domingo, 17 de junho de 2012

Big John X Roger - Saída Militar


  1. Boa Tarde

    A Saída Militar que proponho levar adiante, contando com o conhecimento agregado de meu adversário, é a alternativa pragmática que ainda resta ao Estado Brasileiro, diante de um momento completamente alheio a possibilidade de ataques internacionais, nos moldes que tínhamos, dois séculos atrás.

    Não há comunismo sendo implantado a força de fuzil, não há movimentos religiosos querendo (No Brasil) tomar o poder, não há ameaças de vizinhos a nível de INVASÃO, excetuando algumas hipótese ambientais/comerciais, mas que demandaria prévia e imensa discussão.

    Não vivemos a iminência de uma guerra. Pergunto aos senhores:

    TEMOS somente no Exército Brasileiro, uns 230 mil homens que poderão chegar a 500 mil adicionando-se os reservas, ou até 4, ou 5 milhões, contado aqueles que retornam à caserna por cinco anos consecutivos à baixa, num exercício chamado de reapresentação OBRIGATORIAMENTE.

    Pergunto ao meu adversário, se ele saberia dizer-me quais os custos de se manter essa tropa, providenciando rancho, papel higiênico, material de hotelaria, fardamento, instruções, equipamentos, etc..etc.. e etc...?

    Não saberá dizer evidentemente, e os dados existentes aprovados pelos tribunais militares, não SÃO confiáveis, sempre, a meu ver, contemplando o interesse daqueles que interessam pela perpetuação desse jogo que UM finge fazer e o outro lado finge crer que FOI feito.

    Mas asseguro senhores, a cifra é astronômica para o quase NADA que produzem. Assim começou a desmotivação de Lamarca,assim encerrou o filme Tropa de Elite II, a vida imita a arte, e o casamento é perfeito.

    Passo a provar na minha sequência, que poderíamos sim ter um exército produtivo e partícipe de FATO nas necessitados de um estado das dimensões e geografia do Estado Brasileiro.
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  2. Peço escusas por não ter feito uma revisão, havendo cometido alguns erros quanto a tempo de verbo na exposição anterior.

    Quando me refiro a Saída Brasileira, não quero me referir somente ao Exército, e todo nosso exposto acima se prendeu APENAS a essa força, eleve-se a consideração à Marinha e a briosa Força Aérea Brasileira.

    É muita gente, mas está desorganizada. Quartéis em áreas densamente povoadas, uma RD Regulamento disciplinar que transforma essa importante força amarrada aos poderes constituídos, por força do medo do passado, transformando-os em soldadinhos de chumbo, a desfilarem cordatos no 7 de Setembro, acima de tudo a corrupção corrompendo as mais sagradas instituições do estado democrático de direito.

    Proponho a extinção desse modelo de força armada, completamente, e proponho o renascimento de uma nova FORÇA DE DEFESA com 10 por cento do efetivo original, contando com homens e mulheres especializadas naquilo a que se demandem, conforme segue:
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  3. A guarda da soberania é a única alternativa viável para existência e manutenção (altos custos) de uma força dessa (força de segurança). Então, é inadmissível você HOJE percorrer quase 300 km na região norte SEM uma única presença militar alocada.

    O Brasil precisa marcar presença em suas matas, nos céus dominados pelos narcotraficantes e nas águas exploradas especialmente por russos e japoneses,assassinos de nossa flora e fauna.

    A especialização em terra, ar e água de comandos estratégicos, embasados em pontos especiais, deixando qualquer outra função que não fosse a defesa da soberania Brasileira, posto que soldado não é médico, nem engenheiro muito menos professor.

    A presença militar, contraria os interesses daqueles que nos sugam os recursos naturais, invadindo nossas fronteiras, nossos mares e nossos céus, inundando-nos de contrabando.

    Essa força, treinada e disposta a distancia de um sinal de rádio tipo 2 metros, poderia com muito mais economia e competência, cercar TODO o Brasil, deixando espaços para atuarem também em áreas de baixa densidade, pelos interiores de nosso grande pais.

    O que existe hoje é paternalismo, e quem paga a conta é o povo, aquele que pensar sobre esse aspecto ficará imediatamente sensibilizado, porque, diretamente, é ele que está pagando essa conta.

    A pergunta que deixo ao meu adversário, não acreditando que seja contra esse ideia, é de COMO poderia ser melhorado esse esquema de guarda de fronteira, de modo a torna-los distantes de corrupção e eficientes naquilo que é ou seria seu mister.

    Big John o lendário
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  4. Bem, valendo-me de alguns dados e opiniões expostas por você, inicio minha introdução.

    A começar, concordamos quanto a questão da segurança e da inexistência de ameaça de invasão. O fato é que o Brasil não sofre com grandes preocupações neste sentido há décadas. E se formos considerar a ditadura militar, que não foi lá grandes coisa em um sentido bélico, vemos que o exército brasileiro tem ficado no ócio há um bom tempo.

    Não sou negligente a ponto de achar que é desnecessária a existência das forças armadas. Entretanto, sou favorável a algumas medidas que seriam consideradas... controversas.

    Primeiro, penso que para tudo, tudo mesmo, a quantidade não esteja relacionada à qualidade. Penso que entre os militares, há muito desperdício de dinheiro com efetivo que não serve para nada. É certo que treinamento é importante, mas atualmente, o exército, principalmente, trabalha para si próprio, comendo uma boa quantia em dinheiro, e em geral esses soldados vivem em quartel sem fazer nada a não ser cuidar deles próprios. Neste caso, como não sou favorável a uma extinção das forças armadas, penso que poderia haver uma redução no efetivo fixo, porque de nada adianta ter um monte de soldados que não estão de fato servindo ao país.

    E daí surge a questão da qualidade. Se reduzirmos a quantidade de soldados mas mantivermos uma quantia suficiente para fazer o serviço, com os mesmos custos seria possível investir em melhoras consideráveis, que aumentariam a eficiência do exército.

    As fronteiras brasileiras, sobretudo a oeste, são muito negligenciadas mesmo. Mas isso não seria solucionado com um aumento de efetivo. Mesmo se colocássemos um soldado a cada meio metro, sem métodos rigorosos e sem confiabilidade ética, não seria possível melhorar a situação. E principalmente as fronteiras à noroeste são hoje responsáveis pelo narcotráfico. Trazem cocaína pela floresta, ou mesmo em aviões. E trazem também armas ilegais que chegam sempre nas mãos de traficantes nas grandes metrópoles.

    Com a diminuição dos gastos públicos com efetivo, digamos, inútil, seria possível investir em tecnologia e em treinamento mais eficientes. Um exemplo é os USA. Lá, eles têm os fuzileiros (marinha), mas possuem também a guarda costeira. Os fuzileiros são para defesa militar e para efeitos de guerra. A guarda costeira serve para a vigilância e também para efetuar salvamentos e fiscalizar as "fronteiras" marítimas.
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  5. A tecnologia, para este caso, já existe há muito tempo, e é o Sonar. Com o sonar é possível localizar em radar qualquer movimentação a uma distância suficiente. Se houvesse um investimento nisso, poderiam dividir a atual marinha em duas, mantendo um efetivo para combate, responsável pela defesa naval em casos de invasão ou ameaça. E a outra parte ficaria responsável pela fiscalização e pela vigilância constante, evitando surpresas.

    Para a aeronáutica, confesso que meu entendimento é mínimo, então deixo para você expor mais a respeito do assunto. Prefiro não entrar numa questão que está fora de minha alçada.

    A respeito do exército, principalmente para efeitos de fiscalizar a fronteira, não julgo necessário nem eficiente aumentar o efetivo. Muito pelo contrário. A questão do aumento de efetivo é absurda, porque a fronteira brasileira é enorme, e para uma fiscalização corpo a corpo, seria necessário um aumento fora de proporções. Mesmo os dados que você citou, com o efetivo atual, já são totalmente assombrosos por si só. Imagine então um aumento! Não concordo. Penso que homens são falhos, mas radares e visão infra-vermelho não o são.

    Para fazer uma varredura durante o dia já é difícil. Mas, nas florestas por exemplo, um equipamento que seria eficiente seriam os óculos com infra-vermelho, que permitem uma visibilidade bem superior à nossa e cujas folhas de árvore e pedras não poderiam atrapalhar. Além disso, já existem equipamentos capazes de fazer varreduras por satélite, e estes equipamentos utilizam o mesmo sistema dos óculos infra-vermelho, mas adaptados para algo bem maior. Isso também é utilizado na fronteira norte-americana com o México, para evitar a imigração ilegal, e funciona. Segundo alguns dados do governo dos EUA, a imigração ilegal tem diminuído muito desde os últimos dez anos, quando começaram os investimentos tecnológicos nesta direção.

    Sensores, radares, uma melhora significativa nas comunicações entre os setores militares. Enfim, medidas no sentido de aumentar a qualidade do serviço prestado é que me parecem mais eficazes. O aumento de efetivo tende a fazer os custos crescerem e não será eficiente.

    Mas, sejamos realistas, meu caro. Estamos em um país onde a eficiência sempre é sobrepujada pelo atraso e pela burocracia. Além disso, somos culturalmente falidos, em minha opinião. Uma modificação sob esta ótica está longe de acontecer. Mesmo por que, não é uma medida politicamente viável. No Brasil, medidas populistas é que fazem sucesso, como criar cotas em universidades e fazer campanhas que favoreçam a um grupo minoritário. Nossos governantes, de modo geral, não ousariam tanto no sentido militar, preferem manter os serviços com esta baixa eficiência, sofrendo um risco pela negligência. É óbvio que não sofremos agora nenhuma ameaça de invasão, mas, segundo sei, também é fato que se um país decidisse nos atacar, agora, e se este país tivesse um efetivo militar eficaz, não teríamos a mínima chance. Muitos quartéis são sucateados. Conheci, inclusive, um membro da cavalaria do exército, e ele me disse que nesta área o exército é absurdamente falido.

    A política brasileira tem como fundamento tomar medidas que a população aceite de forma mais fácil. E como sabemos, não há popularidade entre povo e forças armadas no Brasil. Desde a ditadura militar e das companhas estatistas populistas dos últimos governos, a imagem dos militares entre a população em geral é a pior possível.

    Seria necessário, antes de tudo, melhorarmos no sentido político.

    Mas, já discorri o suficiente por enquanto. Deixo a palavra com você.
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  6. Compreendo a dificuldade inicial do meu adversário, somos absolutamente cordatos sobre o tema, pelo menos na sua primeira parte das suas considerações iniciais, isso posto há congruência em nossos raciocínios.

    Apenas uma palavra mau empregada da parte de meu adversário, quando referiu-se que "..não seria negligente a ponto de justificar a completa extinção das forças armadas" Essa afirmação foi uma infelicidade num meio da cordialidade, posto que NADA que tenha sido dito poderia levar a semelhante e tendenciosa conclusão.

    Vou reiterar nessa réplica de forma que fique bem claro para meu adversário, que sou favorável a extinção desse "cabidão" enorme que sustentamos, e , em seu lugar., após uma reengenharia (quem se lembra dessa palavra?) deixaria ai uns 10% do efetivo original.

    Asseguro qualidade dobrada com redirecionamento de atividades, (assim enfiaram a reengenharia em nossas goelas 15 anos atrás)sendo o campo dessas atividades E N O R M E.

    Por exemplo Roger, defendo que o Exercito, a Marinha e a Força Aérea, poderiam fazer a guarda de prisioneiros, criminosos, em pontos extremos do pais, onde, se sustentariam e contribuiriam para a sociedade, com algum tipo de tarefa produtiva, seja agrícola, pecuária ou mesmo industrial. Isso tem muito exemplo e é perfeitamente possível.

    O melhor marceneiro que conheço (caríssimo por sinal)até ser preso como puxador de carro e ir para Tremembé, não era nada, formou-se lá.

    Tudo sob vigilância de uns poucos homens em torres estratégicas, há 370 km abaixo do Rio Madeira., três ilhas depois do alto-mar Pernambucano, 450 km dentro da selva Mato-grossense, etc...

    Esse papo de videoconferência garantiria uma economia sem precedente para o estado e as forças armadas estariam preenchendo um espaço realmente IMPORTANTE para o pais, entre muitos outros. Alguém duvida disso?
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  7. Na segunda parte de suas considerações, meu adversário acho que não me entendeu, posto que alegou que não havia necessidade de aumentar a tropa para um melhor exercício da guarda de fronteira.

    Ora, se eu quero reduzir 90% do efetivo mantendo 10% justamente nas regiões de fronteira, de ONDE meu adversário tirou esse perola?

    A presença de radares e sistemas de monitoramento, satélites que já existem e outros que estão sendo agregados, TUDO isso é de fato importante, mas NADA substitui a presença de homens treinados e sistemas móveis de deslocamentos.

    Embarcações de vários tamanhos e modelos, aeronaves, veículos terrestres adaptados, TUDO é e seria MUITO bem vindo em toda região de fronteira.

    Mas precisamos da presença de soldados em movimentos incertos mas regulares. O adversário PRECISA saber que HÁ presença Brasileira na fronteira

    Hoje não sabem, se sabem sorriem, é assim no Primeiro Batalhão de Fronteira em Foz do Iguaçu, o 17 em Corumbá, o 2 de Cáceres entre vários outros, O QUE FAZEM????

    NADA, assistem traficantes de todos os tipos, assaltantes de carros e são vítima de chacota, levantam a bandeira DE MANHÃ E A ARREIAM A NOITE, cantam, marcham, E DORMEM e PORQUE????

    PORQUE ESSE GOVERNO de MERDA, não tem interesse em ORGANIZAR o comando militar, pois ficaria mais "difficile" seu controle. EU VI.

    O poder dividido ,,,,é um poder enfraquecido. (Napoleão)
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  8. "...A política brasileira tem como fundamento tomar medidas que a população aceite de forma mais fácil. E como sabemos, não há popularidade entre povo e forças armadas no Brasil. Desde a ditadura militar e das companhas estatistas populistas dos últimos governos, a imagem dos militares entre a população em geral é a pior possível."

    Analiso a frase de meu adversário,(ele sempre escreve como se fosse não a sua vontade mas de todo o povo da terra rsrs) nela subentendo que há um antagonismo entre as forças armadas e o povo do qual ela é formada, de modo que, essa "divisão", coloca as forças armadas sentada sozinha num banco, olhando de olhar baixo para o POVO junto com o GOVERNO, posto quer esses SIM, tem identidade.

    Meu adversário é conhecido e reconhecido por um inteligência mordaz, mas ela não se aplicou nessa observação, ou, modestamente, eu não a compreendi, logo, deixo para que numa outra oportunidade logre nos explica-la.

    Uma coisa é real, a corrupção política não permite que HAJA força militar suficiente que, num momento e manobra, venha a perder todo o "status quo" para os homens de farda.


    A política não quer fazer coro com o povo, a política quer que o povo se exploda, ontem foi 16/6, dia oficial dos partidos se declararem sob seus candidatos, sabem o que eles declararam (nos bastidores)?

    O povo que se f...numa eleição o que não pode é perder. A corrupção é um impedimento para tornar as forças armadas enxutas e produtivas, e a corrupção habita não somente os escritórios de Brasília, mas também os quartéis cujos comandantes tem por missão MANTER esse estado de coisa.

    Em outras palavras Roger, precisamos do Ernesto e do Carlos vivos de novo, usando verde-oliva.
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  9. Então,

    Quero esclarecer, Big John, que não tive dificuldade alguma devido ao fato de concordarmos. Mesmo porque, em sua introdução, você não foi muito a fundo sobre aquilo que pensa do assunto.

    Quanto aos termos que usei, "aumento de efetivo" ou "extinção das forças armadas", não atribui nada disso a você. Como pode ver, não afirmei que essas ideias vieram de você. Estava me referindo a pensamentos e correntes que conheço, pois há pessoas que defendem a extinção do exército, bem como há pessoas que defendem o aumento do efetivo militar. Então, não se preocupe. Sei que você não disse nada disso.

    Agora, com relação à política, não houve incongruência em minha afirmação. Quando uso o termo "em geral", isso mostra que se trata de uma generalização. Ou seja: não são todas as pessoas, mas a maioria. Para isso, basta ler um pouco mais sobre a história brasileira e verá que não há hoje e nunca houve grande aprovação da população brasileira para as questões militares. E, atualmente, se você conversar com as pessoas, verá que a maioria delas não aprova um investimento nessa direção que nós dois tencionamos. E por este motivo, políticos de todo o país evitam até mesmo falar sobre as forças armadas, pois, afinal, eles precisam abordar temas mais populistas, que agradem mais os ouvidos do povo.

    Isso não quer dizer que eles se importem com o que é melhor para a população. É evidente que de modo geral a maioria deles está pouco se lixando. Bem como, o sucateamento das forças armadas provavelmente deve ter se tornado plano mestre do governo desde o fim da ditadura.

    Agora, quem soltou uma pérola foi você. Em momento algum eu defendi a ideia de que homens devem ser substituídos por máquinas. Até por isso mesmo eu disse que era contra a extinção do efetivo, para de antemão evitar esta confusão. Mesmo assim, parece que você não soube compreender o que eu disse.
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  10. O fato é que em áreas florestais ou montanhosas, fica difícil circular com veículos terrestres e em muitos trechos o acesso é quase impossível. Nestas áreas, equipamentos de varredura térmica por satélite, radares para transmissão média e melhores comunicações, assim como um aumento em termos de fiscalização aérea, seriam muito mais eficientes. Os homens podem e devem ficar mais concentrados em áreas próximas a estradas, com postos de observação e até mesmo acampamentos bem equipados, para efetuar fiscalização corpo a corpo, vistoriar carros e motos que atravessem a fronteira, enfim, fazer o trabalho de forma manual.

    E em minha introdução eu também menciono que os métodos e até mesmo a questão ética neste aspecto deve mudar para que haja eficiência. É lógico que há corrupção dentro dos quartéis, e que muitos soldados de alta ou baixa patente costumam fazer concessões ilegais para traficantes de armas. Já houve vários casos relatados e muita queima de arquivos. Mas, meu caro, isso é Brasil. Para melhorar uma coisa dessas seria necessária uma reforma em todos os setores públicos, talvez nos privados também. A corrupção é uma chaga social que assola o Brasil há séculos, desde a época do império. Aliás, em sentido cultural a corrupção brasileira funciona ao estilo português. Até mesmo o populismo e o estatismo português são infiltrados em nossa sociedade.

    Enfim, não importa que tenhamos concordância sob o tema, Big John. O que vale é que nós dois possamos agregar conhecimento e valores à discussão. Quando debati com a Roberta também não discordava dela. é óbvio que isso dificulta as coisas no sentido retórico. Mas você não precisa se preocupar com isso, pois, afinal, você mesmo diz que não se importa com os votos e que no final a enquete não tem nenhum valor. Então, não leve o debate para este lado. Não há a menor necessidade. Podemos debater no sentido dialético, que aliás, é muito mais produtivo.

    Encerro minha réplica aqui.

    Até mais.
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  11. Esclarecido o mau entendido com relação a extinção ou não das forças armadas, das quais sou legítimo defensor, (sei cantar todos os hinos correlatos, ainda) vamos prosseguindo.

    Como pode perceber, é a segunda vez que faço um debate como se estivéssemos numa conversa dentro de uma padaria.

    Fluindo nas ideias e observações completamente despreocupado, e, acredite, estou gostando desse estilo, imagine varar noite adentro lendo teoria de húngaros e anglicanos por um parágrafo direcionado a você?

    Na minha tréplica reitero o modelo de forças armadas que preconizo contendo:

    As três armas enxutas em 90% de seu efetivo atual, o comando único nas mãos de um profissional na estatura de ministro, subordinado a Presidente. Esses 10% restantes seriam remanejados e readequados em postos onde hoje estamos vulneráveis, a saber:

    As 200 milhas estão abandonadas de presença bélica fiscalizadora.
    Falta aeronave e até combustível para uma presença mais ostensiva
    Na America do Sul os traficantes brincam nos céus do Brasil
    Em Rondônia é possível passar 300 km sem encontrar militar do Brasil.
    As riquezas são roubadas por brasileiros e estrangeiros via fronteira.
    Há crimes de lesa-pátria e a constituição é desconhecida

    São muitos os nossos pontos fracos, e, na sua grande maioria, eles estão em zonas fronteiriças. Na medida em que o povo tomasse ciência do grande serviço que tais militares representariam para o Brasil, se é que o povo os reprova conforme insinua, a coisa seria outra, certamente.
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  12. Com a redução e redução significativa no efetivo, acredito que o nível de profissionalização seria incomparável, hoje, infelizmente, o exercito ainda é uma fonte de renda de muitos que se lançam ao voluntariato por comida ou pelo soldo miserável.

    Com qualificação, presença, equipamento, readequação de material bélico, novas tecnologias, pesquisa e ciência, o Brasil daria um grande salto de qualidade, e não mais seriamos uma terra de porteira aberta em terra, mar e ar.

    Os nosso vizinhos descobriram nossas fraquezas e nos exploram, vide Hugo Chaves, Evo Morales, e etc...você atravessa de Foz para Argentina e Paga 5 reais no retorno pagará 20.

    No Paraguai sofremos vilipêndio pelos comerciantes locais, nas Guianas nossas mulheres são colocadas para "trabalhar", a força. Na Argentina somos roubados e hostilizados.

    Nossas "relações exteriores" sempre deixaram a desejar contra o cidadão brasileiro, veja-se o caso dos dentistas em Portugal, e dos turistas na Espanha.

    Tudo acontece porque há ausência militar nos eixos de fronteira interligados por comunicações, monitorados por equipamentos e satélites, com veículos compatíveis e adaptados a natureza de qualquer terreno.
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  13. Uma hora a casa vai cair, é uma folha de pagamento ENORME, fora toda propinagem que corre solta atrás do codinome FORÇAS ARMADAS.

    E nesse dia, espero, que minha contribuição e a sua configuração, venham ser lembradas. Precisamos enxugar essa máquina e torna-la exequível.

    Deve se lembrar nos antigos e numerosos soldados que povoavam todas as repúblicas da URSS, diga-me Roger, o que aconteceu?

    Desfizeram grandes contingentes, extinguindo divisões inteiras, não contentes chegaram a conclusão que a separação seria o ideal.

    Fizeram. Acredito que a vitória da maioria represente anseio de todo o povo, mas ainda há militar para caramba na Rússia, mas lá é outra história, tem China tem US, nada a ver com Brasil.

    Eu espero que a necessidade de mudança, tenha ficado plantado no inconsciente de todos, de modo que essa consideração, em busca de uma evolução dos serviços MILITARES com sua profissionalização, passe a ser uma semente disseminada nas lembranças de todos os leitores.

    Quando a vos do povo se fizer sentir as mudanças ocorrerão.

    Big JOhn
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  14. Pelo que pude notar, você acredita que seria ideal a redução do efetivo, para cortar gastos desnecessários. Isso é o mesmo que eu penso. Mas percebi algo que, não sei se você não tinha mencionado ou se eu não havia prestado atenção.

    Quando diz que é a favor de subordinar o exército, marinha e aeronáutica a UM comando, só consigo me lembrar de um caso na história moderna em que isso tenha acontecido, e ele é o de Dwight Eisenhower.

    Durante a WWII, Eisenhower ficou no comando geral das forças armadas norte-americanas, estando somente subordinado ao presidente. Parece que funciona. Ao menos, neste caso, funcionou. Mas, você acha que isso daria certo, aqui no Brasil? Digo, dar o poder TODO nas mãos de uma pessoa ou um pequeno grupo?

    Sei que eu poderia ter citado o exemplo de Hitler, que como Führer também era uma espécie de comandante geral. Mas o exército da Alemanha nazista era tão complexo em termos de hierarquia que até hoje tem historiadores que não entendem quem mandava em quem lá dentro... rs

    E agora, que já falamos a respeito das questões fronteiriças, vejo que também mencionou algumas outras questões estrangeiras. E penso que precisamos ainda ir mais a fundo.

    A moral brasileira é baixa no exterior. Isso acontece, provavelmente, por que há muitos brasileiros queimando o filme em países europeus e nos EUA, se humilhando para conseguir um mísero visto e trabalhando feito burro de carga em dois, três empregos, para ganhar uma miséria. Certa vez conheci uma moça que foi para os USA, e lá ela trabalhou forçadamente durante um bom tempo. De manhã era garçonete de fast-food, à tarde era frentista em um posto e à noite ainda fazia uns bicos como diarista ou garçonete em bares. Perguntei a ela porque ela fazia isso e ela disse que queria ganhar dinheiro. Então eu lhe informei uma coisa óbvia: Se ela tivesse trabalhado aqui o mesmo tanto que trabalhou lá, teria enriquecido tanto ou mais do que enriqueceu lá.

    O que isso tem a ver com o assunto, não é? Tem a ver que, no mundo, ninguém respeita o Brasil. Por isso, enquanto estrangeiros entram e saem daqui a hora que querem, seja por mar ou por ar, nós não somos bem vindos em nenhum país de primeiro ou segundo mundo que seja.

    Onde quero chegar é em sua comparação com a URSS. É claro que a União Soviética tinha seus defeitos, entre eles o principal era ser socialista. Mas no quesito militar, nunca houve na história um exército tão competente. E olhe que a tecnologia soviética nem era tão avançada quanto a alemã ou a americana. O fato é que mesmo com aquela imensa fronteira repleta de terrenos adversos eles foram capazes de defender seu país, tudo devido a uma disciplina e métodos rigorosos, além de um treinamento muito eficiente que se formos comparar aos métodos de hoje, simplesmente não há semelhança.
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  15. Um soldado soviético da época da segunda guerra mundial daria uma surra em dez soldados nossos de hoje em dia, sem dúvidas.

    Daí a importância do investimento em um treinamento rigoroso. Confesso que, quando servi, achei muito fraca a iniciação. Em meu pelotão inicial, houve pouca desistência. Na época em que meu tio serviu, segundo ele, o índice de desistência era enorme, porque poucos aguentavam o processo. Eu, particularmente, achei que qualquer molecote poderia passar por aquilo que passei sem muito esforço. E te garanto que eu mesmo não estaria preparado física ou psicologicamente para um eventual guerra naquela ocasião.

    Mas entenda, Big John, que há várias causas para isso estar do jeito que está. Desde o fim da ditadura, por influência da imprensa e da nova classe política brasileira, houve uma crescente propagação de ideais anti-militaristas. A mídia faz ainda hoje um incentivo sempre contrário a medidas militares. Durante a limpeza que se iniciou nas favelas do Rio no ano retrasado, os repórteres ficaram o tempo inteiro influenciando a população a ficar contra isso. É claro que a gente sabe que essas medidas foram tomadas apenas por causa da copa e das olimpíadas. Mas, o que importa mesmo é o resultado, não é? Para mim, ver os traficantes fugindo por uma estrada de terra feito os ratos que são é de uma imensa alegria, e eu torci muito para que eles morressem ou fossem baleados para pesar menos em nossa sociedade. Agora, eu te pergunto: você acha que todos pensam assim?

    Graças a políticas populistas e, digamos, suspeitas, temos uma crescente difusão da ideia de que a polícia e o exército são os cânceres da sociedade, como se por acaso o comando não viesse do governo. Os parlamentares tiram o deles da reta e a imprensa colabora colocando toda a responsabilidade em cima dos agentes finais, escondendo o processo que corre por trás dos panos até chegarmos nas mãos do policial que aceita propina ou do tenente que vende um fuzil para um contrabandista.

    Até mesmo a campanha do desarmamento mostrou isso. Políticos e imprensa lado a lado em uma campanha controversa, influenciando as pessoas para uma finalidade falsa. E há muita gente, meu caro, que acredita mesmo que o desarmamento poderá de alguma forma reduzir a criminalidade. E há pessoas que discutiriam conosco até o fim tentando provar este absurdo. É o mesmo que tentar reduzir os acidentes de trânsito proibindo o uso de triciclos, visto que as mortes causadas por acidentes domésticos com armas são ínfimos se comparados aos números da criminalidade.

    Aliás, ouvi falar recentemente em uma corrente nacional que está propondo a extinção da polícia militar, para criar uma guarda municipal atrelada diretamente ao exército e manter apenas as polícias rodoviária e federal. Você soube algo a respeito disso?
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  16. Pois é Roger, adentro agora para minhas considerações finais, primeiro parabenizando sua conduta que, como já foi públicamente testemunhado por outros membros, trouxe luz à matéria, contribuindo para que se forme opinião sobre um assunto, ao mesmo tempo contemporâneo e distante da maioria do povo.


    Sim, a exemplo de alguns líderes, entre os quais chineses, russos, e especialmente árabes e judeus, sugeri TODO poder na mão de um homem só, abaixo apenas de um nome, a Presidente.

    Subordina-lo a escória que manipula os demais poderes, seria contamina-lo e condena-lo a uma atuação meia-boca. Não é para resolver o problema de corrupção fardada? Não é para reduzir efetivo com ganho na qualidade?

    Não vamos desagradar um sem número de apadrinhados por esse rincão de norte a sul? Então vamos pegar pesado.

    Lógico que a escolha desse homem deveria seguir critérios rigorosíssimos de várias ordens, mas acredite, TEMOS homens excelentes para ocupar esse posto. Os nossos generais estão assustados, arrastando-se medrosos e sem garbo.

    Um assopro de orgulho transformaria esse homens, fazendo-os dar cumprimento aos exercício daquilo que é seu mister, a defesa da pátria e o orgulho em honrar as cores de nossa bandeira.
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  17. Concordo com você na comparação que fez entre o soldado russo com o Brasileiro, andávamos de ônibus e o povo nos oferecia lugares sorridentes, não, não vivíamos mais na ditadura, era simpatia e respeito mesmo.

    Tínhamos valor e fazíamos leve referência ao sorriso tímido das moças, cujos olhares eram atraídos pelo orgulho que a farda dispensava, até ao mais feio dos soldados. Havia ainda um toque de romantismo, na esteira do final da Segunda Guerra.

    Condutores paravam e acenavam para que atravessássemos a via, ser soldado e vestir o verde-oliva era motivo de orgulho.

    Hoje, ser soldado é um ônus, um fardo insuportável, uma perda de tempo que alguns pretendem questionar na própria justiça.

    É preciso mudar, retirar essa obrigatoriedade do serviço militar, retirar essa volta por cinco anos de reapresentação, não temos essa tradição bélica.

    É preciso reduzir senão totalmente, 90% do efetivo, mantendo apenas um mínimo indispensável alocado em áreas criticas e de fronteiras. E me refiro as Forças Armadas, não falo de Marinha ou Exército.


    É preciso passar um facão administrativo, e eu gostaria muito de participar disso, um projeto de adequação de tropas, trazendo a presença militar aos pontos mais extremos, dando segurança e marcando a presença Brasileira.
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  18. Quero agradecer ao meu adversário pela excelência das SUAS observações, O que permitiram que de uma conversa despretensiosa, colocássemos questões importantes em pauta.

    Sei que a água é um recurso pelo que se brigará a facada, sei que madeira e óleo, são fontes de energia motivadoras de grandes guerras, entre muitos outros, sei que temos um mundo a ser explorado em nossas matas e em nossos mares, mas nada disso adianta com essa força obsoleta, e suscetível de toda picaretagem que esse regime propicia.

    Tratando-se de FORÇAS ARMADAS, É preciso REDUZIR, CENTRALIZAR e ALOCAR essas forças onde elas REALMENTE possam cumprir aquele que seria seu papel constitucional. Servir a nação e o povo Brasileiro.

    Sei das dificuldades, sei quantos coronéis haveríamos de contrariar, sei que haveria morte, sangue e suor mas a vitória seria do povo, afinal.

    Muito obrigado.

    Big John
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  19. Esta questão do comando central era largamente defendida por Hitler, em seu livro, Mein Kampf. Veja que não estou fazendo qualquer tipo de comparação pejorativa, até mesmo porque Hitler pode ter feito muitas coisas ruins mas era um excelente estrategista, com exceção de sua invasão à URSS.

    Hitler detestava o sistema impessoal de governo adotado na Áustria, criticava o parlamento de forma clara, pois julgava que as decisões, quando tomadas de maneira impessoal, tiram a responsabilidade sobre o que foi decidido.

    A princípio, quando li isto pela primeira vez achei um absurdo. Mas hoje vejo que na prática é justamente o que acontece. E sobretudo no Brasil, onde temos um sistema em que o único papel real dos parlamentares é ocultar aquilo que realmente fazem.

    Quando vejo ou escuto estas teorias que visam desmoralizar as forças armadas, a polícia, ou que tencionam a influenciar as pessoas a serem muito pacíficas. Hoje mesmo vi no jornal uma matéria a respeito de roubo de carga (de caminhão) nas estradas brasileiras. Os caminhoneiros sofrem com esse risco desde sempre, e a fiscalização simplesmente não é competente ou não dá conta de protegê-los. Ocorre que nos USA, em meados dos anos 90, acontecia a mesma coisa. Muitos roubos de carga e muitos caminhoneiros sequestrados. Como a polícia de lá também está longe de ser perfeita, os caminhoneiros, diferente daqui, resolveram se organizar de um modo muito eficaz. Em vez de se acovardarem, eles se armaram. A partir disso começaram a reagir contra os assaltantes e, depois de algum tempo, a quantidade de assaltos reduziu drasticamente.

    Esta é a melhor solução? Óbvio que não. O ideal seria que as forças armadas fossem eficientes e conseguissem proteger a população. Por isso, tanto eu quanto você apresentamos ideias que visam a melhorar estes serviços. Embora estejamos mais voltados para o lado de defesa externa, fronteiras, etc., é inegável que qualquer melhora neste sentido iria refletir também na ação da polícia militar ou rodoviária.
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  20. A questão é que temos no Brasil o fantasma da ditadura. Existem muitos mitos sobre as ações militares durante o regime militar, e também há muito exagero em cima de coisas pequenas ou casos isolados. Então, a classe política, junto à imprensa, se aproveita disso para influenciar à população a ficar contra qualquer imposição militar ou investimento nas áreas bélicas.

    Deixo claro que não sou a favor de uma ditadura militar - a não ser que eu esteja no comando -, mas penso que, se comparado ao que temos hoje, o regime militar era muito melhor sob o aspecto da eficiência. E como você diz, antigamente era motivo de orgulho usar farda. Eu mesmo não sou nenhum patriota, mas tenho noção de que, no mundo em que vivemos, um país sem defesa armada é uma presa, como nós somos hoje.

    Sua ideia de um comando militar centralizado, subordinado apenas ao presidente, talvez seja mesmo mais eficiente. Até mesmo porque, quando ocorressem erros, haveria sempre UM responsável, e não um partido ou uma bancada, que são abstrações para tirar a responsabilidade de quem a tem.

    ...

    Gostei muito desse debate, que foi mais uma conversa. Acho que qualquer que seja o resultado aqui ele será justo, uma vez que ambos contribuímos com a discussão e fizemos a nossa parte.

    Conversa de padaria e um termo interessante. Mas, acho que soa mais como conversa de bar, onde falamos sobre os assuntos e bebemos alguma coisa, enquanto ouvimos uma péssima banda ao vivo fazendo cover do Bee Gees com um vocalista embriagado.

    Fico grato com sua participação, e agradeço também aos eventuais leitores.

    Até mais.

20 comentários:

  1. Boa Tarde

    A Saída Militar que proponho levar adiante, contando com o conhecimento agregado de meu adversário, é a alternativa pragmática que ainda resta ao Estado Brasileiro, diante de um momento completamente alheio a possibilidade de ataques internacionais, nos moldes que tínhamos, dois séculos atrás.

    Não há comunismo sendo implantado a força de fuzil, não há movimentos religiosos querendo (No Brasil) tomar o poder, não há ameaças de vizinhos a nível de INVASÃO, excetuando algumas hipótese ambientais/comerciais, mas que demandaria prévia e imensa discussão.

    Não vivemos a iminência de uma guerra. Pergunto aos senhores:

    TEMOS somente no Exército Brasileiro, uns 230 mil homens que poderão chegar a 500 mil adicionando-se os reservas, ou até 4, ou 5 milhões, contado aqueles que retornam à caserna por cinco anos consecutivos à baixa, num exercício chamado de reapresentação OBRIGATORIAMENTE.

    Pergunto ao meu adversário, se ele saberia dizer-me quais os custos de se manter essa tropa, providenciando rancho, papel higiênico, material de hotelaria, fardamento, instruções, equipamentos, etc..etc.. e etc...?

    Não saberá dizer evidentemente, e os dados existentes aprovados pelos tribunais militares, não SÃO confiáveis, sempre, a meu ver, contemplando o interesse daqueles que interessam pela perpetuação desse jogo que UM finge fazer e o outro lado finge crer que FOI feito.

    Mas asseguro senhores, a cifra é astronômica para o quase NADA que produzem. Assim começou a desmotivação de Lamarca,assim encerrou o filme Tropa de Elite II, a vida imita a arte, e o casamento é perfeito.

    Passo a provar na minha sequência, que poderíamos sim ter um exército produtivo e partícipe de FATO nas necessitados de um estado das dimensões e geografia do Estado Brasileiro.

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  2. Peço escusas por não ter feito uma revisão, havendo cometido alguns erros quanto a tempo de verbo na exposição anterior.

    Quando me refiro a Saída Brasileira, não quero me referir somente ao Exército, e todo nosso exposto acima se prendeu APENAS a essa força, eleve-se a consideração à Marinha e a briosa Força Aérea Brasileira.

    É muita gente, mas está desorganizada. Quartéis em áreas densamente povoadas, uma RD Regulamento disciplinar que transforma essa importante força amarrada aos poderes constituídos, por força do medo do passado, transformando-os em soldadinhos de chumbo, a desfilarem cordatos no 7 de Setembro, acima de tudo a corrupção corrompendo as mais sagradas instituições do estado democrático de direito.

    Proponho a extinção desse modelo de força armada, completamente, e proponho o renascimento de uma nova FORÇA DE DEFESA com 10 por cento do efetivo original, contando com homens e mulheres especializadas naquilo a que se demandem, conforme segue:

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  3. A guarda da soberania é a única alternativa viável para existência e manutenção (altos custos) de uma força dessa (força de segurança). Então, é inadmissível você HOJE percorrer quase 300 km na região norte SEM uma única presença militar alocada.

    O Brasil precisa marcar presença em suas matas, nos céus dominados pelos narcotraficantes e nas águas exploradas especialmente por russos e japoneses,assassinos de nossa flora e fauna.

    A especialização em terra, ar e água de comandos estratégicos, embasados em pontos especiais, deixando qualquer outra função que não fosse a defesa da soberania Brasileira, posto que soldado não é médico, nem engenheiro muito menos professor.

    A presença militar, contraria os interesses daqueles que nos sugam os recursos naturais, invadindo nossas fronteiras, nossos mares e nossos céus, inundando-nos de contrabando.

    Essa força, treinada e disposta a distancia de um sinal de rádio tipo 2 metros, poderia com muito mais economia e competência, cercar TODO o Brasil, deixando espaços para atuarem também em áreas de baixa densidade, pelos interiores de nosso grande pais.

    O que existe hoje é paternalismo, e quem paga a conta é o povo, aquele que pensar sobre esse aspecto ficará imediatamente sensibilizado, porque, diretamente, é ele que está pagando essa conta.

    A pergunta que deixo ao meu adversário, não acreditando que seja contra esse ideia, é de COMO poderia ser melhorado esse esquema de guarda de fronteira, de modo a torna-los distantes de corrupção e eficientes naquilo que é ou seria seu mister.

    Big John o lendário

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  4. Bem, valendo-me de alguns dados e opiniões expostas por você, inicio minha introdução.

    A começar, concordamos quanto a questão da segurança e da inexistência de ameaça de invasão. O fato é que o Brasil não sofre com grandes preocupações neste sentido há décadas. E se formos considerar a ditadura militar, que não foi lá grandes coisa em um sentido bélico, vemos que o exército brasileiro tem ficado no ócio há um bom tempo.

    Não sou negligente a ponto de achar que é desnecessária a existência das forças armadas. Entretanto, sou favorável a algumas medidas que seriam consideradas... controversas.

    Primeiro, penso que para tudo, tudo mesmo, a quantidade não esteja relacionada à qualidade. Penso que entre os militares, há muito desperdício de dinheiro com efetivo que não serve para nada. É certo que treinamento é importante, mas atualmente, o exército, principalmente, trabalha para si próprio, comendo uma boa quantia em dinheiro, e em geral esses soldados vivem em quartel sem fazer nada a não ser cuidar deles próprios. Neste caso, como não sou favorável a uma extinção das forças armadas, penso que poderia haver uma redução no efetivo fixo, porque de nada adianta ter um monte de soldados que não estão de fato servindo ao país.

    E daí surge a questão da qualidade. Se reduzirmos a quantidade de soldados mas mantivermos uma quantia suficiente para fazer o serviço, com os mesmos custos seria possível investir em melhoras consideráveis, que aumentariam a eficiência do exército.

    As fronteiras brasileiras, sobretudo a oeste, são muito negligenciadas mesmo. Mas isso não seria solucionado com um aumento de efetivo. Mesmo se colocássemos um soldado a cada meio metro, sem métodos rigorosos e sem confiabilidade ética, não seria possível melhorar a situação. E principalmente as fronteiras à noroeste são hoje responsáveis pelo narcotráfico. Trazem cocaína pela floresta, ou mesmo em aviões. E trazem também armas ilegais que chegam sempre nas mãos de traficantes nas grandes metrópoles.

    Com a diminuição dos gastos públicos com efetivo, digamos, inútil, seria possível investir em tecnologia e em treinamento mais eficientes. Um exemplo é os USA. Lá, eles têm os fuzileiros (marinha), mas possuem também a guarda costeira. Os fuzileiros são para defesa militar e para efeitos de guerra. A guarda costeira serve para a vigilância e também para efetuar salvamentos e fiscalizar as "fronteiras" marítimas.

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  6. Compreendo a dificuldade inicial do meu adversário, somos absolutamente cordatos sobre o tema, pelo menos na sua primeira parte das suas considerações iniciais, isso posto há congruência em nossos raciocínios.

    Apenas uma palavra mau empregada da parte de meu adversário, quando referiu-se que "..não seria negligente a ponto de justificar a completa extinção das forças armadas" Essa afirmação foi uma infelicidade num meio da cordialidade, posto que NADA que tenha sido dito poderia levar a semelhante e tendenciosa conclusão.

    Vou reiterar nessa réplica de forma que fique bem claro para meu adversário, que sou favorável a extinção desse "cabidão" enorme que sustentamos, e , em seu lugar., após uma reengenharia (quem se lembra dessa palavra?) deixaria ai uns 10% do efetivo original.

    Asseguro qualidade dobrada com redirecionamento de atividades, (assim enfiaram a reengenharia em nossas goelas 15 anos atrás)sendo o campo dessas atividades E N O R M E.

    Por exemplo Roger, defendo que o Exercito, a Marinha e a Força Aérea, poderiam fazer a guarda de prisioneiros, criminosos, em pontos extremos do pais, onde, se sustentariam e contribuiriam para a sociedade, com algum tipo de tarefa produtiva, seja agrícola, pecuária ou mesmo industrial. Isso tem muito exemplo e é perfeitamente possível.

    O melhor marceneiro que conheço (caríssimo por sinal)até ser preso como puxador de carro e ir para Tremembé, não era nada, formou-se lá.

    Tudo sob vigilância de uns poucos homens em torres estratégicas, há 370 km abaixo do Rio Madeira., três ilhas depois do alto-mar Pernambucano, 450 km dentro da selva Mato-grossense, etc...

    Esse papo de videoconferência garantiria uma economia sem precedente para o estado e as forças armadas estariam preenchendo um espaço realmente IMPORTANTE para o pais, entre muitos outros. Alguém duvida disso?

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  7. Na segunda parte de suas considerações, meu adversário acho que não me entendeu, posto que alegou que não havia necessidade de aumentar a tropa para um melhor exercício da guarda de fronteira.

    Ora, se eu quero reduzir 90% do efetivo mantendo 10% justamente nas regiões de fronteira, de ONDE meu adversário tirou esse perola?

    A presença de radares e sistemas de monitoramento, satélites que já existem e outros que estão sendo agregados, TUDO isso é de fato importante, mas NADA substitui a presença de homens treinados e sistemas móveis de deslocamentos.

    Embarcações de vários tamanhos e modelos, aeronaves, veículos terrestres adaptados, TUDO é e seria MUITO bem vindo em toda região de fronteira.

    Mas precisamos da presença de soldados em movimentos incertos mas regulares. O adversário PRECISA saber que HÁ presença Brasileira na fronteira

    Hoje não sabem, se sabem sorriem, é assim no Primeiro Batalhão de Fronteira em Foz do Iguaçu, o 17 em Corumbá, o 2 de Cáceres entre vários outros, O QUE FAZEM????

    NADA, assistem traficantes de todos os tipos, assaltantes de carros e são vítima de chacota, levantam a bandeira DE MANHÃ E A ARREIAM A NOITE, cantam, marcham, E DORMEM e PORQUE????

    PORQUE ESSE GOVERNO de MERDA, não tem interesse em ORGANIZAR o comando militar, pois ficaria mais "difficile" seu controle. EU VI.

    O poder dividido ,,,,é um poder enfraquecido. (Napoleão)

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  8. "...A política brasileira tem como fundamento tomar medidas que a população aceite de forma mais fácil. E como sabemos, não há popularidade entre povo e forças armadas no Brasil. Desde a ditadura militar e das companhas estatistas populistas dos últimos governos, a imagem dos militares entre a população em geral é a pior possível."

    Analiso a frase de meu adversário,(ele sempre escreve como se fosse não a sua vontade mas de todo o povo da terra rsrs) nela subentendo que há um antagonismo entre as forças armadas e o povo do qual ela é formada, de modo que, essa "divisão", coloca as forças armadas sentada sozinha num banco, olhando de olhar baixo para o POVO junto com o GOVERNO, posto quer esses SIM, tem identidade.

    Meu adversário é conhecido e reconhecido por um inteligência mordaz, mas ela não se aplicou nessa observação, ou, modestamente, eu não a compreendi, logo, deixo para que numa outra oportunidade logre nos explica-la.

    Uma coisa é real, a corrupção política não permite que HAJA força militar suficiente que, num momento e manobra, venha a perder todo o "status quo" para os homens de farda.


    A política não quer fazer coro com o povo, a política quer que o povo se exploda, ontem foi 16/6, dia oficial dos partidos se declararem sob seus candidatos, sabem o que eles declararam (nos bastidores)?

    O povo que se f...numa eleição o que não pode é perder. A corrupção é um impedimento para tornar as forças armadas enxutas e produtivas, e a corrupção habita não somente os escritórios de Brasília, mas também os quartéis cujos comandantes tem por missão MANTER esse estado de coisa.

    Em outras palavras Roger, precisamos do Ernesto e do Carlos vivos de novo, usando verde-oliva.

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  9. Então,

    Quero esclarecer, Big John, que não tive dificuldade alguma devido ao fato de concordarmos. Mesmo porque, em sua introdução, você não foi muito a fundo sobre aquilo que pensa do assunto.

    Quanto aos termos que usei, "aumento de efetivo" ou "extinção das forças armadas", não atribui nada disso a você. Como pode ver, não afirmei que essas ideias vieram de você. Estava me referindo a pensamentos e correntes que conheço, pois há pessoas que defendem a extinção do exército, bem como há pessoas que defendem o aumento do efetivo militar. Então, não se preocupe. Sei que você não disse nada disso.

    Agora, com relação à política, não houve incongruência em minha afirmação. Quando uso o termo "em geral", isso mostra que se trata de uma generalização. Ou seja: não são todas as pessoas, mas a maioria. Para isso, basta ler um pouco mais sobre a história brasileira e verá que não há hoje e nunca houve grande aprovação da população brasileira para as questões militares. E, atualmente, se você conversar com as pessoas, verá que a maioria delas não aprova um investimento nessa direção que nós dois tencionamos. E por este motivo, políticos de todo o país evitam até mesmo falar sobre as forças armadas, pois, afinal, eles precisam abordar temas mais populistas, que agradem mais os ouvidos do povo.

    Isso não quer dizer que eles se importem com o que é melhor para a população. É evidente que de modo geral a maioria deles está pouco se lixando. Bem como, o sucateamento das forças armadas provavelmente deve ter se tornado plano mestre do governo desde o fim da ditadura.

    Agora, quem soltou uma pérola foi você. Em momento algum eu defendi a ideia de que homens devem ser substituídos por máquinas. Até por isso mesmo eu disse que era contra a extinção do efetivo, para de antemão evitar esta confusão. Mesmo assim, parece que você não soube compreender o que eu disse.

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  10. O fato é que em áreas florestais ou montanhosas, fica difícil circular com veículos terrestres e em muitos trechos o acesso é quase impossível. Nestas áreas, equipamentos de varredura térmica por satélite, radares para transmissão média e melhores comunicações, assim como um aumento em termos de fiscalização aérea, seriam muito mais eficientes. Os homens podem e devem ficar mais concentrados em áreas próximas a estradas, com postos de observação e até mesmo acampamentos bem equipados, para efetuar fiscalização corpo a corpo, vistoriar carros e motos que atravessem a fronteira, enfim, fazer o trabalho de forma manual.

    E em minha introdução eu também menciono que os métodos e até mesmo a questão ética neste aspecto deve mudar para que haja eficiência. É lógico que há corrupção dentro dos quartéis, e que muitos soldados de alta ou baixa patente costumam fazer concessões ilegais para traficantes de armas. Já houve vários casos relatados e muita queima de arquivos. Mas, meu caro, isso é Brasil. Para melhorar uma coisa dessas seria necessária uma reforma em todos os setores públicos, talvez nos privados também. A corrupção é uma chaga social que assola o Brasil há séculos, desde a época do império. Aliás, em sentido cultural a corrupção brasileira funciona ao estilo português. Até mesmo o populismo e o estatismo português são infiltrados em nossa sociedade.

    Enfim, não importa que tenhamos concordância sob o tema, Big John. O que vale é que nós dois possamos agregar conhecimento e valores à discussão. Quando debati com a Roberta também não discordava dela. é óbvio que isso dificulta as coisas no sentido retórico. Mas você não precisa se preocupar com isso, pois, afinal, você mesmo diz que não se importa com os votos e que no final a enquete não tem nenhum valor. Então, não leve o debate para este lado. Não há a menor necessidade. Podemos debater no sentido dialético, que aliás, é muito mais produtivo.

    Encerro minha réplica aqui.

    Até mais.

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  11. Esclarecido o mau entendido com relação a extinção ou não das forças armadas, das quais sou legítimo defensor, (sei cantar todos os hinos correlatos, ainda) vamos prosseguindo.

    Como pode perceber, é a segunda vez que faço um debate como se estivéssemos numa conversa dentro de uma padaria.

    Fluindo nas ideias e observações completamente despreocupado, e, acredite, estou gostando desse estilo, imagine varar noite adentro lendo teoria de húngaros e anglicanos por um parágrafo direcionado a você?

    Na minha tréplica reitero o modelo de forças armadas que preconizo contendo:

    As três armas enxutas em 90% de seu efetivo atual, o comando único nas mãos de um profissional na estatura de ministro, subordinado a Presidente. Esses 10% restantes seriam remanejados e readequados em postos onde hoje estamos vulneráveis, a saber:

    As 200 milhas estão abandonadas de presença bélica fiscalizadora.
    Falta aeronave e até combustível para uma presença mais ostensiva
    Na America do Sul os traficantes brincam nos céus do Brasil
    Em Rondônia é possível passar 300 km sem encontrar militar do Brasil.
    As riquezas são roubadas por brasileiros e estrangeiros via fronteira.
    Há crimes de lesa-pátria e a constituição é desconhecida

    São muitos os nossos pontos fracos, e, na sua grande maioria, eles estão em zonas fronteiriças. Na medida em que o povo tomasse ciência do grande serviço que tais militares representariam para o Brasil, se é que o povo os reprova conforme insinua, a coisa seria outra, certamente.

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  12. Com a redução e redução significativa no efetivo, acredito que o nível de profissionalização seria incomparável, hoje, infelizmente, o exercito ainda é uma fonte de renda de muitos que se lançam ao voluntariato por comida ou pelo soldo miserável.

    Com qualificação, presença, equipamento, readequação de material bélico, novas tecnologias, pesquisa e ciência, o Brasil daria um grande salto de qualidade, e não mais seriamos uma terra de porteira aberta em terra, mar e ar.

    Os nosso vizinhos descobriram nossas fraquezas e nos exploram, vide Hugo Chaves, Evo Morales, e etc...você atravessa de Foz para Argentina e Paga 5 reais no retorno pagará 20.

    No Paraguai sofremos vilipêndio pelos comerciantes locais, nas Guianas nossas mulheres são colocadas para "trabalhar", a força. Na Argentina somos roubados e hostilizados.

    Nossas "relações exteriores" sempre deixaram a desejar contra o cidadão brasileiro, veja-se o caso dos dentistas em Portugal, e dos turistas na Espanha.

    Tudo acontece porque há ausência militar nos eixos de fronteira interligados por comunicações, monitorados por equipamentos e satélites, com veículos compatíveis e adaptados a natureza de qualquer terreno.

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  13. Uma hora a casa vai cair, é uma folha de pagamento ENORME, fora toda propinagem que corre solta atrás do codinome FORÇAS ARMADAS.

    E nesse dia, espero, que minha contribuição e a sua configuração, venham ser lembradas. Precisamos enxugar essa máquina e torna-la exequível.

    Deve se lembrar nos antigos e numerosos soldados que povoavam todas as repúblicas da URSS, diga-me Roger, o que aconteceu?

    Desfizeram grandes contingentes, extinguindo divisões inteiras, não contentes chegaram a conclusão que a separação seria o ideal.

    Fizeram. Acredito que a vitória da maioria represente anseio de todo o povo, mas ainda há militar para caramba na Rússia, mas lá é outra história, tem China tem US, nada a ver com Brasil.

    Eu espero que a necessidade de mudança, tenha ficado plantado no inconsciente de todos, de modo que essa consideração, em busca de uma evolução dos serviços MILITARES com sua profissionalização, passe a ser uma semente disseminada nas lembranças de todos os leitores.

    Quando a vos do povo se fizer sentir as mudanças ocorrerão.

    Big JOhn

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  14. Pelo que pude notar, você acredita que seria ideal a redução do efetivo, para cortar gastos desnecessários. Isso é o mesmo que eu penso. Mas percebi algo que, não sei se você não tinha mencionado ou se eu não havia prestado atenção.

    Quando diz que é a favor de subordinar o exército, marinha e aeronáutica a UM comando, só consigo me lembrar de um caso na história moderna em que isso tenha acontecido, e ele é o de Dwight Eisenhower.

    Durante a WWII, Eisenhower ficou no comando geral das forças armadas norte-americanas, estando somente subordinado ao presidente. Parece que funciona. Ao menos, neste caso, funcionou. Mas, você acha que isso daria certo, aqui no Brasil? Digo, dar o poder TODO nas mãos de uma pessoa ou um pequeno grupo?

    Sei que eu poderia ter citado o exemplo de Hitler, que como Führer também era uma espécie de comandante geral. Mas o exército da Alemanha nazista era tão complexo em termos de hierarquia que até hoje tem historiadores que não entendem quem mandava em quem lá dentro... rs

    E agora, que já falamos a respeito das questões fronteiriças, vejo que também mencionou algumas outras questões estrangeiras. E penso que precisamos ainda ir mais a fundo.

    A moral brasileira é baixa no exterior. Isso acontece, provavelmente, por que há muitos brasileiros queimando o filme em países europeus e nos EUA, se humilhando para conseguir um mísero visto e trabalhando feito burro de carga em dois, três empregos, para ganhar uma miséria. Certa vez conheci uma moça que foi para os USA, e lá ela trabalhou forçadamente durante um bom tempo. De manhã era garçonete de fast-food, à tarde era frentista em um posto e à noite ainda fazia uns bicos como diarista ou garçonete em bares. Perguntei a ela porque ela fazia isso e ela disse que queria ganhar dinheiro. Então eu lhe informei uma coisa óbvia: Se ela tivesse trabalhado aqui o mesmo tanto que trabalhou lá, teria enriquecido tanto ou mais do que enriqueceu lá.

    O que isso tem a ver com o assunto, não é? Tem a ver que, no mundo, ninguém respeita o Brasil. Por isso, enquanto estrangeiros entram e saem daqui a hora que querem, seja por mar ou por ar, nós não somos bem vindos em nenhum país de primeiro ou segundo mundo que seja.

    Onde quero chegar é em sua comparação com a URSS. É claro que a União Soviética tinha seus defeitos, entre eles o principal era ser socialista. Mas no quesito militar, nunca houve na história um exército tão competente. E olhe que a tecnologia soviética nem era tão avançada quanto a alemã ou a americana. O fato é que mesmo com aquela imensa fronteira repleta de terrenos adversos eles foram capazes de defender seu país, tudo devido a uma disciplina e métodos rigorosos, além de um treinamento muito eficiente que se formos comparar aos métodos de hoje, simplesmente não há semelhança.

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  15. Um soldado soviético da época da segunda guerra mundial daria uma surra em dez soldados nossos de hoje em dia, sem dúvidas.

    Daí a importância do investimento em um treinamento rigoroso. Confesso que, quando servi, achei muito fraca a iniciação. Em meu pelotão inicial, houve pouca desistência. Na época em que meu tio serviu, segundo ele, o índice de desistência era enorme, porque poucos aguentavam o processo. Eu, particularmente, achei que qualquer molecote poderia passar por aquilo que passei sem muito esforço. E te garanto que eu mesmo não estaria preparado física ou psicologicamente para um eventual guerra naquela ocasião.

    Mas entenda, Big John, que há várias causas para isso estar do jeito que está. Desde o fim da ditadura, por influência da imprensa e da nova classe política brasileira, houve uma crescente propagação de ideais anti-militaristas. A mídia faz ainda hoje um incentivo sempre contrário a medidas militares. Durante a limpeza que se iniciou nas favelas do Rio no ano retrasado, os repórteres ficaram o tempo inteiro influenciando a população a ficar contra isso. É claro que a gente sabe que essas medidas foram tomadas apenas por causa da copa e das olimpíadas. Mas, o que importa mesmo é o resultado, não é? Para mim, ver os traficantes fugindo por uma estrada de terra feito os ratos que são é de uma imensa alegria, e eu torci muito para que eles morressem ou fossem baleados para pesar menos em nossa sociedade. Agora, eu te pergunto: você acha que todos pensam assim?

    Graças a políticas populistas e, digamos, suspeitas, temos uma crescente difusão da ideia de que a polícia e o exército são os cânceres da sociedade, como se por acaso o comando não viesse do governo. Os parlamentares tiram o deles da reta e a imprensa colabora colocando toda a responsabilidade em cima dos agentes finais, escondendo o processo que corre por trás dos panos até chegarmos nas mãos do policial que aceita propina ou do tenente que vende um fuzil para um contrabandista.

    Até mesmo a campanha do desarmamento mostrou isso. Políticos e imprensa lado a lado em uma campanha controversa, influenciando as pessoas para uma finalidade falsa. E há muita gente, meu caro, que acredita mesmo que o desarmamento poderá de alguma forma reduzir a criminalidade. E há pessoas que discutiriam conosco até o fim tentando provar este absurdo. É o mesmo que tentar reduzir os acidentes de trânsito proibindo o uso de triciclos, visto que as mortes causadas por acidentes domésticos com armas são ínfimos se comparados aos números da criminalidade.

    Aliás, ouvi falar recentemente em uma corrente nacional que está propondo a extinção da polícia militar, para criar uma guarda municipal atrelada diretamente ao exército e manter apenas as polícias rodoviária e federal. Você soube algo a respeito disso?

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  16. Pois é Roger, adentro agora para minhas considerações finais, primeiro parabenizando sua conduta que, como já foi públicamente testemunhado por outros membros, trouxe luz à matéria, contribuindo para que se forme opinião sobre um assunto, ao mesmo tempo contemporâneo e distante da maioria do povo.


    Sim, a exemplo de alguns líderes, entre os quais chineses, russos, e especialmente árabes e judeus, sugeri TODO poder na mão de um homem só, abaixo apenas de um nome, a Presidente.

    Subordina-lo a escória que manipula os demais poderes, seria contamina-lo e condena-lo a uma atuação meia-boca. Não é para resolver o problema de corrupção fardada? Não é para reduzir efetivo com ganho na qualidade?

    Não vamos desagradar um sem número de apadrinhados por esse rincão de norte a sul? Então vamos pegar pesado.

    Lógico que a escolha desse homem deveria seguir critérios rigorosíssimos de várias ordens, mas acredite, TEMOS homens excelentes para ocupar esse posto. Os nossos generais estão assustados, arrastando-se medrosos e sem garbo.

    Um assopro de orgulho transformaria esse homens, fazendo-os dar cumprimento aos exercício daquilo que é seu mister, a defesa da pátria e o orgulho em honrar as cores de nossa bandeira.

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  17. Concordo com você na comparação que fez entre o soldado russo com o Brasileiro, andávamos de ônibus e o povo nos oferecia lugares sorridentes, não, não vivíamos mais na ditadura, era simpatia e respeito mesmo.

    Tínhamos valor e fazíamos leve referência ao sorriso tímido das moças, cujos olhares eram atraídos pelo orgulho que a farda dispensava, até ao mais feio dos soldados. Havia ainda um toque de romantismo, na esteira do final da Segunda Guerra.

    Condutores paravam e acenavam para que atravessássemos a via, ser soldado e vestir o verde-oliva era motivo de orgulho.

    Hoje, ser soldado é um ônus, um fardo insuportável, uma perda de tempo que alguns pretendem questionar na própria justiça.

    É preciso mudar, retirar essa obrigatoriedade do serviço militar, retirar essa volta por cinco anos de reapresentação, não temos essa tradição bélica.

    É preciso reduzir senão totalmente, 90% do efetivo, mantendo apenas um mínimo indispensável alocado em áreas criticas e de fronteiras. E me refiro as Forças Armadas, não falo de Marinha ou Exército.


    É preciso passar um facão administrativo, e eu gostaria muito de participar disso, um projeto de adequação de tropas, trazendo a presença militar aos pontos mais extremos, dando segurança e marcando a presença Brasileira.

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  18. Quero agradecer ao meu adversário pela excelência das SUAS observações, O que permitiram que de uma conversa despretensiosa, colocássemos questões importantes em pauta.

    Sei que a água é um recurso pelo que se brigará a facada, sei que madeira e óleo, são fontes de energia motivadoras de grandes guerras, entre muitos outros, sei que temos um mundo a ser explorado em nossas matas e em nossos mares, mas nada disso adianta com essa força obsoleta, e suscetível de toda picaretagem que esse regime propicia.

    Tratando-se de FORÇAS ARMADAS, É preciso REDUZIR, CENTRALIZAR e ALOCAR essas forças onde elas REALMENTE possam cumprir aquele que seria seu papel constitucional. Servir a nação e o povo Brasileiro.

    Sei das dificuldades, sei quantos coronéis haveríamos de contrariar, sei que haveria morte, sangue e suor mas a vitória seria do povo, afinal.

    Muito obrigado.

    Big John

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  19. Esta questão do comando central era largamente defendida por Hitler, em seu livro, Mein Kampf. Veja que não estou fazendo qualquer tipo de comparação pejorativa, até mesmo porque Hitler pode ter feito muitas coisas ruins mas era um excelente estrategista, com exceção de sua invasão à URSS.

    Hitler detestava o sistema impessoal de governo adotado na Áustria, criticava o parlamento de forma clara, pois julgava que as decisões, quando tomadas de maneira impessoal, tiram a responsabilidade sobre o que foi decidido.

    A princípio, quando li isto pela primeira vez achei um absurdo. Mas hoje vejo que na prática é justamente o que acontece. E sobretudo no Brasil, onde temos um sistema em que o único papel real dos parlamentares é ocultar aquilo que realmente fazem.

    Quando vejo ou escuto estas teorias que visam desmoralizar as forças armadas, a polícia, ou que tencionam a influenciar as pessoas a serem muito pacíficas. Hoje mesmo vi no jornal uma matéria a respeito de roubo de carga (de caminhão) nas estradas brasileiras. Os caminhoneiros sofrem com esse risco desde sempre, e a fiscalização simplesmente não é competente ou não dá conta de protegê-los. Ocorre que nos USA, em meados dos anos 90, acontecia a mesma coisa. Muitos roubos de carga e muitos caminhoneiros sequestrados. Como a polícia de lá também está longe de ser perfeita, os caminhoneiros, diferente daqui, resolveram se organizar de um modo muito eficaz. Em vez de se acovardarem, eles se armaram. A partir disso começaram a reagir contra os assaltantes e, depois de algum tempo, a quantidade de assaltos reduziu drasticamente.

    Esta é a melhor solução? Óbvio que não. O ideal seria que as forças armadas fossem eficientes e conseguissem proteger a população. Por isso, tanto eu quanto você apresentamos ideias que visam a melhorar estes serviços. Embora estejamos mais voltados para o lado de defesa externa, fronteiras, etc., é inegável que qualquer melhora neste sentido iria refletir também na ação da polícia militar ou rodoviária.

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  20. A questão é que temos no Brasil o fantasma da ditadura. Existem muitos mitos sobre as ações militares durante o regime militar, e também há muito exagero em cima de coisas pequenas ou casos isolados. Então, a classe política, junto à imprensa, se aproveita disso para influenciar à população a ficar contra qualquer imposição militar ou investimento nas áreas bélicas.

    Deixo claro que não sou a favor de uma ditadura militar - a não ser que eu esteja no comando -, mas penso que, se comparado ao que temos hoje, o regime militar era muito melhor sob o aspecto da eficiência. E como você diz, antigamente era motivo de orgulho usar farda. Eu mesmo não sou nenhum patriota, mas tenho noção de que, no mundo em que vivemos, um país sem defesa armada é uma presa, como nós somos hoje.

    Sua ideia de um comando militar centralizado, subordinado apenas ao presidente, talvez seja mesmo mais eficiente. Até mesmo porque, quando ocorressem erros, haveria sempre UM responsável, e não um partido ou uma bancada, que são abstrações para tirar a responsabilidade de quem a tem.

    ...

    Gostei muito desse debate, que foi mais uma conversa. Acho que qualquer que seja o resultado aqui ele será justo, uma vez que ambos contribuímos com a discussão e fizemos a nossa parte.

    Conversa de padaria e um termo interessante. Mas, acho que soa mais como conversa de bar, onde falamos sobre os assuntos e bebemos alguma coisa, enquanto ouvimos uma péssima banda ao vivo fazendo cover do Bee Gees com um vocalista embriagado.

    Fico grato com sua participação, e agradeço também aos eventuais leitores.

    Até mais.

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