sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Mônica Botelho X Téo de Cristo - CONCEPÇÃO DE DEUS MÍSTICO / ORIENTAL versus CONCEPÇÃO DE DEUS JUDAICO / CRISTÃO OCIDENTAL


  1. Olá queridos, boa tarde.
    Defenderei em minha tese, o deus que não existe, mas o deus que É.
    Ser e Existir são diferentes, mas diferenças apenas de nomes, de percepção humana. Digo e afirmo que deus não existe apenas como uma parte da existência, e É exatamente isso o que o faz deus. Nós somos partes finitas, porém Ele É o Todo da Essência Infinita, e mesmo que ele se manifeste em tudo o que existe, que ele detenha todas as potências, pois Ele está em tudo e É tudo, não é possível identificá-lo ou apontá-lo como algo que finito que existe: Isso seria profanar deus. Isso é de difícil compreensão para os iniciantes no assunto, mas não de impossível compreensão. Releiam, filosofem, meditem: Vocês enxergarão A Verdade em minhas palavras.
    Para quem nunca conheceu esse modo de pensar deus, explico: Este modo está presente em todas as culturas, em todos os povos, em todos os tempos. Não somente no oriente, mas no ocidente também houve muitos pensadores e filósofos a defender esta concepção, e citarei um a um posteriormente. Primeiramente, irei descrever e explicar a diferença das concepções em jogo.
    God, Brahman, Krishna, Buddha, Tao, Zen – que é que se entende por essas palavras?
    Para muitos, Deus é uma espécie de ditador celeste, uma pessoa que vigia os homens de longe e registra os seus créditos e débitos, premiando-os ou castigando-os depois da morte, mandando os bons para um céu eterno e os maus para um inferno eterno.
    Esse infantilismo primitivo e mitológico predomina as teologias cristãs de quase dois mil anos e, embora haja grandes variantes dessa concepção de Deus, no fundo é essa ideia divulgada e amplamente aceita. Entretanto, essa concepção nada tem a ver com Tao. O Tao pode ser descrito como: o Absoluto, o Infinito, o Eterno, a Essência, a Suprema Realidade (ou a Realidade Total), a Divindade, a Inteligência Cósmica, a Vida Universal, a Consciência Intangível, o Insondável, o Uno do Universo, o Todo, o Nada, o Vazio, a Fonte, a Causa, a Verdade Universal, etc. NUNCA REPRESENTA UM INDIVÍDUO, UMA PESSOA, como Deus nas teologias ocidentais.
    No livro Mein Wetbild, Albert Einstein descreve maravilhosamente, três tipos de com concepções de deus:
    1. O conceito do Deus-máquina, entre os povos mais primitivos;
    2. O conceito do Deus-pessoa, entre os hebreus do Antigo Testamento, em geral, e entre os judeus e cristãos de todos os tempos e países; (Que é o deus que estou refutando, pois ele é ficção.)
    3. O conceito do Deus-cósmico, professado por uns poucos místicos avançados, cujos representantes ultrapassam igrejas e teologias e encontram-se, esporadicamente, entre todos os povos e em todas as religiões.
    Além de descrevê-los, Einstein numera entre os da terceira classe, Demócrito, Francisco de Assis e Spinoza, quer dizer, um pagão, um cristão e um hebreu.
    Pois bem, o Tao e o Zen, que são as concepções místicas que eu gostaria de pôr em ênfase, estão incluídos no terceiro grupo, dos místicos cosmo-sapientes.
    A elite espiritual dos povos orientais e os verdadeiros místicos do Ocidente são os representantes mais avançados da cultura espiritual da humanidade; e todos eles professam a ideia do Deus-cósmico. Não são politeístas, nem panteístas, nem mesmo monoteístas – São MONISTAS CÓSMICOS.
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  2. Explicarei os conceitos:
    Monoteísta, que é onde se encaixa meu adversário neste duelo, que reconhece um só Deus-pessoa, residente no céu. Os hebreus, no tempo de Moisés, nunca chegaram à ideia de um Deus único para o mundo inteiro; admitiam um Deus único para Israel, o Deus dos Exércitos. O monoteísmo (e sua podridão) nunca atingiu as alturas do verdadeiro monismo. Todo monoteísta é dualista, isto é, admite a ideia de um deus transcendente, de um Deus-pessoa, separado de nós, que resida em alguma região longínqua do cosmos, com o qual o homem espera encontrar-se depois da morte. E esta é a ideia mais idiota já difundida e acreditada em todos os tempos.

    Este conceito do encontro com Deus num tempo futuro e num espaço distante é comum a todos os monoteístas. Já para os monistas, o que importa é o AQUI E AGORA. E essa concepção monoteísta-dualista de deus contagiou, desde o princípio, o cristianismo ocidental, o que é perfeitamente compreensível, uma vez que os primeiros discípulos de Jesus vinham do judaísmo. O incrível é que até hoje o cristianismo teológico não se libertou completamente dessa herança. Os místicos cristãos, adeptos do monismo cósmico, conhecedores da gnose, foram por isso mesmo perseguidos, excomungados, ou, pelo menos, considerados suspeitos de heresia.

    Para o monista cósmico, Deus é a Realidade Una e Única, o grande Uno da Essência, que sempre e de novo se revela pela pluralidade das existências, por meio do Verso das criaturas. As criaturas não são criações, não são também novas realidades, são apenas manifestações evolutivas do que já É, que é o Tao, o próprio Deus. Este UniVerso de infinitas possibilidades que conhecemos é apenas o Uno da Essência Infinita que se “verte” ou se esparrama no Verso das Existências Finitas.
    E, em face da onipresença do Infinito, é evidente que todos os finitos estão presentes no Infinito e que o Infinito está presente em todos os finitos. Então o MONISMO, assim concebido, é rigorosamente lógico e revela precisão matemática.
    Toda filosofia ou sabedoria superior culmina infalivelmente no monismo cósmico, equidistante do dualismo separatista e do panteísmo identificador. Para os místicos, tudo está em Deus e Deus está em tudo – Mas tudo não é Deus nem Deus é Tudo; Pois há grande diferença na manifestação de estar e ser, de existir e ser. As criaturas existentes não estão separadas de Deus, mas nem por isso são idênticas a deus. Porém elas podem chegar a ser, simplesmente se, como Existência Relativa, elas se tornarem Essência Absoluta.

    “Olha em teu interior, tu és Buda.”
    É essa a mensagem que te deixo. Liberte-se do seu conceito falacioso de Deus, no sentido de um Poder Externo à sua própria mente, que possa recompensá-lo ou puni-lo. Liberte-se de qualquer conceito, pois você não o conhece verdadeiramente. Apenas vá e busque, veja a Realidade, encare a Verdade, siga no Caminho e veja você transformar-se em tudo isso. Pois você é a Verdade, você é a Realidade e você é o seu próprio Caminho.

    Te passo a palavra, Patrick Cesar.
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  3. Assumindo aqui o lugar de Patrick Cesar, que vergonhosamente fugiu do debate, darei continuidade digna a ele e defenderei Deus, o único Deus verdadeiro, que é o Deus cristão. Mas antes disso, vou expor algumas afirmações falsas que a Mônica colocou no meio de seu texto.

    A começar pela verdadeira definição de dualismo, que não é a que ela expõe, e sim a de que tudo possui duas faces, dois lados, de que tudo é dual. Isso tem muito mais a ver com a filosofia oriental, inclusive, é disso que se trata o conhecidíssimo símbolo japonês, Yin e Yang. A dualidade foge bastante da filosofia ocidental cristã, que é maniqueísta. Dizer então que "todo monoteísta é dualista" é um imenso erro. O dualismo vai contra o ideal de um Deus único, pois ele é único, não é dual. Portanto, ela já cometeu seu primeiro pecado com este equívoco.

    O segundo pecado é a comparação entre o monoteísmo e o monismo com a frase budista "Olha em teu interior, tu és Buda." Se nossa colega fosse mais informada no que tange à história das religiões haveria de saber que esta máxima é utilizada em quase todas as religiões já existentes, embora de formas diferenciadas. Trocam-se as palavras mas o conteúdo é o mesmo. Jesus Cristo, nosso líder espiritual, era profundo conhecedor da filosofia mística oriental. Seus ensinamentos remetem a isto de forma clara para quem é entendido. A questão é que ele usava formas diferentes de se expressar.

    O Cristianismo é uma religião pouco autêntica em conteúdo, mas muito mais organizada do que qualquer outra. Ela tomou para si conceitos e símbolos de outras religiões mais antigas, apenas para representar aquilo que era sua filosofia central.

    O Monoteísmo cristão católico nem chega bem a ser um monoteísmo. A trindade cristã é uma espécie de alegoria mitológica que representa uma unidade trial, considerando que o Filho, Jesus, seja parte do Pai, que é Deus. E o Espírito Santo representa a energia de Deus, o poder modificador e criador de todas as coisas. É a manifestação do desejo divino, simplesmente. Para melhores explicações recomendo a leitura da Bíblia e também do livro de Joseph Campbell, "O poder do Mito".

    E agora, quais as vantagens do Deus monoteísta, além do fato dele ser real e tangível através da meditação? Simplesmente, ele é inteligível. Deus se manifesta para o homem segundo a vontade dele mas também através de nossos desejos profundos e sinceros. O que o "deus" monista faz além de ser algo totalmente confuso que não significa absolutamente nada? As definições de deuses da filosofia espiritualista oriental são absurdas e ininteligíveis. Conforme sua explicação, compreendemos que deus é tudo e não é absolutamente nada, que ele está lá, mas também está aqui, que ele não sabe nada mas também sabe de tudo. Parece muito mais a filosofia do senhor Miyagí do que algo a ser levado a sério, isto sim!

    É muito mais fácil e muito menos arriscado falar em um deus que ninguém entende e que não se pode nem mesmo saber o que é ou o que deve ser. Estas definições soam de forma pseudo-inteligente para mim e deve ser assim para qualquer pessoa.

    Sua fé não é diferente da minha. O que difere é o objeto de nossa fé, o nosso deus. O meu Deus é um ser transcendental criador, ele não é parte de mim, está além e aquém de mim. O seu deus é um ser que você não soube explicar, pois ele pode ser qualquer coisa ou pode ser coisa nenhuma. Talvez não exista, talvez não seja, talvez não esteja. Afinal, você não sabe, não é mesmo?

    Bem, deixo aqui um site interessante sobre a filosofia oriental. Para quem tiver interesse: http://desciclopedia.ws/wiki/Senhor_Miyagi
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  4. Boa noite, senhores.
    Téo, primeiramente gostaria de dizer que gostei da sua coragem de enfrentar esse debate. Segundo, quero expressar meu desagrado com a atitude ridícula que você tomou, sendo um leigo em filosofia oriental, de citar desciclopédia, demonstrando que não está levando a sério o debate, considerando que ignorou 98% das verdades que coloquei em minha introdução, e escrevendo poucas linhas enfatizando um desvio de conceito meu, que irei consertar e redimir agora.
    Sobre dualismo, maniqueísmo, monoteísmo e monismo:
    A filosofia ocidental cristã é maniqueísta sim, Téo, mas isso não foge “bastante” de dualismo, como você alega. A única diferença entre a concepção dualista e a concepção maniqueísta, é que no dualismo os opostos são complementares (yin/yang) e no maniqueísmo os opostos são inconciliáveis (bem/mal). Mas ambas são DUAIS. Dizer então que "todo monoteísta é dualista" não é um imenso erro, é apenas um desvio conceitual que cometi por falta de atenção. Corrigindo-me: Todo monoteísta é dualista-maniqueísta. Ponto. Aliás, inicialmente você diz que seu deus é único, e depois vem dizer que o deus que você crê é trindade, etc. Desculpe, mas não propus o duelo TRINDADE x UNICIDADE, e sim Deus Místico Oriental (que significa a Realidade e a Verdade) x Deus Judaico Cristão Ocidental (que é Mitológico e Fictício). E mesmo assim, vi que você não está muito a par do seu próprio deus inventado, quem dirá do deus místico.
    Você diz que eu deveria ler a bíblia e o livro “O Poder do Mito”, sendo que a bíblia eu já li mais de 8 vezes, e “O Poder do Mito” é um dos meus preferidos livros. Então vou aproveitar para citar algo que o mitólogo Joseph Campbell também tentou esclarecer aos seus estudantes e leitores. Ele conta que certa vez foi apresentado a um padre católico. Enquanto conversavam, o padre perguntou a Campbell se acreditava em Deus, e ele respondeu “não”. Então o padre perguntou se existisse uma forma de demonstrar ou provar racionalmente a existência de Deus, se seria mais fácil para as pessoas acreditarem. Campbell disse: “Se houvesse uma forma de demonstrar racionalmente a existência de deus, então nós não precisaríamos acreditar, nem ter “fé”, pois saberíamos.” E não é verdade?
    Quando perguntaram ao psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (o pai da Psicologia Analítica) se ele acreditava na existência de deus, ele respondeu: “Não acredito, eu sei.” Grande diferença né? Acreditar e saber. Os verdadeiros místicos não acreditam em deus. Eles sabem. Você não precisa ter fé quando tem certeza. Quando verdadeiramente sabe. Portanto, Téo, me desculpe, mas minha fé não é a mesma que a sua, pois não tenho fé em nada. Tenho algo que é uma certeza profunda, alcançada depois de uma árdua busca, a busca que a maioria das pessoas insiste em adiar.
    A dualidade expressa na filosofia oriental, conhecida pelo símbolo yin yang, é uma dualidade que é admitida como existente apenas na percepção humana. Foi isso que falei sobre Existir e Ser, no início: É tudo percepcional. No fundo, na Realidade, tudo é Único e Tudo É a mesma Coisa, pura Igualdade, União. E na vida sensorial, mental (lógica/racional) e percepcional, as coisas são sempre duais (ou plurais e singulares e diferentes). E essa SEPARAÇÃO é ilusória. E o objetivo de uma religião verdadeira (que significa religare) seria nos unir com o divino, acabando as ilusões de separação. Só que as igrejas de hoje, principalmente as ocidentais, são as INIMIGAS da verdade, pois elas próprias pregam a separação e são um fracasso perante o seu sentido inicial, verdadeiro, de união e ligação.
    Por isso eu jamais critiquei os grandes sábios, os fundadores de religião, nem suas metáforas sagradas: eu as compreendo. O que eu critico são os seguidores, os que corrompem a verdade, os que transformaram deus (cultivando uma concepção errônea) num crápula filho da puta sem igual.
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  5. A nossa mente, nossos pensamentos e a nossa percepção são sempre duais, porém a Realidade e a Verdade que buscamos é Única e Não-Dual, como eu já disse. Toda a filosofia oriental faz uso do dualismo, principalmente o linguístico e poético, para incitar no aprendiz o sentido de notar os erros da separação, desviar-se deles e chegar ao Monismo, para que ele possa conhecer seu centro e encontrar o Caminho do Meio, que é o caminho verdadeiro e Não-Dual, para a Realidade Total.
    Eu expliquei muito bem a diferença entre monoteísmo e monismo, e não vou repetir, pois tenho muito mais a falar. E eu gostaria de pedir ao Téo que não se dirigisse a mim com falácias ad hominem, pois ele não me conhece. Estudei todas as religiões e li os livros sagrados de todas. Fui católica toda a minha vida, e hoje, aos 18 anos, comecei a suspeitar da Verdade. Todas as religiões do universo têm coisas parecidas sim, e é isso que eu, ao estudar todas e não fazer parte de nenhuma, busquei ver. “Sou monista cósmica universalista” e valorizo o que há verdadeiramente de sábio em cada literatura “sacra”. Porém os seguidores de religiões e as igrejas são aqueles estragadores de tudo, geralmente. Sim, Jesus pode ser interpretado misticamente e pode até ser levado a sério como um iluminado. Quase nada posso criticar no Cristo Místico das Montanhas, e mesmo assim, creio que minha critica seria direcionada a distorções de tradução e interpretativas, entre outras. E a principal: considerá-lo como O Único Caminho, Verdade e Vida, é grande equívoco e apelação, se não for considerado apenas como metáfora. Metaforicamente, Buda também era o Único Caminho, Maomé também, Krishna também, Mahavira também, Brahma também, Tao também, pois todos se transformaram em deuses ao entrarem em contato direto com a Realidade Divina, ao se tornarem iluminados, o que é possível e está disponível a todos nós. Eu posso ser O Único Caminho, Verdade e Vida, e todos nós podemos. Portanto, o deus JUDAICO cristão não é o único verdadeiro, principalmente no que tange sua definição, sua igreja, e suas crenças, e seu infantilismo e falácias.
    E mais, o conteúdo das religiões nem sempre é o mesmo, meu caro. Jesus Cristo, SEU líder espiritual, era profundo conhecedor da filosofia mística oriental sim, mas ele não era um homem de meditação, e se era, não fez como devia, pois saiu alegando que ele era o único, sendo que antes dele já haviam passado pela terra Lao-Tzu e Sidarta Gautama. Jesus não deixa de estar coerente com a concepção mística, é verdade. Mas a tentativa de unir judaísmo com cristianismo foi a maior besteira feita, e a culpa não foi do Cristo, reconheço. Jesus daria um mestre exemplar do deus Real, se não tivessem enchido a história dele com mitologias, nem unido as ideias dele à ideias antiquadas de um deus pessoal, que era o deus do povo hebreu, criador dos céus e da terra, uma grande mentira. Se Jesus estava iluminado ou não, tenho minhas duvidas, pois ainda leio muitas distorções no discurso dele, principalmente as ideias maniqueístas dele, de acreditar em céu e inferno. Porém de uma coisa estou plenamente certa: todos os crentes seguidores de Jesus e de qualquer outra figura mitológica (até mesmo de Buda) estão errados, pois seguir e crer quem quer que seja, IMPEDE a busca e o real encontro com A VERDADE. A única diferença é que Buda foi racional e mais condizente com a verdade em seu discurso. Ele falou a verdade nua e crua.
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  6. Crer no deus monoteísta não tem vantagens além de lhe permitir viver numa ilusão confortável. O deus monoteísta não são se conhece através de meditação, meu caro, meditar é o que falta para você e todos perceberem que tal deus não existe. Além do fato de ele não ser real, essa tangibilidade que vocês descrevem no deus judaico cristão é o argumento do cheque mate, para provar a inexistência dele. Além do que, adianta tal concepção ser inteligível se é pura mitologia? De que adianta você dizer que ele é onipresente, onipotente e onisciente se a historinha dele o refuta? O Tao pode ser onipresente, onipotente e onisciente, o Zen também pode sê-lo, mas o Jeová não, começando pelas historinhas furadas de um deus tangível do Antigo Testamento.
    Téo pergunta: “O que o "deus" monista faz além de ser algo totalmente confuso que não significa absolutamente nada?” “É muito mais fácil e muito menos arriscado falar em um deus que ninguém entende e que não se pode nem mesmo saber o que é ou o que deve ser.” Sua atitude pragmatista é ocidentalíssima, mas vamos lá. Afirmo o contrário: É MUITO MAIS DIFÍCIL E MAIS ARRISCADO CONHECER O VERDADEIRO DEUS. E PODE-SE SIM, SABER O QUE É DEUS (OU VIDA, OU REAL, OU VERDADE), PORÉM JAMAIS SE PODE EXPRESSAR COM PALAVRAS, DAÍ SUA INCOMPREENSÃO. Você pode vivenciar o significado, experimentar o significado, mas em questão de transmissão, você não pode expressar ou ensinar nada, você só pode apontar. Queria esclarecer também que a PALAVRA “DEUS” não é Deus, esse deus imaginário e inventado que vocês acreditam. A palavra “amor” não é amor. A palavra “fogo” não é fogo. Por isso, o mais importante é lembrar-se de não se apegar muito às palavras, não ficar muito obcecado com as palavras. As palavras são apenas símbolos indicativos: use-as, mas não se sinta muito oprimido por elas. Eu não creio em Deus, portanto não confunda. A palavra “deus” hoje não é muito agradável para denominar o Divino. Causa problemas, então esquecerei essa palavra. Chamarei de “Tao”, pois também serve, ou “Zen”, ou “Nada” – e sempre escolherei outras palavras, se alguma provocar uma associação errada. Nós usamos a linguagem; tornamo-nos tão obcecados com a linguagem, que nos esquecemos de que ela não é a realidade. Na verdade, tem-se que colocar a linguagem de lado para se experimentar a Realidade, que é essa Verdade da qual estou falando a vocês.
    Finalizando: Minha fé não é diferente da sua, minha fé é inexistente e a sua é o empecilho para que você veja a Verdade. Não tenho deus, não tenho objeto pré-concebido, eu sempre mergulhei no escuro e segui, e o que vejo é apenas o presente, o aqui e agora, a totalidade e o divino em pura essência, brincando com a existência, manifestando-se em tudo. O seu Deus é um ser transcendental criador INVENTADO PELA MENTE DE OUTRORA e HERDADO CULTURALMENTE, ele não é parte de você, é parte de um passado morto e ele, não só está morto, como diria Nietzsche, como jamais existiu. O Deus que há, que está em evolução, e que é todo este Universo Infinito, que podemos experimentar de fato, não é um ser tangível, é um eterno Vir-a-Ser em tudo, que percebemos como um Nada Existencialmente mas que está Pleno Essencialmente, e o que explico sobre ele só são indicações e dedos apontando, pois só conhecendo tal Realidade pra saber. O bonito é que ele (o deus místico) pode ser qualquer coisa ou pode ser coisa nenhuma SIM E NÃO, dependendo do tamanho do meu alcance, dependendo das formas e cores, pois tudo são apenas climas, mudanças de estações, estados que vêm e vão, e se você se preparar, você verá neles a Gestalt. Esta palavra alemã, Gestalt, é bela. Afirma que existe uma harmonia oculta (O Divino) entre a figura e o fundo. Não são opostos, parecem ser.
    O deus real não Existe (Aparência), ele É (Realidade). Eu sei, e você sabe, mas você não vê, porque sua visão está suja e atolada com crenças e não com saberes. Libere-se, liberte-se, todos somos deuses e apenas esquecemos isso. Religue-se, conheça a ti mesmo, volte-se para o centro, e renasça.
    Beijos divinamente profanos à todos. =*
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  7. Vejo, senhora Mônica Botelho, que sua pose e pseudo-intelectualidade sofre de dois males. Primeiro, é superficial ao extremo em tudo o que diz. Segundo, diz coisas demais e deixa de aparar as arestas.

    Vi nos comentários do grupo o mesmo que vi aqui: uma bela má interpretação simbólica e um desconhecimento total de conceitos fundamentais de cada religião. Para alguém que se diz amplamente estudiosa do assunto, que já leu todos os livros sagrados de todas as religiões, e que leu a bíblia oito vezes, é muito suspeito.

    Você erra feio em comparar maniqueísmo com dualismo. Seu amigo do grupo tentou lhe ajudar dizendo que não foi um erro, mas, foi sim. O Dualismo compreende que tudo tenha partes opostas mas que estes opostos são unos, ou seja, que são complementares e que um "lado" não seria completo sem o outro "lado. O Bem não seria completo se não existisse o Mal. É este, mais ou menos, o conceito. E se pretender insistir neste erro isso demonstrará apenas que você compreendeu muito pouco do que diz ter lido. Ou talvez nem tenha lido nada disso. Como vamos saber, não é mesmo? O Maniqueísmo difere disso, difere muito do dualismo. Maniqueísmo é a concepção de que os lados são opostos e que lutam entre si. O Bem existiria sem o Mal, e por isso tenta combatê-lo. Simples.

    Quanto às minhas supostas falácias "ad hominem", que eu procurei e não achei, não creio que tenham sido mais ofensivas do que sua argumentação forçosamente maledicente com a minha religião e até mesmo com o meu Deus. Será?


    Agora, peço desculpas a você pelo meu desdém na introdução. Acontece que ele não foi assim tão à toa. Você é muito prolixa, e demonstra com isso um pouco de insegurança sobre o que tenciona defender por aqui. Me parece até que você faz um monte de rodeios sobre o assunto para tentar explicar algo que ainda não foi capaz de entender. Para lhe ajudar, pedi também ajuda a um amigo meu que entende de verdade a concepção de deus místico oriental, ele me deu uma explicação simples, bem singela, e muito mais profunda que a sua sobre isso. Espero que lhe sirva de argumento na tréplica.

    Explicação:

    "Na concepção da filosofia oriental, Deus não é um ser além ou aquém de nós. Não é um arquiteto criador ou legislador do Universo, como nas teologias monoteístas. Ele é simplesmente parte integrante de todas as coisas, é a manifestação energética de toda a existência, é a força motriz. A meditação serve para entrarmos em contato com o nosso próprio deus interior, por que Ele também é parte de nós mesmos." (Explicação do meu amigo, estudante da oitava série..... Não, mentira. Ele é formado em teologia pela universidade de Cambridge).

    Passado isto, em um mísero parágrafo meu grande amigo conseguiu explicar aquilo que você não foi capaz de fazer em vinte e oito páginas-luz de textos verborrágicos e prolixos. Agora que as pessoas realmente entenderam o que VOCÊ deveria ter-lhas explicado, vou expor novamente por que meu Deus é verdadeiro e o teu não é.
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  8. Primeiramente, seu deus não existe segundo a própria concepção. O que os orientais entendem por deus não é o mesmo que nós entendemos. A gente chama de deus aquilo que eles chamam de qualquer outro nome, como Tao, por exemplo, que na verdade significa apenas a manifestação do ser e da divindade do ser. Portanto, seu intento já é bastante ridículo, visto que até mesmo os orientais de hoje, seguidores desta filosofia, compreendem de forma mais racional e menos misticista estas concepções. Logo, o seu deus não existe nem mesmo de acordo com a filosofia oriental moderna. Ponto.

    Ao me questionar sobre trindade, você atira em seu próprio pé duas vezes. Primeiro por ter feito a tal pergunta idiota de "como ele pode ser um se ele é três?" Ele não é três. A trindade nunca afirmou que Deus é três deuses.

    O que a trindade significa é que Deus, o Pai, o Criador, é o corpo maior. Jesus, seu filho, na realidade é parte dele próprio, não outro. E o terceiro, que é o Espírito Santo, é a energia manifesta de Deus que gerou o filho em corpo de carne e osso. A questão é que Jesus é apenas uma representação divina em corpo humano e o espírito santo é o poder divino. Esta é a trindade.

    Então, minha cara, me diga uma coisa: Ou o cristianismo é monoteísta e Deus é único, ou então ele não é monoteísta e Deus é três. O que, afinal de contas, você quer dizer com isso? Acho que você nem sabe! (risos)

    Mas, particularmente, acho que o pior trecho de sua réplica é o seguinte:

    "Por isso eu jamais critiquei os grandes sábios, os fundadores de religião, nem suas metáforas sagradas: eu as compreendo. O que eu critico são os seguidores, os que corrompem a verdade, os que transformaram deus (cultivando uma concepção errônea) num crápula filho da puta sem igual."

    Certo. Nem preciso mencionar o palavrão completamente desnecessário e deveras ofensivo. Isso é visível. O que preciso é lhe perguntar uma coisa óbvia: Se você está criticando os seguidores da religião que teriam supostamente deturpado os ensinamentos de Jesus, então por que o título de sua tese aponta diretamente para o conceito de Deus, em vez de apontar para a Igreja ou para os fiéis?

    Veja bem: Você cria uma tese com um título que intui diretamente uma confrontação entre dois conceitos distintos sobre deus, sendo um o oriental místico e o outro o monoteísta cristão. Certamente, espera-se que você vá mostrar como estes conceitos são diferentes e qual deles é o melhor. Entretanto, você comete um Epic Fail e critica os seguidores da religião.

    Quer dizer que, em um debate sobre "Qual é o melhor time de futebol da história?" você iria criticar as torcidas organizadas? Em um debate sobre Oscar Niemeyer você iria criticar Selton Mello? É isso mesmo? E como é que você não quer que eu tire sarro de você, garota? Ora esta! Já vi gente mais humilde por aqui, sinceramente.

    Agora, para não reclamarem de meu tom jocoso, vou postar uns sites interessantes sobre o tema. Desta vez, nada de Desciclopédia, ainda que as informações lá tenham maior credibilidade que as suas.

    Seguem as minhas sugestões:

    http://www.significados.com.br/dualismo/ (trecho: "O dualismo distinguiu-se do monismo, particularmente no século XVIII porque os filósofos monistas defendiam...")

    http://www.espacoacademico.com.br/007/07ray.htm

    http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=monote%C3%ADsmo&source=web&cd=11&cad=rja&ved=0CFgQFjAK&url=http%3A%2F%2Fwww.amorc.org.br%2Fdestaques%2Fdestaque12.html&ei=0z9EUIuENMXA0QGMkoDYDQ&usg=AFQjCNGYXc60yqZB7cuI-FAU2Qdm5avf_Q

    http://www.gilsonfreire.med.br/index.php?option=com_content&view=article&id=69&Itemid=71

    Acho que está bom por hoje.
    Se precisar de mais ajuda para compreender sua própria filosofia religiosa pseudo-verdade, é só me pedir.

    Um grande abraço e que Deus (o ùnico Deus) lhe proteja da ignorância e lhe ilumine para escrever uma boa tréplica.
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  9. Permitam-me iniciar minha tréplica com um reconcerto de alguns mal entendidos. O Senhor Téo me acusa de pseudo-intelectualidade pelo fato dele não compreender o que digo, mas TODOS que leem misticismo, taoísmo ou zen budismo sem serem iniciados, vão se deparar com aquela coisa dispersa e que muitos julgam meio sem nexo, complexo, e obscuro. Porém não, não é assim. E mais: isso não é por acaso, gente. É este o modelo, o modo de expor o lado que defendo, então não acho justo ser julgada pseudo-algo pela incapacidade alheia de ver além da superfície. Aliás, estamos lidando com espiritualidade, portanto não estou seguindo na linha e linguagem intelectual, apenas espiritual. Não é superficial, são paradoxos simples e profundos sobre colocações que, sendo místicas, denotam um tom poético demais, e esse é o meu estilo de falar sobre isso. Falar sobre as verdades ignoradas, daquilo que está debaixo das cascas e capas que colocamos e mantemos cegando a vista, como ego, personalidade, escrituras e instituições, não é fácil tarefa. Isso sim é superfície, isso é manter-se alheio ao seu verdadeiro Eu, sua verdadeira Face, que é Divina.

    O Senhor Téo alega que tenho “má interpretação simbólica e um desconhecimento total de conceitos fundamentais de cada religião”. Gostaria de pedir a ele que me mostrasse onde desconheço o que defendo e onde desconheço o que ele defende, pois já expus e deixei bem claro a diferença dos conceitos, e mesmo assim há uma insistência da parte dele de generalizar tudo. Há uma gigaaaaante diferença entre A Concepção de Deus Místico / Monismo Cósmico Univérsico Teosófico, e A Concepção de Deus Judaico Cristão, advindo da Mitologia Hebraica, e eu diferenciarei novamente, pois parece que ainda não foi assimilado:
    Deus Místico: Não existe, ou seja, não possui tangibilidade material, é incorpóreo, é puro nada, puro vazio, segundo nossa percepção. É essência pura. Permeia tudo o que existe, portanto é de fato onipresente, onipotente e onisciente. É o todo, mas não está separado das partes. É o infinito, mas não está separado das coisas finitas. Toda ideia de separação, portanto, é ilusória, e para ver a deus, você tem que dissipar suas ilusões e tornar-se completamente consciente do UM.
    Palavras-Chave (Adjetivos): Absoluto, Infinito, Eterno, Essencial, Suprema Realidade (ou Realidade Total), Divindade, Inteligência Cósmica, Vida Universal, Consciência Intangível, Insondável, Uno do Universo, Todo, Nada, Vazio, Plenitude Máxima, Fonte, Causa, Verdade.
    Deus Judaico Cristão: Às vezes é três, às vezes é um, e não se decide. (hehehe) brincadeiras à parte, dizem que é amor, mas criou um inferno para condenar os que não seguirem seus critérios e imposições, cometeu genocídios por toda a sua Mitologia. Foi criado a partir de crenças politeístas e que virou uma monolatria (adorar apenas um deus no meio de tantos que existiam). Sim, a bíblia admite a existência de outros deuses, como está escrito em Êxodo, cap. 18, vers. 11: “Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses, porque livrou este povo de debaixo da mão dos egípcios, quando agiram arrogantemente contra o povo”. E mais: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses?” (Êxodo 15, vers. 11)
    Ora, se o Senhor é maior que todos os deuses, logo estes outros deuses também existem, porque, do contrário, o “Senhor” não seria maior que eles. “É de se admirar porque os judeus e cristãos não admitem a existência de outros deuses, quando a bíblia está afirmando a sua existência”.
    É claro que Jeová não matou todas as pessoas que morreram em seu livro, nem criou nenhuma delas, pois todos são episódios de caráter mitológico e inverdadeiros, semelhantes aos dos outros povos antigos que inventaram grandes e notáveis façanhas praticadas por seus deuses nacionais e semideuses.
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  10. Vale, finalmente, remarcar que o inexistente YAHWEH ou Jeová - Deus dos Cristãos e a própria figura mitológica de Jesus Cristo e os atos por eles praticados não passam de servil plágio da mitologia egípcia, suméria, persa, hindu, cananéia e de outros povos da antiguidade. Para se chegar a esta inevitável conclusão, é bastante um estudo comparativo entre as religiões ancestrais, aliás, trabalho que vem sendo realizado por lúcidas e brilhantes inteligências de nossa época, mostrando que “a bíblia não tem razão”. SIMPLES.
    Palavras-Chave (Adjetivos): Furioso, sanguinário e inclemente; Deus Nacional, inventado pelos antigos hebreus e até hoje cultuado pelos judeus; Mau, severo, draconiano, ciumento, vingativo, egoísta, sádico e bárbaro. Segundo suas profecias, enviaria seu filho único para salvar a humanidade. Seu filho não foi aceito pelo seu próprio povo, e então os próprios hebreus (judeus), vendo que Jesus não fazia a linha correta e malvada do pai, o crucificaram (pois Jesus foi um rebelde e revolucionário da época e os Hebreus/Judeus estão até hoje esperando o verdadeiro Messias).
    Vale constar que: *Jesus, se interpretado metaforicamente, segundo seus evangelhos perdidos, e fazendo algumas analogias, seria um místico iluminado e conhecedor do verdadeiro deus. Para isso, leiam as obras de Huberto Rohden sobre Jesus Cristo.

    Sobre a questão do maniqueísmo e do dualismo, eu já expliquei na minha réplica, e parece que você não leu, pois coloquei exatamente os conceitos, e as diferenças deles! Eu não disse que maniqueísmo é dualismo, e eu não estou confundindo os dois, em momento algum. Eu disse que maniqueísmo tem uma ESTRUTURAÇÃO DUALISTA, que divide tudo em DOIS aspectos, Então se houve algum ERRO foi ERRO DE INTERPRETAÇÃO SUA, pois até nos links que você sugeriu dizia isso, todos podem ver. Manter crenças embasadas em aspectos duais é manter-se na superfície da espiritualidade. Só transcendendo isso é que poderemos encontra a UNIDADE SAGRADA, que é o Deus Místico, que nada mais é do que a Essência Total que Se revela em Existência Parcial.
    Filho, eu não quis ser maledicente com tua religião e com teu deus: Estes próprios são a maledicência encarnada em mito! Posso ser muito prolixa, mas minha prolixidade tem fundamentação real, e a sua, onde está? Você afirma que deus é um ser tangível, que vem ao seu encontro, julgar este mundo e separa o joio do trigo? Seu deus é facilmente refutável, se eu for colocar todos os argumentos na mesa, e se você pedir posso muito bem fazer isto. Eu não sou insegurança acerca de nada do que defendo, pois só falo do que tenho certeza, e você, diferentemente, só fala do que acredita. As aparências não são o melhor caminho para encontrar a verdade, então o que proponho é que liberte-se delas. Tenho 18 anos, não conheço tudo sobre a vida e nem sou iluminada ainda, mas sou uma garota hiperconsciente do Caminho e, depois que alguém tem insights e ao menos suspeita do que realmente é a realidade, a pessoa não é capaz de parar a busca.
    Sobre o que o seu amigo disse sobre a concepção de deus místico oriental, esta explicação simplória e singela, sim, está certo. Quando ele diz que “Deus não é um ser além ou aquém de nós”, ele diz que não há um Reino distante por vir, ele diz que tudo está e sempre esteve entranhado em nosso interior, e que Deus está presente aonde está nossa presença. Jesus mesmo disse: “O Reino dos Céus está dentro de você”, e isto é a mais pura verdade, metaforicamente. Sim, Deus “não é um arquiteto criador ou legislador do Universo, como nas teologias monoteístas”, e isto não é mesmo. Deus era o Verbo, o É, que se manifestou em existência, porém ele é a pura essência de tudo, e não algo separado de nós. Deus está além das superfícies, e a mente e o corpo são as superfícies. Porém são os mecanismos da vida existencial, e para testemunhá-lo precisamos desta vida, destes mecanismos. É aqui e agora, e não noutra, que se dará o verdadeiro encontro com o divino.
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  11. E não será um velho de barbas brancas, ou um cara crucificado, ou um buda em posição de lótus que você irá ver. Você irá ver sua própria face, sua essência. Aí está nossa primordial diferença, e aí está o que mostra que o que eu digo é verdade, e que o que você diz é mentira. Pois se alguém se dedicar a conhecer o Deus Místico, ainda nesta vida ele poderá sabê-lo, sê-lo, experimentá-lo. Mas no seu caso, não há evidências do teu deus, e ainda tem toda aquela historinha de que ele vem, vai voltar, vai ressuscitar os mortos e jogar gentes em um céu ou inferno. E isso é ficção, por isso o seu deus não existe. “Ele é simplesmente parte integrante de todas as coisas, é a manifestação energética de toda a existência, é a força motriz. A meditação serve para entrarmos em contato com o nosso próprio deus interior, por que Ele também é parte de nós mesmos.” Seu amigo sabe, ainda bem.

    Sim, o único deus real que há, que é infinito e eterno, de fato não existe segundo a própria concepção. Porque não existir implica apenas em dizer que ele não possui uma tangibilidade material em sua totalidade. Ele é A Pura Essência que permeia tudo, e isto é notável para qualquer um que se propuser pensar a respeito. Porém, E O SEU DEUS, ONDE ESTÁ?
    Eu já deixei bem claro antes que o que os orientais entendem por deus não é o mesmo que você e a religião judaico-cristã entendem, então estamos de acordo, e o debate é isso. É o Entendimento Verdadeiro contra o Entendimento Não-Verdadeiro. Tao, não é qualquer nome, e não significa apenas a manifestação do ser e da divindade do ser. Tao é muito mais que isso. Tao é a REALIDADE. Deus é uma ficção. Por isso não chamamos Tao de deus, porque não existe deus, MAS HÁ O TAO. Portanto, meu intento não é ridículo, e sim o seu, que mal argumenta em defesa do seu deus e da existência dele. Prove que ele exista, abra seus argumentos, ainda não vi você defender sua concepção, mas eu estou coerente na defesa das minhas.
    Sobre a questão da trindade, chegamos há um consenso. Você disse que “Ele não é três. A trindade nunca afirmou que Deus é três deuses.” Ótimo. Estou tratando desde o começo o deus judaico-cristão como o deus de uma religião monoteísta, que considera o seu deus como Único. Sobre seus risos, acho que é mais fácil para nós que usamos a razão, perceber todos os detalhes fantasiosos de sua crença com mais facilidade. Como é que Jesus foi gerado sem esperma? Onde já se viu isso, cara? Não existe fecundação apenas ovular. Enfim.
    Eu mencionei que sim, critico todo e qualquer seguidor de toda e qualquer religião que são deturpadores da verdade. Há exceções é claro, sempre e em todo o lugar, pois as verdades existenciais são relativas e a única verdade absoluta é o divino, que é essencial ao invés de existencial. Porém ter mencionado este fato não anula o objetivo principal da minha tese, que é mostrar que a mitologia hebraica e que o deus fictício judaico cristão é uma farsa, e ainda por cima, prejudicial. É por isso que o título de minha tese aponta diretamente para o conceito de Deus, porque é este conceito errôneo que sustenta a ignorância e os males causados pelas Igrejas e pelos seus fiéis. Mas como esse não é o assunto do debate, vamos voltar para a análise das concepções. E o fato de eu não criticar os grandes sábios e conhecedores do divino, é que eles foram eles mesmos e não seguiram ninguém, esse é o ponto. Nãoé errado ler e conhecer a história deles, e, se bem interpretados, podem indicar um bom método para a busca individual, que cada um fará em dado momento de sua evolução. O problema é que as pessoas buscam Jesus, buscam Buda, buscam Lao-Tsé, buscam Maomé, ou seja, elas buscam projeções passadas de pessoas deusificadas, ao invés de buscar o que eles buscaram. Eu insisto no ponto de Amar / Ser / Tornar-se você mesmo, voltar para a fonte, encontrar seu centro como ser humano único e singular, que virá a ser divino no ápice evolutivo, tido sua origem na Essência Divinal que, apartir do Big Bang e da Expansão da Singularidade, passou a se manifestar em Existência Vital.
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  12. O meu “Epic Fail” na verdade, se sustenta em dois pontos: Todo seguidor de um deus, não conhece esse deus. Todo credor e fiel de um deus, também não o conhece. E sim, a tese do debate é diretamente uma confrontação entre dois conceitos distintos sobre deus, sendo um o oriental cósmico místico e o outro o monoteísta cristão ocidental, e já mostrei desde o início como estes conceitos são diferentes e qual deles é o melhor. Parece simplesmente que você não lê o que escrevo e, por não conseguir refutar, em tratar de detalhes infundados e distorções que já haviam sido resolvidas, na minha réplica. Além de quê, perde seu precioso tempo me adjetivando, como se o que sou fosse refutar a validade de meus argumentos.
    Outra coisa, sua analogia a futebol é ridícula, pois futebol e torcer por um time não são algo incontestável, não é uma “verdade” dada como absoluta e imutável, e o time não é criado nem definido por sua torcida. Porém vemos claramente que Jeová foi criado pelos hebreus, e é o deus nacional deles, e eles são o povo escolhido, e amado, e o escambau; enquanto que o Jesus Mitológico foi criado pela Religião Católica Apostólica Romana para salvar Roma de sua última crise e consolidar novamente o império, que estava falindo (pois Jesus não teria essa repercussão gigantesca se não fosse mitificado e imposto como o deus dos new romanos). Eles precisavam de um novo deus, e sacaram que se a história de Jesus fosse bem enfeitada com ficções, renderia bastante. E rendeu, vide mais de 2000 anos de ignorância, guerras e cegueira geral.
    Sobre minha falta de “humildade”, ou meu jeito agressivo de debater, quero esclarecer que é proposital e vai de contra as verdades que a verdadeira iluminação e conhecimentos divinos nos trás. Eu conheço os iluminados, suas escrituras, o Caminho do Meio, tudo o que já foi dito e todas as experiências descritas sobre o assunto, mas se estou aqui debatendo, é porque ainda não cheguei lá. Primeiro, porque sei bem que O Deus que é Real não precisa de defesa, nem de ninguém obcecado por ele, nem de aprovação, etc. Ele é a imanência do Eterno, do Infinito, não precisa de que uma parte dele Finita e Mortal fique aqui profanando a Realidade Divina com falatórios parciais. Porém eu resolvi, TEMPORARIAMENTE, ir contra a filosofia do Não-Agir Taoísta, e do Zen Budismo, mesmo sabendo que é prejudicial, apenas para fazer ativismo à causa, e divulgar, apontar e direcionar mais pessoas ao caminho da Verdade. Sim, a filosofia diz que só quem deliberadamente busca encontra, e que quem não busca “permanece nas trevas, ignorante, vendo o dia que passa’, como uma vez disse Dante Aliguieri, em A Divina Comédia. Porém eu, garota sagaz que sou, resolvi incitar as pessoas a buscarem, pois muitos só precisam de um toque para se depararem com sua verdadeira face, divina e imortal.
    Pela má qualidade de alguns links sugeridos pelo Senhor Téo, resolvi indicar algumas cousas a vocês também, e retifico que não deixem de ver, pois é a fundamentação de mais alta qualidade para tudo que escrevi até agora. Segue:
    http://www.sociedadeteosofica.org.br/biblioteca/livros/voz.htm
    http://www.youtube.com/watch?v=doYbluzOk_I
    http://www.youtube.com/watch?v=fg5z3DhPvQE&feature=channel&list=UL
    Demorei para postar minha tréplica pois me ocupei com outras coisas e reli alguns livros sobre o assunto, tal como Tao Te Ching (Lao-Tsé), A Voz do Silêncio (Helena Blavatski), Sidarta Gautama (Hermann Hesse), O Deus que Nunca Existiu (Osho) e A Filosofia Univérsica (Huberto Rohden), e acho que fiz um bom trabalho na defesa de ideias tão brilhantes e tão verdadeiras. E mais, ofereço minha ajuda a que precisar de mais informações e querer iniciar-se no Caminho do Meio, para compreender-se a si próprio. O autoconhecimento é o caminho para vocês compreenderem essa filosofia espiritualista da busca pela verdade, e ela é o verdadeiro encontro com a Realidade, e quem buscar, saberá.
    Beijinhos para todos os que se sabem deuses e deusas em evolução, advindos da Fonte Divina da Vida.

13 comentários:

  1. Olá queridos, boa tarde.
    Defenderei em minha tese, o deus que não existe, mas o deus que É.
    Ser e Existir são diferentes, mas diferenças apenas de nomes, de percepção humana. Digo e afirmo que deus não existe apenas como uma parte da existência, e É exatamente isso o que o faz deus. Nós somos partes finitas, porém Ele É o Todo da Essência Infinita, e mesmo que ele se manifeste em tudo o que existe, que ele detenha todas as potências, pois Ele está em tudo e É tudo, não é possível identificá-lo ou apontá-lo como algo que finito que existe: Isso seria profanar deus. Isso é de difícil compreensão para os iniciantes no assunto, mas não de impossível compreensão. Releiam, filosofem, meditem: Vocês enxergarão A Verdade em minhas palavras.
    Para quem nunca conheceu esse modo de pensar deus, explico: Este modo está presente em todas as culturas, em todos os povos, em todos os tempos. Não somente no oriente, mas no ocidente também houve muitos pensadores e filósofos a defender esta concepção, e citarei um a um posteriormente. Primeiramente, irei descrever e explicar a diferença das concepções em jogo.
    God, Brahman, Krishna, Buddha, Tao, Zen – que é que se entende por essas palavras?
    Para muitos, Deus é uma espécie de ditador celeste, uma pessoa que vigia os homens de longe e registra os seus créditos e débitos, premiando-os ou castigando-os depois da morte, mandando os bons para um céu eterno e os maus para um inferno eterno.
    Esse infantilismo primitivo e mitológico predomina as teologias cristãs de quase dois mil anos e, embora haja grandes variantes dessa concepção de Deus, no fundo é essa ideia divulgada e amplamente aceita. Entretanto, essa concepção nada tem a ver com Tao. O Tao pode ser descrito como: o Absoluto, o Infinito, o Eterno, a Essência, a Suprema Realidade (ou a Realidade Total), a Divindade, a Inteligência Cósmica, a Vida Universal, a Consciência Intangível, o Insondável, o Uno do Universo, o Todo, o Nada, o Vazio, a Fonte, a Causa, a Verdade Universal, etc. NUNCA REPRESENTA UM INDIVÍDUO, UMA PESSOA, como Deus nas teologias ocidentais.
    No livro Mein Wetbild, Albert Einstein descreve maravilhosamente, três tipos de com concepções de deus:
    1. O conceito do Deus-máquina, entre os povos mais primitivos;
    2. O conceito do Deus-pessoa, entre os hebreus do Antigo Testamento, em geral, e entre os judeus e cristãos de todos os tempos e países; (Que é o deus que estou refutando, pois ele é ficção.)
    3. O conceito do Deus-cósmico, professado por uns poucos místicos avançados, cujos representantes ultrapassam igrejas e teologias e encontram-se, esporadicamente, entre todos os povos e em todas as religiões.
    Além de descrevê-los, Einstein numera entre os da terceira classe, Demócrito, Francisco de Assis e Spinoza, quer dizer, um pagão, um cristão e um hebreu.
    Pois bem, o Tao e o Zen, que são as concepções místicas que eu gostaria de pôr em ênfase, estão incluídos no terceiro grupo, dos místicos cosmo-sapientes.
    A elite espiritual dos povos orientais e os verdadeiros místicos do Ocidente são os representantes mais avançados da cultura espiritual da humanidade; e todos eles professam a ideia do Deus-cósmico. Não são politeístas, nem panteístas, nem mesmo monoteístas – São MONISTAS CÓSMICOS.

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  2. Explicarei os conceitos:
    Monoteísta, que é onde se encaixa meu adversário neste duelo, que reconhece um só Deus-pessoa, residente no céu. Os hebreus, no tempo de Moisés, nunca chegaram à ideia de um Deus único para o mundo inteiro; admitiam um Deus único para Israel, o Deus dos Exércitos. O monoteísmo (e sua podridão) nunca atingiu as alturas do verdadeiro monismo. Todo monoteísta é dualista, isto é, admite a ideia de um deus transcendente, de um Deus-pessoa, separado de nós, que resida em alguma região longínqua do cosmos, com o qual o homem espera encontrar-se depois da morte. E esta é a ideia mais idiota já difundida e acreditada em todos os tempos.

    Este conceito do encontro com Deus num tempo futuro e num espaço distante é comum a todos os monoteístas. Já para os monistas, o que importa é o AQUI E AGORA. E essa concepção monoteísta-dualista de deus contagiou, desde o princípio, o cristianismo ocidental, o que é perfeitamente compreensível, uma vez que os primeiros discípulos de Jesus vinham do judaísmo. O incrível é que até hoje o cristianismo teológico não se libertou completamente dessa herança. Os místicos cristãos, adeptos do monismo cósmico, conhecedores da gnose, foram por isso mesmo perseguidos, excomungados, ou, pelo menos, considerados suspeitos de heresia.

    Para o monista cósmico, Deus é a Realidade Una e Única, o grande Uno da Essência, que sempre e de novo se revela pela pluralidade das existências, por meio do Verso das criaturas. As criaturas não são criações, não são também novas realidades, são apenas manifestações evolutivas do que já É, que é o Tao, o próprio Deus. Este UniVerso de infinitas possibilidades que conhecemos é apenas o Uno da Essência Infinita que se “verte” ou se esparrama no Verso das Existências Finitas.
    E, em face da onipresença do Infinito, é evidente que todos os finitos estão presentes no Infinito e que o Infinito está presente em todos os finitos. Então o MONISMO, assim concebido, é rigorosamente lógico e revela precisão matemática.
    Toda filosofia ou sabedoria superior culmina infalivelmente no monismo cósmico, equidistante do dualismo separatista e do panteísmo identificador. Para os místicos, tudo está em Deus e Deus está em tudo – Mas tudo não é Deus nem Deus é Tudo; Pois há grande diferença na manifestação de estar e ser, de existir e ser. As criaturas existentes não estão separadas de Deus, mas nem por isso são idênticas a deus. Porém elas podem chegar a ser, simplesmente se, como Existência Relativa, elas se tornarem Essência Absoluta.

    “Olha em teu interior, tu és Buda.”
    É essa a mensagem que te deixo. Liberte-se do seu conceito falacioso de Deus, no sentido de um Poder Externo à sua própria mente, que possa recompensá-lo ou puni-lo. Liberte-se de qualquer conceito, pois você não o conhece verdadeiramente. Apenas vá e busque, veja a Realidade, encare a Verdade, siga no Caminho e veja você transformar-se em tudo isso. Pois você é a Verdade, você é a Realidade e você é o seu próprio Caminho.

    Te passo a palavra, Patrick Cesar.

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  3. Assumindo aqui o lugar de Patrick Cesar, que vergonhosamente fugiu do debate, darei continuidade digna a ele e defenderei Deus, o único Deus verdadeiro, que é o Deus cristão. Mas antes disso, vou expor algumas afirmações falsas que a Mônica colocou no meio de seu texto.

    A começar pela verdadeira definição de dualismo, que não é a que ela expõe, e sim a de que tudo possui duas faces, dois lados, de que tudo é dual. Isso tem muito mais a ver com a filosofia oriental, inclusive, é disso que se trata o conhecidíssimo símbolo japonês, Yin e Yang. A dualidade foge bastante da filosofia ocidental cristã, que é maniqueísta. Dizer então que "todo monoteísta é dualista" é um imenso erro. O dualismo vai contra o ideal de um Deus único, pois ele é único, não é dual. Portanto, ela já cometeu seu primeiro pecado com este equívoco.

    O segundo pecado é a comparação entre o monoteísmo e o monismo com a frase budista "Olha em teu interior, tu és Buda." Se nossa colega fosse mais informada no que tange à história das religiões haveria de saber que esta máxima é utilizada em quase todas as religiões já existentes, embora de formas diferenciadas. Trocam-se as palavras mas o conteúdo é o mesmo. Jesus Cristo, nosso líder espiritual, era profundo conhecedor da filosofia mística oriental. Seus ensinamentos remetem a isto de forma clara para quem é entendido. A questão é que ele usava formas diferentes de se expressar.

    O Cristianismo é uma religião pouco autêntica em conteúdo, mas muito mais organizada do que qualquer outra. Ela tomou para si conceitos e símbolos de outras religiões mais antigas, apenas para representar aquilo que era sua filosofia central.

    O Monoteísmo cristão católico nem chega bem a ser um monoteísmo. A trindade cristã é uma espécie de alegoria mitológica que representa uma unidade trial, considerando que o Filho, Jesus, seja parte do Pai, que é Deus. E o Espírito Santo representa a energia de Deus, o poder modificador e criador de todas as coisas. É a manifestação do desejo divino, simplesmente. Para melhores explicações recomendo a leitura da Bíblia e também do livro de Joseph Campbell, "O poder do Mito".

    E agora, quais as vantagens do Deus monoteísta, além do fato dele ser real e tangível através da meditação? Simplesmente, ele é inteligível. Deus se manifesta para o homem segundo a vontade dele mas também através de nossos desejos profundos e sinceros. O que o "deus" monista faz além de ser algo totalmente confuso que não significa absolutamente nada? As definições de deuses da filosofia espiritualista oriental são absurdas e ininteligíveis. Conforme sua explicação, compreendemos que deus é tudo e não é absolutamente nada, que ele está lá, mas também está aqui, que ele não sabe nada mas também sabe de tudo. Parece muito mais a filosofia do senhor Miyagí do que algo a ser levado a sério, isto sim!

    É muito mais fácil e muito menos arriscado falar em um deus que ninguém entende e que não se pode nem mesmo saber o que é ou o que deve ser. Estas definições soam de forma pseudo-inteligente para mim e deve ser assim para qualquer pessoa.

    Sua fé não é diferente da minha. O que difere é o objeto de nossa fé, o nosso deus. O meu Deus é um ser transcendental criador, ele não é parte de mim, está além e aquém de mim. O seu deus é um ser que você não soube explicar, pois ele pode ser qualquer coisa ou pode ser coisa nenhuma. Talvez não exista, talvez não seja, talvez não esteja. Afinal, você não sabe, não é mesmo?

    Bem, deixo aqui um site interessante sobre a filosofia oriental. Para quem tiver interesse: http://desciclopedia.ws/wiki/Senhor_Miyagi

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  4. Boa noite, senhores.
    Téo, primeiramente gostaria de dizer que gostei da sua coragem de enfrentar esse debate. Segundo, quero expressar meu desagrado com a atitude ridícula que você tomou, sendo um leigo em filosofia oriental, de citar desciclopédia, demonstrando que não está levando a sério o debate, considerando que ignorou 98% das verdades que coloquei em minha introdução, e escrevendo poucas linhas enfatizando um desvio de conceito meu, que irei consertar e redimir agora.
    Sobre dualismo, maniqueísmo, monoteísmo e monismo:
    A filosofia ocidental cristã é maniqueísta sim, Téo, mas isso não foge “bastante” de dualismo, como você alega. A única diferença entre a concepção dualista e a concepção maniqueísta, é que no dualismo os opostos são complementares (yin/yang) e no maniqueísmo os opostos são inconciliáveis (bem/mal). Mas ambas são DUAIS. Dizer então que "todo monoteísta é dualista" não é um imenso erro, é apenas um desvio conceitual que cometi por falta de atenção. Corrigindo-me: Todo monoteísta é dualista-maniqueísta. Ponto. Aliás, inicialmente você diz que seu deus é único, e depois vem dizer que o deus que você crê é trindade, etc. Desculpe, mas não propus o duelo TRINDADE x UNICIDADE, e sim Deus Místico Oriental (que significa a Realidade e a Verdade) x Deus Judaico Cristão Ocidental (que é Mitológico e Fictício). E mesmo assim, vi que você não está muito a par do seu próprio deus inventado, quem dirá do deus místico.
    Você diz que eu deveria ler a bíblia e o livro “O Poder do Mito”, sendo que a bíblia eu já li mais de 8 vezes, e “O Poder do Mito” é um dos meus preferidos livros. Então vou aproveitar para citar algo que o mitólogo Joseph Campbell também tentou esclarecer aos seus estudantes e leitores. Ele conta que certa vez foi apresentado a um padre católico. Enquanto conversavam, o padre perguntou a Campbell se acreditava em Deus, e ele respondeu “não”. Então o padre perguntou se existisse uma forma de demonstrar ou provar racionalmente a existência de Deus, se seria mais fácil para as pessoas acreditarem. Campbell disse: “Se houvesse uma forma de demonstrar racionalmente a existência de deus, então nós não precisaríamos acreditar, nem ter “fé”, pois saberíamos.” E não é verdade?
    Quando perguntaram ao psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (o pai da Psicologia Analítica) se ele acreditava na existência de deus, ele respondeu: “Não acredito, eu sei.” Grande diferença né? Acreditar e saber. Os verdadeiros místicos não acreditam em deus. Eles sabem. Você não precisa ter fé quando tem certeza. Quando verdadeiramente sabe. Portanto, Téo, me desculpe, mas minha fé não é a mesma que a sua, pois não tenho fé em nada. Tenho algo que é uma certeza profunda, alcançada depois de uma árdua busca, a busca que a maioria das pessoas insiste em adiar.
    A dualidade expressa na filosofia oriental, conhecida pelo símbolo yin yang, é uma dualidade que é admitida como existente apenas na percepção humana. Foi isso que falei sobre Existir e Ser, no início: É tudo percepcional. No fundo, na Realidade, tudo é Único e Tudo É a mesma Coisa, pura Igualdade, União. E na vida sensorial, mental (lógica/racional) e percepcional, as coisas são sempre duais (ou plurais e singulares e diferentes). E essa SEPARAÇÃO é ilusória. E o objetivo de uma religião verdadeira (que significa religare) seria nos unir com o divino, acabando as ilusões de separação. Só que as igrejas de hoje, principalmente as ocidentais, são as INIMIGAS da verdade, pois elas próprias pregam a separação e são um fracasso perante o seu sentido inicial, verdadeiro, de união e ligação.
    Por isso eu jamais critiquei os grandes sábios, os fundadores de religião, nem suas metáforas sagradas: eu as compreendo. O que eu critico são os seguidores, os que corrompem a verdade, os que transformaram deus (cultivando uma concepção errônea) num crápula filho da puta sem igual.

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  5. A nossa mente, nossos pensamentos e a nossa percepção são sempre duais, porém a Realidade e a Verdade que buscamos é Única e Não-Dual, como eu já disse. Toda a filosofia oriental faz uso do dualismo, principalmente o linguístico e poético, para incitar no aprendiz o sentido de notar os erros da separação, desviar-se deles e chegar ao Monismo, para que ele possa conhecer seu centro e encontrar o Caminho do Meio, que é o caminho verdadeiro e Não-Dual, para a Realidade Total.
    Eu expliquei muito bem a diferença entre monoteísmo e monismo, e não vou repetir, pois tenho muito mais a falar. E eu gostaria de pedir ao Téo que não se dirigisse a mim com falácias ad hominem, pois ele não me conhece. Estudei todas as religiões e li os livros sagrados de todas. Fui católica toda a minha vida, e hoje, aos 18 anos, comecei a suspeitar da Verdade. Todas as religiões do universo têm coisas parecidas sim, e é isso que eu, ao estudar todas e não fazer parte de nenhuma, busquei ver. “Sou monista cósmica universalista” e valorizo o que há verdadeiramente de sábio em cada literatura “sacra”. Porém os seguidores de religiões e as igrejas são aqueles estragadores de tudo, geralmente. Sim, Jesus pode ser interpretado misticamente e pode até ser levado a sério como um iluminado. Quase nada posso criticar no Cristo Místico das Montanhas, e mesmo assim, creio que minha critica seria direcionada a distorções de tradução e interpretativas, entre outras. E a principal: considerá-lo como O Único Caminho, Verdade e Vida, é grande equívoco e apelação, se não for considerado apenas como metáfora. Metaforicamente, Buda também era o Único Caminho, Maomé também, Krishna também, Mahavira também, Brahma também, Tao também, pois todos se transformaram em deuses ao entrarem em contato direto com a Realidade Divina, ao se tornarem iluminados, o que é possível e está disponível a todos nós. Eu posso ser O Único Caminho, Verdade e Vida, e todos nós podemos. Portanto, o deus JUDAICO cristão não é o único verdadeiro, principalmente no que tange sua definição, sua igreja, e suas crenças, e seu infantilismo e falácias.
    E mais, o conteúdo das religiões nem sempre é o mesmo, meu caro. Jesus Cristo, SEU líder espiritual, era profundo conhecedor da filosofia mística oriental sim, mas ele não era um homem de meditação, e se era, não fez como devia, pois saiu alegando que ele era o único, sendo que antes dele já haviam passado pela terra Lao-Tzu e Sidarta Gautama. Jesus não deixa de estar coerente com a concepção mística, é verdade. Mas a tentativa de unir judaísmo com cristianismo foi a maior besteira feita, e a culpa não foi do Cristo, reconheço. Jesus daria um mestre exemplar do deus Real, se não tivessem enchido a história dele com mitologias, nem unido as ideias dele à ideias antiquadas de um deus pessoal, que era o deus do povo hebreu, criador dos céus e da terra, uma grande mentira. Se Jesus estava iluminado ou não, tenho minhas duvidas, pois ainda leio muitas distorções no discurso dele, principalmente as ideias maniqueístas dele, de acreditar em céu e inferno. Porém de uma coisa estou plenamente certa: todos os crentes seguidores de Jesus e de qualquer outra figura mitológica (até mesmo de Buda) estão errados, pois seguir e crer quem quer que seja, IMPEDE a busca e o real encontro com A VERDADE. A única diferença é que Buda foi racional e mais condizente com a verdade em seu discurso. Ele falou a verdade nua e crua.

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  6. Crer no deus monoteísta não tem vantagens além de lhe permitir viver numa ilusão confortável. O deus monoteísta não são se conhece através de meditação, meu caro, meditar é o que falta para você e todos perceberem que tal deus não existe. Além do fato de ele não ser real, essa tangibilidade que vocês descrevem no deus judaico cristão é o argumento do cheque mate, para provar a inexistência dele. Além do que, adianta tal concepção ser inteligível se é pura mitologia? De que adianta você dizer que ele é onipresente, onipotente e onisciente se a historinha dele o refuta? O Tao pode ser onipresente, onipotente e onisciente, o Zen também pode sê-lo, mas o Jeová não, começando pelas historinhas furadas de um deus tangível do Antigo Testamento.
    Téo pergunta: “O que o "deus" monista faz além de ser algo totalmente confuso que não significa absolutamente nada?” “É muito mais fácil e muito menos arriscado falar em um deus que ninguém entende e que não se pode nem mesmo saber o que é ou o que deve ser.” Sua atitude pragmatista é ocidentalíssima, mas vamos lá. Afirmo o contrário: É MUITO MAIS DIFÍCIL E MAIS ARRISCADO CONHECER O VERDADEIRO DEUS. E PODE-SE SIM, SABER O QUE É DEUS (OU VIDA, OU REAL, OU VERDADE), PORÉM JAMAIS SE PODE EXPRESSAR COM PALAVRAS, DAÍ SUA INCOMPREENSÃO. Você pode vivenciar o significado, experimentar o significado, mas em questão de transmissão, você não pode expressar ou ensinar nada, você só pode apontar. Queria esclarecer também que a PALAVRA “DEUS” não é Deus, esse deus imaginário e inventado que vocês acreditam. A palavra “amor” não é amor. A palavra “fogo” não é fogo. Por isso, o mais importante é lembrar-se de não se apegar muito às palavras, não ficar muito obcecado com as palavras. As palavras são apenas símbolos indicativos: use-as, mas não se sinta muito oprimido por elas. Eu não creio em Deus, portanto não confunda. A palavra “deus” hoje não é muito agradável para denominar o Divino. Causa problemas, então esquecerei essa palavra. Chamarei de “Tao”, pois também serve, ou “Zen”, ou “Nada” – e sempre escolherei outras palavras, se alguma provocar uma associação errada. Nós usamos a linguagem; tornamo-nos tão obcecados com a linguagem, que nos esquecemos de que ela não é a realidade. Na verdade, tem-se que colocar a linguagem de lado para se experimentar a Realidade, que é essa Verdade da qual estou falando a vocês.
    Finalizando: Minha fé não é diferente da sua, minha fé é inexistente e a sua é o empecilho para que você veja a Verdade. Não tenho deus, não tenho objeto pré-concebido, eu sempre mergulhei no escuro e segui, e o que vejo é apenas o presente, o aqui e agora, a totalidade e o divino em pura essência, brincando com a existência, manifestando-se em tudo. O seu Deus é um ser transcendental criador INVENTADO PELA MENTE DE OUTRORA e HERDADO CULTURALMENTE, ele não é parte de você, é parte de um passado morto e ele, não só está morto, como diria Nietzsche, como jamais existiu. O Deus que há, que está em evolução, e que é todo este Universo Infinito, que podemos experimentar de fato, não é um ser tangível, é um eterno Vir-a-Ser em tudo, que percebemos como um Nada Existencialmente mas que está Pleno Essencialmente, e o que explico sobre ele só são indicações e dedos apontando, pois só conhecendo tal Realidade pra saber. O bonito é que ele (o deus místico) pode ser qualquer coisa ou pode ser coisa nenhuma SIM E NÃO, dependendo do tamanho do meu alcance, dependendo das formas e cores, pois tudo são apenas climas, mudanças de estações, estados que vêm e vão, e se você se preparar, você verá neles a Gestalt. Esta palavra alemã, Gestalt, é bela. Afirma que existe uma harmonia oculta (O Divino) entre a figura e o fundo. Não são opostos, parecem ser.
    O deus real não Existe (Aparência), ele É (Realidade). Eu sei, e você sabe, mas você não vê, porque sua visão está suja e atolada com crenças e não com saberes. Libere-se, liberte-se, todos somos deuses e apenas esquecemos isso. Religue-se, conheça a ti mesmo, volte-se para o centro, e renasça.
    Beijos divinamente profanos à todos. =*

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  7. Vejo, senhora Mônica Botelho, que sua pose e pseudo-intelectualidade sofre de dois males. Primeiro, é superficial ao extremo em tudo o que diz. Segundo, diz coisas demais e deixa de aparar as arestas.

    Vi nos comentários do grupo o mesmo que vi aqui: uma bela má interpretação simbólica e um desconhecimento total de conceitos fundamentais de cada religião. Para alguém que se diz amplamente estudiosa do assunto, que já leu todos os livros sagrados de todas as religiões, e que leu a bíblia oito vezes, é muito suspeito.

    Você erra feio em comparar maniqueísmo com dualismo. Seu amigo do grupo tentou lhe ajudar dizendo que não foi um erro, mas, foi sim. O Dualismo compreende que tudo tenha partes opostas mas que estes opostos são unos, ou seja, que são complementares e que um "lado" não seria completo sem o outro "lado. O Bem não seria completo se não existisse o Mal. É este, mais ou menos, o conceito. E se pretender insistir neste erro isso demonstrará apenas que você compreendeu muito pouco do que diz ter lido. Ou talvez nem tenha lido nada disso. Como vamos saber, não é mesmo? O Maniqueísmo difere disso, difere muito do dualismo. Maniqueísmo é a concepção de que os lados são opostos e que lutam entre si. O Bem existiria sem o Mal, e por isso tenta combatê-lo. Simples.

    Quanto às minhas supostas falácias "ad hominem", que eu procurei e não achei, não creio que tenham sido mais ofensivas do que sua argumentação forçosamente maledicente com a minha religião e até mesmo com o meu Deus. Será?


    Agora, peço desculpas a você pelo meu desdém na introdução. Acontece que ele não foi assim tão à toa. Você é muito prolixa, e demonstra com isso um pouco de insegurança sobre o que tenciona defender por aqui. Me parece até que você faz um monte de rodeios sobre o assunto para tentar explicar algo que ainda não foi capaz de entender. Para lhe ajudar, pedi também ajuda a um amigo meu que entende de verdade a concepção de deus místico oriental, ele me deu uma explicação simples, bem singela, e muito mais profunda que a sua sobre isso. Espero que lhe sirva de argumento na tréplica.

    Explicação:

    "Na concepção da filosofia oriental, Deus não é um ser além ou aquém de nós. Não é um arquiteto criador ou legislador do Universo, como nas teologias monoteístas. Ele é simplesmente parte integrante de todas as coisas, é a manifestação energética de toda a existência, é a força motriz. A meditação serve para entrarmos em contato com o nosso próprio deus interior, por que Ele também é parte de nós mesmos." (Explicação do meu amigo, estudante da oitava série..... Não, mentira. Ele é formado em teologia pela universidade de Cambridge).

    Passado isto, em um mísero parágrafo meu grande amigo conseguiu explicar aquilo que você não foi capaz de fazer em vinte e oito páginas-luz de textos verborrágicos e prolixos. Agora que as pessoas realmente entenderam o que VOCÊ deveria ter-lhas explicado, vou expor novamente por que meu Deus é verdadeiro e o teu não é.

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  8. Primeiramente, seu deus não existe segundo a própria concepção. O que os orientais entendem por deus não é o mesmo que nós entendemos. A gente chama de deus aquilo que eles chamam de qualquer outro nome, como Tao, por exemplo, que na verdade significa apenas a manifestação do ser e da divindade do ser. Portanto, seu intento já é bastante ridículo, visto que até mesmo os orientais de hoje, seguidores desta filosofia, compreendem de forma mais racional e menos misticista estas concepções. Logo, o seu deus não existe nem mesmo de acordo com a filosofia oriental moderna. Ponto.

    Ao me questionar sobre trindade, você atira em seu próprio pé duas vezes. Primeiro por ter feito a tal pergunta idiota de "como ele pode ser um se ele é três?" Ele não é três. A trindade nunca afirmou que Deus é três deuses.

    O que a trindade significa é que Deus, o Pai, o Criador, é o corpo maior. Jesus, seu filho, na realidade é parte dele próprio, não outro. E o terceiro, que é o Espírito Santo, é a energia manifesta de Deus que gerou o filho em corpo de carne e osso. A questão é que Jesus é apenas uma representação divina em corpo humano e o espírito santo é o poder divino. Esta é a trindade.

    Então, minha cara, me diga uma coisa: Ou o cristianismo é monoteísta e Deus é único, ou então ele não é monoteísta e Deus é três. O que, afinal de contas, você quer dizer com isso? Acho que você nem sabe! (risos)

    Mas, particularmente, acho que o pior trecho de sua réplica é o seguinte:

    "Por isso eu jamais critiquei os grandes sábios, os fundadores de religião, nem suas metáforas sagradas: eu as compreendo. O que eu critico são os seguidores, os que corrompem a verdade, os que transformaram deus (cultivando uma concepção errônea) num crápula filho da puta sem igual."

    Certo. Nem preciso mencionar o palavrão completamente desnecessário e deveras ofensivo. Isso é visível. O que preciso é lhe perguntar uma coisa óbvia: Se você está criticando os seguidores da religião que teriam supostamente deturpado os ensinamentos de Jesus, então por que o título de sua tese aponta diretamente para o conceito de Deus, em vez de apontar para a Igreja ou para os fiéis?

    Veja bem: Você cria uma tese com um título que intui diretamente uma confrontação entre dois conceitos distintos sobre deus, sendo um o oriental místico e o outro o monoteísta cristão. Certamente, espera-se que você vá mostrar como estes conceitos são diferentes e qual deles é o melhor. Entretanto, você comete um Epic Fail e critica os seguidores da religião.

    Quer dizer que, em um debate sobre "Qual é o melhor time de futebol da história?" você iria criticar as torcidas organizadas? Em um debate sobre Oscar Niemeyer você iria criticar Selton Mello? É isso mesmo? E como é que você não quer que eu tire sarro de você, garota? Ora esta! Já vi gente mais humilde por aqui, sinceramente.

    Agora, para não reclamarem de meu tom jocoso, vou postar uns sites interessantes sobre o tema. Desta vez, nada de Desciclopédia, ainda que as informações lá tenham maior credibilidade que as suas.

    Seguem as minhas sugestões:

    http://www.significados.com.br/dualismo/ (trecho: "O dualismo distinguiu-se do monismo, particularmente no século XVIII porque os filósofos monistas defendiam...")

    http://www.espacoacademico.com.br/007/07ray.htm

    http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=monote%C3%ADsmo&source=web&cd=11&cad=rja&ved=0CFgQFjAK&url=http%3A%2F%2Fwww.amorc.org.br%2Fdestaques%2Fdestaque12.html&ei=0z9EUIuENMXA0QGMkoDYDQ&usg=AFQjCNGYXc60yqZB7cuI-FAU2Qdm5avf_Q

    http://www.gilsonfreire.med.br/index.php?option=com_content&view=article&id=69&Itemid=71

    Acho que está bom por hoje.
    Se precisar de mais ajuda para compreender sua própria filosofia religiosa pseudo-verdade, é só me pedir.

    Um grande abraço e que Deus (o ùnico Deus) lhe proteja da ignorância e lhe ilumine para escrever uma boa tréplica.

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  9. Permitam-me iniciar minha tréplica com um reconcerto de alguns mal entendidos. O Senhor Téo me acusa de pseudo-intelectualidade pelo fato dele não compreender o que digo, mas TODOS que leem misticismo, taoísmo ou zen budismo sem serem iniciados, vão se deparar com aquela coisa dispersa e que muitos julgam meio sem nexo, complexo, e obscuro. Porém não, não é assim. E mais: isso não é por acaso, gente. É este o modelo, o modo de expor o lado que defendo, então não acho justo ser julgada pseudo-algo pela incapacidade alheia de ver além da superfície. Aliás, estamos lidando com espiritualidade, portanto não estou seguindo na linha e linguagem intelectual, apenas espiritual. Não é superficial, são paradoxos simples e profundos sobre colocações que, sendo místicas, denotam um tom poético demais, e esse é o meu estilo de falar sobre isso. Falar sobre as verdades ignoradas, daquilo que está debaixo das cascas e capas que colocamos e mantemos cegando a vista, como ego, personalidade, escrituras e instituições, não é fácil tarefa. Isso sim é superfície, isso é manter-se alheio ao seu verdadeiro Eu, sua verdadeira Face, que é Divina.

    O Senhor Téo alega que tenho “má interpretação simbólica e um desconhecimento total de conceitos fundamentais de cada religião”. Gostaria de pedir a ele que me mostrasse onde desconheço o que defendo e onde desconheço o que ele defende, pois já expus e deixei bem claro a diferença dos conceitos, e mesmo assim há uma insistência da parte dele de generalizar tudo. Há uma gigaaaaante diferença entre A Concepção de Deus Místico / Monismo Cósmico Univérsico Teosófico, e A Concepção de Deus Judaico Cristão, advindo da Mitologia Hebraica, e eu diferenciarei novamente, pois parece que ainda não foi assimilado:
    Deus Místico: Não existe, ou seja, não possui tangibilidade material, é incorpóreo, é puro nada, puro vazio, segundo nossa percepção. É essência pura. Permeia tudo o que existe, portanto é de fato onipresente, onipotente e onisciente. É o todo, mas não está separado das partes. É o infinito, mas não está separado das coisas finitas. Toda ideia de separação, portanto, é ilusória, e para ver a deus, você tem que dissipar suas ilusões e tornar-se completamente consciente do UM.
    Palavras-Chave (Adjetivos): Absoluto, Infinito, Eterno, Essencial, Suprema Realidade (ou Realidade Total), Divindade, Inteligência Cósmica, Vida Universal, Consciência Intangível, Insondável, Uno do Universo, Todo, Nada, Vazio, Plenitude Máxima, Fonte, Causa, Verdade.
    Deus Judaico Cristão: Às vezes é três, às vezes é um, e não se decide. (hehehe) brincadeiras à parte, dizem que é amor, mas criou um inferno para condenar os que não seguirem seus critérios e imposições, cometeu genocídios por toda a sua Mitologia. Foi criado a partir de crenças politeístas e que virou uma monolatria (adorar apenas um deus no meio de tantos que existiam). Sim, a bíblia admite a existência de outros deuses, como está escrito em Êxodo, cap. 18, vers. 11: “Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses, porque livrou este povo de debaixo da mão dos egípcios, quando agiram arrogantemente contra o povo”. E mais: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses?” (Êxodo 15, vers. 11)
    Ora, se o Senhor é maior que todos os deuses, logo estes outros deuses também existem, porque, do contrário, o “Senhor” não seria maior que eles. “É de se admirar porque os judeus e cristãos não admitem a existência de outros deuses, quando a bíblia está afirmando a sua existência”.
    É claro que Jeová não matou todas as pessoas que morreram em seu livro, nem criou nenhuma delas, pois todos são episódios de caráter mitológico e inverdadeiros, semelhantes aos dos outros povos antigos que inventaram grandes e notáveis façanhas praticadas por seus deuses nacionais e semideuses.

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  10. Vale, finalmente, remarcar que o inexistente YAHWEH ou Jeová - Deus dos Cristãos e a própria figura mitológica de Jesus Cristo e os atos por eles praticados não passam de servil plágio da mitologia egípcia, suméria, persa, hindu, cananéia e de outros povos da antiguidade. Para se chegar a esta inevitável conclusão, é bastante um estudo comparativo entre as religiões ancestrais, aliás, trabalho que vem sendo realizado por lúcidas e brilhantes inteligências de nossa época, mostrando que “a bíblia não tem razão”. SIMPLES.
    Palavras-Chave (Adjetivos): Furioso, sanguinário e inclemente; Deus Nacional, inventado pelos antigos hebreus e até hoje cultuado pelos judeus; Mau, severo, draconiano, ciumento, vingativo, egoísta, sádico e bárbaro. Segundo suas profecias, enviaria seu filho único para salvar a humanidade. Seu filho não foi aceito pelo seu próprio povo, e então os próprios hebreus (judeus), vendo que Jesus não fazia a linha correta e malvada do pai, o crucificaram (pois Jesus foi um rebelde e revolucionário da época e os Hebreus/Judeus estão até hoje esperando o verdadeiro Messias).
    Vale constar que: *Jesus, se interpretado metaforicamente, segundo seus evangelhos perdidos, e fazendo algumas analogias, seria um místico iluminado e conhecedor do verdadeiro deus. Para isso, leiam as obras de Huberto Rohden sobre Jesus Cristo.

    Sobre a questão do maniqueísmo e do dualismo, eu já expliquei na minha réplica, e parece que você não leu, pois coloquei exatamente os conceitos, e as diferenças deles! Eu não disse que maniqueísmo é dualismo, e eu não estou confundindo os dois, em momento algum. Eu disse que maniqueísmo tem uma ESTRUTURAÇÃO DUALISTA, que divide tudo em DOIS aspectos, Então se houve algum ERRO foi ERRO DE INTERPRETAÇÃO SUA, pois até nos links que você sugeriu dizia isso, todos podem ver. Manter crenças embasadas em aspectos duais é manter-se na superfície da espiritualidade. Só transcendendo isso é que poderemos encontra a UNIDADE SAGRADA, que é o Deus Místico, que nada mais é do que a Essência Total que Se revela em Existência Parcial.
    Filho, eu não quis ser maledicente com tua religião e com teu deus: Estes próprios são a maledicência encarnada em mito! Posso ser muito prolixa, mas minha prolixidade tem fundamentação real, e a sua, onde está? Você afirma que deus é um ser tangível, que vem ao seu encontro, julgar este mundo e separa o joio do trigo? Seu deus é facilmente refutável, se eu for colocar todos os argumentos na mesa, e se você pedir posso muito bem fazer isto. Eu não sou insegurança acerca de nada do que defendo, pois só falo do que tenho certeza, e você, diferentemente, só fala do que acredita. As aparências não são o melhor caminho para encontrar a verdade, então o que proponho é que liberte-se delas. Tenho 18 anos, não conheço tudo sobre a vida e nem sou iluminada ainda, mas sou uma garota hiperconsciente do Caminho e, depois que alguém tem insights e ao menos suspeita do que realmente é a realidade, a pessoa não é capaz de parar a busca.
    Sobre o que o seu amigo disse sobre a concepção de deus místico oriental, esta explicação simplória e singela, sim, está certo. Quando ele diz que “Deus não é um ser além ou aquém de nós”, ele diz que não há um Reino distante por vir, ele diz que tudo está e sempre esteve entranhado em nosso interior, e que Deus está presente aonde está nossa presença. Jesus mesmo disse: “O Reino dos Céus está dentro de você”, e isto é a mais pura verdade, metaforicamente. Sim, Deus “não é um arquiteto criador ou legislador do Universo, como nas teologias monoteístas”, e isto não é mesmo. Deus era o Verbo, o É, que se manifestou em existência, porém ele é a pura essência de tudo, e não algo separado de nós. Deus está além das superfícies, e a mente e o corpo são as superfícies. Porém são os mecanismos da vida existencial, e para testemunhá-lo precisamos desta vida, destes mecanismos. É aqui e agora, e não noutra, que se dará o verdadeiro encontro com o divino.

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  11. E não será um velho de barbas brancas, ou um cara crucificado, ou um buda em posição de lótus que você irá ver. Você irá ver sua própria face, sua essência. Aí está nossa primordial diferença, e aí está o que mostra que o que eu digo é verdade, e que o que você diz é mentira. Pois se alguém se dedicar a conhecer o Deus Místico, ainda nesta vida ele poderá sabê-lo, sê-lo, experimentá-lo. Mas no seu caso, não há evidências do teu deus, e ainda tem toda aquela historinha de que ele vem, vai voltar, vai ressuscitar os mortos e jogar gentes em um céu ou inferno. E isso é ficção, por isso o seu deus não existe. “Ele é simplesmente parte integrante de todas as coisas, é a manifestação energética de toda a existência, é a força motriz. A meditação serve para entrarmos em contato com o nosso próprio deus interior, por que Ele também é parte de nós mesmos.” Seu amigo sabe, ainda bem.

    Sim, o único deus real que há, que é infinito e eterno, de fato não existe segundo a própria concepção. Porque não existir implica apenas em dizer que ele não possui uma tangibilidade material em sua totalidade. Ele é A Pura Essência que permeia tudo, e isto é notável para qualquer um que se propuser pensar a respeito. Porém, E O SEU DEUS, ONDE ESTÁ?
    Eu já deixei bem claro antes que o que os orientais entendem por deus não é o mesmo que você e a religião judaico-cristã entendem, então estamos de acordo, e o debate é isso. É o Entendimento Verdadeiro contra o Entendimento Não-Verdadeiro. Tao, não é qualquer nome, e não significa apenas a manifestação do ser e da divindade do ser. Tao é muito mais que isso. Tao é a REALIDADE. Deus é uma ficção. Por isso não chamamos Tao de deus, porque não existe deus, MAS HÁ O TAO. Portanto, meu intento não é ridículo, e sim o seu, que mal argumenta em defesa do seu deus e da existência dele. Prove que ele exista, abra seus argumentos, ainda não vi você defender sua concepção, mas eu estou coerente na defesa das minhas.
    Sobre a questão da trindade, chegamos há um consenso. Você disse que “Ele não é três. A trindade nunca afirmou que Deus é três deuses.” Ótimo. Estou tratando desde o começo o deus judaico-cristão como o deus de uma religião monoteísta, que considera o seu deus como Único. Sobre seus risos, acho que é mais fácil para nós que usamos a razão, perceber todos os detalhes fantasiosos de sua crença com mais facilidade. Como é que Jesus foi gerado sem esperma? Onde já se viu isso, cara? Não existe fecundação apenas ovular. Enfim.
    Eu mencionei que sim, critico todo e qualquer seguidor de toda e qualquer religião que são deturpadores da verdade. Há exceções é claro, sempre e em todo o lugar, pois as verdades existenciais são relativas e a única verdade absoluta é o divino, que é essencial ao invés de existencial. Porém ter mencionado este fato não anula o objetivo principal da minha tese, que é mostrar que a mitologia hebraica e que o deus fictício judaico cristão é uma farsa, e ainda por cima, prejudicial. É por isso que o título de minha tese aponta diretamente para o conceito de Deus, porque é este conceito errôneo que sustenta a ignorância e os males causados pelas Igrejas e pelos seus fiéis. Mas como esse não é o assunto do debate, vamos voltar para a análise das concepções. E o fato de eu não criticar os grandes sábios e conhecedores do divino, é que eles foram eles mesmos e não seguiram ninguém, esse é o ponto. Nãoé errado ler e conhecer a história deles, e, se bem interpretados, podem indicar um bom método para a busca individual, que cada um fará em dado momento de sua evolução. O problema é que as pessoas buscam Jesus, buscam Buda, buscam Lao-Tsé, buscam Maomé, ou seja, elas buscam projeções passadas de pessoas deusificadas, ao invés de buscar o que eles buscaram. Eu insisto no ponto de Amar / Ser / Tornar-se você mesmo, voltar para a fonte, encontrar seu centro como ser humano único e singular, que virá a ser divino no ápice evolutivo, tido sua origem na Essência Divinal que, apartir do Big Bang e da Expansão da Singularidade, passou a se manifestar em Existência Vital.

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  12. O meu “Epic Fail” na verdade, se sustenta em dois pontos: Todo seguidor de um deus, não conhece esse deus. Todo credor e fiel de um deus, também não o conhece. E sim, a tese do debate é diretamente uma confrontação entre dois conceitos distintos sobre deus, sendo um o oriental cósmico místico e o outro o monoteísta cristão ocidental, e já mostrei desde o início como estes conceitos são diferentes e qual deles é o melhor. Parece simplesmente que você não lê o que escrevo e, por não conseguir refutar, em tratar de detalhes infundados e distorções que já haviam sido resolvidas, na minha réplica. Além de quê, perde seu precioso tempo me adjetivando, como se o que sou fosse refutar a validade de meus argumentos.
    Outra coisa, sua analogia a futebol é ridícula, pois futebol e torcer por um time não são algo incontestável, não é uma “verdade” dada como absoluta e imutável, e o time não é criado nem definido por sua torcida. Porém vemos claramente que Jeová foi criado pelos hebreus, e é o deus nacional deles, e eles são o povo escolhido, e amado, e o escambau; enquanto que o Jesus Mitológico foi criado pela Religião Católica Apostólica Romana para salvar Roma de sua última crise e consolidar novamente o império, que estava falindo (pois Jesus não teria essa repercussão gigantesca se não fosse mitificado e imposto como o deus dos new romanos). Eles precisavam de um novo deus, e sacaram que se a história de Jesus fosse bem enfeitada com ficções, renderia bastante. E rendeu, vide mais de 2000 anos de ignorância, guerras e cegueira geral.
    Sobre minha falta de “humildade”, ou meu jeito agressivo de debater, quero esclarecer que é proposital e vai de contra as verdades que a verdadeira iluminação e conhecimentos divinos nos trás. Eu conheço os iluminados, suas escrituras, o Caminho do Meio, tudo o que já foi dito e todas as experiências descritas sobre o assunto, mas se estou aqui debatendo, é porque ainda não cheguei lá. Primeiro, porque sei bem que O Deus que é Real não precisa de defesa, nem de ninguém obcecado por ele, nem de aprovação, etc. Ele é a imanência do Eterno, do Infinito, não precisa de que uma parte dele Finita e Mortal fique aqui profanando a Realidade Divina com falatórios parciais. Porém eu resolvi, TEMPORARIAMENTE, ir contra a filosofia do Não-Agir Taoísta, e do Zen Budismo, mesmo sabendo que é prejudicial, apenas para fazer ativismo à causa, e divulgar, apontar e direcionar mais pessoas ao caminho da Verdade. Sim, a filosofia diz que só quem deliberadamente busca encontra, e que quem não busca “permanece nas trevas, ignorante, vendo o dia que passa’, como uma vez disse Dante Aliguieri, em A Divina Comédia. Porém eu, garota sagaz que sou, resolvi incitar as pessoas a buscarem, pois muitos só precisam de um toque para se depararem com sua verdadeira face, divina e imortal.
    Pela má qualidade de alguns links sugeridos pelo Senhor Téo, resolvi indicar algumas cousas a vocês também, e retifico que não deixem de ver, pois é a fundamentação de mais alta qualidade para tudo que escrevi até agora. Segue:
    http://www.sociedadeteosofica.org.br/biblioteca/livros/voz.htm
    http://www.youtube.com/watch?v=doYbluzOk_I
    http://www.youtube.com/watch?v=fg5z3DhPvQE&feature=channel&list=UL
    Demorei para postar minha tréplica pois me ocupei com outras coisas e reli alguns livros sobre o assunto, tal como Tao Te Ching (Lao-Tsé), A Voz do Silêncio (Helena Blavatski), Sidarta Gautama (Hermann Hesse), O Deus que Nunca Existiu (Osho) e A Filosofia Univérsica (Huberto Rohden), e acho que fiz um bom trabalho na defesa de ideias tão brilhantes e tão verdadeiras. E mais, ofereço minha ajuda a que precisar de mais informações e querer iniciar-se no Caminho do Meio, para compreender-se a si próprio. O autoconhecimento é o caminho para vocês compreenderem essa filosofia espiritualista da busca pela verdade, e ela é o verdadeiro encontro com a Realidade, e quem buscar, saberá.
    Beijinhos para todos os que se sabem deuses e deusas em evolução, advindos da Fonte Divina da Vida.

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  13. “As suas palavras só mostram a sua ignorância; quem é você para pôr em dúvida a sabedoria do Deus Todo-Poderoso?
    Mostre agora dona Maria que é tão sabidona e responda apenas a essa pergunta.
    “Onde é que você estava quando o Deus Eterno criou o mundo? Se você é tão inteligente, explique isso.

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