quinta-feira, 8 de março de 2012

Roberta X Gabriel - Ensino Religioso


Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 15/11/2011
Religião não se aprende na escola, ponto parágrafo.

Este é o ponto que começo minha análise: atribuem como função da Escola, obrigações da família, talvez por comodismo ( ou despreparo ) dos pais, bem como, a iniciação cada vez mais prematura ao ambiente escolar.

È função da Escola oferecer momentos de aprendizado de maneira institucionalizada, cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturada. Mas não é isso que acontece em nosso ambiente de trabalho: muitas vezes, o profissional de Educação tem sua função deixada em segundo plano, por entender que há outros aspectos que devem ser primeiro observado, por isso, tantas vezes o conteúdo é atrasado ( ou passado de forma superficial) por ter o mestre desviado de sua primeira obrigação, e em horário de trabalho, servir de pajem, médico, psicólogo, assistente social...

Um outro aspecto que me faz contrária a esse ensino, é entender que isso feriria o principio laico do Estado, além de duvidar sobre o preparo do grupo docente nessa área, temendo que a sala de aula se transformasse na nefasta prática do proselitismo. Sem esquecer que aspectos morais já são abordados no Currículo ( como um dos temas transversais) propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN/MEC)

Há outros pontos de vista que gostaria de ressaltar, como a Constituição, e LDB, mas por enquanto, gostaria que Gabriel respondesse alguns dos mais freqüentes questionamentos quando apresentada essa idéia:


- A quem interessa esse tipo de ensino?
- Não seria um retrocesso no processo de laicidade do Estado?


No aguardo, despeço-me...

R.
Gabriel dfg 15/11/2011
Introdução 1/2
A Religião, compreendida como sistema de símbolos geradores de uma cultura, não se aprende apenas na escola, mas na convivência com as demais pessoas, tanto na família quanto fora dela.

Sendo assim, a questão não é saber se o ensino religioso deve ou não existir, pois, sendo a religião, dizendo de outra forma, um conjunto de proposições centrais ao redor do qual todas as demais são organizadas, é impossível não se ensinar religião. A questão é saber qual religião será ensinada e se será ensinada de forma explícita ou implícita.

A indiferença religiosa, caracterizada por um abandono da religião cristã nas questões ditas objetivas, já é, por si só, uma característica organizadora de discursos, ou seja, já é um traço de certo tipo de “religiosidade”.

Atualmente nossas escolas já ensinam religião. Mas a ensinam, na maioria dos casos, de forma implícita. E a religião ensinada é, por falta de nome melhor, o laicismo.

A questão é saber se queremos este tipo de educação para nossos concidadãos. Eu não quero.

A quem interessa o ensino do laicismo nas escolas? Interessa àqueles que não são cristãos e que querem que o cristianismo fique longe de questões públicas e políticas. E o ensino do cristianismo, interessaria a quem? Aos cristãos, obviamente.

É interessante notar que o termo "laico" é um termo religioso. O laicato é formado por pessoas cristãs que não fazem parte do clero. Um Estado Laico é um estado cristão não clerical.
Gabriel dfg 15/11/2011
Introdução 2/2
Mas "laico" passou a significar "neutro". Assim o Estado Laico seria um estado neutro que não toma partido das diferentes denominações religiosas. Como representante da maioria, o Estado deveria, no Brasil, representar o interesse da maioria, ou seja, o interesse dos cristãos. Sem discriminar a minoria de ateus ou de religiosos não cristãos.

Mas, por motivos insondáveis, o Estado Laico, no Brasil, está representando uma minoria de ateus esquerdistas, sabe-se lá por que.

Não creio que o ensino confessional, nas escolas, resolveria o problema. Quem deve receber uma educação religiosa não é o aluno, este pode aprender por “osmose”, mas sim o professor. Este último foi doutrinado na religião estatal laicizante. Não sei qual a solução.
Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 16/11/2011
Boa noite Gabriel, obrigada pela pronta resposta.
Li com atenção sua resposta, e respeito seu ponto de vista, apesar de discordar. Talvez por ser inspirada pelo médico Içami Tiba, acredito que a religião é uma prática que se aprende em família, com individual assimilação, e os seus conceitos poderão ser colocados em evidência em todos os seus núcleos de convivência, incluindo, evidentemente, a escola. Entenda, eu apesar de não ter uma religião, considero pertinente o uso da fé também como base moral, mas enquanto educadora, sou contra o uso em sala de aula, ela enquanto ciência.

Em sua resposta você apenas priorizou a religião com enfoque cristão, e isso me preocupou bastante, já que é possível encontrar em nossas escolas alunos judeus, muçulmanos, e até, aqueles com orientação agnóstica, eles foram desconsiderados em sua defesa, percebeu? Isso porque não mencionei alunos tradição oriental, e as outras tantas denominações que, ao menos no Censo Escolar das escolas que presto assessoria divulgaram. È espantoso !

Há um outro aspecto em sua fala que não entendi muito bem... Como a escola ensina religião?

Você por acaso menciona o fato dos feriados religiosos, como Páscoa e Natal? Porque, tendo ou não uma religião, é cientificamente provado o Jesus histórico, onde inclusive, apesar de não ser diretamente relacionado a minha área de atuação, sirvo, a exemplo de outros professores, de apoio a esclarecimentos levantados, como por exemplo, explicar o que exatamente significa o ano de 2011 para a sociedade ocidental...
Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 16/11/2011
Há outro fato que gostaria de corrigir: a palavra laicismo é uma doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa. Não pode ser confundida com o ateísmo, e muito menos, com laicidade.

Um Estado Laico é um estado cristão não clerical. – Novo engano. Estado laico é um país com orientação neutra em questões religiosas, não se opondo ou defendendo nenhuma religião. Trata a todos com igualdade de direitos. E este Estado deve garantir e proteger a liberdade religiosa de cada cidadão, mas isso não o faz, um Estado ateu, que mostra uma enorme diferença.

Você diz ainda que o Estado deveria representar o interesse da maioria da população brasileira, que é cristã. Afunilando esse conceito, perceberíamos que a maioria dos cristãos, são católicos, o que na prática demonstra abismais diferenças. Como lidar com essa discrepância? Outro aspecto é mencionar, o artigo 5° de nossa Constituição que diz:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...

É essa a cláusula pétrea de nosso Código de Leis, não deixa dúvidas sobre a questão democrática de dar a todos o mesmo tipo de tratamento, sendo portanto, a maioria da população um aspecto de importante análise, mas não a ponto de anular meu direito enquanto indivíduo.
Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 16/11/2011
Brasil segue a democracia representativa, e seus representantes foram escolhidos pela ação direta do voto, e isso nada tem de “motivo insondável”. É o povo quem escolhe os integrantes dos poderes legislativos e executivo. Ocorre que a política, para grande parte da população, é um exercício pouco praticado, menos ainda discutido, deixando para poucos a responsabilidade da construção ( e manutenção) de leis. Se o país é de fato representado por uma minoria de ateus( pra mim, isso não é relevante) esquerdistas( aqui, já faz bastante diferença) não é justo esquecer que também você enquanto eleitor deixou isso acontecer, por ação direta, ou, pior, por omissão.

Finalizando, minha posição sob o tema é mais do que clara: sou contrária ao ensino religioso em escolas públicas. Mas, se a clientela opta por essa disciplina, é justo que procurem outras escolas com essa orientação.
Gabriel dfg 17/11/2011
Réplica 1/2
Não acredito que vivemos em uma democracia de fato, mas sim em uma democracia nominal. Os responsáveis pela educação não são representantes do povo, mas de uma minoria de intelectuais ateus que possuem uma agenda política específica e, nesta agenda, não há lugar para o cristianismo. Não há como mudar esta situação através do voto, mas através apenas de uma reformulação do sistema universitário e demais centros de produção cultural, que estão nas mãos destes ateus anticristãos. Por isso, também duvido na eficácia do ensino religioso, pois os professores, creio eu, já se acostumaram com a religião reinante, que empurra os valores supremos, dos quais tratam a religião, para o reino da subjetividade, sendo, portanto, representantes desta.

E foi neste sentido que disse que a escola já ensina religião. Quando um professor entra em sala e não oferece seu trabalho a Deus, diante dos alunos e em comunhão com eles, já está ensinando que a religião não possui valor objetivo. Quem quiser que ore baixinho, no obscuro poço de sua subjetividade. Quando a escola silencia-se a respeito de Deus, ensina que Deus não está em primeiro lugar, mas que pode, se a pessoa quiser, ocupar um recanto escondido de sua alma. A escola ensina que O Primeiro Lugar é dispensável. E quem vai ocupar o cargo de novo deus? O estado, a ciência, ou sei lá o que.

E quando o professor ou a escola retiram a religião do centro das preocupações, não ofendem apenas os cristãos, mas os judeus, muçulmanos, budistas, etc. Não há como contentar a todos. Uma minoria sempre ficará em segundo plano. O problema da escola que prega a religião da neutralidade é que ela coloca os cristãos entre as minorias e privilegiam ateus e agnósticos, que merecem respeito, mas não este tipo de privilégio.
Gabriel dfg 17/11/2011
Réplica 2/2
Neste sentido, o Estado não é neutro mas tendencioso.

Assim, o Estado que era laico, ou seja, formado por cristãos que não pertenciam ao clero, se tornou neutro (o que passou a ser sinônimo de laico) para acabar anticristão (ou antiteísta), pois coloca no lugar de Deus outro princípio qualquer. A longo prazo, isso vai ser bem pernicioso, gerando uma população neurótica (neurose noogênica) e, em consequência, hedonista. Parece que isto já está acontecendo.

Talvez o ensino religioso possa amenizar a situação.

E, claro, a religião não é uma ciência, mas condição de possibilidade de qualquer ciência. Assim, não pode ser ensinada como uma simples ciência, mas deve ocupar o lugar central que sempre lhe coube.

Defino, desta forma, minha posição: o ensino religioso pode amenizar uma situação que já é grave. Mas não é suficiente. O Brasil precisa ser reevangelizado.

E a escola pública, tendo em vista que é mantida por dinheiro público, deve se manter fiel ao desejo da maioria da população brasileira, que é cristã.
Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 19/11/2011
Há alguns dias, foi feriado no país. Poucos entendem o significado do dia 15 de novembro, e talvez por isso a idéia da democracia ainda é tão pouco compreendida. Mas eu dizia, fizemos, esse ano, 122 anos de um regime republicano, um sistema ainda falho, mas, dentre os conhecidos, a melhor opção. Os princípios norteadores desse sistema são a liberdade humana ( expressão e religião), de julgamento e punição igualitária e o respeito pela vontade da maioria com a proteção escrupulosa dos direitos fundamentais das minorias, e nesse aspecto, apesar de ainda engatinhando nesse processo, podemos dizer que sim, o Brasil é um exemplo de país democrático. È evidente que não é ainda da forma que queremos, mas nisso, cabe também uma reflexão: o que se fez de efetivo para mudar uma realidade? Como afirmar que os responsáveis pela Educação não são representantes do povo, se foi o povo que os elegeu? E se foram os ateus os eleitos, na certa foi porque era, dentre as opções, a melhor. Ao menos, a de melhor representividade. È por isso que há no Congresso diferentes frentes parlamentares, que representam a uniformidade de interesses, independentemente do partido político a que pertençam, e por essa razão, temos a bancada ruralista, evangélica, feminina, educação...

Realmente não entendo como não se mudar uma situação através do voto, e a reformulação do sistema universitário entra na categoria Educação, que é de interesse nacional, apesar de ser, eventualmente, defendida por poucos. È aí que está a importância do voto, bem como, de sua constante vigilância. Descasos devem ser denunciados, é essa a obrigação de todo cidadão.

Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 19/11/2011
Eu discordo que a Escola ensine religião. Sei que há entre meus colegas professores, membros das mais distintas religiões. È esse seu direito individual, professar sua fé, mas, apesar de ter esse direito, não pode de maneira nenhuma, impor sua verdade dentre os demais, por ser a escola pública, um ambiente laico. E sobre essa questão, a da legalidade, há uma entrevista bastante esclarecedora da professora e escritora Roseli Fischman, eis o artigo, se alguém tiver interesse:

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/legislacao/acordo-ensino-religioso-504521.shtml


E mais uma vez, discordo de você por não entender que o Estado seja tendencioso em defender como fundamental, o direito de todas as pessoas. A religião é um conceito que nasce da convivência e prática na família, sendo experimentada em todas as outras esferas sociais, não cabe a escola o papel de formalizar esse ensino, que não é, inclusive, uma ciência exata.

E mais uma vez: o Estado somos todos nós. E entre nós, há religiosos, cientistas, hedonistas, ateus.

E não vejo como o ensino religioso possa amenizar qualquer situação, uma vez que é justo que se considere que haverá se não entre os professores, nos nossos alunos, aqueles que não têm nenhuma orientação religiosa. O que poderia ser melhor discutido, e já é previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, é uma maior ênfase nas disciplinas de Filosofia, Sociologia e Pluralidade Cultural. Abordando esses aspectos, a cidadania seria atingida, que é o que, em tese, justifique o ensino religioso nas escolas.
Gabriel dfg 20/11/2011
Tréplica 1/2
Obrigado pelo link.

Como já disse, não acredito que exista uma democracia no Brasil. Temos o direito de votar em alguns poucos políticos que divergem entre si em aspectos secundários, mas que possuem a mesma visão de mundo (ou seja, a mesma religião) construída pelos novos sacerdotes da modernidade, os intelectuais. No caso do Brasil, os intelectuais da USP, principalmente. É essa elite de pamonhas que manda no Brasil, e faz de tudo para implantar aqui leis que já vêm prontas da ONU, como o casamento entre homossexuais, o aborto, a descriminalização das drogas, o desarmamento da população civil, o laicismo, etc. Se o Brasil fosse uma democracia, leis não seriam importadas.

A escola já ensina a religião laica, a visão laica de mundo, desrespeitando, assim, todos os religiosos de quaisquer credos. Além de ensinar uma ideologia política que é declaradamente atéia e anti-religiosa, tendo sido a maior responsável pela morte de religiosos no século XX, principalmente cristãos.
Gabriel dfg 20/11/2011
Tréplica 2/2
Portanto se a escola já está ensinando uma série de valores anticristãos, não vejo porque se opor a uma resistência mínima, que seria o ensino religioso facultativo, como está sendo proposto. É um desrespeito enorme aos cristãos ter que submeter o seu filho a um ensino extremamente tendencioso, anticapitalista, anticristão, cientificista, socialista, gayzista, anti-família, pró-aborto, feminista, ecologista, e qualquer outra porcaria que venha da ONU, e, se já não bastasse, um ensino que desrespeita Deus, deixando-O de fora do mundo objetivo, das decisões políticas, da reflexão filosófica, como se o Valor Primeiro não tivesse importância.

É um total desrespeito à maioria brasileira que é cristã, e uma prova a mais da falta de democracia vigente em nosso país, onde uma elitizinha iluminista quer construir um paraíso socialista artificial ateu (e não laico).
Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 22/11/2011
Fico contente por ter gostado da reportagem, a professora Roseli foi, em minha opinião, cirúrgica em  seus comentários. Você tem todo direito de divergir sobre o conceito do que é democracia, mas, negar sua existência e aplicabilidade é demonstrar, no mínimo, má vontade. Democracia , num resumo rápido significa que toda decisão política está sob a responsabilidade de seus cidadãos, que agirão  de forma direta ou indireta. No Brasil utilizamos o segundo caso, que anteriormente bem lembrou.

A democracia representativa é quando a população faz uso de uma escolha, dentre os candidatos apresentados. Imagino que almeja um sentido ainda mais pleno, já que sabemos que, apesar de todos terem o direito e obrigação, muitos o fazem sem uma consciência política, porque, isso sim, se aprende na escola.

A democracia plenaé um bonito conceito cunhado na Grécia, porém, com poucos que detinham direitos civis.  Então, percebe-se que a representativa é a forma mais justa, ja que 'abraça' um maior número de membros, muitos deles, esquecidos ( desconsiderados) na primeira hipótese.

Sua fala, apaixonada, lembra o discurso conservador de Olavo de carvalho, o que muito me preocupa. Não é notório o quão extremista e despreparadas são as posições abordadas por  esse senhor?


Roberta `·..·´`·..·´`·. . . . εïз 23/11/2011
As leis que hoje vigoram no país foram importadas , porque, apesar de morar nesse país, nossa cultura é global, sem esquecer que estamos todos em trânsito, portanto, é mais do que lógico que os direitos humanitários sejam observados em qualquer ponto do planeta, e para tanto, nações democráticas utilizam-se de leis comuns, em benefício e respeito aos seus cidadãos.

E Gabriel, a escola pública não ensina religião. Não ainda, e espero que seja isso uma verdade por muito tempo.
O que ocorre é que, em algumas, quando um grupo diretivo  atendendo o pedido de sua clientela e percebendo a necessidade, pode, se conviniente, adequar sua grade curricular, incluindo essa disciplina, ela, enquanto optativa.

São casos específicos, isolados e com forte justificativa. A escola pública ainda conta  com esse tipo de autonomia, e isso mostra o quanto a questão democrática é levada a sério.


Gabriel dfg 25/11/2011
Conclusão
Bem, se vivemos ou não em uma democracia de fato, não vem ao caso no que diz respeito ao assunto.

A questão é sobre o ensino religioso nas escola públicas.

Você disse que na escola só deve ser ensinada disciplinas objetivas, como matemática, português, história, etc.

Daí eu constatei um "truque", vamos chamar assim, que é usado para acabar com a religião. Empurrá-la para o campo do subjetivo, deixando-a em segundo plano. Ou seja, para todos os efeito, ela é irreal.

Mas se o conteúdo da religião é tão objetivo quanto o conteúdo de outras disciplinas, por que excluí-la da grade curricular?

Veja que o simples fato de incluir ou excluir o ensino religioso toca em algo mais complexo, as pretensões de verdade da religião são legítimas ou ilegítimas?

Assim, responder à pergunta sobre a pertinência do ensino religioso na escola se revela o mesmo que perguntar se a religião possui uma validade objetiva, portanto real, ou se é apenas um dado da subjetividade, como torcer para um time, portanto, real apenas no campo individual ou de pequenos grupos.

Mas se a religião se afirma com caráter universal, dizer que ela só é verdadeira no campo subjetivo é o mesmo que dizer que ela é falsa.

Portanto ir contra o ensino religioso nas escolas é o mesmo que negar as pretensões de veracidade da própria religião, ou seja, é declará-la falsa. Isto constitui no mesmo que ridicularizar a maior parte da população do Brasil.
Duelos Ret?ricos CJD6 27/11/2011
DEBATE ENCERRADO!
As votações estão abertas na forma de NOTAS NAS ENQUETES, mas para fins classificatórios no campeonato, serão válidos APENAS os votos da CJD que irão acontecer NESTE tópico, durante a próxima semana.

A partir de agora, este tópico está aberto para discussões entre competidores e entre outros membros da comunidade, mas só será avaliado o conteúdo do debate em si, e não o que foi dito depois ou em outro tópico.

Abraços!

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