sábado, 14 de abril de 2012

Leonardo Ferreira x Aloprado Alonso - Politica dos EUA e seus reflexos no mundo


§1 - Cada debatedor tem direto a no máximo 3 postagens (de 4096 caracteres cada uma) por participação - QUE DEVERÃO SER UTILIZADAS DA MELHOR FORMA POSSÍVEL POR CADA UM DOS DEBATEDORES.    


§2 - Os debatedores DEVERÃO fazer 4 participações intercaladas por duelo:considerações iniciais, réplica, tréplica e considerações finais.    


§3 - O prazo regulamentar entre as participações dos debatedores é de 2 dias. Aós este prazo, será declarada vitória por W.O. para o duelista remanescente.        


§4 -  Após o duelo, o vencedor será escolhido através de votações em enquete. 

7 comentários:

  1. INTRODUÇÃO A política norte americana é sempre tema de notícias diárias no mundo todo. Apesar disso poucos conhecem a fundo as bases históricas e pilares da política norte americana elaborando críticas sem fundamento. A minha intenção nesse debate é apurar a visão do Alonso sobre o tema e tentar refutar suas premissas quando possível.

    Como o Alonso é o provável herdeiro natural do legado de Olavo de Carvalho e grande conhecedor de todos os sistemas políticos do mundo moderno e antigo esse debate será um desafio para ele provar se é digno dessa honraria.

    Qualquer livro de história ensina que o EUA é uma nação que foi percussora da democracia no mundo e que hoje quer instalar o seu método democrático através de intervenções militares em nações desprotegidas economicamente e militarmente. Alonso diante desse fato me diga isso é realidade ou mito?

    Outra questão envolve o sistema partidário americano composto por dois partidos Democratas e Republicanos. No meu ponto de vista isso torna a possibilidade duma visão política popular mais abrangente restrita a dois grupos radicais dentro do cenário político interno e externo. Alonso qual a sua opinião sobre isso?

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  2. Nesse momento o EUA tem um presidente negro e isso para uma nação que historicamente possui diversos conflitos raciais e culturais parece ser um avanço democrático e tanto. Será que o Alonso concorda com essa visão?

    Muita gente entende o EUA como sendo apenas uma superpotência econômica capitalista produtora de filmes e exportadora duma cultura nociva aos outros países. Com a globalização isso se tornou cada vez mais abrangente e até mesmo perigoso para sociedades que mesmo sem notar são altamente influenciadas por filosofias políticas americanas e subservientes aos seus interesses.

    Isso não reflete um discurso socialista nem comunista da minha parte e sim um argumento sobre a realidade de certos países em manter relações muito próximas as tendências da política praticada no EUA como dominante e tônica para as demais democracias liberais mundiais.

    Visivelmente nações como a China, Rússia e os países de orientação islâmica não estão nesse rol tendencioso e praticam suas próprias políticas num sistema fechado e até mesmo autoritário unilateral. Esse elemento geralmente é considerado como uma pedra no sapato da Casa Branca e matéria para longas discussões e teorias sobre Nova Ordem Mundial, Teorias da Conspiração, ressurgimento da Guerra Fria e outros temas correlatos com essas impressões. O que o Alonso tem a dizer sobre esses assuntos?

    Em termos de guerra especificamente acusam o EUA de mover conflitos armados para furtar as riquezas naturais de países como o Iraque sob o pretexto de libertação da tirania e instalação da democracia e liberdade. Analistas discutem se isso é verdade ou mentira e intelectuais abordam o tema de diversas formas sempre deixando a questão no ar: Isso é política externa honesta do EUA ou apenas um teatro para dominar o mundo?

    A política econômica americana seria para muitos a grande vilã dessa história por causa da ganância não só pelo dinheiro e poder mas também para a extensão duma forma de império romano moderno onde diversos povos e culturas deveriam estar subordinados ao american way of life.

    Nas ciências sociais e humanas o conceito mais amplo de política é ligado com a capacidade e habilidade de gestão da coisa pública tendo como encarregados os próprios cidadãos visando o bem estar comum. Sobre isso fica claro que o EUA tem um poder estatal muito fortalecido pelo poder econômico que dispõe para alocar recursos.

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  3. Conjuntamente disso está associado uma cultura popular de democracia implantada pelos fundadores do EUA e o forte senso de defesa dessa cultura a todo custo como se parecesse uma forma de “jihad” para os americanos em termos políticos e sociais.

    Esse poder econômico estatal associado a essa cultura é materializado muitas vezes como poder militar ou poder de persuasão e pressão econômica impondo para nações menos equilibradas e fortalecidas nos aspectos sociais, políticos e econômicos uma forma de opressão política.

    Espero que dentro desses parâmetros o Alonso seja capaz de elaborar argumentos convincentes que desmistifiquem até mesmo através de recursos dos sofistas essas impressões que eu estabeleci na minha introdução de forma sucinta e mais prática.

    Aguardo as respostas do Alonso e suas longas considerações sobre política para nos mostrar mais uma vez se o seu debatedor é incoerente ou não.

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  4. O meu adversário levantou algumas questões fundadas no senso comum da maioria do populacho que lê estes debates e que acredita que essa visão reducionista sobre o Tio Sam e sua forma de fazer política se resume a fatos noticiados em TV e livros de história atualizados por professores que não pesquisam nada de forma profunda do Brasil quando o tema é EUA.

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  5. Logo no começo o meu oponente confunde os EUA com a Grécia antiga que foi o real berço da democracia na história da humanidade sendo os EUA apenas o percussor da democracia na era contemporânea por tornar efetiva a liberdade de expressão e dignidade da pessoa humana como cerne dum sistema político organizado e propulsor dum Estado Democrático de Direito após sua independência e falência do sistema monárquico e adoção mundial dos sistemas constitucionais.

    Fica evidente que os EUA não tem a suposta intenção de instalar democracias a todo custo em outras nações via ações militares, pois ao longo de sua história foram pontuais as intervenções militares dos EUA em outras nações e motivadas por razões diversas. A única guerra real travada pelo EUA para a implantação da democracia foi a Guerra da Independência do EUA tendo como pano de fundo o caso Tea Party com um dos estopins.

    Vale frisar que na Rússia mais de duzentos anos depois na Revolução Bolchevique também realizou ações para mudar o poder retirando o povo do controle monarquia absolutista. Entretanto, a grande diferença é que no primeiro episódio no EUA em meados de 1775 até 1785 foi concedido direitos efetivos de forma concreta ao povo, e no caso russo soviético foi implantando um sistema mais opressor ainda sob a falácia de igualdade e progresso comum.

    A história revela que depois de implantados esses sistemas qual surtiu mais efeito no decorrer do século XX. Desta forma, qualquer suposição que o EUA realiza conflitos armados fora de seu território para implantar a democracia deve levar em conta esses dados históricos, pois na realidade vimos o leste europeu ser invadido por tropas soviéticas e dominado ideologicamente no campo da política, além de exportar a mesma ideologia para China e países latinos americanos.

    Nesse contraste fica comprovado que foi a URSS que se vale de poder militar para dar sustentação a um arcabouço de implante de sua ideologia política, sendo que o EUA travou diversos confrontos militares durante a Guerra Fria justamente porque a URSS já havia tomado conta seja pela força militar ou da propaganda ideológica comunista do cenário sócio-político de outras nações.

    Qualquer ingresso do EUA em conflitos dessa natureza se deu “a posteriori” de outros conflitos e na maioria dos casos as ações foram mal sucedidas militarmente como no caso do Vietnã e em outros nos qual deu suporte contra a URSS como no caso do Afeganistão não se viu implantação da democracia, mas sim do regime Talibã o qual o EUA na chamada Guerra ao Terror também combate valendo-se muito mais da CIA e “zangões” do que uma tropa regular invasiva. Qualquer bom observador consegue fazer essa análise com base m dados históricos do passado e do presente.

    Sobre o sistema partidário dos EUA em minha opinião é o mais enxuto e eficiente do mundo, pois permite ideologias políticas antagônicas e claras além de ser um grande propulsor de conscientização política popular. Ao contrário do Brasil onde o pluripartidarismo reina absoluto com mais de trinta partidos todos de orientação esquerdista e sem ideologia política e militância ativa em quase todos os partidos. Talvez o meu oponente e leitores achem isso um ponto de vista carvalhista, mas na verdade outros pensadores endossam esse mesmo ponto de vista como por exemplo FHC, e cientistas políticos de renome no cenário nacional que defendem a diminuição dos partidos políticos e maior transparência ideológica e militância ativa como forma de conscientização democrática.

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  6. Quanto ao dilema Racismo e Obama, na minha opinião não houve quebra do paradigma do racismo e sequer amplo avanço nesse sentido pelo simples fato de ter sido eleito um presidente negro. Afinal de contas mais de 45% da população americana é de origem afro e identificada com o partido democrata em face dos republicanos que representam em sua maioria a classe média alta branca do EUA que são os maiores representantes do “American way life”.

    Depois disto o meu oponente é quem tece certos pontos de vista carvalhistas e outros difusos levando em conta teor preconcebido sobre a política americana que em nada inova as questões trazidas em debates. Desta forma ele parece ser mais um comentarista como William Wack da Globonews do que qualquer outra coisa legítima e profundamente conhecedora do assunto.

    Dito isto aguardo a réplica do meu oponente.

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  7. Leonardo Ferreira perdeu por W.O. e está desclassificado do campeonato.

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