-lo de fenômeno ou de maior craque da história das copas é algo tipicamente brasileiro. Ou seja: é algo esdrúxulo em um país ignorante.

    A verdade mesmo é que faz muito tempo que o Brasil não presenteia o futebol com algum craque de verdade. Então, qualquer coisa que aparece é supervalorizada. Ainda mais por que o Brasil é um país com péssima qualidade em quase tudo o que faz, tem um governo que investe pouco em educação e mantém as pessoas na extrema burrice. Então, a única coisa na qual o Brasil conseguiu se sobressair - o futebol - acaba sendo superestimada por lá.

    Novamente, esse amador que chamam de debatedor, Octávio Henrique, usou de falácias bastante bestas e fez comparações no mínimos questionáveis, que demonstram um desconhecimento profundo sobre o esporte ou simplesmente denotam sua capacidade infame de desvirtuar um bom debate.

    Primeiro, já na introdução, ele alega que o futebol da época de Pelé era diferente, que deixava Pelé jogar com mais espaço. Concordo. De fato, o futebol daqueles tempos possuía pouca qualidade técnica e os times europeus eram ainda bem fracos neste quesito. Então, logicamente, Pelé e outros craques tiveram um pouco mais de oportunidades de jogo. ENTRETANTO, isso não torna Ronaldo um fenômeno. O investimento que o Brasil tem no futebol hoje é infinitamente superior ao daquela época, na realidade, é incomparável. Jogadores, hoje, tem clubes com infra-estrutura muito superiores aos daquela época. Patrocínios, equipes médicas, tudo muito mais disponibilizado até mesmo para jogadores da série C dos campeonatos nacionais. O que acontece é que o futebol europeu evoluiu e ULTRAPASSOU a qualidade do futebol brasileiro, só isso.
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  16. Outro ponto muito ruim deste argumento é que Ronaldo jogou NA MESMA época de craques como Zidane, Messi, Puyol, Ribéry, etc. Se realmente hoje não há espaço para driblar tanto quanto antigamente, então como é que Messi consegue? Como é que o Zidane conseguia? Como é que apenas os jogadores pseudo-craques do Brasil não têm espaço pra jogar e os outros têm? Como é que o pobre Neymar sofre tanto com a marcação se o Messi não sofre?

    Percebem, caros espectadores, que meu oponente tenta manipulá-los com um discurso profundamente fajuto? Percebem que ele usa argumentos questionáveis, dignos de escárnio?

    - Neste instante, Octávio Henrique tinha muitas rugas de preocupação em sua testa. Estava assistindo aquele show de retórica sentado, quase escondido, enquanto sua cabeça doía com os delírios daquele público. Joe havia conseguido o inimaginável. Conseguiu reunir os católicos ortodoxos de Sevilha em uma semana santa para assistir um debate sobre futebol... Coisa rara de se ver. E, continua:

    - Eu, se fosse meu pobre amador oponente substituto, subiria aqui em cima nesta tréplica e pediria desculpa aos espectadores. Em seu lugar, eu assumiria que não entendo nada de futebol, que não entendo nada sobre esquemas táticos e trabalho em equipe. Será que ele terá esta hombridade? Será que ele terá alguma humildade para chegar aqui e pedir perdão a vocês, se redimindo de seu erro em insultar as vossas inteligências? Eu gostaria de ver isso, mas duvido muito. É um amador. Só um pobre amador.

    Não sei se realmente precisarei levar este debate até o fim. Meu oponente teve duas belas chances, usou todo o espaço e tempo necessário, e não disse nada que prestasse.

    Novamente, o que vou reiterar aqui é que não acho que Ronaldo tenha sido um mal jogador. Muito pelo contrário, acho mesmo que ele jogava bem, ele de fato teve uma boa fase nos anos 90 e no fim de sua carreira pelo Corinthians. Entretanto, é e sempre foi um jogador superestimado. A imprensa brasileira é que o colocou no pedestal. Talvez até por motivos escusos, algo fora de nosso conhecimento, a imprensa abriu portas para ele desde cedo. E no Brasil, a burrice coletiva é tão grande que a mídia consegue manipular até o gosto culinário das pessoas. A população engoliu e digeriu essa história de chamar Ronaldo de fenômeno. O apelido pegou e todos fingem que acreditam.

    O fato é que Ronaldo é produto da mídia esportiva. Assim como Neymar, assim como Cristiano Ronaldo. São jogadores que têm algum talento mas são supervalorizados, às vezes até por motivos totalmente alheios ao futebol, como beleza e carisma, por exemplo. Neymar é tão bom quanto Ronaldo. Ele é um garoto que começou por baixo, tem origem humilde, é simpático e bate uma bola razoável. Quando joga no Santos se sobressai, mas quando enfrenta times realmente fortes, como o Barcelona na final do Mundial de Interclubes no ano passado, é invisível e não consegue nem sair da marcação. Isso ocorreu diversas vezes com Ronaldo, com a diferença de que este teria maior experiência do que aquele, e só.

    Sem mais nada a dizer sobre o assunto, e caso meu oponente resolva continuar com esta ladainha em sua tréplica, hei de encerrar o debate por aqui mesmo para não fazer com que os espectadores gastem tanto tempo com a leitura de algo que poderia ter sido um pouco mais produtivo.

    Despeço-me e fiquem com Deus!

    - O público aplaude novamente, tudo se repete. Joa Capeta é ovacionado pela multidão.

    Octávio sobe no palanque e é vaiado. Um rapaz joga uma berinjela e acerta o olho dele. Uma senhora joga o guarda-chuva e acerta o joelho de Octávio, que se desequilibra e cai, batendo com sua imensa cabeça no microfone logo a frente causando um enorme ruído de microfonia e estática. Então as pessoas caem na gargalhada, atrapalhando o início de seu discurso de tréplica.
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  17. rsrsrsrsrsrs

    Ah não, peraí, era sério? Opa, peço desculpas ao meu adversário, pois não achei que ele fosse capaz de afirmar tantas besteiras com tamanha cara de pau.

    Bom, serei bem mais breve aqui. Primeiro, quanto à questão do léxico "fenômeno", meu oponente citou 4 dicionários, mas não citou de que ano eram, ou de que instituição provinham. Por isso, como o significado de palavras, apesar de mutante, ainda é questão de autoridade, como bem pontuou o Roger quando debateu comigo sobre Televisão, vai aqui, na íntegra, o significado de "fenômeno" segundo o DICIONÁRIO ESCOLAR DA LÍNGUA PORTUGUESA produzido pela ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS em 2008 (ou seja, atualíssimo). Enfim, o significado é:

    fenômeno (fe.nô.me.no) s.m. 1. Qualquer acontecimento da natureza ou da sociedade que pode ser observado: um fenômeno atmosférico; um fenômeno social. 2. FATO RARO E SURPREENDENTE: Isso que você conseguiu foi um fenômeno. 3. Pessoa excepcional naquilo que faz: O excelente jogador da seleção brasileira é chamado o fenômeno.

    Como veem, nobres leitores, a semântica e o léxico estão a meu favor, pois se não puder encaixar Ronaldo no significado 3, o encaixo em 2. Assim sendo, esse argumento do meu oponente está, definitivamente, no cesto de lixo.

    "Meu adversário também fala besteira a beça quando, novamente, tenta justificar a má atuação de Ronaldo em duas copas do mundo. Francamente, acho que Ronaldo foi apenas um ser humano e que ele certamente tenha defeitos como todos nós. E não é ELE quem eu critico neste debate. Apenas, e nada mais do que isso, julgo ridícula a alcunha que DERAM a ele."

    "Ronaldo nem merece ser comparado ao Pelé, e talvez a nenhum dos grandes jogadores da história."

    Isso não diz nada? Agora, só se meu oponente mudou muito de ideia na tréplica, porque em réplica e CIs ele só criticou o fenômeno com seus pseudo-argumentos.

    "Outro ponto muito ruim deste argumento é que Ronaldo jogou NA MESMA época de craques como Zidane, Messi, Puyol, Ribéry, etc. Se realmente hoje não há espaço para driblar tanto quanto antigamente, então como é que Messi consegue? Como é que o Zidane conseguia? Como é que apenas os jogadores pseudo-craques do Brasil não têm espaço pra jogar e os outros têm? Como é que o pobre Neymar sofre tanto com a marcação se o Messi não sofre?"

    Aqui vem a prova de que meu oponente até pode ser alfabetizado, mas não é letrado. Afinal, fez a façanha de não entender quando eu disse, por mais de três vezes, que Ronaldo sofria de contusões constantes que foram gradativamente diminuindo sua capacidade no futebol. Além disso, seu problema de hipotireoidismo também se agravou, o que o fez tornar-se mais lento e com menos potencial de arranque ao longo dos anos. Ainda assim, esse fenômeno, com a ajuda do timaço do Corinthians de 2009, coisa que não teve com a Seleção Brasileira, que jogou de salto alto em 2006, ainda aprontou das suas. Ocorreu, porém, que seu organismo já não era mais o mesmo. Já Zidane, por exemplo, só sofreu os efeitos do avanço da idade. Ou será que meu oponente vai ter a petulância de afirmar que Zidane sofreu das mesmas coisas de Ronaldo?

    Sobre Neymar, esse sim é um pseudo-craque. Ronaldo era diferenciado. Curiosamente, até o próprio Zidane admitia isso quando jogava com o Fenômeno no Real Madrid. E isso porque Zidane, segundo meu oponente, era um cracaço, rs.

    "Primeiro, já na introdução, ele alega que o futebol da época de Pelé era diferente, que deixava Pelé jogar com mais espaço. Concordo."

    Não foi o que disse em sua réplica. Veja o que disse sobre minha comparação:
    "Primeiro, a maior ignorância mesmo que alguém pode ter sobre futebol é fazer comparações com o estilo de jogo de Ronaldo e Pelé, e a segunda maior ignorância é relacionar quantidade de gols com qualidade de jogo."

    Deixo essas palavras refutarem o meu oponente por si mesmas.
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  18. De fato, as rugas que meu oponente viu eram de preocupação. Sim, eram, pois fiquei preocupado que ficaria tempo demais rindo com sua tréplica e me esqueceria de responder. De fato, foi o que quase aconteceu. Porém, não poderia deixar de responder o monte de sandices.

    Enfim, se meu oponente realmente terminou, termino também minhas participações. Ocorreu aqui, meus amigos, uma demonstração de desonestidade intelectual por parte do satanista: em suas CIs, começou falando besteiras sobre o Fenômeno e, como as viu todas refutadas por meus vídeos e palavras, apelou para a multidão de Sevilha e mudou o foco do debate: quis, então, desdizer a imprensa brasileira quanto às reais habilidades de Ronaldo. Acontece que, para fazer isso, ele deveria ter trazido verdadeiros argumentos, e não lances circunstanciais. Tomar um chapéu de Zidane não desmerece ninguém, assim como ir mal em alguns jogos também não o faz. Os próprios Messi e Pelé, que meu oponente faz questão de elogiar, também tiveram seus maus dias. O mesmo ocorreu com Ronaldo.

    Fato é: os lances que mostrei provam que os maus dias foram exceções, e não regras. Ronaldo é, foi e sempre será um fenômeno, não porque nossa imprensa e povo são tolos ou todo esse blá-blá-blá marxista aplicado ao futebol. O fenômeno sempre será reconhecido por seus bons lances, seus dribles inesquecíveis, sua recuperação em momentos de crise, seus gols decisivos e pelo fato de ser ídolo de muitos em todos os continentes.

    O que o Joe fez aqui foi simples: apelou para uma multidão tendenciosa CONTRA Ronaldo e foi falando os delírios de sua mente satânica um por um, sendo todos refutados por mim ou por qualquer um que realmente entenda de futebol, coisa que ele não entende, como demonstrou nesse debate. Espero, então, que os leitores, que, creio eu, entendem bem mais de futebol que o satanista, façam o contrário dos católicos de Sevilha e escolham quem realmente demonstrou entendimento aqui.

    Saudações futebolísticas, críticas e mais fenomenais do que nunca,
    Octavius.

18 comentários:

  1. Era um estádio na cidade Sevilha, o lugar mais inapropriado para um satanista frequentar na semana santa. Mas ele não se importava. Circulou aquele estádio sete vezes, cumprindo seu ritual, e andou em direção ao palanque que haviam deixado ali para que ele pudesse palestrar.

    O adversário que teria que enfrentar havia chegado há duas horas e estava ansioso, dentro de seu fusca 1968 verde claro metálico. Os pneus estavam meio carecas, mas ainda era um bom carro, bem mais resistente do que as modernidades infames a que estamos habituados.

    Joe Capeta, cujo nome verdadeiro é Johnnatan Sebastian Karkavianus Maximus, caminhava sem pressa para o palanque, rememorizando seu discurso. Ele usava um sobretudo preto, aparentemente de couro legítimo, com costuras em cor-de-vinho. Seus cabelos, na altura dos ombros, estavam molhados devido à chuva de algumas horas atrás. Lá, do lado de fora do estádio, estava estacionado seu Rolls-Royce Phantom, de 1927, fabricado na Inglaterra. As cores também eram o preto e o vinho.

    Agora, finalmente em pé diante daquela multidão, Joe começa seu discurso. O silêncio no estádio estava perturbador.

    - Hoje, vamos falar sobre um dos jogadores mais superestimados dos últimos tempos. Um jogador que recebeu títulos e é aclamado por muitas pessoas como o maior artilheiro de copas do mundo. Um jogador que atuou em vários times, mas se sobressaiu em poucas ocasiões. Hoje, vamos falar sobre Ronaldo, aquele erroneamente chamado de "Fenômeno", mas que no fundo nunca passou de um grande oportunista.

    Ele foi considerado o maior artilheiro de copas do mundo jogando pela Seleção Brasileira, por ter feito 15 gols. Ora, mas ele jogou quatro copas. Se dividirmos, para fazer uma média, ele teria feito menos de quatro gols por copa! Isto é pouco para um atacante considerado um fenômeno, não é mesmo? Afinal, fazer gols é a única coisa para a qual um atacante serve, é para isso que ele treina.

    Não podemos negar que ele teve uma boa fase quando jogou em 1994, na copa, e também pelo tempo que jogou bem no futebol europeu, onde conseguiu a alcunha de fenômeno. Não podemos negar que ele foi um goleador. Mas, será que ele merece ser chamado de fenômeno por este motivo?

    Acredito que pessoas de senso comum valorizem demais o atacante de um time, atribuindo a ele toda a responsabilidade pela vitória do time. Um bando de ignorantes! Mais importante do que fazer gols é não levar gol nenhum. De nada adianta fazer quatro gols e levar cinco! Então, um bom jogador é aquele que evita que a bola passe dele para trás de sua posição, é aquele que joga em equipe, que faz falta quando não está jogando.

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  2. E se, no Brasil, tivemos algum jogador que possa ser considerado um fenômeno, este homem foi Pelé. Este sim, jogou por um bom tempo, e jogou muito. Fez diferença em todo jogo que jogou, fez falta em todos os jogos que não jogou. Praticamente, pegando o total de jogos que atuou e a quantidade de gols feitos, foram poucos ele teria feito praticamente um gol por jogo. Ele, quando jogava com Garrincha, nunca perdia nenhuma partida pela seleção brasileira.

    Mas, não estamos aqui para falar de Pelé, esta foi apenas uma breve comparação um tanto esdrúxula. Ronaldo nem merece ser comparado ao Pelé, e talvez a nenhum dos grandes jogadores da história.

    Agora, vamos aos fatos:

    Ronaldo jogou em sete clubes de futebol desde o início de sua carreira. De fato, jogou muito bem até 1997 pelo Barcelona e fez muito por merecer. Destes sete clubes, cinco eram europeus.

    Somando tudo, jogou 518 partidas, tendo feito apenas 352 gols ao todo.

    Pela seleção brasileira, jogou 98 jogos, mas fez somente 62 gols. Isso incluindo jogos fora da copa do mundo.

    Assim, olhando, parece muito, mas, na verdade é muito pouco para um artilheiro que é considerado um goleador. Afinal, a função dele é apenas fazer gol. E qualquer pessoa que entenda minimamente de futebol, sabe que o gol em si é a parte menos difícil. Difícil mesmo é armar a jogada, é driblar a defesa, é, inclusive, defender o time e evitar o gol. O brasileiro não possui essa mentalidade, e é justamente por isso que hoje em dia o futebol europeu se tornou muito superior ao nosso.

    - Neste momento, o público estava mais empolgado com o discurso. O silêncio dava espaço aos murmurinhos e às risadas. Então, Joe prossegue.

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  3. - Agora, vamos falar em copas do mundo.

    Nosso artilheiro jogou quatro copas com a camisa brasileira. Destas quatro, "venceu" duas delas. Ainda que fôssemos erroneamente atribuir a ele a responsabilidade pelas duas vitórias, seria pouco, pois seria um aproveitamento de 50%. Entretanto, nem isso podemos dizer.

    Na copa de 1994, de fato, Ronaldo fez diferença. Ele estava em boa fase e jogou muito pela seleção. Agora, o que aconteceu em 1998? Zagalo, que era o técnico da seleção, o colocou machucado para jogar no lugar do Edmundo, que estava em ótima fase. Entrando no jogo, na grande final entre Itália e Brasil, Ronaldo acabou atrapalhando muito mais do que ajudando, fazendo com que a seleção perdesse. E, naturalmente, eu não atribuiria a responsabilidade a ele, e sim ao técnico. Só que isso seria injusto, visto que quando venceram a copa de 2002 atribuíram a responsabilidade a ele e não ao Felipão, não é mesmo? Então, seriam dois pesos e duas medidas.

    Se Ronaldo pode ser considerado o responsável pelas vitórias de 94 e 2002, então podemos responsabilizá-lo pelas derrotas de 98 e de 2006?

    Na copa de 2002 o Brasil teve um pouco de sorte, para não dizer que foi empurrado pra lá quase à força. Venceu meio timidamente, esta é a verdade. Mas atribuíram este sucesso ao pseudo-craque, Ronaldo.

    Agora, na copa de 2006, ocorreu algo fenomenal. O Brasil fez uma de suas piores campanhas. Talvez a pior. Entrou em um grupo fraco, onde disputou a primeira fase contra o Japão, a Croácia (de quem quase perdeu) e a Austrália.

    A seleção japonesa possuia uma defesa tão ruim que teria perdido até para o time do Palmeiras. Os australianos, convenhamos, nunca foram lá grandes jogadores. E a seleção croata, que era a melhor, quase venceu o Brasil, que por sorte estava com uma boa defesa, o que salvou a seleção de levar um belo baile.

    Mas, para não me alongar muito, quero deixar para que o público assista um vídeo muito interessante, onde vemos de um lado um craque de verdade, o ex-jogador francês Zidane, e do outro lado vemos o pseudo-craque, senhor Ronaldo, o fenômeno dos fracassos.

    Na réplica, continuo este discurso.

    http://www.youtube.com/watch?v=XupKPQlOHqA&feature=related

    Quero que o público atente para os 4:40, onde Zidane dá um lindo chapéu no "craque" Ronaldo e ainda conclui o passe em uma cabeçada.

    Dou a palavra ao meu oponente.

    - A multidão aplaude eufórica. Assovios, gritos, aclamação. Joe Capeta, o satanista, agradou os católicos de Sevilha...

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  4. caro Lucas Pierre, peço encarecidamente que desconsidere minha gafe, quando digo que a final de 1998 foi entre Itália e Brasil. Eu quis dizer "França", mas acabei me confundindo com a final de 2006 entre Itália e França. Pardon!

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  5. Bom, para iniciar minhas CIs nesse debate que “herdei” do Lucas Domingos, devo dizer que, após essas minhas postagens, meu oponente necessitará mudar seu nome para Johnnatan Sebastian Karkavianus Minimus, pois é assim, mínimo, fraco, impotente, que se sentirá perante meus argumentos, e também é assim o seu discurso, que se resume a uma argumentação que não está em Avenida Brasil, mas é um verdadeiro lixão de argumentos fracos e podres.

    Primeiro, o meu oponente já escolhe uma posição que eu julgo muito difícil de defender: a de que Ronaldo não é um fenômeno. Não bastasse essa besteira, ele ainda usa os argumentos mais indecentes que eu já vi para defender sua precaríssima posição. Vamos listar as “genialidades” ditas por esse “grande crítico” do futebol.

    ” Um jogador que atuou em vários times, mas se sobressaiu em poucas ocasiões.”

    Já aqui, o famigerado Joe demonstra sua falta de conhecimento sobre a figura de Ronaldo. Ora essa, será mesmo que alguém que chegou a fama aos 16 anos e que aos 17 já tinha disputado uma Copa do Mundo não se sobressaiu tanto? Será que o garoto foi do pequeno São Cristóvão-RJ ao poderoso Cruzeiro-MG e depois ao Barcelona por indicação alheia?

    Para o meu oponente falar isso, ele com certeza não deve se lembrar que Ronaldo foi o único a meter 5 gols no célebre goleiro uruguaio Rodolfo Rodríguez, que finalizou sua passagem no Cruzeiro com 44 gols em 46 jogos (média expressiva dentro do futebol mundial) e que fez pelo Barcelona – ESP na temporada 1996/97 34 gols em 37 jogos, outra marca expressiva.

    Se fosse “só isso” (que é mais do que muitos jogadores atuais fazem em uma carreira, quem dirá em quatro anos), meu oponente ainda estaria certo. Afinal, jogadores como Zico, Chulapa e tantos outros fizeram parecido.

    O problema são os títulos que ganhou: Copa do Brasil (1993) e Campeonato Mineiro (1994) pelo Cruzeiro; Copa dos Países Baixos (1996) pelo PSV-HOL; Supercopa da Espanha (1996), Copa da Espanha (1997) e Recopa Europeia (1997) pelo Barcelona-ESP; Copa da UEFA (1998) pela Inter de Milão; Copa Intercontinental (2002), Campeonato Espanhol (2003,2007) e Supercopa da Espanha (2003) pelo Real Madrid; Trofeo Luigi Berlusconi (2007 e 2008) pelo Milan-ITA; Campeonato Paulista e Copa do Brasil (2009) pelo Corinthians (vai Curintia!!), e, finalmente, todos os títulos pela seleção: Duas Copas do Mundo FIFA (1994 e 2002), Duas Copas América (1997 e 1999) e uma Copa das Confederações (1997), tendo um grande destaque em TODAS essas competições (foi artilheiro da maioria delas). Ganhou também o prêmio de Melhor Jogador do Mundo pela FIFA por três vezes (1996,1997 e 2002).

    Em face dessas evidências, meu oponente ainda tem coragem de discursar contra Ronaldo Fenômeno usando o argumento do pouco destaque? Rs

    ” Ele foi considerado o maior artilheiro de copas do mundo jogando pela Seleção Brasileira, por ter feito 15 gols. Ora, mas ele jogou quatro copas. Se dividirmos, para fazer uma média, ele teria feito menos de quatro gols por copa! Isto é pouco para um atacante considerado um fenômeno, não é mesmo? Afinal, fazer gols é a única coisa para a qual um atacante serve, é para isso que ele treina.”

    Concordo. O problema com essa lógica é que, dessas 4 Copas, Ronaldo só jogou 3 (1998,2002,2006). Por que não jogou a de 1994? Porque já tínhamos um ataque formado com Romário e Bebeto, que eram mais experientes, enquanto Ronaldo era um jovem. Fora isso, como a pouca idade de Ronaldo não lhe permitiu participar das Eliminatórias, Romário e Bebeto aproveitaram para se consolidar e ter créditos com Parreira.

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  6. Enfim, por que citei a não-participação em uma Copa? Simples. Se considerarmos que ele só teve chance em três Copas, e que fez 8 gols em uma só (2002), o que é uma proeza difícil de ser batida, sua média sobe para 5 gols. E daí? Mais simples ainda. O dito “maior jogador de todos os tempos”, Pelé, participou de 4 Copas do Mundo e fez 12 gols, o que lhe dá uma média de 3 gols por Copa. Pior ainda: só foi protagonista em 1958, quando o futebol era bem diferente do da época do Fenômeno. Em 1962, machucou-se e deixou toda a responsabilidade para Garrincha. Em 1966, fez uma ou duas partidas horríveis e se machucou. Em 1970, já velho, aproveitou-se da boa forma de Jairzinho, Gérson e outros e levou a fama. Seria Pelé, então, um mero oportunista? Teria meu oponente a coragem de dizer isso sobre o maior craque de todos os tempos? Curiosamente, teve coragem para afirmar sobre Ronaldo, que, em questão de Copas, fez bem mais, pois jogou praticamente as três copas no sacrifício, já que se recuperava de lesões. E agora, José, digo, Joe?

    ”Ronaldo jogou em sete clubes de futebol desde o início de sua carreira. De fato, jogou muito bem até 1997 pelo Barcelona e fez muito por merecer. Destes sete clubes, cinco eram europeus.”

    Nova prova de parcialidade e ignorância, pois Ronaldo também aprontava das suas dentro de campo pela Internazionale até se lesionar em 2000, aprontou em muitas partidas por Real Madrid e PSV Eindhoven, sendo ídolo das duas torcidas, fez das suas no Cruzeiro, em 1993-1994, quando era apenas um jovem de 16 anos, e no Corinthians, de 2009 e 2011, mesmo com todas as lesões que havia tido, e só não fez no Milan, em 2007-2008, porque sofreu com lesões. Mais uma vez, creio ter deixado evidente a falta de conhecimento do meu oponente sobre o futebol de Ronaldo.

    ” Somando tudo, jogou 518 partidas, tendo feito apenas 352 gols ao todo.Pela seleção brasileira, jogou 98 jogos, mas fez somente 62 gols. Isso incluindo jogos fora da copa do mundo.Assim, olhando, parece muito, mas, na verdade é muito pouco para um artilheiro que é considerado um goleador.”

    Sendo franco, eu não esperava um argumento tão ridículo do meu oponente. Aqui, ele só provou que não sabe que, em futebol, há algo chamado parâmetro. Seria ridículo comparar Ronaldo com Pelé, por exemplo, não porque Pelé é incomparável, mas porque as épocas são diferentes. Há uma enorme diferença entre jogar futebol em 1960 e em 2010. Hoje, nosso futebol tem maior marcação e é bem mais compacto do que antes. As quatro linhas de Pelé eram diferentes das de Ronaldo. Poderia se dizer que eram até mais fáceis, pois, como eu disse, marcação era algo raro. Havia espaço para se jogar. Ronaldo já não o teve. Se não o tendo já fez mais de 350 gols, imagine se tivesse então.

    “E qualquer pessoa que entenda minimamente de futebol, sabe que o gol em si é a parte menos difícil. Difícil mesmo é armar a jogada, é driblar a defesa, é, inclusive, defender o time e evitar o gol.”

    Gostaria de ver também meu oponente criticando Serginho Chulapa, de Santos e São Paulo, que fez bem menos gols do que Ronaldo. Quero vê-lo criticar outros tantos que fizeram bem menos gols e ainda são considerados grandes artilheiros do nosso futebol. Esses sim dependiam totalmente de armadores de jogadas. Ronaldo tinha algo diferente: era criativo, ágil, objetivo, driblador. Para não falar que estou de conversa mole, deixo este vídeo falar por mim. Será mesmo que esse cara do vídeo não sabia armar uma jogada e driblar a defesa?

    http://www.youtube.com/watch?v=sBe2lZ3Y2u4

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  7. ” Na copa de 1994, de fato, Ronaldo fez diferença. Ele estava em boa fase e jogou muito pela seleção.”

    Não sei que “Copa de 1994” é essa que ele inventou, meus amigos, pois Ronaldo nem sequer jogou.

    ” Agora, o que aconteceu em 1998? Zagalo, que era o técnico da seleção, o colocou machucado para jogar no lugar do Edmundo, que estava em ótima fase.”

    Isso não se deu de graça. Edmundo havia infringido regras de convívio da seleção. Além disso, Ronaldo sofreu uma convulsão na véspera da final, o que dificultou sua jogabilidade.

    ” Só que isso seria injusto, visto que quando venceram a copa de 2002 atribuíram a responsabilidade a ele e não ao Felipão, não é mesmo? Então, seriam dois pesos e duas medidas.”

    Essa é uma questão de comportamento tolo do jornalismo esportivo, não demerita Ronaldo e nem devia ser colocada na mesa do debate.

    ” Se Ronaldo pode ser considerado o responsável pelas vitórias de 94 e 2002, então podemos responsabilizá-lo pelas derrotas de 98 e de 2006?”

    1- Ele não foi responsável pela vitória de 1994, pois nem jogou
    2- Não foi considerado responsável pelo vitória de 2002. O mérito foi para o conjunto. Ronaldo ganhou fama pela final, mas a vitória não foi só na final.
    3- Não podemos, assim como não podíamos ter feito de Roberto Carlos um bode expiatório em 2006

    ” Na copa de 2002 o Brasil teve um pouco de sorte, para não dizer que foi empurrado pra lá quase à força. Venceu meio timidamente, esta é a verdade. Mas atribuíram este sucesso ao pseudo-craque, Ronaldo.”

    1- Não, não atribuíram.
    2- Timidamente? Aham, vencer a Inglaterra de virada nas quartas por 3 a 1 e derrotar a ALEMANHA na final é uma vitória tímida. Imagino então se fosse uma vitória ostensiva.

    ” Agora, na copa de 2006, ocorreu algo fenomenal. O Brasil fez uma de suas piores campanhas. Talvez a pior. Entrou em um grupo fraco, onde disputou a primeira fase contra o Japão, a Croácia (de quem quase perdeu) e a Austrália.”

    Ronaldo já não era mais nenhum garoto e não tinha um time motivado a seu dispor. Além disso, ele se recuperava de mais uma lesão grave, o que foi diminuindo sua capacidade de arrancar, driblar e armar.

    Antes de dar a palavra ao Joe, vou colocar dois vídeos do Campeonato Paulista de 2009 aqui: Um deles é do golaço do fenômeno na final contra o Santos em 2009, gol esse que sacramentou a vitória do Corinthians. Outro é um gol feito após uma arrancada contra o São Paulo, na semifinal do mesmo campeonato. Apreciem sem moderação e respondam: Será mesmo que Ronaldo se sobressaiu pouco?

    Links: http://www.youtube.com/watch?v=vSrAX3jKNBY
    http://www.youtube.com/watch?v=N_jlLHMC948

    Enfim, passo a palavra a Joe. Lamento, porém, por ele estar discursando em Sevilha e não em Barcelona ou em Madri, pois, se fosse em uma dessas duas o discurso, diria que os aplausos seriam com as tomatadas que o satanista estaria tomando por causa dessa pseudo-argumentação contra Ronaldo, o fenômeno.

    Saudações fenomenais,
    Octavius.

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  8. Octávio sai do palanque e deixa os católicos de Sevilha sem entender nada. Falou, falou, falou um monte, e no fim das contas choveu no molhado. Ninguém reagiu ao discurso que ele fez. Então, volta Joe Capeta, e de forma leve começa seu discurso de réplica.

    - Acho que este meu oponente, o substituto, veio com tanta sede ao pote que esqueceu de contextualizar algumas coisas. Além disso, cometeu algumas falhas bem infantis de interpretação. Ou talvez ele simplesmente tenha distorcido o que eu disse para tirar vantagem. Enfim... O que importa mesmo é que não irá sobrar muito ao final.

    Primeiro, a maior ignorância mesmo que alguém pode ter sobre futebol é fazer comparações com o estilo de jogo de Ronaldo e Pelé, e a segunda maior ignorância é relacionar quantidade de gols com qualidade de jogo.

    Nem vou falar sobre Pelé aqui, tampouco sobre qualquer outro jogador realmente fenomenal que tenha passado pelo Brasil, pois penso que isso é um escárnio ao Ronaldo e não acho que ele mereça ser assim tão destratado. Afinal, não acho que o Ronaldo tenha sido um mau jogador, apenas penso que ele foi realmente muito superestimado.

    De fato, Ronaldo não jogou a Copa de 94. Mas, caso o pobre Octávio não saiba, a imprensa brasileira afirma constantemente que ele teria jogado quatro copas e vencido duas. Considerando que ele não jogou a copa de 2010, e considerando que nossas duas últimas vitórias em copas tenham sido a de 94 e 2002, acho que só podem estar se referindo a estas duas, não é mesmo. A questão é que é até aceitável falar de Ronaldo na década de 90, como eu bem expliquei em minha introdução. Nessa fase Ronaldo estava muito bem e fazia realmente a diferença nos jogos. Agora, quanto a copa de 98, o argumento mais tolo é dizer que Ronaldo não jogou bem por estar se sentindo mal, afinal de contas, ele aceitou jogar em uma final, e acredito que a responsabilidade fosse dele. Se estou me sentindo mal não aceitaria jogar uma final de copa do mundo contra uma seleção forte como a da França. Se aceitou, a irresponsabilidade foi dele, já que o técnico não tinha como saber como ele estava se sentindo.

    De resto, são argumentos bobos. Ronaldo é um artilheiro, sua função é fazer gols. Então, fazer gols não o torna nada especial. Não o torna um fenômeno. Messi também faz gols, tem uma média semelhante a de Ronaldo, joga profissionalmente há menos de dez anos e teve muito destaque nos últimos três ou quatro anos. Ainda assim, há uma enorme diferença entre ambos, que faz com que um seja apenas um bom jogador e o outro seja realmente um fenômeno: Messi é praticamente indispensável. Jogando pelo Barcelona e pela seleção Argentina, é alguém que faz toda a diferença. O time com ele é outro, tem mais brilho. Embora, é claro, não possamos atribuir somente a ele a responsabilidade pela qualidade dos clubes em que joga, afinal o Barcelona sempre foi um clube muito bom, e continuará sendo se um dia o Messi sair de lá. Entretanto, ele faz grande diferença ali.

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  9. Se formos contar apenas os últimos três anos, quando Messi entrou em maior destaque, e se fizermos uma média, ele teria feito mais gols em menos tempo do que o Ronaldo. E mesmo que não tivesse, é um jogador chave para um clube de futebol, não é apenas um artilheiro, é um armador, é ala, é centro avante, é driblador, cobra faltas e escanteio, e, principalmente, joga em equipe. Só que, assim como Pelé, não vou comparar Messi a Ronaldo, acho até um absurdo comparar um fenômeno de verdade com um pseudo fenômeno.

    E, aliás, fenômeno é até um termo dispensável se formos buscar seu significado na língua portuguesa. Afinal, qualquer coisa é um fenômeno. A chuva, o vento, quando vemos uma caneta cair no chão, quando acendemos um fósforo, etc. São fenômenos básicos, comuns, e o significado da palavra fenômeno, tanto pelo dicionário quanto pela filosofia é "aquilo que é observável". Ou seja, pode ser qualquer coisa. Então, dentro desta significação, posso até concordar que Ronaldo tenha sido um fenômeno, como qualquer jogador de futebol ou mesmo como o time do Ibis em uma partida.

    - Neste momento, o povo no estádio cai em gargalhadas e começa a aplaudir nosso famigerado satanista. E ele continua o discurso.

    - Mas, sabem o que é mais interessante? A tentativa ridícula de justificar os dois pesos e duas medidas que a imprensa brasileira e o povo tem ao lidar com Ronaldo. Meu oponente tenta explicar para nós que seria justo atribuir a vitória de 2002 a Ronaldo, mas que é injusto atribuir as derrotas de 98 e 2006 a ele também. Estranho, não é?

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  10. "Ronaldo já não era mais nenhum garoto e não tinha um time motivado a seu dispor." (Octávio, sobre a copa de 2006)

    Ronaldo tinha 30 anos na copa de 2006, caros espectadores. O craque, o fenomenal Zinédine Zidane, no mesmo ano, tinha 34 anos de idade e deu chapéu em Ronaldo, deu dribles absurdos em Kaká (outro pseudo-craque), furou a marcação brasileira, deixou o futebol de Adriano e Ronaldinho Gaúcho no chinelo. Ou seja, a idade não justifica a incompetência. Zidane também não era mais um garoto. Muito pelo contrário, talvez seja até um fator favorável, como podemos ver no caso de Zidane, o craque de quem mostrei o vídeo na introdução. E, ironicamente, aquela era a mesma copa de 2006, a qual "Ronaldo estaria muito velho para jogar"... Acho que este argumento foi para a cova, meu caro Octávio.

    Agora, engraçado mesmo é culpar o time supostamente desmotivado pelo fracasso do "fenômeno". Ora essa! Não eram todos craques? Kaká, Ronaldinho, Cafú, Adriano "Imperador", etc.? Não eram todos os melhores jogadores do mundo? E Parreira, não era o melhor técnico? Afinal, o que havia de errado com o time? Simples. Havia de errado com a seleção brasileira o mesmo que havia de errado com Ronaldo: Foram superestimados, entraram na copa de salto alto, com um time supostamente imbatível que iria desbancar os europeus. Se ferraram. Assim como Ronaldo, a seleção não estava lá grandes coisas. Agora, tirar a responsabilidade de cima de Ronaldo por ele ter jogado mal e jogá-la sobre os colegas de equipe é um pouco forçado, não é? Quer dizer que seus companheiros tiravam a bola de seus pés e não o deixavam driblar? Não. Muito pelo contrário. A instrução que o time recebeu era a de passar a bola para Ronaldo. Há uma imagem, se não me engano é do jogo contra a Austrália, na qual Cafu vai para o ataque e está marcado, Ronaldinho Gaucho, do outro lado da área, livre de marcação e pronto para colocar a bola para dentro do gol. Cafu prefere chutar a bola em cima da marcação em vez de passá-la para o colega. O mesmo não se via acontecer com Ronaldo. Este recebia passes na cara do gol, era colocado com bola no pé diante da trave, por vezes até mesmo dentro da pequena área. Então, se não jogou, não jogou e pronto, e não adianta querer culpar os outros por isso.

    - Neste momento, Joe olhou de relance para seu adversário substituto, Octávio, que estava sentado em uma cadeirinha ao lado do palanque. Ele tinha uma expressão preocupada no rosto, e Joe quase teve pena. Mas, na realidade estava mesmo sorrindo por dentro.

    - Então, meu povo, acredito que tenha ficado mais do que claro o que apresentei desde a introdução. Ronaldo não foi tudo aquilo que dizem. Pelo contrário, foi um jogador superestimado ao extremo, puro marketing, o mesmo que vemos acontecer agora com Neymar, o mesmo que aconteceu com Robinho. Publicidade demais e futebol de menos. É assim que defino o "craque" Ronaldo.

    E espero muito que na réplica meu pobre adversário não ouse fazer comparações fajutas de sua mente limitada, senso comum, que insiste na ideia de que fazer gols é suficiente para definir um craque no futebol. Isso é ignorância, isso é não entender absolutamente nada sobre um esquema tático, sobre a importância que a equipe inteira tem em uma partida de futebol.

    Encerro minha réplica satisfeito com o resultado.

    - O público aplaude ainda mais empolgado do que antes. Gritos, assovios, etc. Uma garota de uns 19 anos até jogou uma calcinha em cima do palanque...

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  11. Meus amigos de DR, eu tenho que admitir: o Joe Capeta me surpreendeu com sua réplica. Realmente, nunca imaginei que alguém fosse capaz de dizer tantas sandices com tão pouco espaço escrito. Mas, enfim, vamos listar novamente as sandices ditas por esse pseudo-satanista de Facebook.

    Primeiro, o aprendiz de fake me acusa de distorcer o que ele disse só para tirar vantagem. Ora, só alguém muito amador e que não conheça a fórmula da DR para dizer isso. Somos uma comunidade de retórica, meu amigo, não da verdade irrefutável. Se quiser algo do tipo, curta a Agnus Dei ou outra dessas. Mas, sinceramente achei que o Joe nem sequer ia mencionar isso. Enfim, mais uma decepção.

    Depois, ele demonstra NOVAMENTE o desconhecimento dos parâmetros do futebol ao dizer que eu não devia ter comparado a qualidade do futebol na época de Pelé e na de Ronaldo. Ledo engano, meus amigos, pois as épocas foram sim muito diferentes. Com o passar dos anos, a marcação se tornou mais intensa. Pelé driblou muito e foi sensacional, mas tinha muito espaço disponível e mais tempo para pensar as jogadas. Já outros que ele chama de “pseudo-craques”, como Ronaldo, Kaká e Neymar, tinham e tem que driblar e já pensar no próximo movimento, pois quando passa(va)m por um marcador, já vem outros pela frente. Ou seja, fica clara a diferença das épocas e a comparação faz sim justiça a Ronaldo.

    ” De fato, Ronaldo não jogou a Copa de 94. Mas, caso o pobre Octávio não saiba, a imprensa brasileira afirma constantemente que ele teria jogado quatro copas e vencido duas.”

    Errado. A imprensa afirma que ele ESTEVE EM quatro copas, mas que não jogou em 1994. Aliás, não é errado ceder a ele o título de campeão mundial de 1994, porque ele estava no elenco. Ronaldo é tão campeão da Copa de 1994 quanto Danilo Fernandes, goleiro reserva do Corinthians, é campeão da Libertadores 2012, sendo que nenhum dos dois jogou uma partida sequer nos respectivos campeonatos. Ainda assim, não o vi reclamar do título atribuído a Fernandes, Joe. Não o vi também comentar sobre o título da Copa de 1962, na qual Pelé só jogou UMA PARTIDA, e cujo título não ganharia não fosse pela habilidade do anjo de pernas tortas, mais conhecido como Garrincha. Então, não, meu amigo, não se diz que Ronaldo JOGOU quatro copas. Citando o comentarista Téo José: “Não, Joe Capeta, não é assim!!”

    ” A questão é que é até aceitável falar de Ronaldo na década de 90, como eu bem expliquei em minha introdução.”

    Não, não explicou. Você falou até 1997, e isso não é toda a década de 1990.

    ” Agora, quanto a copa de 98, o argumento mais tolo é dizer que Ronaldo não jogou bem por estar se sentindo mal, afinal de contas, ele aceitou jogar em uma final, e acredito que a responsabilidade fosse dele. Se estou me sentindo mal não aceitaria jogar uma final de copa do mundo contra uma seleção forte como a da França. Se aceitou, a irresponsabilidade foi dele, já que o técnico não tinha como saber como ele estava se sentindo.”

    Novamente, o desconhecimento do meu oponente é notório e notável, pois Zagallo tinha sim plena consciência disso, pois já sabia da convulsão de Ronaldo. Nesse caso, seria papel dele, e não do Fenômeno, vetar o jogador. Ele tinha essa autonomia, mas não o fez. Argumento, portanto, jogado no lixo.

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  12. ” . Ronaldo é um artilheiro, sua função é fazer gols. Então, fazer gols não o torna nada especial. Não o torna um fenômeno. Messi também faz gols, tem uma média semelhante a de Ronaldo, joga profissionalmente há menos de dez anos e teve muito destaque nos últimos três ou quatro anos. Ainda assim, há uma enorme diferença entre ambos, que faz com que um seja apenas um bom jogador e o outro seja realmente um fenômeno: Messi é praticamente indispensável. Jogando pelo Barcelona e pela seleção Argentina, é alguém que faz toda a diferença.”

    Nisso concordamos. Porém, o que fez de Ronaldo o Fenômeno não foram seus gols. Se fosse assim, pernas de pau como Tuta, Reinaldo e tantos outros também seriam chamados assim. O que o fez diferenciar-se foram seus dribles. Ele não ganhou o apelido a toa. Ronaldo, ao contrário do que meu oponente diz, driblava e muito. E era decisivo, pois dos 7 times em que jogou, 2 eram nada sem ele na época em que jogou (Cruzeiro e Barcelona) e outro, o meu grande Coringão, ficou Ronaldo-dependente em 2009 e 2010. Não fossem os gols do craque, nunca teríamos ganhado (invictos ou não) o Paulista de 2009, nem a Copa do Brasil de 2009. Mais uma vez, meu oponente só fez mostrar seu flagrante parcialismo errôneo contra o Fenômeno.

    “E, aliás, fenômeno é até um termo dispensável se formos buscar seu significado na língua portuguesa. Afinal, qualquer coisa é um fenômeno. A chuva, o vento, quando vemos uma caneta cair no chão, quando acendemos um fósforo, etc. São fenômenos básicos, comuns, e o significado da palavra fenômeno, tanto pelo dicionário quanto pela filosofia é "aquilo que é observável". Ou seja, pode ser qualquer coisa. Então, dentro desta significação, posso até concordar que Ronaldo tenha sido um fenômeno, como qualquer jogador de futebol ou mesmo como o time do Ibis em uma partida.”

    Neste momento, eu que caio na gargalhada. Para refutá-lo, mostro “apenas” o significado da palavra.
    http://www.dicio.com.br/fenomeno/

    Atente para o segundo significado: Fil. Tudo o que está sujeito à ação dos nossos sentidos, ou que nos impressiona de um modo qualquer, física ou moralmente.

    Neste argumento, sem mais. Continuemos com o termo fenômeno, apesar do chilique do meu oponente, rsrsrs.

    ” - Mas, sabem o que é mais interessante? A tentativa ridícula de justificar os dois pesos e duas medidas que a imprensa brasileira e o povo tem ao lidar com Ronaldo. Meu oponente tenta explicar para nós que seria justo atribuir a vitória de 2002 a Ronaldo, mas que é injusto atribuir as derrotas de 98 e 2006 a ele também. Estranho, não é?”

    Só uma pergunta: em que momento atribui a vitória de 2002 a ele? Além disso, isso não demerita Ronaldo. Aliás, isso é até um mérito, pois, se não fossem os OITO gols dele, algo que, repito, é uma marca impressionante para uma Copa só, talvez o Brasil nem tivesse passado pela Bélgica.

    Em seguida, ele compara a idade de Ronaldo (30 anos) com a de Zidane (34 anos) em 2006. Ok, seria justo, não fosse por um detalhe: eu não disse, em momento algum, que Ronaldo não jogou tudo que tinha SÓ por não ter mais a juventude. Citei também as lesões, que o acompanhavam desde a juventude e já tinham lhe tirado boa parte do bom futebol.

    “Então, se não jogou, não jogou e pronto, e não adianta querer culpar os outros por isso.”

    Adianta, especialmente porque Ronaldo precisava deles, como você mesmo disse. Assim como precisou do conjunto do Corinthians em 2009. Só que, em 2009, ele teve o conjunto, e o recompensou com dois títulos, que, novamente admito, não teriam sido ganhos sem sua superpotência na hora do gol.

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  13. ” E espero muito que na réplica meu pobre adversário não ouse fazer comparações fajutas de sua mente limitada, senso comum, que insiste na ideia de que fazer gols é suficiente para definir um craque no futebol. Isso é ignorância, isso é não entender absolutamente nada sobre um esquema tático, sobre a importância que a equipe inteira tem em uma partida de futebol.”

    Só faltou uma coisa para isso ser verdade: eu ter feito isso. Qualquer um dos nossos leitores que tenha lido, mesmo com pouca atenção, as minhas CIs, foi capaz de perceber que nunca fiz o que meu oponente me acusa de ter feito. Ou seja, argumento desbancado.

    Para finalizar, devo parabenizar mais uma vez o Joe pela escolha de público. Afinal, escolheu um público que foi vítima dos gols do Fenômeno, tanto por Barcelona quanto por Real Madrid, e, por isso, mais suscetível a crer em suas besteiras. Porém, não é a multidão tendenciosa de Sevilha que definirá o vencedor, mas sim a multidão consciente e de opiniões divergentes sobre o tema da Duelos Retóricos. Ainda assim, repito: se fosse em Barcelona ou em Madri, o pessoal já estaria tacando jaca na cabeça desse pseudo-comentarista do nosso futebol.

    Enfim, passo a palavra a ele, e espero SINCERAMENTE que pare de dizer tanta besteira. Deixo aqui mais alguns vídeos sobre o Fenômeno:

    http://www.youtube.com/watch?v=J1uaGA02xHs
    http://www.youtube.com/watch?v=v2N-PyVbijc
    http://www.youtube.com/watch?v=yhnh3_NvTR4 (mostra a veneração que Ronaldo alcançou com seus dribles)

    Saudações futebolísticas e mais fenomenais ainda,
    Octavius.

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  14. Os católicos de Sevilha novamente não reagem ao discurso do Octávio. Ora ficam estáticos. Ora dão bocejos. A verdade mesmo é que sua introdução foi um grande lixo e esta réplica passou longe de ser algo inteligente. Ao que parece, nosso satanista debate contra um amador de verdade. Mas, prossegue com o discurso.

    - Para aqueles que não sabem, e principalmente para aqueles que tenham a intenção de mentir sobre isso para os outros, deixo os vários significados da palavra "fenômeno" aqui. Quem quiser saber de verdade o que o termo significa, sem que ele tenha sofrido a opinião tendenciosa de nenhum imbecil do ensino médio, eis:

    "Literalmente "algo que pode ser visto", derivado da palavra grega phainomenon = "observável""

    "fenómeno
    s. m.
    Facto; manifestação; sinal, sintoma."

    "fenómeno
    subst m fenómeno [fə'nɔmənu]
    1 tudo o que se observa na natureza
    A chuva é um fenómeno natural."

    "fenômeno
    fe-nô-me-no
    s. m.
    Manifestação, sinal, sintoma."

    Bem, acho que é suficiente. Essas quatro definições da palavra foram localizadas em quatro dicionários diferentes. A pesquisa é livre para todos nos dias de hoje, portanto, a burrice é imperdoável.

    Mas, eu havia mencionado en passant esta questão na minha réplica pois na verdade se tratava mais de uma brincadeira. Meu oponente, amador como é, resolveu gastar um bom espaço de sua réplica, onde poderia ter dito algo realmente importante, para explicar erroneamente esta questão. Se deu mal e passou vergonha à toa, mas está em seu direito. Afinal, compreendo que o significado popular para esta palavra seja um pouco diferente daquilo que a filosofia ou mesmo a ciência observa. De fato, as pessoas tomam por fenômeno aquilo que é exceção, acontecimentos que saem do comum, etc. Nada demais.

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  15. Meu adversário também fala besteira a beça quando, novamente, tenta justificar a má atuação de Ronaldo em duas copas do mundo. Francamente, acho que Ronaldo foi apenas um ser humano e que ele certamente tenha defeitos como todos nós. E não é ELE quem eu critico neste debate. Apenas, e nada mais do que isso, julgo ridícula a alcunha que DERAM a ele. Chamá-lo de fenômeno ou de maior craque da história das copas é algo tipicamente brasileiro. Ou seja: é algo esdrúxulo em um país ignorante.

    A verdade mesmo é que faz muito tempo que o Brasil não presenteia o futebol com algum craque de verdade. Então, qualquer coisa que aparece é supervalorizada. Ainda mais por que o Brasil é um país com péssima qualidade em quase tudo o que faz, tem um governo que investe pouco em educação e mantém as pessoas na extrema burrice. Então, a única coisa na qual o Brasil conseguiu se sobressair - o futebol - acaba sendo superestimada por lá.

    Novamente, esse amador que chamam de debatedor, Octávio Henrique, usou de falácias bastante bestas e fez comparações no mínimos questionáveis, que demonstram um desconhecimento profundo sobre o esporte ou simplesmente denotam sua capacidade infame de desvirtuar um bom debate.

    Primeiro, já na introdução, ele alega que o futebol da época de Pelé era diferente, que deixava Pelé jogar com mais espaço. Concordo. De fato, o futebol daqueles tempos possuía pouca qualidade técnica e os times europeus eram ainda bem fracos neste quesito. Então, logicamente, Pelé e outros craques tiveram um pouco mais de oportunidades de jogo. ENTRETANTO, isso não torna Ronaldo um fenômeno. O investimento que o Brasil tem no futebol hoje é infinitamente superior ao daquela época, na realidade, é incomparável. Jogadores, hoje, tem clubes com infra-estrutura muito superiores aos daquela época. Patrocínios, equipes médicas, tudo muito mais disponibilizado até mesmo para jogadores da série C dos campeonatos nacionais. O que acontece é que o futebol europeu evoluiu e ULTRAPASSOU a qualidade do futebol brasileiro, só isso.

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  16. Outro ponto muito ruim deste argumento é que Ronaldo jogou NA MESMA época de craques como Zidane, Messi, Puyol, Ribéry, etc. Se realmente hoje não há espaço para driblar tanto quanto antigamente, então como é que Messi consegue? Como é que o Zidane conseguia? Como é que apenas os jogadores pseudo-craques do Brasil não têm espaço pra jogar e os outros têm? Como é que o pobre Neymar sofre tanto com a marcação se o Messi não sofre?

    Percebem, caros espectadores, que meu oponente tenta manipulá-los com um discurso profundamente fajuto? Percebem que ele usa argumentos questionáveis, dignos de escárnio?

    - Neste instante, Octávio Henrique tinha muitas rugas de preocupação em sua testa. Estava assistindo aquele show de retórica sentado, quase escondido, enquanto sua cabeça doía com os delírios daquele público. Joe havia conseguido o inimaginável. Conseguiu reunir os católicos ortodoxos de Sevilha em uma semana santa para assistir um debate sobre futebol... Coisa rara de se ver. E, continua:

    - Eu, se fosse meu pobre amador oponente substituto, subiria aqui em cima nesta tréplica e pediria desculpa aos espectadores. Em seu lugar, eu assumiria que não entendo nada de futebol, que não entendo nada sobre esquemas táticos e trabalho em equipe. Será que ele terá esta hombridade? Será que ele terá alguma humildade para chegar aqui e pedir perdão a vocês, se redimindo de seu erro em insultar as vossas inteligências? Eu gostaria de ver isso, mas duvido muito. É um amador. Só um pobre amador.

    Não sei se realmente precisarei levar este debate até o fim. Meu oponente teve duas belas chances, usou todo o espaço e tempo necessário, e não disse nada que prestasse.

    Novamente, o que vou reiterar aqui é que não acho que Ronaldo tenha sido um mal jogador. Muito pelo contrário, acho mesmo que ele jogava bem, ele de fato teve uma boa fase nos anos 90 e no fim de sua carreira pelo Corinthians. Entretanto, é e sempre foi um jogador superestimado. A imprensa brasileira é que o colocou no pedestal. Talvez até por motivos escusos, algo fora de nosso conhecimento, a imprensa abriu portas para ele desde cedo. E no Brasil, a burrice coletiva é tão grande que a mídia consegue manipular até o gosto culinário das pessoas. A população engoliu e digeriu essa história de chamar Ronaldo de fenômeno. O apelido pegou e todos fingem que acreditam.

    O fato é que Ronaldo é produto da mídia esportiva. Assim como Neymar, assim como Cristiano Ronaldo. São jogadores que têm algum talento mas são supervalorizados, às vezes até por motivos totalmente alheios ao futebol, como beleza e carisma, por exemplo. Neymar é tão bom quanto Ronaldo. Ele é um garoto que começou por baixo, tem origem humilde, é simpático e bate uma bola razoável. Quando joga no Santos se sobressai, mas quando enfrenta times realmente fortes, como o Barcelona na final do Mundial de Interclubes no ano passado, é invisível e não consegue nem sair da marcação. Isso ocorreu diversas vezes com Ronaldo, com a diferença de que este teria maior experiência do que aquele, e só.

    Sem mais nada a dizer sobre o assunto, e caso meu oponente resolva continuar com esta ladainha em sua tréplica, hei de encerrar o debate por aqui mesmo para não fazer com que os espectadores gastem tanto tempo com a leitura de algo que poderia ter sido um pouco mais produtivo.

    Despeço-me e fiquem com Deus!

    - O público aplaude novamente, tudo se repete. Joa Capeta é ovacionado pela multidão.

    Octávio sobe no palanque e é vaiado. Um rapaz joga uma berinjela e acerta o olho dele. Uma senhora joga o guarda-chuva e acerta o joelho de Octávio, que se desequilibra e cai, batendo com sua imensa cabeça no microfone logo a frente causando um enorme ruído de microfonia e estática. Então as pessoas caem na gargalhada, atrapalhando o início de seu discurso de tréplica.

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  17. rsrsrsrsrsrs

    Ah não, peraí, era sério? Opa, peço desculpas ao meu adversário, pois não achei que ele fosse capaz de afirmar tantas besteiras com tamanha cara de pau.

    Bom, serei bem mais breve aqui. Primeiro, quanto à questão do léxico "fenômeno", meu oponente citou 4 dicionários, mas não citou de que ano eram, ou de que instituição provinham. Por isso, como o significado de palavras, apesar de mutante, ainda é questão de autoridade, como bem pontuou o Roger quando debateu comigo sobre Televisão, vai aqui, na íntegra, o significado de "fenômeno" segundo o DICIONÁRIO ESCOLAR DA LÍNGUA PORTUGUESA produzido pela ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS em 2008 (ou seja, atualíssimo). Enfim, o significado é:

    fenômeno (fe.nô.me.no) s.m. 1. Qualquer acontecimento da natureza ou da sociedade que pode ser observado: um fenômeno atmosférico; um fenômeno social. 2. FATO RARO E SURPREENDENTE: Isso que você conseguiu foi um fenômeno. 3. Pessoa excepcional naquilo que faz: O excelente jogador da seleção brasileira é chamado o fenômeno.

    Como veem, nobres leitores, a semântica e o léxico estão a meu favor, pois se não puder encaixar Ronaldo no significado 3, o encaixo em 2. Assim sendo, esse argumento do meu oponente está, definitivamente, no cesto de lixo.

    "Meu adversário também fala besteira a beça quando, novamente, tenta justificar a má atuação de Ronaldo em duas copas do mundo. Francamente, acho que Ronaldo foi apenas um ser humano e que ele certamente tenha defeitos como todos nós. E não é ELE quem eu critico neste debate. Apenas, e nada mais do que isso, julgo ridícula a alcunha que DERAM a ele."

    "Ronaldo nem merece ser comparado ao Pelé, e talvez a nenhum dos grandes jogadores da história."

    Isso não diz nada? Agora, só se meu oponente mudou muito de ideia na tréplica, porque em réplica e CIs ele só criticou o fenômeno com seus pseudo-argumentos.

    "Outro ponto muito ruim deste argumento é que Ronaldo jogou NA MESMA época de craques como Zidane, Messi, Puyol, Ribéry, etc. Se realmente hoje não há espaço para driblar tanto quanto antigamente, então como é que Messi consegue? Como é que o Zidane conseguia? Como é que apenas os jogadores pseudo-craques do Brasil não têm espaço pra jogar e os outros têm? Como é que o pobre Neymar sofre tanto com a marcação se o Messi não sofre?"

    Aqui vem a prova de que meu oponente até pode ser alfabetizado, mas não é letrado. Afinal, fez a façanha de não entender quando eu disse, por mais de três vezes, que Ronaldo sofria de contusões constantes que foram gradativamente diminuindo sua capacidade no futebol. Além disso, seu problema de hipotireoidismo também se agravou, o que o fez tornar-se mais lento e com menos potencial de arranque ao longo dos anos. Ainda assim, esse fenômeno, com a ajuda do timaço do Corinthians de 2009, coisa que não teve com a Seleção Brasileira, que jogou de salto alto em 2006, ainda aprontou das suas. Ocorreu, porém, que seu organismo já não era mais o mesmo. Já Zidane, por exemplo, só sofreu os efeitos do avanço da idade. Ou será que meu oponente vai ter a petulância de afirmar que Zidane sofreu das mesmas coisas de Ronaldo?

    Sobre Neymar, esse sim é um pseudo-craque. Ronaldo era diferenciado. Curiosamente, até o próprio Zidane admitia isso quando jogava com o Fenômeno no Real Madrid. E isso porque Zidane, segundo meu oponente, era um cracaço, rs.

    "Primeiro, já na introdução, ele alega que o futebol da época de Pelé era diferente, que deixava Pelé jogar com mais espaço. Concordo."

    Não foi o que disse em sua réplica. Veja o que disse sobre minha comparação:
    "Primeiro, a maior ignorância mesmo que alguém pode ter sobre futebol é fazer comparações com o estilo de jogo de Ronaldo e Pelé, e a segunda maior ignorância é relacionar quantidade de gols com qualidade de jogo."

    Deixo essas palavras refutarem o meu oponente por si mesmas.

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  18. De fato, as rugas que meu oponente viu eram de preocupação. Sim, eram, pois fiquei preocupado que ficaria tempo demais rindo com sua tréplica e me esqueceria de responder. De fato, foi o que quase aconteceu. Porém, não poderia deixar de responder o monte de sandices.

    Enfim, se meu oponente realmente terminou, termino também minhas participações. Ocorreu aqui, meus amigos, uma demonstração de desonestidade intelectual por parte do satanista: em suas CIs, começou falando besteiras sobre o Fenômeno e, como as viu todas refutadas por meus vídeos e palavras, apelou para a multidão de Sevilha e mudou o foco do debate: quis, então, desdizer a imprensa brasileira quanto às reais habilidades de Ronaldo. Acontece que, para fazer isso, ele deveria ter trazido verdadeiros argumentos, e não lances circunstanciais. Tomar um chapéu de Zidane não desmerece ninguém, assim como ir mal em alguns jogos também não o faz. Os próprios Messi e Pelé, que meu oponente faz questão de elogiar, também tiveram seus maus dias. O mesmo ocorreu com Ronaldo.

    Fato é: os lances que mostrei provam que os maus dias foram exceções, e não regras. Ronaldo é, foi e sempre será um fenômeno, não porque nossa imprensa e povo são tolos ou todo esse blá-blá-blá marxista aplicado ao futebol. O fenômeno sempre será reconhecido por seus bons lances, seus dribles inesquecíveis, sua recuperação em momentos de crise, seus gols decisivos e pelo fato de ser ídolo de muitos em todos os continentes.

    O que o Joe fez aqui foi simples: apelou para uma multidão tendenciosa CONTRA Ronaldo e foi falando os delírios de sua mente satânica um por um, sendo todos refutados por mim ou por qualquer um que realmente entenda de futebol, coisa que ele não entende, como demonstrou nesse debate. Espero, então, que os leitores, que, creio eu, entendem bem mais de futebol que o satanista, façam o contrário dos católicos de Sevilha e escolham quem realmente demonstrou entendimento aqui.

    Saudações futebolísticas, críticas e mais fenomenais do que nunca,
    Octavius.

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