sábado, 14 de abril de 2012

Lucas X Max – Literatura de Caio Fernando de Abreu


§1 - Cada debatedor tem direto a no máximo 3 postagens (de 4096 caracteres cada uma) por participação - QUE DEVERÃO SER UTILIZADAS DA MELHOR FORMA POSSÍVEL POR CADA UM DOS DEBATEDORES.    


§2 - Os debatedores DEVERÃO fazer 4 participações intercaladas por duelo:considerações iniciais, réplica, tréplica e considerações finais.    


§3 - O prazo regulamentar entre as participações dos debatedores é de 2 dias. Aós este prazo, será declarada vitória por W.O. para o duelista remanescente.        


§4 -  Após o duelo, o vencedor será escolhido através de votações em enquete. 

4 comentários:

  1. Meu caro duelista, primeiramente gostaria de dizer que é uma honra começar duelo contra a vossa pessoa no qual domina tão bem a Arte da Retórica.

    Não gostaria de começar as minhas considerações iniciais desta forma, no entanto, a falta de tempo irá fazer com que eu me limite a duas perguntas nesta CI:

    1. Porque você considera Caio Fernando Abreu um autor ruim, com baixíssima qualidade literária?
    2. Porque você tem a concepção de que quem lê Caio Fernando Abreu é mais um ser ignorante no mundo?

    Aguardo as respostas para podermos debater de forma bacana sobre este tema.

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  2. (Considerações Iniciais - Max Campos)

    Linguagem é o lastro da literatura de um povo.

    Dominar a estrutura textual para torná-la agradável, e ao mesmo tempo, permitir estabelecer limites claros entre a coerência e harmonia, é característica inerente daqueles que sobressaem neste meio.

    Há um chavão popular que diz: “gosto não se discute”. Talvez nada seja discutível para quem já tem conceitos estabelecidos e enraizados por justificativas íntimas. Mas qualidade é diferente. Qualidade é discutível, e principalmente, identificável. Lamentavelmente, não por todos.

    Evidentemente, encontrar nuances qualitativas em qualquer forma de expressão não é tarefa fácil. Vários analistas sérios são expostos a constantes discrepâncias de pensamento sobre a tarefa de identificar a seriedade e empenho que resultem em notável qualidade. Mas isso não é regra, e a grande crítica literária convenciona sobre Machado de Assis, Eça de Queiroz, Manuel Antonio de Almeida, Clarice Lispector, e tantos outros escritores de qualidade superior, cujas obras foram mais do que vendáveis, mas sim verdadeiras ferramentas de cultura literária que sobrepujaram as expectativas da época, sendo analisadas até mesmo na contemporaneidade.

    Como meu adversário não mostrou esforço em fazer suas Considerações Inicias de forma respeitosa com o tema que desenvolveremos, muito pouco ou quase nada pôde ser abstraído daquilo que ele disse.

    Mas, para não parecer dissociável de minha parte negligenciar o empenho que ele teve em apenas ocupar linhas para escrever a respeito do tema, espero que ele tenha mais embasamento ao estabelecer sua linearidade de pensamento. E, ao invés de me fazer perguntas que sejam direcionadoras a partir de estereótipos em um momento tão inicial do debate, que possa esclarecer ao grupo os seguintes aspectos:

    O que é literatura de qualidade?

    Sabendo identificar estes aspectos, onde mostra-se presente na obra de Caio Fernando Abreu?

    Talvez estes questionamentos possam fazer com que os leitores estejam mais sintonizados naquilo que propusemos a discutir, já que minha opinião é clara: Caio Fernando Abreu não é um escritor de qualidade, e isso faz com que eu não goste dele.

    Aguardo sua tréplica, com os reais anseios de que haja um texto minimamente argumentativo, e apresentável em termos retóricos.

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  3. Oi, Max.

    De fato, você mostra que possui um bom conhecimento quando o assunto é literatura. A sua declaração logo no início de que a estrutura textual feita de forma fundamentada é algo essencial foi louvável.

    Também devo reconhecer que citou grandes nomes da literatura brasileira como o indiscutível e imortalizado Machado de Assis, Eça de Queiroz e a sensacional Clarice Lispector. Aliás, fiquei muito feliz por ter citado Clarice. Isso mostra que você, caro duelista, não considera um determinado autor ou autora "odioso" pelo simples fato de ter se tornado modinha e caído na boca do povo.

    Mas, caro duelista, o que é literatura de qualidade? É uma literatura consagrada por muitos. Assim como na música, na literatura, na pintura e em outras artes é a mesma coisa.

    Citarei um exemplo do expressionismo abstrato da pintura: Jackson Pollock. O cara era um drogado maluco e pervertido que agredia a mulher e pintava umas coisas totalmente sem sentido. Os quadros de Pollock não diziam nada por si só. Provavelmente, não passavam de rabiscos feitos à tinta por conta dos efeitos das drogas e do álcool utilizado pelo autor.

    No entanto, Pollock teve suas obras reconhecidas como magníficas e acabou se tornando um pintor consagrado no expressionismo abstrato. Para a sociedade, pouco importa se o cara pinta coisas sem sentido ou se ele é um escritor de livros que escreve o óbvio.

    Um profissional de qualquer área tem seu trabalho consagrado e imortalizado a partir do momento que ele é grandemente reconhecido por um respectivo público. Assim é e será. Desde Machado a Caio, de Beatles a Amy Winehouse, de Pollock a Da Vinci.

    Lygia Fagundes Telles, outra consagradíssima escritora, afirma o seguinte sobre Caio: "O que me inquieta e fascina nos contos de Caio Fernando Abreu é essa loucura lúcida, essa magia de encantador de serpentes que, despojado e limpo, vai tocando sua flauta e as pessoas vão-se aproximando de todo aquele ritual aparentemente simples, mas terrível porque revelador de um denso mundo de sofrimento. De piedade. De amor."

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  4. Max Campos perdeu por W.O. e está desclassificado do campeonato.

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