quinta-feira, 8 de março de 2012

Carlos Alberto X Fried - Pena de morte


Carlos Alberto Schenato Jr. 07/11/2011
Considerações Iniciais [1/3]
- Saudações Fried Nithi. Antes de mais nada gostaria de agradecer sua presença e agradecer a comunidade pelo campo em que iremos debater. E sem mais delongas começarei minha introdução/considerações iniciais.

- A pena capital é um assunto bem popular ultimamente, geralmente está sendo questionados os motivos pelo qual o nosso país não tem este tipo de atrocidade. Estou aqui, diferente de muita gente, para negar que esta lei seja aplicada, e espero fazer isto de forma bem lúcida e coesa.

- É totalmente errado dizer no meio psicológico que você está punindo alguém, matando-o. Isso por que punição significa uma reação que tenta diminuir o número ou nível da ação primária (não matando o indivíduo). Portanto, acho este ponto indiscutível.

- Sigo adiante ao segundo e talvez o ponto "discutível" da pena capital, sua influência na sociedade:

- Muitos dos defensores da pena de morte dizem que com sua aplicação o número de crimes irá diminuir, entretanto a teoria e a prática são duas coisas bem diferentes.

- Todos sabem a teoria da pena capital, creio que você irá repetir-la para nós, porém gostaria de apresentar alguns dados da prática desta pena:

1# - “Cada execução custa US$ 25 milhões, afirma documento. segundo pesquisa.”

1.1 - O que dizer das penas capitais em nosso país que está começando a por os pés nos degraus da economia? Perder 25 milhões de dólares em cada execução é realmente problemático.

2# - "No Canadá, o índice de criminalidade em 1993 diminuiu em 27% depois que a pena de morte foi abolida, o que não se verificava nos anos em que a pena de morte ainda vigorava."

2.1 - É de ficar pasmo, com este enunciado não pretendo envolver quaisquer solução, mas apenas notificar que a pena de morte não exerce nenhum efeito.
Carlos Alberto Schenato Jr. 07/11/2011
Considerações Iniciais [2/3]
3# - "O FBI revelou que o número total de norte-americanos vítimas de assassinatos, estupros ou assaltos foi superior a 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) no ano de 1990."

3.1 - Evidente que os índices apresentados acima são altos, e que o E.U.A., tem os maiores índices, mesmo tendo a pena de morte em sua constituição.

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- Não quero fazer dos enunciados meus argumentos, porém isto serve para quebrar a base dos indivíduos que tentam persuadir as pessoas pela teoria, na teoria a pena de morte é interessante, assim como o comunismo, mas na prática ambos não funcionam.

- Há diversos outros dados em minhas pesquisas que apontam o mesmo, até em pesquisas da ONU sobre a pena capital, aponta-se que esta não tem efeitos dissuasores. Paris e Londres (cidades de países no qual a lei não vigora!), em 2010 tiveram um número de homicídios somados há 270. Enquanto em São Paulo o número passou de 5.000.

- Evidente que, comparando os números (que são realidades), a pena de morte não influência "bolhufas". O mesmo foi constatado pela Inglaterra, que anunciou a abolição da pena por estes motivos.

- Não é correto assumir que as pessoas que cometem crimes graves o fazem depois de analisar racionalmente as consequências. Geralmente, os assassinatos ocorrem quando a emoção ultrapassa a razão, ou sob a influência de drogas ou álcool. Muitas pessoas que cometem crimes violentos são emocionalmente instáveis ou doentes mentais. Em nenhum destes casos o receio da pena de morte pode ser dissuasor. Além disso, aqueles que cometem crimes graves premeditados podem decidir fazê-lo, apesar do risco de serem condenados à morte, por acreditarem que não serão apanhados.
Carlos Alberto Schenato Jr. 07/11/2011
Considerações Iniciais [3/3]
- Percebendo de seu interesse pela religião, creio que muito dela ainda se encaixa no "ato de matar". Primeiro que, um dos 10 mandamentos da religião diz "Não matarás", portanto um criminoso já é acusado dentro da religião, e padecerá no inferno. Matá-lo só irá igualar, e ocupar mais um espaço ao lado do Anjo que caiu do céu.

- Lembro-me de uma frase muito famosa proclamada por Cristo, esta frase foi dita em um lugar que é muito especial para nosso tema. Deixe-me elucidar: "Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra". Adultério, na época era passível de morte. Para minha pessoa, a realidade tem dois quesitos: Tempo e Espaço. Sendo assim, adultério era um crime gravíssimo, como hoje em dia seria esquartejar uma criança. Da mesma forma, a mulher foi liberada.

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- Cabe também o fato de que a pena de morte pode ser usada como uma arma à liberdade de expressão e até mesmo a democracia.

- O debate com certeza não envolve somente o Brasil e como ela será aplicada, mas sim em todo o mundo, a pena de morte em geral. Portanto, gostaria de introduzir que, no Oriente Médio, Homossexuais, Adúlteros (pessoas que dormem com outra que não de casamento) e outrem, são mortos, por enforcamento, fuzilamento e outros meios. Sei que podes usar o argumento de que isso nunca aconteceria no Brasil, e está certo, mas isto não deixa de ser PENA DE MORTE 

- Outro ponto a ser citado, é o fato de que em nosso país somente os ladrõezinhos de baixo nível são pegos, são estes que serão executados, não os altos chefões da rede de corrupção e de tráfico. Ladrõezinhos se consegue aos montes, e 25 milhões de dólares por cabeça não é uma opção.

- Concluo em minhas considerações iniciais, que a pena de morte não é uma lei a ser considerada, não pode ser implantada, nem sustentada.
Fried Nithi 08/11/2011
Considerações Iniciais... 1/3
Primeiramente agradecer ao Carlos pela presença, e a comunidade, por cederem espaço para debates de idéias; são iniciativas assim, que o Brasil precisa.

Venho defender um tema bastante polêmico e discutido, principalmente em nosso país. Irei explanar minhas idéias sobre a pena capital, e refutar alguns pontos que foram expostos pelo Carlos, em suas considerações iniciais, diga-se de passagem muito bem feita, mas com alguns equívocos. Finalmente, é bom ressaltar que só enxergo a aplicação da pena de morte em casos extremos, como o de matadores seriais (serial killers), estupradores ou assassinos com ficha criminal e políticos corruptos. E será em cima desses pontos que farei minha defesa.

A função principal da punição é: diminuir a probabilidade de prática do comportamento delituoso pelo indivíduo. A pena de morte não só diminui a probabilidade, como, extingui qualquer chance de reincidência.

Agora vamos aos números:

- "de cada dez detentos postos em liberdade sete voltam à prisão por novos delitos." (Dados do Ministério da Justiça.)

Interessante que 70% dos presos, ao sair da cadeia, voltam a praticar seus crimes, o que ilustra muito bem, a situação de frouxidão do código penal brasileiro. O objetivo de reeducar não ocorre, e mesmo que os métodos fossem adequados, os indivíduos psicopatas de alta periculosidade não teriam como se curar, pois não se têm cura para psicopatia.
Fried Nithi 08/11/2011
Considerações Iniciais 2/3
Com base nisso, vamos a outro ponto:

- De acordo com o site G1, em matéria divulgada em 24/08/09, o custo médio mensal de um preso para o país é de R$ 1.200,00.
Sendo que para preços em regime de segurança máxima de instituições federais esse valor sobe para R$ 4.800,00. Fora os custos gastos no poder Judiciário, em penitenciárias e na manutenção de erário público.

Como os presos que identifiquei acima, não são passíveis de cura, e sabendo que, colocá-los em convívio social, seria um assinado de reincidência de crimes, a única opção fora à pena de morte, seria, prisão perpétua, fazendo assim, os gastos elevarem ainda mais. Fora que, proponho a pena capital, também, para políticos acusados de corrupção, que acredito, são sim, influenciados pelo medo, diferente dos psicopatas e criminosos que o Carlos, bem disse. Hoje sabemos que a corrupção no Brasil gasta um rombo nos cofres públicos num valor de US$ 3,5 bilhões por ano. A conclusão que temos é que, devido ao aumento de corruptos e denúncias, estamos melhorando o quadro de impunidade, e fazendo os números de punidos subirem, aliando isso a aplicação da pena extrema aos delituosos corruptos, não vejo outra saída a não ser, a baixa nos números da corrupção, fazendo assim, possível a aplicação financeira da pena capital.

Quanto as pesquisas que mostrou, não quer dizer nada, pois existem pesquisas mostrando efeitos contrários ao que o Carlos apresentou. Em estudo realizado no Texas depois que uma decisão judicial interrompeu as execuções no Estado, do início de 1996 ao início de 1997.
"Modelos estatísticos aplicados aos dados antes e depois deste período mostram que a interrupção levou a algo entre 150 e 200 homicídios adicionais", diz McAdams.

Pesquisas assim, tratam regiões completamente diferentes como se a única diferença entre elas fosse a lei. Um Estado pode precisar da pena de morte exatamente porque têm índices de criminalidade mais altos.
Fried Nithi 08/11/2011
Considerações Iniciais... 3/3
É bem sabido que, muitos presos continuam seus crimes mesmo dentro das prisões, um exemplo muito famoso disso é o do traficante Fernandinho Beira-Mar, pessoa esta que provoca milhares de mortes, rombo aos cofres públicos também, e com isso prejuízo.

A pena capital vem para acabar com a possibilidade de continuação do erro. Um político que rouba dinheiro da verba para educação, está compactuando com milhares de crimes, cortando essa prática, ou diminuindo-a significativamente, consequentemente, diminui a criminalidade.

Um político sendo acusado de corrupção e sendo morto por conta da pena extrema, serviria de lição para futuros políticos propensos a cometer tais atos.

A conclusão que chego é que, a própria pena capital, permitiria que ela fosse aplicada.
Carlos Alberto Schenato Jr. 08/11/2011
Réplica [1/3]
- Interessante introdução, porém não vou ocupar muito espaço, há muito o que contestar.

- Eu comentaria tudo sobre os erros demonstrados em sua primeira parte de introdução, porém como você aprofunda o assunto nas partes seguintes, irei começar direto por elas.

1- Sua afirmação após a citação da porcentagem de detentos que voltam aos seus "lares, doces lares" é meio errada. Sim, a situação do código penal brasileiro é um problema. E o maior problema é a segunda metade de seu comentário. Temos boa parte da reincidência por quais motivos?

1.1- As penitenciárias não cumprem o seu papel, que você toma como reeducar. Elas reeducam, e reeducam tão bem, com comida de graça, roupa limpa, educação (dinâmicas em grupos, o que deve ser muito divertido), e o mais divertido, visitas íntimas... Sexo toda a semana, seja com visitas autorizadas ou dentro das celas. É uma casa boa, para alguns.

1.2 - E estes alguns são os pobres, os que nunca tiveram nada. Que saem da cadeia sem ajuda para trabalhar, com ameaças de seus antigos parceiros de crime, nada lhes resta se não retomar ao mesmo. O objetivo da prisão é PUNIR, e não é isso que está acontecendo.

1.3 - Psicopatas, doentes mentais, etc... como você bem citou não tem cura. Mas um instante, tudo que não se tem cura deve ser morto? Devemos matar pessoas com Aids? Câncer? E outras doenças crônicas?

1.3.1- É fato que, em todas as doenças crônicas existe a possibilidade de diminuição dos sintomas, nenhum psicopata é colocado nas ruas se não analisado. Se não for possível este voltar, ele ficará em uma clínica especializada para estes problemas, e nunca sairá de lá. Pessoas como eles, não são puníveis nas leis.
Carlos Alberto Schenato Jr. 08/11/2011
Réplica [2/3]
2 - Percebo que sua afinidade com a matemática não é muito próxima. Segundo o enunciado da própria G1 (e de vários outras fontes), que coloquei em minha introdução, a pena de morte custa U$ 25 milhões (Note: Dólares). Se calcular, chegará ao resultado de que:

- 1 preso executado equivale a 20 presos (ou mais) em prisão perpétua, durante toda a vida.

- No caso econômico, a pena capital pesa muito mais do que qualquer outra pena aplicável. Além do mais, prisão perpétua é mais aceita pelos brasileiros do que pena capital, isso foi constatado pelo IBGE a um mês atrás. Além de podermos implementar sistemas de produção nas penitenciárias, gerando algum lucro delas, fazendo os presos pagarem pelo que consomem na cadeia.
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3- Um ponto muito bem citado, política.

- Vejamos, os políticos não querem ascender nem ao menos o voto público, quanto tempo irá durar para que eles aceitem a pena de morte para eles mesmos?

- Percebo que sua intensão não é diminuir a violência, mas colocar fogo no circo que já está repleto de combustível.

- Como citei antes, a pena capital pode se tornar uma arma contra a democracia, vemos isso no caso da China. E veremos aqui, políticos implantando provas encima de políticos, para que saiam da concorrência, mortos pelas próprias mãos da justiça. Deusa Tamis tem uma venda nos olhos, e só sente para onde a balança pesar, e esta pode estar errada.Será uma guerra dentro do senado, onde a arma é a própria constituição.

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4- Tudo que mostrei entre itálico são fatos. A única menção a pesquisa que fiz foi sobre a ONU.

- Vejamos, a pesquisa realizada no Texas é de um ano. Enquanto os fatos que relatei são de anos de convivência (FATOS OCORRIDOS) de países. As mortes que foram acrescentadas NÃO NECESSARIAMENTE TÊM LIGAÇÃO COM A PENA DE MORTE.

- E é exatamente neste momento que você derruba sua própria lógica.
Carlos Alberto Schenato Jr. 08/11/2011
Réplica [3/3]
"Pesquisas assim, tratam regiões completamente diferentes como se a única diferença entre elas fosse a lei. Um Estado pode precisar da pena de morte exatamente porque têm índices de criminalidade mais altos."

- Meus argumentos, juntamente com os fatos liberados pelo FBI de altas taxas de criminalidade em um país com pena de morte, somados com fatos de em outras localidades sem pena de morte haver baixos índices de crimes, são multiplicados pelo sua afirmação, chegando ao resultado: Pena de Morte não é o X da questão!

- Por que um estado necessita da pena capital, e outro não?

Duas respostas possíveis:

a) Por que as pessoas daquele país nascem mais violentas, por natureza.
b) Pois o estado entrega diversas variáveis à sociedade, possibilitando a execução de crimes.

Gabarito: B!

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5 - Celulares e controle de crimes dentro da cadeia são combatidos com segurança na cadeia! Diminuir regalias! Não é o fato de haver pena de morte, que um bandido vai deixar de fazer uma ligação.

- Todos sabem que nos estados unidos, o número de presidiários supera em milhares de vezes o número de outrem condenados a pena de morte. Desses, são poucos os que são realmente executados. Não há como sair cortando cabeças na guilhotina feito um Imperador louco... É um dos sintomas da tirania, que restringe a liberdade de expressão e a democracia.

- Vale ressaltar, que no meio dessas cabeças rolando, estarão inocentes, e não é atoa que nosso país aboliu essa pena, séculos atrás. Morte de inocente pela própria espada da justiça. Que na verdade, em nosso país pode ser perfeitamente cabível de erro.

- A própria Igreja Católica usou a pena de morte para matar o que consideravam bruxos, e estes provavelmente teriam feito-nos avançar anos na tecnologia. Pena de morte não é uma solução inteligente!

Carlos Alberto Schenato Junior

Fried Nithi 09/11/2011
Réplica...1/3
Bem, vejo que na primeira parte de sua réplica, você tratou da reincidência, que bom que concordamos em algo, o código penal é frouxo e, as penitenciárias não cumprem seu papel. A reincidência é um fato, e o que você expõe quando retrata a realidade nos presídios, só aumenta a força do argumento de que a prisão por si só, não é uma punição tão adequada; o criminoso já entra com a sensação de que terá comida de graça, transa semanal, e se for um preso com dinheiro, mais algumas regalias. Sabe que ficará por pouco tempo, e voltará para as ruas logo. Se cometer outro crime, volta para a hospedagem temporária e, assim, sucessivamente.

Por esse motivo, defendo a implantação de uma lei, similar com a 3 strikes, que existe nos EUA. Quando o meliante é condenado por 3 vezes, o mesmo não tem mais direito a liberdade, ou é condenado a prisão perpétua, ou pena extrema.

Em quais seriam os casos da aplicação de pena capital nesse esquema? Um exemplo que se enquadra perfeitamente, é do velho conhecido que já citei em minha introdução, Fernandinho BM. Sabemos que, mesmo preso, ele ainda é um incômodo para a civilização de bem.

Quanto a comparação que fizestes, fora bem inadequada e nonsense. Pois o que faz a pena de morte valer, não têm relação direta com a patologia em si do indivíduo, mas sim, com o que ela causa na sociedade e no convívio social. Um psicopata que mata crianças em uma escola, não deve ser comparado com um enfermo de AIDS que vive sua vida sem prejudicar ninguém.

Psicopatas ricos, mesmo presos, continuam sendo um perigo para a sociedade.
Fried Nithi 09/11/2011
Réplica...2/3
Esse seu dado de 25 milhões é discutível, pois em outras fontes, encontro valores super abaixo desse que você expôs, exemplos:

"Cada execução custa cerca de US$ 2 milhões para o estado da Carolina do Norte, por exemplo. No Texas, o valor é parecido (...)"

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?id=1171696

"Gasta-se uma média de 2,5 milhões de dólares para executar um condenado nos EUA."

Fonte: http://super.abril.com.br/superarquivo/2001/conteudo_214503.shtml

Mesmo que o valor seja maior que de uma condenação de prisão perpétua, por exemplo; os prejuízos são bem maiores, quando tratamos de presos que possuem "cacife" e que continuam comandando suas facções criminosas de dentro das penitenciárias.

Em dezembro de 2010, durante a ocupação do Complexo do Alemão, foram encontradas cartas atribuídas a Beira-Mar, possivelmente enviadas da prisão, em Mato Grosso do Sul. Nessas cartas, o prisioneiro sugere que seus comandados se aliem às milícias do Rio de Janeiro e organizem sequestros de autoridades para trocá-las por milicianos que se encontrem presos.
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Quanto à aprovação por parte dos políticos, seria similar ao ficha limpa. Quem não deve, não teme!

Do jeito que você aborda a questão, até parece que os julgamentos se dão assim, tão fácil. Pode ocorrer implantação de provas? Pode, claro. Mas até esses inocentes serem julgados culpados, é outra história. Sem mencionar que a pena de morte não significaria o fim do in dubio, pro reo, mas sim o reforço deste princípio – à menor sombra de dúvida sobre a autoria do crime, a pena capital não seria aplicada.
Fried Nithi 09/11/2011
Réplica...3/3
Só um adendo à questão dos políticos: vídeos de pagamento de propina e, dinheiro encontrado na cueca, não tem como serem forjados.

Não entendi a crítica feita a pesquisa que mostrei do Texas. Durante o período que o estado ficou sem a implantação da pena capital, a taxa de homicídios aumentou consideravelmente. Com isso quis demonstrar que, existem pesquisas tanto à favor, quanto contra.

Não entendo também, a lógica aplicada a essas estatísticas que mostram o declínio das ocorrências pós pena extrema. Acho que o criminoso pensa assim: "Acho que agora não vou mais matar ninguém, afinal de contas, não correrei mais riscos de ser morto. Perdeu a graça!"

"Celulares e controle de crimes dentro da cadeia são combatidos com segurança na cadeia! Diminuir regalias! Não é o fato de haver pena de morte, que um bandido vai deixar de fazer uma ligação."

- Duvido que o Fernandinho BM, ligue ou mande cartas para alguém depois de morto.

"Não há como sair cortando cabeças na guilhotina feito um Imperador louco... É um dos sintomas da tirania, que restringe a liberdade de expressão e a democracia."

- E ninguém está propondo isso.

"Vale ressaltar, que no meio dessas cabeças rolando, estarão inocentes, e não é atoa que nosso país aboliu essa pena, séculos atrás. Morte de inocente pela própria espada da justiça. Que na verdade, em nosso país pode ser perfeitamente cabível de erro."

- Segundo esse argumento, tudo o que contém algum risco de erro é ilegítimo. Se esse argumento procedesse, deveriam ser proibidos o avião e o automóvel, porque acontecem vários acidentes por ano e muitos inocentes morrem. "Abusus non tollit usum" (o abuso não tolhe o uso), é uma máxima do Direito absolutamente verdadeira. Caso contrário, a vida em sociedade seria impossível.

Por fim, a igreja católica e a "santa" Inquisição, em nada tem a ver com a pena capital no Brasil. Afinal, não vivemos em regime teocrático.
Carlos Alberto Schenato Jr. 10/11/2011
Tréplica [1/3]
- O tema de nosso debate é pena de morte, não pena de morte no Brasil. Não restrinja o assunto.

- É muito infeliz o seu modo de pensar. Pensar que qualquer pessoa que fere a sociedade deve ser morta. Por isso fiz meu argumento sobre pessoas com AIDS, somente para criticar nas entrelinhas, mas percebo que lhe passou despercebido.

-” só aumenta a força do argumento de que a prisão por si só, não é uma punição tão adequada;”

- Toda a prisão é uma punição adequada, quando bem aplicada. Do modo que escreve, aparenta que queres matar a todos os presos. Rende-se muito mais retirar as regalias dos presos, do que enviar eles para o abate!

- Você prefere a tortura ou a morte? Não digo que iremos torturar nossos presos com ferramentas, porém só o fato de estarem presos, somente com o necessário para sobreviver é uma tortura, de todas as formas, psicológica e física.

- Sua indignação com psicopatas já fora respondida pelo seu modo de pensar. Matar é resolver o problema? Eu acho que não.

- Minha idéia, não é gastar montantes matando pessoas, mas sim gastar o valor que seria para matar uma pessoa em outras áreas de segurança, inclusive das próprias penitenciárias, o que resolveria essa sua persistência com o problema da segurança nas mesmas.

- Tenho certeza de que ainda sobraria muito para realizar outras obras de penitenciárias e inclusive utilizar a verba em outras condenações, bem como na sociedade, para reforçar a policia, alias é ela quem prende bandido, não é a pena de morte.

2- Tenho muito que dizer de suas fontes:

2.1- Uma contradiz a outra, uma diz que é 2 milhões e outra 2,5 milhões. Nenhuma diz exatamente o quanto é.

2.2 – Termine os enunciados, não é bom enganar os leitores... ”No Texas, o valor é parecido e é três vezes maior do que o custo de manter alguém preso, em segurança máxima, por mais de 40 anos.
Carlos Alberto Schenato Jr. 10/11/2011
Tréplica [2/3]
2.3 – Ambas as fontes pendem para o meu lado do debate, agradeço por acrescentá-las. Ambas denotam a possibilidade de racismo nas execuções de pena de morte. A matéria da sua segunda fonte é muito interessante, pois demonstra diversos filósofos, sociólogos e cientistas, que são contra a pena de morte. Dizem sobre os erros cometidos, inclusive do governador que denota serem recordistas de assassinatos de inocentes.

- Citando algumas partes da sua ajuda:

-"Desde 1970, 87 americanos deixaram de atravessar o corredor da morte por conta da comprovação de erros no desenvolvimento dos processos e na apuração de inocência poucas horas antes do momento fatal. Ou seja: escaparam por pouco de serem assassinados pelo Estado, pela própria sociedade que repugna o assassinato a ponto de querer punir com a morte. Quantos outros não teriam sido executados antes que conseguissem provar sua inocência?"

-"O escritor húngaro Arthur Koestler, em Reflexões sobre a Forca, anotou que a "forca é o denominador comum entre a barbárie primitiva, o fanatismo medieval e o totalitarismo moderno".

2.4 - É uma enchente de argumentos de especialistas citando que a pena de morte é ruim, péssima, não aplicável. Recomendo a todos lerem. Há muitas outras que não poderei mostrar aqui por conta do tamanho da postagem, pois ainda há muito que discutir.

2.5 - Além de suas fontes me ajudarem, tenho outras fontes, que digo de passagem, com renome um pouco melhor, que confirmam meus dados:

www.g1.globo .com/Noticias/Mundo/0,,MUL1348465-5602,00.html

www.band. com. br/tv/noticia/?id=207461

www1.folha.uol. com. br/folha/mundo/ult94u640577.shtml

Ambas as fontes, Globo ponto com, Band e Folha Online. (retirar os espaços)

Destaque especial para globo, que fez uma ótima matéria, principalmente com ilustrações de como funcionam as penas de morte. Também para a Folha Online, que denotou que a maioria dos chefes de policia americana não percebe efeito nenhum com a lei vigorando.
Carlos Alberto Schenato Jr. 10/11/2011
Tréplica [3/3]
- Seu modo de pensar quanto "sombras de dúvidas" é exatamente o que acontece nos estados unidos, poucos presos são condenados a pena de morte, e enquanto se encontram no corredor, pelo menos 1 deles é realmente executado. E como a condenação e a permanência de um preso no quesito pena de morte é muito mais cara que a de um preso normal, o governo gastará muito mais.

- A pesquisa do Texas não é comparável aos fatos que demonstrei. Não é um jogo de quantidade, mas sim de qualidade. Texas compete igualmente com a Inglaterra inteira? ONU? As estatísticas do FBI? Além do mais, um ano de experiência não pode ser tomado como realidade, como disse, o aumento pode estar relacionado com outras coisas, fora pena capital.

- A redução no Canadá é um fato, tendo lógica ou não.

- Fried, também dúvido que 1 (um) preso, envie mensagens depois de morto. Mas antes de morrer ele envia, e seus companheiros depois que ele morrer enviarão, e se estes morrerem, haverá outros... Depois dos bilhões gastos ai, por que não desenvolver a tecnologia de segurança nos presídios?

- É um modo de escrever que denota seu pensamento em partir para a guilhotina como modo de resolver as coisas, das quais não são resolvidas deste jeito. O Valor de cada executado iria acarretar em uma grande ajuda na segurança em geral.

- Seu penúltimo argumento, sobre carros e aviões... Bom, não foram construídos para matar, foram? A pena capital sim. Você não pode criar uma relação desta entre eles.

- Por fim, agradeço suas fontes a minha ajuda. Tenho plena convicção de que a pena de morte gasta milhões, e pouco efeito surte na sociedade. Deixando de lado outros pontos, como a segurança nas ruas, pergunto a todos que conheço se eles se sentirão mais seguros, se depois de um bandido ter matado eles, o bandido morrerá. E sempre obtenho a mesma resposta: "Não me sinto mais seguro..."

- Fried, você se sente mais seguro? Por favor, responda.
Fried Nithi 10/11/2011
Tréplica...1/3
"O tema de nosso debate é pena de morte, não pena de morte no Brasil. Não restrinja o assunto."

- No começo do debate deixei claro os pontos que eu defendia, em nada têm a ver com bruxas.

"Por isso fiz meu argumento sobre pessoas com AIDS, somente para criticar nas entrelinhas, mas percebo que lhe passou despercebido."

- Eu expliquei muito bem a diferença. Se o enfermo com AIDS for um maníaco que sai por aí infectando os outros com uma agulha, deve ser julgado também.

"Rende-se muito mais retirar as regalias dos presos, do que enviar eles para o abate!"

- Dependendo do preso. Já explicado, quais são os exemplos.

"(...) porém só o fato de estarem presos, somente com o necessário para sobreviver é uma tortura, de todas as formas, psicológica e física."

- Não para todos.

"Matar é resolver o problema? Eu acho que não."

- Matar é extinguir a possibilidade de reincidência.

"Minha idéia, não é gastar montantes matando pessoas, mas sim gastar o valor que seria para matar uma pessoa em outras áreas de segurança, (...)"

- Com o que eu propus para os políticos, teria dinheiro para absolutamente TUDO. Com a diminuição da corrupção, decorrente da pena capital para corruptos.

"(...) alias é ela quem prende bandido, não é a pena de morte."

- Eu sei, mas quando o meliante psicopata voltar para as ruas, a polícia terá que o prender novamente.

"Uma contradiz a outra, uma diz que é 2 milhões e outra 2,5 milhões. Nenhuma diz exatamente o quanto é."

- Ambas utilizam as palavras "cerca" e "em média". Então, não se contradizem. Uma das pesquisas fora feita pela Universidade de Duke na Carolina do Norte.

"Termine os enunciados, não é bom enganar os leitores..."

- Minha intenção não fora essa, tanto que o link da fonte estava presente, quem quisesse poderia verificar. E eu já refutei essa questão, de ser uma prática mais cara.
Fried Nithi 10/11/2011
Tréplica...2/3
"Ambas denotam a possibilidade de racismo nas execuções de pena de morte."

- Aposto que no Brasil a maioria a ser julgado seriam de negros, mas pq será? Racismo? Eu acho que não. E possibilidade não é constatação do mesmo.

"A matéria da sua segunda fonte é muito interessante, pois demonstra diversos filósofos, sociólogos e cientistas, que são contra a pena de morte."

- Inclusive do cientista político John McAdams que já citei aqui no debate, sendo à favor da pena extrema; e o filósofo Denis Rosenfield, que diz: "não há um argumento filosófico pronto para refutar a pena capital."

"Dizem sobre os erros cometidos, inclusive do governador que denota serem recordistas de assassinatos de inocentes."

- Engraçado que o Carlos não nos passou o motivo dos erros, percebam nos trechos que ele coloca para ilustrar seu comentários, a data de 1970. Agora os motivos:

"Os motivos dessas reviravoltas geralmente são exames de DNA – que se tornaram comuns a partir dos anos 90 –, comprovação da manipulação de provas pela polícia e atuação mais firme dos advogados de defesa, ao contrário da postura negligente de alguns defensores públicos."

Ou seja, a tecnologia influenciou na decisão, hoje com todo o aparato tecnológico, sistema de inteligência policial e melhor preparo dos profissionais de direito, os erros se tornam quase nulos. Como disse antes: a pena de morte não significaria o fim do in dubio, pro reo, mas sim o reforço deste princípio – à menor sombra de dúvida sobre a autoria do crime, a pena capital não seria aplicada.

"É uma enchente de argumentos de especialistas citando que a pena de morte é ruim, péssima, não aplicável."

- Não vi essa "enchente de argumentos". Colocaram basicamente, os mesmo que você está expondo aqui, e sendo refutados, um por um.
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É importante salientar que as suas fontes se utilizam do Centro de Informações sobre a Pena de Morte (DPIC). Que é uma ONG contra a pena de morte, que beleza hein!?
Fried Nithi 10/11/2011
Tréplica...3/3
"E como a condenação e a permanência de um preso no quesito pena de morte é muito mais cara que a de um preso normal, o governo gastará muito mais."

- De novo? Repete esse argumento ad nauseam, já mostrei aqui o prejuízo maior que é, em deixar esses criminosos vivos.

"A pesquisa do Texas não é comparável aos fatos que demonstrei. (...) Além do mais, um ano de experiência não pode ser tomado como realidade, como disse, o aumento pode estar relacionado com outras coisas, fora pena capital."

- Ué digo o mesmo para as suas pesquisas, eu demostrei um fato, os crimes aumentaram substancialmente no período de recesso da pena capital no estado. Pode ter relação com a pena de morte? Pode. Pode não ter relação? Pode também. Assim como nas suas pesquisas.

"A redução no Canadá é um fato, tendo lógica ou não."

- Acontece que para atribuir esse fato à pena de morte, deveria ter lógica, coisa que já provei que não tem.

"Fried, também dúvido que 1 (um) preso, envie mensagens depois de morto. Mas antes de morrer ele envia, e seus companheiros depois que ele morrer enviarão, e se estes morrerem, haverá outros"

- Você sabe a importância de neutralizar o "cabeça" de uma facção? Acho que não.

"Depois dos bilhões gastos ai, por que não desenvolver a tecnologia de segurança nos presídios?"

- Ad nauseam.

"O Valor de cada executado iria acarretar em uma grande ajuda na segurança em geral."

- Ad infinitum.

"Seu penúltimo argumento, sobre carros e aviões... Bom, não foram construídos para matar, foram? A pena capital sim. Você não pode criar uma relação desta entre eles."

- A relação é a possibilidade de morrer inocentes, ambos possuem probabilidades de ocorrerem, mas a chance que tem de acontecer não invalida o uso do mesmo.

"Por fim, agradeço suas fontes a minha ajuda."

- Não sei se ajudou muito não. Repetição dos seus argumentos, somente.

"Fried, você se sente mais seguro? Por favor, responda."

- Sim.
Carlos Alberto Schenato Jr. 10/11/2011
Considerações Finais [1/3]
- Uma pena que não percebeu que todos os meus argumentos repetitivos são espelhos de seus argumentos. A todo o momento citas que irá acabar com a reincidência, que um psicopata voltará às ruas. Sim, acaba com a reincidência, mas não impede a incidência. Para cada um que matar, haverá outros que aparecerão. E a mesma coisa para os psicopatas. Repetindo, psicopatas não são tratados como presos comuns.

- Não sei o que me resta, desenhar talvez. Porém não irei repetir tudo, como citou nestes casos. As fontes suas, tanto as minhas estão ai para comprovar qualquer coisa que eu disse no debate. Basta ler o debate ao contrário e você encontrará as respostas de suas "refutações".

- Ressaltando seu ponto de visão contra minhas fontes. Só pelo fato de ser uma organização contra a pena de morte, as afirmações são invalidadas? Mesmo passando pela peneira renomada de jornais online? Se fosse desta forma, tanto os SEUS, quanto os MEUS argumentos de nada valeriam, simplesmente por sermos a favor ou contra. Seu argumento foi totalmente SEM LÓGICA.

- Sinta-se um felizardo, por se sentir seguro depois de morto. Como previ nas minhas considerações iniciais, muita teoria seria descrita de sua parte, pouca realidade seria apresentada. Temos o fato da China, por exemplo, com punições de corrupção. E me diga, quem governa a china realmente?

- Lá na China, pessoas se juntam em estádios para verem as execuções (informações de suas fontes). Pensei que já havíamos passado por esta fase, de Coliseu. Embora até mesmo os romanos tivessem um pouco de dignidade, e davam uma espada para que o escravo pudesse lutar pela vida. Medievais então nem se falam.

- O ponto em que quero chegar é, que não quero ver meu país se tornar insensível a morte. Ainda se vê a morte como uma atrocidade, e é bom mantê-la deste modo. Não quero ver meus filhos ou netos estendendo o braço com o polegar para baixo, sinalizando a morte de uma pessoa. Que evolução teríamos? Que mudança temos dos tempos antigos romanos, para hoje em dia? Regresso.

Carlos Alberto Schenato Jr. 10/11/2011
Considerações Finais [2/3]
- Ao longo do debate, analisei alguns pontos em que toquei, dos quais não foram refutados. Em sua tréplica, recebo novamente um argumento; "Acontece que para atribuir esse fato à pena de morte, deveria ter lógica, coisa que já provei que não tem." ; que me dá o luxo de repetir:

- Se este fato atribui ou não a pena de morte, assim como sua pesquisa do Texas, gera o questionamento, pena de morte não é a solução da equação. Quem seria bandido se tivesse possibilidade de trabalhar, ganhar o salário para sustentar a família? Quem seria bandido, se tivermos postos de saúde bons e/ou excelentes? Se não houver oportunidade para todos, sempre haverá bandidagem. Fora os psicopatas, que não preciso dizer para você repetir, que se resolve com morte. Problemas psicológicos, com psicologia. Problemas de doenças com medicina. Problemas criminais, com segurança.

-Os problemas de corrupção que tanto lhe preocupa não podem ser resolvidos com pena de morte. Expus os argumentos contra isso durante o debate. E como disse, suas "sempre que houver sombra de dúvidas" serão a maioria dos casos, e maioria esmagadora.

- Sou contra o Filósofo Rosenfield, tanto há argumentos filosóficos, como apresentei e repito se for necessário:

-" Forca é o denominador comum entre barbárie primitiva, o fanatismo medieval e o totalitarismo moderno." - Arthur Koestler

-" A execução da pena de morte é o mais premeditado dos assassinatos" - Albert Camus

- Tenho certeza de que sobre a pena de morte, muitos já falaram e ainda falarão. E o mais importante disso é o que citei anteriormente, desrespeito para com a vida do próximo! Não entendo o motivo pelo qual iremos criar direito a liberdade, etc... Se não asseguramos o direito a quem possa usufruir-los!


Carlos Alberto Schenato Jr. 10/11/2011
Considerações Finais [3/3]
- Quero deixar claro, que não apelo aqui para o Ad Verecundiam, somente coloco as frases neste debate com o objetivo de reflexão, portanto pensem bem no que acreditar, na razão ou na emoção. Embora precisemos dos dois, algumas vezes um deles deve imperar para que se obtenha um resultado positivo.

- E embora eu seja contra muitas pessoas, inclusive os apresentadores e os espectadores dos programas sensacionalistas de violência gratuita. Eu peço, juntamente com o mestre desconhecido que disse: "Para se conhecer mais, deve-se esvaziar o copo primeiro"; que entendam os argumentos propostos aqui. Que reflitam principalmente.

- Espero ter aqui incluído no repertório, tanto dos leitores quanto do meu adversário, um pouco mais sobre a visão do "outro lado da cerca", o lado que prega a vida e a razão. Que não da EMOÇÃO ANIMAL DE MATAR, relacionada a pena de morte por Freud.

- Termino aqui minha participação neste debate.
Fried Nithi 11/11/2011
Considerações Finais...1/3
Vou em minhas considerações finais, resumir o que fora o debate, e colocar todos os argumentos expostos com suas devidas refutações.

1- Inicialmente, Carlos afirma que o custo de uma execução é de 25 milhões de dólares, e diz que não teríamos condições de arcar com esse valor. Depois, parece concordar comigo, e diz que o dinheiro ( dinheiro esse que não tínhamos para gastar anteriormente) usado para executar um criminoso, seria melhor empregado no melhoramento estrutural da segurança pública.

Refutação: vemos claramente que Carlos proferiu argumentos que nem mesmo ele, tinha convicção. Se utilizou de fontes tendenciosas que colocam valores exorbitantes, fazendo parecer que esses 25 milhões seriam gastos a mais, o que não é verdade, pois o gasto ultrapassaria mais ou menos 1 milhão, do que no caso de um julgamento convencional. Impossibilidade financeira essa que eu derrubei com a implantação de pena capital para políticos corruptos, fazendo assim, a corrupção que gasta bilhões por ano, diminuir; consequentemente, nos dando recursos suficientes para a aplicação da pena de morte e as melhorias que ele propôs no sistema de segurança. Além de mostrar que, os líderes do tráfico que continuam os "trabalhos" de dentro dos presídios, geram prejuízos enormes para os cidadãos de bem.

2- Carlos apresentou pesquisas que demostram uma redução da criminalidade em localidades que aboliram a pena capital.

Refutação: Demonstrei pesquisas que demonstram exatamente o contrário, e apresentei a falta de lógica ao atribuírem a redução de criminalidade à pena de morte. Um assassino deixaria de cometer crimes, pq não corre mais risco de morrer pela pena capital? WTF!?

3- Carlos argumentou que a pena extrema possibilitaria a chance de executar inocentes, inclusive políticos.

Refutação: Foi demonstrado que o processo de julgamento para esses casos é diferenciado, e que as chances de erro são minimamente pequenas, devido ao avanço dos tempos atuais.
Fried Nithi 11/11/2011
Considerações Finais...2/3
4- O Carlos expôs também o caso dos psicopatas, que mereciam um tratamento especial, por matarem criancinhas à sangue frio e por custearem o tráfico e a morte de milhares e milhares de pessoas..

Refutação: Psicopatas como Fernandinho BM continuam, mesmo presos, um PERIGO para sociedade.

5- Pena de morte para corruptos é aplicada na China, mas quem governa a China?

Não vou nem coloca refutação, pq esse questionamento nem merece uma refutação, pois não é argumento. O que a pena capital para políticos na China influenciou o sistema político dúbio de lá?

6- Você se sentiria seguro depois de falecido, quando o seu assassino fosse morto?

Também não merece refutação, pois não é argumento. Admito que só entendi agora, depois de ler sua resposta. Qual o sentido em perguntar se eu me sentiria mais seguro depois de morto? A lei não são para os mortos, mas sim, para os vivos. Pergunte para uma mãe que teve um filho assassinado pelo chefe do tráfico, se ela se sentiria mais segura com a morte dele. Aí sim.

7- A pena de morte vai fazer as pessoas vibrarem com as mortes de criminosos psicopatas corruptos, levando-nos para uma regressão moral, assim como na Roma antiga.

Refutação: Acha mesmo que pode comparar mortes de inocentes escravos, com assassinos frios e cruéis, responsáveis por tragédias que abalam e desestruturam famílias inteiras, fazendo cessar sonhos de crianças e adultos de bem?

8- No Oriente Médio, gays e adúlteras são executadas; e na Inquisição, bruxas eram mortas.

Refutação: No início do debate, eu deixei bem claro em quais circunstâncias eu defendo a prática da lei em questão. E em nada tem a ver com essas.

9- A pena de morte inibe a reincidência, mas não inibe a incidência.

Refutação: Só em inibir a reincidência já estaria de bom tamanho. Já pouparíamos várias vidas e também dinheiro; e quando você diz que não inibe a incidência, você deveria provar que em 100% dos casos, os criminosos não sentem nenhum tipo de medo da pena capital.
Fried Nithi 11/11/2011
Considerações Finais...3/3
Bom, acho que consegui deixar claro que, nenhum dos argumentos do Carlos foram conclusivos; ele diz que não teríamos dinheiro (refutado), que os meliantes não sentiriam medo ( nem todos, portanto, refutado), que a nossa democracia seria ameaçada (não explicou os motivos), que inocentes seriam mortos (refutado), que regressaríamos moralmente (comparou com Roma e Inquisição, analogia indevida)...

Enquanto meus argumentos:

1- Com a pena capital, o código penal seria mais rígido e competente;

2- a possível condenação à morte intimidaria-os;

3- políticos estão sendo cada vez mais, desmascarados;

4- baixando assim, a corrupção no país.
_______

1- Baixando a corrupção no país, teríamos mais verbas;

2- conseguindo condições para implantar a lei;

3- e ainda, melhorar todo o sistema de segurança.
_______

1- O papel principal da punição é diminuir a prática delituosa do indivíduo;

2- a pena capital não só diminui como, extingui.


Por fim, gostaria de deixar um questionamento: os direitos humanos valem para pessoas desumanas?

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