sexta-feira, 2 de março de 2012

Losterh x Roger - Ser honesto compensa?





INTRODUÇÃO
Olhando os perfis dos participantes, encontrei a seguinte frase na descrição do Roger:

"A honestidade não compensa"

E eu discordo.
Ser honesto não apenas compensa como é necessária

Para simplificar, utilizarei os seguintes termos para elucidar o texto:
boa ação:
aquela que resulta na termoestabilidade do indivíduo sem
gerar represálias do meio
egoísmo social:
caráter que visa o benefício próprio desconsiderando o
alheio
egoísmo límbico:
realizar uma boa ação visando o benefício próprio,
sem corromper sua probidade.


Considerações Iniciais
Na profundidade do encéfalo, existem vários neurotransmissores

localizados nas membranas de neurônios situados no núcleo

accumbens e no hipocampo, que sofrem estímulos a boas ações na

área tegmal ventral. Este sistema chama-se límbico.

Para ilustrar esta informação, começo avaliando um indivíduo de

inteligência emocional e níveis de transtornos de personalidade

normais.

Este sistema é ativado quando o indivíduo tem uma ação que

desperta nele a sensação de termoestabilidade
- ou seja, que o
faz se sentir em segurança e biologicamente satisfeito em seu nicho

ecológico - o que em uma escala representa desde a satisfação social,

passando pela satisfação sexual, pela reciprocidade afetiva de seu

meio, pelo reconhecimento social até o "altruísmo".

Quando há alguma ação que satifaça algum desses níveis, os

neurotransmissores ativam o sistema límbico em cascata, causando o

bem estar em diferentes níveis. Por isso este sistema é visto como o

setor de recompensa do cérebro. Quanto mais atitudes você tiver que

comportem a sua satisfação sem que hajam represálias do meio,

maior será a sensação de conforto, indo do bem estar a felicidade.

Logo,


Honestidade: s.f. Qualidade do que é honesto, conforme à honra e

à probidade: ser de uma honestidade a toda prova. / Decoro,

decência, probidade.
Probidade: s.f. Honestidade; integridade; retidão de caráter.
A honestidade é um princípio que puxa as rédeas do indivíduo quando
ele está para atravessar o limite entre o próprio bem estar e o bem

estar do próximo. Então, um indivíduo honesto tem tendências a

realizar mais ações benéficas que lhe tragam menos represálias do

meio. Por conta disso, seu sistema límbico lhe recompensa o maior

bem existente em maior quantidade, a felicidade.
Isso não quer
dizer que pessoas honestas sejam as mais felizes - requer a análise

do indivíduo - mas significa que ser honesto traz felicidade e portanto,

compensa.


Assim, comprovo que o honesto tem recompensa. E agora mostrarei

que o indivíduo com transtornos de personalidade acima da média

aceitável/desonesto/biltre/pilantra/safado conta com desabores por

conta de sua burrice emocional.

Analisando o sistema mesolímbico dopaminérgico
Como o próprio nome diz, a via de estímulos cerebrais que causa este

bem estar do qual falo é a dopaminérgica. Uma boa ação causa

excitação na serotonina liberada no hipotálamo e leva à liberação do

peptídeo opioide que inibe o GABA. O GABA inibe o efeito da

dopamina, ou seja, mantém o equilíbrio.

Logo, biologicamente falando, somos indivíduo estimulados a fazer o

bem, para que consigamos nos desenvolver no nosso próprio espaço

em harmonia com os demais indivíduos. Mesmo que seja este bem

seja egoísta límbico

Entretanto, neurônios por falta de uso atrofiam. E caso não haja o

estímulo suficiente da via dopaminérgica, aparece a
síndrome de
deficiência de recompensa
. O indivíduo com esta deficiência tem
característica ansiosa/depressiva e libera uma maior quantidade de

nor-adrenalina, já que o GABA inibe a dopamina de forma mais agressiva caso ela seja deficiente, causando infelicidade.
Então, para reestabelecer os níveis de dopamina, ou volta-se para as boas ações
ou tenta supri-lo com fornecedores de dopamina - que a trazem em

menor quantidade, período e/ou com efeitos colaterais - como

substâncias químicas e ações de cunho egoísta social, que trazem

problemas para o meio em que o indivíduo vive e corrompe sua

termoestabilidade.


Por isso, a honestidade é um fator determinante para as boas relações com o meio e consigo mesmo e por isso resulta na felicidade.


Roger
INTRODUÇÃO

Interessante esta introdução.
E difícil também.
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Primeiramente, não vou me estender muito. A Losterh me perguntou e me instigou a debater sobre este tema, e mal sabe ela que eu deixei esta frase no meu perfil sabendo que, cedo ou tarde, alguém se interessaria por ela.
A honestidade não compensa. Quem passaria batido por uma afirmação tão... irreverente?
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O que minha oponente fez em boa parte de suas considerações neste debate foi colocar diversos pontos que são interessantes, mas não para este debate. Minha afirmação de que a honestidade não compensa foi colocada de forma genérica, sem explicações, mas eu me referia a compensação social e não "cerebral".
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Além disso, pelo que conheço de neurobiologia, muito do que se diz é relativo e não comprovado. Diversos pontos são, em suma, achismos que levaram diversas pessoas a criar seus livros de auto-ajuda e ganhar dinheiro de forma "honesta", enquanto na verdade alimentavam centenas de pessoas que falsas ilusões.
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Isso não quer dizer que pessoas honestas sejam as mais felizes - requer a análise do indivíduo - mas significa que ser honesto traz felicidade e portanto, compensa.
.
Será mesmo, Losterh? Ser honesto traz felicidade para quem?
.
Assim, comprovo que o honesto tem recompensa.
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Negativo. Suas afirmações anteriores a esta não comprovam que a honestidade compensa. Na realidade, as informações que você passou são interessantes e úteis no sentido de investigar o assunto, mas carecem de provas. E quando falo em provas, me refiro ao indivíduo diretamente, porque a maior parte do que você apresentou não é provado cientificamente até então, e são meras hipóteses teóricas.
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Acredito, cara Losterh, que não seja
desonestidade de sua parte. Penso que você realmente esteja me apresentando estas hipóteses porque de fato leva-as a sério. E também não desvalorizo de todo sua hipótese, pelo menos não agora, tendo em vista que o debate mal começou e você poderá me convencer do contrário.
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Mas, o que posso lhe dizer foi que faltou me consultar com um pouco mais de profundidade. Se eu desconfiasse que iniciaria o debate desta forma, teria te alertado a respeito disso.
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O que eu penso é o seguinte: A honestidade não compensa em sociedade. E também me refiro obviamente àquilo que eu conheço, que no caso, é o Brasil.
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Pense da seguinte forma:
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O homem vivendo em sociedade tem por objetivo o crescimento pessoal, econômico, e em alguns casos, intelectual. Para ele, o que compensa é sua satisfação e a satisfação daqueles a quem ele ama e convive. Naturalmente, o comportamento humano padrão rejeita aqueles que o prejudicam. E vemos isso ocorrer quando um pai de família, honesto e trabalhador, aparentemente um homem de bem, deseja a morte ou a punição severa para outros, que sejam criminosos. Então, para ele a honestidade ainda compensará enquanto ela realmente valer à pena.
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Mas, de forma geral, o que compensa mesmo é o crime. Porque o risco que corre o criminoso em face do homem honesto é pequeno. O criminoso pode ser preso, o que no Brasil não significa muito, já que a maioria não cumpre sequer metade da pena. E os piores bandidos quando tem dinheiro ainda conseguem se livrar da lei.
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Agora, veja bem o ponto X desse debate.
A maior forma de desonestidade, é parecer ser honesto, sem realmente ser.
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O homem que vive em sociedade não precisa ser honesto para obter status e recompensas. Muito pelo contrário!
O maior lucro é alcançado pelo homem que parece honesto sem ser, pois este homem consegue algum lucro advindo de suas atividades ilícitas, e ao mesmo tempo, goza de boa reputação!
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Então, não compensa ser honesto e nem desonesto descaradamente, pois o desonesto que todos sabem que é desonesto, por não gozar de boa reputação, também não terá tantos benefícios e poderá ser responsabilizado até mesmo por coisas que nem cometeu. E o homem realmente honesto, se não gozar de boa reputação, poderá ser culpado, também, pelo que não fez.
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"Porque os homens censuram a injustiça com medo de serem vítimas dela, e não de cometê-la"
(Trasímaco, segundo Platão em A República).
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Esta frase expressa bem o meu pensamento.
Meu entendimento sobre o comportamento humano, naturalmente, é derivado de experiências e estudos de psicologia. E se você analisar,
a maioria dos homens não comete "injustiças" ou "crimes" porque acredita na possibilidade de punição e na represália social.
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Quem realmente se importa com a injustiça e tem "horror" a ela são as pessoas que se julgam incapazes de cometer um crime, de agir com desonestidade. E meu pensamento se volta para isso.
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Então, acredito que socialmente, a honestidade só compensa como moeda de troca. Neste caso, cabe dentro do seu exemplo de
egoísmo límbico, que se trata de fazer "boas ações" somente para obter algum ganho primário ou secundário.
Enquanto a desonestidade elevada ao seu máximo potencial, que é ser desonesto
parecendo ser honesto, tem ganhos e compensações diretas.
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E vale lembrar, também, que nem toda forma de desonestidade é prejudicial ao próximo. Em certos casos, o homem desonesto utiliza-se do sistema, e também das falhas do sistema, não existindo assim uma vítima direta. E, não pense que digo isso porque acho mais justo! Estou citando este exemplo apenas porque o ser humano trabalha com o sentimento de culpa. E se não houver vítima direta, a culpa é anulada com a consciência de que não se prejudicou a ninguém, ainda que se tenha prejudicado indiretamente.
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E para encerrar, não quero que pense que eu desviei este assunto para desvalorizar o que você disse. Simplesmente, o que faltou entre nós foi comunicação antes de entrar no tema de debate. E além disso, carecem de provas as suas colocações que tem como base a neurobiologia.
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E mais, a maioria dos membros que assiste a este debate com certeza não entende nada do que você escreveu!
.
A réplica é sua.



RÉPLICA


Bem, suas considerações iniciais desviaram do tema. Inicio minha réplica refutando essas considerações para então prosseguir com minha linha de raciocínio, que não foi refutada.

1) Não vejo a frase "a honestidade não compensa" como irreverente. Desculpe a sinceridade, vejo como uma burrice. Alguém que se diz desonesto, a não ser que esteja almejando ser aliciado para uma seita de trombadinhas, está conduzindo as pessoas a desconfiarem de qualquer coisa que diga ou faça. Ou seja, você já inicia este debate colocado sua própria palavra em dúvida.

2)
"Além disso, pelo que conheço de neurobiologia, muito do que se diz é relativo e não comprovado." - Roger

Não sei até onde vão seus estudos sobre o cérebro, mas essa sua frase não cabe quanto aos estudos do mesolímbico. Evidentemente o cérebro é um mistério pela dificuldade de estuda-lo, afinal tem áreas que precisam ser avaliadas com o órgão vivo, mas a atual tecnologia vezes necessita de uma carnificina não o deixaria nesta condição por muito tempo.

Mas os estudos que expus nas minhas considerações iniciais foram analisados a partir de eletrodos estimulando a área tegmental ventral, com o indivíduo não apenas vivo como acordado. É com base neste estudo do sistema límbico que é possível diagnosticar e mapear o estrago que, por exemplo, as drogas fazem no sistema neurológico, já que elas agem justamente nesta área, induzindo o bem estar falacioso. Minha consideração inicial não é uma hipótese, é um fato científico.


3)" E vemos isso ocorrer quando um pai de família, honesto e trabalhador, aparentemente um homem de bem, deseja a morte ou a punição severa para outros, que sejam criminosos"

Mas compensar não é uma vingança e sim o ressarcimento de uma perda ou a recompensa por um acerto. Ser honesto não tem a ver com a forma como se vê o mundo e sim com a forma como se relaciona com ele. Alguém que se posiciona de forma honesta tem a seu favor o caráter da verdade, enquanto o desonesto tem a falha da mentira.
Bem, suas considerações iniciais desviaram do tema. Inicio minha réplica refutando essas considerações para então prosseguir com minha linha de raciocínio, que não foi refutada.

1) Não vejo a frase "a honestidade não compensa" como irreverente. Desculpe a sinceridade, vejo como uma burrice. Alguém que se diz desonesto, a não ser que esteja almejando ser aliciado para uma seita de trombadinhas, está conduzindo as pessoas a desconfiarem de qualquer coisa que diga ou faça. Ou seja, você já inicia este debate colocado sua própria palavra em dúvida.

2)
"Além disso, pelo que conheço de neurobiologia, muito do que se diz é relativo e não comprovado." - Roger

Não sei até onde vão seus estudos sobre o cérebro, mas essa sua frase não cabe quanto aos estudos do mesolímbico. Evidentemente o cérebro é um mistério pela dificuldade de estuda-lo, afinal tem áreas que precisam ser avaliadas com o órgão vivo, mas a atual tecnologia vezes necessita de uma carnificina não o deixaria nesta condição por muito tempo.

Mas os estudos que expus nas minhas considerações iniciais foram analisados a partir de eletrodos estimulando a área tegmental ventral, com o indivíduo não apenas vivo como acordado. É com base neste estudo do sistema límbico que é possível diagnosticar e mapear o estrago que, por exemplo, as drogas fazem no sistema neurológico, já que elas agem justamente nesta área, induzindo o bem estar falacioso. Minha consideração inicial não é uma hipótese, é um fato científico.


3)"E vemos isso ocorrer quando um pai de família, honesto e trabalhador, aparentemente um homem de bem, deseja a morte ou a punição severa para outros, que sejam criminosos"

Mas compensar não é uma vingança e sim o ressarcimento de uma perda ou a recompensa por um acerto. Ser honesto não tem a ver com a forma como se vê o mundo e sim com a forma como se relaciona com ele. Alguém que se posiciona de forma honesta tem a seu favor o caráter da verdade, enquanto o desonesto tem a falha da mentira.
5)"Porque os homens censuram a injustiça com medo de serem vítimas dela, e não de cometê-la"
"Quem realmente se importa com a injustiça e tem "horror" a ela são as pessoas que se julgam incapazes de cometer um crime, de agir com desonestidade."
- Roger

Você contradisse seu próprio argumento, que não tinha a ver com o tema. O que a frase queria dizer é que os homens que se importam com a injustiça não tem medo de cometer uma injustiça e sim de sofrer uma injustiça.


"Porque o risco que corre o criminoso em face do homem honesto é pequeno."
- Roger

Hã? Você acha que alguém que vive de maracutaias em meio a criminalidade rodeado de pessoas nas quais não pode confiar e de pessoas que já pilantrou corre risco menor do que um cidadão honesto que nunca fez mal a ninguém?

Voltando para a linha de raciocínio de minhas considerações iniciais, que você praticamente ignorou, desenrolando uma dissertativa que não tinha a ver com o assunto.

O meu discurso não visa o bom-mocismo, mesmo porque não há. Ser honesto não é um ato de bondade e sim um ato de egoísmo, defesa e reconhecimento social no meio em que vive. A credibilidade é uma das buscas humanas pelo bem estar em seu nicho. Afinal, esta é a busca de um indivíduo, o espaço no qual a espécie crê que possa sobreviver e desenvolver. Os estímulos cerebrais causados pelas boas ações fazem parte de uma evolução da espécie para que ela tenha condições de conviver e que sua sensibilidade devido ao seu sistema nervoso mais aguçado seja utilizada para o desenvolvimento e compreensão das mais variadas óticas que o cérebro humano pode produzir.


Enquanto o uso destes neurônios através da honestidade libera a sensação de termoestabilidade, o desonesto corrompe suas relações e seu sistema límbico, gerando transtornos no indivíduos e nos que o rodeiam quebrando suas relações e tornando-se vulnerável, inclusive para ele mesmo.



Roger
Réplica

Eu ia deixar isso para o final,
Mas você fez se tornar algo pertinente agora que eu lhe informe uma coisa.
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E vou começar já pelo ponto mais importante:
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Você iniciou o tema e insiste nele em tratar a honestidade como fator fisiológico ou biológico. E é nisso que está errada, e é por isso que ignorei boa parte do que você disse. Quem desviou do tema já ao começa-lo, foi você mesma.
.
A honestidade é algo de caráter moral, social, ético. Trata-se de um estudo para a psicologia comportamental, não para a neurobiologia. Ou, então, por acaso imagina que uma criança nasça já com os conceitos de honestidade e caráter?

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Este ponto acima é principal. Você erra ao analisar a questão pelo lado biológico, enquanto a honestidade é um conceito social e comportamental que em nada tem a ver com a natureza do homem.
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E mais: erra novamente ao comparar honestidade com bondade e fazer uma saladinha.
Honestidade trata-se do comportamento considerado justo pelo grupo em que se vive.
É honesto ao carrasco arrancar a cabeça do condenado com a foice! Mas de forma alguma isso é uma amostra de bondade.
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O comportamento do carrasco é honesto, pois o trabalho dele é aquele. Não quer dizer, porém, que seja bom. E duvido que sua neurobiologia possa dizer que esta honestidade torna o carrasco mais feliz!
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Do mesmo modo, é honesto ao soldado atirar em seu inimigo durante uma guerra. O soldado atira porque é necessário, e se nos basearmos em conceitos moralmente aceitos como é o da honestidade, não há nada de desonesto ou ilícito para o soldado em matar seu inimigo! Agora, se você compara honestidade com bondade, terá que me dizer que matar, quando se é soldado, é algo bom, visto que é honesto. Isso é você quem diz!
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Agora vou a alguns pontos que você disse em sua réplica agressiva.
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Desculpe a sinceridade, vejo como uma burrice. Alguém que se diz desonesto, a não ser que esteja almejando ser aliciado para uma seita de trombadinhas, está conduzindo as pessoas a desconfiarem de qualquer coisa que diga ou faça.
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Vejo que aqui você distorce o que digo, talvez até de propósito.
Primeiro porque eu não disse, em lugar algum, que eu seja desonesto. O que eu disse, somente, é que a honestidade não compensa. E para saber que não compensa, eu precisaria ser honesto.
Segundo e mais importante, também, é que você não entendeu uma coisa que eu disse na minha introdução ao tema. Então vou repetí-la:
.A maior forma de desonestidade, é parecer ser honesto, sem realmente ser.
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Portanto, o desonesto completo jamais dirá que é desonesto. Se ele disser, estará sendo honesto. Então cabe ao desonesto negar sua desonestidade, posando de homem honesto. E com isso, acho que é lógico você concordar.
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Minha consideração inicial não é uma hipótese, é um fato científico.
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Parte dela realmente é científica. Mas outras partes são meras hipóteses, sim. São coisas ainda sob estudos que não foram comprovados, como é o caso que eu já citei e repetirei aqui:
Isso não quer dizer que pessoas honestas sejam as mais felizes - requer a análise do indivíduo - mas significa que ser honesto traz felicidade e portanto, compensa.
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Sua afirmação não é comprovada pela ciência, e é nela mesma um contra-argumento.
Primeiro você diz que "não quer dizer que pessoas honestas sejam mais felizes" e depois, afirma categoricamente que ser honesto traz felicidade.
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Assim, penso que se não estiver louca, tentou lançar uma pegadinha para mim, isso sim. Ora se ser honesto traz felicidade, então os homens honestos são mais felizes. E a recíproca DEVERIA ser verdadeira. Mas para você, mesmo que ser honesto não nos torne felizes, ainda assim, somos felizes se formos honestos! O.o
Mas compensar não é uma vingança e sim o ressarcimento de uma perda ou a recompensa por um acerto. Ser honesto não tem a ver com a forma como se vê o mundo e sim com a forma como se relaciona com ele. Alguém que se posiciona de forma honesta tem a seu favor o caráter da verdade, enquanto o desonesto tem a falha da mentira.
.
Mas, dentro de uma sociedade, não temos como saber o que as pessoas são. Só temos como saber o que elas parecem ser. Portanto, ser honesto ou não é irrelevante como caráter de verdade, desde que se pareça honesto.
O desonesto que parecer honesto terá a mesma reputação do que for honesto de verdade. E por isso, a honestidade não compensa.
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Você contradisse seu próprio argumento, que não tinha a ver com o tema. O que a frase queria dizer é que os homens que se importam com a injustiça não tem medo de cometer uma injustiça e sim de sofrer uma injustiça
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Não houve contradição de minha parte; houve apenas mais uma falha de interpretação da sua. Quando eu digo que os homens censuram a injustiça com medo de serem vítimas dela, e não de cometê-la, o que aliás nem é uma frase minha, abordamos aí uma questão de capacidade.
O homem que conseguir ser injusto com os outros mas, ainda assim, parecendo ser justo, certamente se aproveitará das possibilidades. Já o homem que não acredita no seu potencial, ou que tem medo de ser descoberto, terá maior probabilidade de se esconder atrás da moralidade, alegando ser um defensor da honestidade e da justiça, mesmo que no seu âmago não o seja.
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Você acha que alguém que vive de maracutaias em meio a criminalidade rodeado de pessoas nas quais não pode confiar e de pessoas que já pilantrou corre risco menor do que um cidadão honesto que nunca fez mal a ninguém?
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Se este alguem, nestas condições, for mais esperto e mais desonesto do que todos os outros, ele certamente terá vantagens sobre todos!
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Portanto, cara Losterh, não vou mesmo refutar nada do que disse. Você é que não entendeu o assunto e o desviou!



TRÉPLICA
"Você iniciou o tema e insiste nele em tratar a honestidade como fator fisiológico ou biológico. E é nisso que está errada, e é por isso que ignorei boa parte do que você disse. Quem desviou do tema já ao começa-lo, foi você mesma." - Roger

Desviei do tema? Mas Roger, quem propôs o desafio foi eu. Se eu quem tem desafiou, como posso ter desviado do tema em minhas considerações iniciais?!

"A honestidade é algo de caráter moral, social, ético. Trata-se de um estudo para a psicologia comportamental, não para a neurobiologia. Ou, então, por acaso imagina que uma criança nasça já com os conceitos de honestidade e caráter?"
- Roger

Ela não nasce com conceitos de honestidade e caráter, mas nasce com determinados genes que a tornará propensa a determinadas premissas. O veículo de comunicação que temos com o mundo são os sentidos. A forma como nosso corpo nos permite entender o que nos rodeia é o que vai ajudar a construir nossa ideologia. Sim, o meio interfere nesta construção de idéias, mas não é o fator determinante.


"E mais: erra novamente ao comparar honestidade com bondade e fazer uma saladinha."
- Roger

"O meu discurso não visa o bom-mocismo, mesmo porque não há."
- Losterh

Eu não comparei honestidade com bondade em momento algum, inclusive disse que uma coisa não tem a ver com a outra e ainda expliquei, no último parágrafo da minha réplica. Na verdade, desenhei neste parte, porque meu texto inteiro diz que a honestidade é na verdade um egoísmo.
"Primeiro porque eu não disse, em lugar algum, que eu seja desonesto. O que eu disse, somente, é que a honestidade não compensa. E para saber que não compensa, eu precisaria ser honesto."

Se você não quis dizer que é desonesto com a frase "A honestidade não compensa", logo:
- Ou você é um magnânimo "altruísta" que age por um mundo melhor, mesmo que isso a você não compense e lhe seja uma eterna lamúria;
- Ou você é um sofista que está fazendo a mesma coisa que fez no debate com o Salem, tentando vencer defendendo algo no qual não acredita, porque acha que sua opinião é fraca demais para vencer este duelo;
- Ou, segundo sua lógica, você é um criminoso;
"Mas, de forma geral, o que compensa mesmo é o crime"
- Roger
- Ou você não tem a menor idéia do que está debatendo.

"Primeiro você diz que "não quer dizer que pessoas honestas sejam mais felizes" e depois, afirma categoricamente que ser honesto traz felicidade." - Roger

Sim e confirmo. Desculpe não explicar a frase, mas achei que não seria necessário. Para ser feliz, é necessário mais do que ser honesto, é um conjunto de fatores. Mas ser honesto traz felicidade - não suficiente para que seja um indivíduo feliz, pois depende dos fatores - porque se o indivíduo tem inteligência emocional o suficiente para interagir com meio sem sofrer represálias, ele consegue sua termoestabilidade, que é a busca da espécie.

Claro, isso é uma relação de ação-reação.

O argumento sobre a recompensa neural é razoavelmente complexo, mas sua resolução é óbvia, a propósito. Se você tem uma atitude sobre a qual não pode ser questionado e esta atitude é egoísta límbica, visa seu próprio bem, claro que você vai se sentir bem com isso.
Mas, dentro de uma sociedade, não temos como saber o que as pessoas são. Só temos como saber o que elas parecem ser. Portanto, ser honesto ou não é irrelevante como caráter de verdade, desde que se pareça honesto."

Parecer honesto não é o suficiente para conseguir uma recompensa sem possíveis represálias, tanto a si mesmo quanto para a sociedade. Isso que você diz equivale a um discurso sofista: o texto pode ser explendidamente escrito, mas um olhar atento consegue perceber a distorção dos fatos e então ele é desmoralizado.
Parecer honesto é deixar a margem do erro para a descoberta.
E para que errar quando se pode acertar e ser recompensado de maneira completa pelo seus atos?

E mesmo que seja importante, o julgo da sociedade é variável e heterogêneo, já o julgo que você possui de si mesmo é o que lhe acompanhará e que vai interferir nas suas relações. Se este for positivo, será recompensado. Afinal, sentir-se bem e recompensado não é uma sensação coletiva e sim individual.

O cunho egoísta humano permite que haja sobrevivência e ser honesto gera a tendências a realizar mais ações benéficas que lhe tragam menos represálias do meio. E desta forma, o egoísta honesto não apenas sobrevive, mas vive de forma melhor devido a termoestabilidade que adquiri. Vista a isso, não há maior recompensa.

E Roger, vou ser honesta com você e pedir que dê uma estudada no tema, para que ao menos saiba do que eu estou falando. Nosso debate está virando um rebate de frases, sendo que eu acho este tema muito interessante para ser reduzido a isso. Desculpe se pareci indelicada, nesta frase.
"Mas, dentro de uma sociedade, não temos como saber o que as pessoas são. Só temos como saber o que elas parecem ser. Portanto, ser honesto ou não é irrelevante como caráter de verdade, desde que se pareça honesto."

Parecer honesto não é o suficiente para conseguir uma recompensa sem possíveis represálias, tanto a si mesmo quanto para a sociedade. Isso que você diz equivale a um discurso sofista: o texto pode ser explendidamente escrito, mas um olhar atento consegue perceber a distorção dos fatos e então ele é desmoralizado. Parecer honesto é deixar a margem do erro para a descoberta.
E para que errar quando se pode acertar e ser recompensado de maneira completa pelo seus atos?

E mesmo que seja importante, o julgo da sociedade é variável e heterogêneo, já o julgo que você possui de si mesmo é o que lhe acompanhará e que vai interferir nas suas relações. Se este for positivo, será recompensado.
Você fala como se a recompensa viesse da sociedade, mas ela vem é de você mesmo e suas ações para com ela. Afinal, sentir-se bem e recompensado não é uma sensação coletiva e sim individual.

O cunho egoísta humano permite que haja sobrevivência e ser honesto gera a tendências a realizar mais ações benéficas que lhe tragam menos represálias do meio. E desta forma, o egoísta honesto não apenas sobrevive, mas vive de forma melhor devido a termoestabilidade que adquire. Vista a isso, não há maior recompensa.

E Roger, vou ser honesta com você e pedir que dê uma estudada no tema, para que ao menos saiba do que eu estou falando. Nosso debate está virando um rebate de frases, sendo que eu acho este tema muito interessante para ser reduzido a isso. Desculpe se pareci indelicada, nesta frase.



Roger
Tréplica
A princípio, não tenho a menor intenção de te desmoralizar. Se quisesse fazer isto, não estaria debatendo com você. Então, apenas sugiro o seguinte: Respire fundo e leia antes de escrever. Isso te trará maior coesão. Dá para ver nitidamente em cada frase sua um "quê" de apreensão e nervosismo que a meu ver não é necessário.
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Desviei do tema? Mas Roger, quem propôs o desafio foi eu. Se eu quem tem desafiou, como posso ter desviado do tema em minhas considerações iniciais?!
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O tema é HONESTIDADE. Se você aborda a compensação que a honestidade traz para o ser humano de forma relativista, e se baseai num preceito da neurobiologia, tendo em vista que a honestidade tem a ver com caráter, conceitos humanos e sociais, e principalmente, com moral, então você desvia do assunto tentando colocar para todos um monte de questões que são especulativas mas que, por serem difíceis de compreender, PARECEM te dar algum crédito no que diz.
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Aliás, eu tinha pensado que você era honesta no início, mas agora percebo que está agindo desonestamente, se aproveitando da ignorância que provavelmente a maioria aqui tem com relação a neurobiologia, usando termos de difícil compreensão para um público leigo no assunto. Só que, creio eu, você não esperava que eu fosse saber do que você está falando.
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Ela não nasce com conceitos de honestidade e caráter, mas nasce com determinados genes que a tornará propensa a determinadas premissas.
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Tudo influencia, minha querida. A criação, os estudos, os vizinhos, a televisão, a genética, e até a alimentação. Mas o meio e a genética são os fatores mais importantes. E em se tratando de genética, cada um tem a sua, e por isso, sua própria afirmação acaba de comprovar a relatividade de seus argumentos.
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Se você está abordando uma questão genética, como diz ser o caso, então cabe dizer que cada indivíduo se sente compensado e satisfeito de maneiras diferentes entre si. Não é?
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Eu não comparei honestidade com bondade em momento algum.
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Não? Olhe só, então:
Para simplificar, utilizarei os seguintes termos para elucidar o texto: boa ação: aquela que resulta na termoestabilidade do indivíduo.
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E
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Então, para reestabelecer os níveis de dopamina, ou volta-se para as boas ações ou tenta supri-lo com fornecedores de dopamina.
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Você insiste no conceito de boas ações, quando na realidade a honestidade não tem absolutamente nada a ver com isso.
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Ser honesto é fazer aquilo que a sociedade espera de você, dentro das leis.
As leis nem sempre são boas. Nem tudo o que é legal, é moral. Nem tudo que é moral, é prazeroso. Portanto, viver em honestidade, se for uma honestidade verdadeira, não tem nenhuma relação com realizar boas ações, e sim com privar-se de coisas que lhe dêem prazer caso essas coisas sejam ilícitas, porque tudo que é ilícito, é desonesto.
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E a honestidade é tão relativa ao ambiente como o próprio ser humano. Uma vez que em Marrocos é permitido ao homem casar-se com quatro mulheres, devido à religião Muçulmana, aqui no Brasil isso não só é imoral quanto é ilegal, ainda que dê prazer ao homem ou as mulheres envolvidas. Poligamia, quando há consentimento das partes envolvidas, é crime; mas, é crime sem vítima. Não se está realmente prejudicando a ninguém, e esta situação trata apenas de um julgamento moral que a sociedade faz sobre ser honesto ou não.
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E também, cara Losterh, há diferença entre ser honesto e ser sincero. Parece que você não percebeu esta diferença.
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Por isso, a honestidade é um fator determinante para as boas relações com o meio e consigo mesmo e por isso resulta na felicidade.
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Se formos analisar pela genética, você está errada pela generalização, tendo em conta que cada um se satisfaz ao seu próprio modo. E tem até quem aprecie sentir dor como forma de prazer.
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Se analisarmos pela moral, você erra de novo, porque, como já disse, nem tudo que é honesto é prazeroso! Vide Carrasco.
Agora, quanto a minha honestidade, tenho uma coisa a te dizer:
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Realmente acredito no que estou falando aqui. Não estou agindo como sofista desta vez.
E mais: não creio na honestidade, por isso, sou um egoísta límbico. Mas não faço boas ações, apenas evito fazer "más ações", evitando por consequencia disso a represália social.
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E mais, de novo: Se eu acreditasse na possibilidade de cometer um crime sem vítima, já que não me interesso em prejudicar a ninguém, e tivesse a certeza da impunidade, e se isso fosse me trazer benefícios óbvios e equivalentes ao risco, certamente eu cometeria este "crime". E você certamente usará este argumento contra mim, mas estou apenas evitando a hipocrisia. Não cheguei a estas conclusões aqui, sentado atrás de um computador. Eu realmente estudei sobre o assunto, sobre a criminalidade, sobre o comportamento humano, psicologia, etc. E de fato, percebi que
a maioria das pessoas pensa assim, com o perdão da generalização.
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Sim e confirmo. Desculpe não explicar a frase, mas achei que não seria necessário. - Se é isso ali que você chama de explicação, diria então que a sofista aqui é você.
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Ora diz que a honestidade traz felicidade e prazer, numa mesma frase em que diz que honestidade não é sinônimo de felicidade.
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E desta forma, o egoísta honesto não apenas sobrevive, mas vive de forma melhor devido a termoestabilidade que adquire. - Minha querida, o egoista honesto é alguém que, na verdade, é desonesto. O tal egoísta honesto, que só realiza boas ações para obter ganhos secundários, é desonesto, já que não faz boas ações porque gosta de fazer, e sim porque terá alguma vantagem. Portanto, é desonestidade! :)
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De fato, nosso debate virou um rebate de frases. Mas é assim que tem que ser.
Temos um espaço relativamente curto para discorrer sobre o tema, e se você já inicia apresentando argumentos errôneos ou contestáveis a respeito do tema, não sobra espaço!


FINAL

E mais: não creio na honestidade, por isso, sou um egoísta límbico. Mas não faço boas ações, apenas evito fazer "más ações", evitando por consequencia disso a represália social." - Roger
Cara, você consegue enxergar que com essa frase você me dá razão nas coisas que digo? Você diz que sabe do que estou falando e que uso de argumentos errôneos, mas você mesmo se valeu do meu argumento para ter razão.


Depois, você diz:"Minha querida, o egoísta honesto é alguém que, na verdade, é desonesto." - Roger
"egoísmo límbico: realizar uma boa ação visando o benefício próprio,

sem corromper sua probidade." - Losterh


Probidade, Roger, significa honestidade. Você em uma linha concorda com o termo que cunhei e na outra o combate erroneamente.

Você não pára de se contradizer e é até incômodo refutar o que você diz, porque só de ler são óbvias as falhas do seu texto.

E você é quem está afoito ou é pregüiçoso. Você não sabe do que eu estou falando e nem se deu ao trabalho de saber. Se eu fosse sofista como você está dizendo e estivesse argumentando com algo infundado, seria mais inteligente usar o argumento do sistema límbico só no fim do texto e não logo no começo onde qualquer um pode ir buscar informações na internet e checa-las, você não acha?
Só que eu estou completamente segura do que estou escrevendo e se você houvesse pesquisado o mínimo, concordaria com a minha posição e tentaria refutar meu argumento por outro ângulo. Ou então, se fosse ao menos um sofista decente estaria tentando distorcer minha argumentação com fatos e não com "eu acho que isso aí não procede".
Vá lá, cara. Google, sistema límbico, sistema de recompensa, área tegmental ventral, mesolímbico dopaminérgico, síndrome de deficiência de recompensa.

E o conceito de "boa ação" que cunhei no início não se trata de bondade, como você bem deve ter lido logo no meu primeiro post.
Uma sociedade, independente de qual etnia, cultura ou raça, leva em consideração a troca de interesses, uma espécie desenvolvida de comensalismo. Desta forma, há como garantir por determinado tempo a sobrevivência, mas caso haja a percepção de ameaça - de um desonesto -, este indivíduo ameaçador terá que se munir de uma defesa extra para continuar à sua maneira vivendo no meio e isso evidentemente não é algo inteligente, pois exige retrabalhos para se manter na posição de pilantra e o problema de que contará com a vulnerabilidade de ser um indivíduo duvidoso, deixando de contar com os benefícios que poderia usufruir apenas por respeitar seu próprio espaço sem corrompe-lo e deixa-lo exposto as ameaças de defesa do meio.
Já que, apesar de viver em conjunto, somos indivíduos que contam em suma apenas com seus próprios acertos para adquirir sua termoestabilidade. E estes acertos ou erros influem e são interpretados pelo meio. Por isso dizer que a honestidade não compensa só pode vir de uma teoria megalomaniaca de autossuficiencia.

Através da neuropsicologia:
O cérebro estimula a busca pela termoestabilidade - adquirida também através de atitudes honestas - e oprime através do GABA quando há a deficiência no sistema de recompensa causada pela falta de estímulos no mesolímbico, para garantir a sobrevivência e bem estar do cidadão. Afinal, a mente humana que se desenvolveu a tal ponto, que não adianta o argumento de considerar apenas como a sociedade interpreta suas ações e sim principalmente como você se sente com estas interpretações. Quando a dopamina produzida é pouca - ou seja, o invíduo não tem se proporcionado a termoestabilidade - transtornos de personalidade são gerados através da própria insatisfação e eis aí um seríssimo problema social, que só gera prejuízo para o próprio indivíduo como para as pessoas que o cercam.
Também é comprovado pela ciência com a avaliação do CID-10 que os principais oito transtornos de personalidade são causados por essa insuficiência de dopamina, que é conseguida através de estímulos adquiridos por ações honestas, que vão lhe gerar benefícios e sem represália do meio.

Repito,

A honestidade é um princípio que puxa as rédeas do indivíduo quando ele está para atravessar o limite entre o próprio bem estar e o bem estar do próximo. Então, um indivíduo honesto tem tendências a realizar mais ações benéficas que lhe tragam menos represálias do meio, assim conseguindo a termoestabilidade e mantendo sua inteligência emocional a níveis aceitáveis para que conviva em sociedade.

Encerro minha participação no debate e agradeço a atenção do meu oponente, apesar do descortinar do duelo.




Roger
Final

Primeiramente, vale dizer que, se você tivesse me dado semelhante resposta já na réplica, o debate teria sido mais produtivo, pois vejo que agora sim você atendeu ao meu aviso inicial de trabalhar seu raciocínio junto ao meu, dentro da questão social.
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Ainda que pensemos de formas diferentes, você agora parece ter entendido o que eu realmente quis dizer. Isso é o que importa.
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Porém, como isso não ocorreu desde o início, e só agora é que você entendeu ou quis entender o que eu disse, então o debate acabou sendo MUITO improdutivo, pedindo que o continuemos em outra ocasião. Isso é claro, se você quiser.
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Contudo, vou aproveitar seus ultimos lampejos para tentar elucida-los.
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Cara, você consegue enxergar que com essa frase você me dá razão nas coisas que digo? Você diz que sabe do que estou falando e que uso de argumentos errôneos, mas você mesmo se valeu do meu argumento para ter razão.
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Como eu disse desde o começo, parte do que você disse é verdadeiro. Por isso, me vali de algumas coisas que você disse, que são verdadeiras, para contrapor alguns itens contraditórios em seu raciocínio. Afinal, seria pouco provável que eu não aproveitasse nada do que disse! E
seria desonesto de minha parte se eu dissesse que nada do que você falou foi útil para mim. Pelo contrário!
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Depois, quando você fala a respeito de meu argumento sobre o egoista honesto ser na verdade desonesto, você o separou de seu contexto e isoladamente, óbvio, ele parece não ter sentido. Se fez isso de propósito,
é falta de honestidade, e qualquer um que leia o que eu disse e veja o que você fez depois irá perceber tal atentado.
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Você não pára de se contradizer e é até incômodo refutar o que você diz, porque só de ler são óbvias as falhas do seu texto.
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Isso é o que você diz. Mas de fato, mesmo, não apresentou as falhas.
Aliás,
nas suas considerações você se absteve de comentar os pontos mais importantes de minha tréplica, e espero que os jurados atentem para isso.
Você não sabe do que eu estou falando e nem se deu ao trabalho de saber.
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Você está equivocada. Deixei bem claro nas minhas considerações iniciais que ¹a neurobiologia tem diversos estudos úteis ao ser humano e que eu apenas deixaria-os de lado neste debate, e ²que havia muita especulação sobre coisas que não são comprovadas.
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E mais: Eu combati seu argumento em prol da honestidade, quando usou de diversos termos óbvios da neurobiologia, explicando que você se contradisse na questão genética (vide minha tréplica), e também no início quando esclareci que a honestidade tal qual conhecemos é de caráter social, não biológico ou fisiológico.
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Já nas primeiras postagens eu esclareci a você que uma criança nasce sem moral, sem ética, e sem nenhuma idéia do que é ter ou não ter caráter. Geneticamente elas podem ter tendências um pouco mais agressivas ou menos, e podem ter diversos comportamentos. Contudo, noções de caráter sobre honestidade e integridade moral são aplicadas pela sociedade e pelos pais, em primeiro lugar, e apenas agregam em nossa personalidade.
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Pergunte aos moradores de rua que cresceram lá se eles acham que é imoral roubar madames no semáforo! Depois que eles te roubarem e saírem correndo, vão perguntar para os amigos deles "que papo era aquele de honestidade e moral?". Experimente (estou falando sério).
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Se eu fosse sofista como você está dizendo, seria mais inteligente usar o argumento do sistema límbico só no fim do texto e não logo no começo onde qualquer um pode ir buscar informações na internet e checa-las, você não acha?
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Acho que foi uma defesa muito grande e bem elaborada para uma "não-sofista".
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Só que eu estou completamente segura do que estou escrevendo e se você houvesse pesquisado o mínimo, concordaria com a minha posição e tentaria refutar meu argumento por outro ângulo.
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Então tá. Se eu não concordei com você, então é porque não pesquisei ou não entendo do assunto? Parece alguém que eu conheço!
Ou então, se fosse ao menos um sofista decente estaria tentando distorcer minha argumentação com fatos e não com "eu acho que isso aí não procede".
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Acho
que até agora eu nem havia dito a palavra acho! rs.
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Vá lá, cara. Google, sistema límbico, sistema de recompensa, área tegmental ventral, mesolímbico dopaminérgico, síndrome de deficiência de recompensa.
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Relaxe. Eu fiz isso. Já conhecia o assunto e quando você apresentou a introdução eu realmente fui dar uma olhada nas informações mais recentes, sendo que eu havia estudado isso há quase um ano. De fato, o que eu disse é procedente. Muita especulação e poucas provas.
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De fato, voltando ao tema central e sendo repetitivo, penso que a honestidade como meio de crescimento e admiração social é incompleta no que tange a compensações. E isso se analisa em sociedade. Se formos analisar as teses de minha oponente, então teríamos logicamente poucas pessoas desonestas. Afinal, quem faria algo tão "desprazeroso"? Se a honestidade compensasse tanto assim, e se formos analisar pela ótica da Losterh, então nenhum ser humano teria motivo para ser desonesto.
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Contudo, temos que observar o indivíduo em sociedade, neste caso, porque a honestidade é de caráter social e não individual.
Socialmente, não faz diferença nenhuma se eu acho ou deixo de me achar honesto. Caso a polícia ache que sou desonesto, certamente serei investigado. Caso minha vizinha pense que eu venda drogas para crianças, ainda que eu não venda, certamente serei denunciado.
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O que importa neste caso é a aparência e a ótica social, não individual.
Por isso, eu digo e repito: Ser desonesto mas, manter a aparência de honesto, é suficiente para se ter compensação, e é a maior forma de desonestidade, pois abarca um indivíduo que engana o tempo inteiro.
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"Lembre-se: um canalha é acima de tudo uma boa pessoa e não possui nada negativo.Mentiroso é somente aquele que foi descoberto." (10 Mandamentos do Canalha).
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Encerro minha participação.

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